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Mostrando postagens de dezembro, 2022

Os governos Lula (2003-2010)

O Governo Lula, iniciado em 2003, corresponde ao período da história política brasileira que se inicia com a posse como presidente de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1 de Janeiro de 2003, na sua quinta tentativa para chegar ao cargo presidencial, após derrotar o candidato do PSDB e ex-ministro da Saúde José Serra. Em outubro de 2006 Lula se reelegeu para a presidência, derrotando o candidato do PSDB Geraldo Alckmin, sendo eleito em segundo turno com mais de 60% dos votos válidos. Concluindo seu segundo mandato em 2010. A posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro de 2003, contou com expressiva participação popular. Na foto, o presidente eleito (à esquerda) e o seu vice, José Alencar (à direita, acenam para o público. Eleições e o Governo Lula Luiz Inácio Lula da Silva foi candidato em: · 1989, sendo derrotado pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello; · 1994, sendo derrotado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; · 1998, foi novamente derrotado pelo ex-presiden

O Governo Dilma Rousseff

O Governo Dilma Rousseff é o período da história política brasileira que se inicia com a sua posse no cargo de presidente, em 1 de janeiro de 2011, após ter derrotado o candidato do PSDB, José Serra, nas eleições de 2010; passa por sua reeleição em 2014, que lhe garantiu o direito a um segundo mandato presidencial em 1 de janeiro de 2015, e termina com seu impeachment em 31 de agosto de 2016. Dilma Rousseff, desde jovem participou de movimentos de esquerda, desencadeados com a oposição ao golpe militar de 1964. Da militância estudantil passou, em 1967, para o POLOP (Política Operária). Depois, ingressou na COLINA (Comando de Libertação Nacional), grupo que, em 1969, viria a se fundir ao Vanguarda Popular Revolucionária para dar origem à VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares). Presa em janeiro de 1970, foi torturada durante 22 dias. Condenada a seis anos de prisão, acabou libertada do presídio Tiradentes no final de 1972 depois de ter a pena reduzida. Antes de chegar ao

O sertão do padre Cícero

Não se pode deixar de considerar o sertão como espaço sagrado. Palco de movimentos messiânicos como Canudos, nessa terra árida foram e são frequentes os peregrinos, os beatos e os romeiros. O padre Cícero, chamado também de Padim Ciço , representa esse universo da crença popular, sendo uma das figuras religiosas mais cultuadas no interior nordestino até os dias atuais. Cícero Romão Batista nasceu no município de Crato, no Ceará, em 1844. Ordenou-se padre em 1870 e, dois anos depois, mudou-se para Juazeiro do Norte, onde permaneceu pelo resto da vida. Lá restaurou a capela de Nossa senhora das dores e passou a desenvolver um trabalho pastoral. Pregava em missões, participava de novenas e organizava festas religiosas e procissões. Sua popularidade foi aumentando ano após ano, sendo considerado um religioso despretensioso e dedicado ao povo. Em 1889, durante uma missa, a lavadeira Maria de Araújo recebeu o sacramento e foi ao chão. A hóstia em sua boca parecia estar envolvida por um l

O Integralismo

Movimento político e ideológico de inspiração fascista ocorrido no Brasil na década de 30, condensando as forças de direita no país sob inspiração da ideologia fascista então vigente em países como a Itália de Benito Mussolini. Ao movimento do Integralismo, além de alguns setores da oligarquia brasileira, uniram-se também membros da classe média, da Igreja e ainda militares. O Integralismo passou a possuir organização formal no Brasil a partir da fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB) , liderada pelos escritores Plínio Salgado e Gustavo Barroso. Busca um Estado autoritário e nacionalista; uma sociedade baseada em hierarquia, ordem e disciplina social; e o reconhecimento da suprema autoridade política e jurídica do chefe da nação sobre indivíduos, classes e instituições. Alguns de seus ideólogos, como Gustavo Barroso, dão ao integralismo um fundo racista, defendendo a superioridade da população branca brasileira sobre negros, mestiços e, especialmente, judeus. Já nos anos 20 o p

O CORONELISMO

Expressão usada para definir a estrutura de poder dos grandes proprietários e das oligarquias agrárias entre o fim do Império e o começo da República. O título ou a patente de "coronel" dos grandes proprietários rurais vem de sua participação na Guarda Nacional, criada em 1831. Durante o Império são eles que, com tropas particulares, asseguram a ordem interna. Com a República, a Guarda Nacional é extinta, mas os coronéis mantêm o poder em suas terras e em áreas de influência. A partir da instituição do regime representativo e da ampliação do direito de voto, ganham importância os partidos políticos e as eleições. O coronelismo é a manifestação do poder privado – dos senhores de terra – que coexiste com um regime político de extensa base representativa. Refere-se basicamente a estrutura agrária que fornecia as bases de sustentação do poder privado no interior do Brasil, um país essencialmente agrícola. A maioria da população - colonos, meeiros e posseiros - não tinham terras,

O CANGAÇO

O cangaço refere-se aos grupos de pessoas armadas que, com roupas e chapéus de couro, faziam assaltos, matavam opositores, enfim, viviam sob suas próprias regras. esses homens e mulheres, os cangaceiros, estiveram muito presentes no serão nordestino. O ciclo do cangaço ou do banditismo social durou, no Brasil, setenta anos: 1870 a 1940. Foi típico do Nordeste. Geralmente o bandido social é membro de uma sociedade rural e, por várias razões, encarado como proscrito ou criminoso pelo Estado e pelos grandes proprietários. Apesar disso, continua a fazer parte da sociedade camponesa de que é originário e é considerado como herói por sua gente, seja ele um "justiceiro", um "vingador" ou alguém que rouba aos ricos. A expressão cangaço está relacionada à palavra canga ou cangalho: uma junta de madeira que une os bois para o trabalho. Assim como os bois carregam as cangas para otimizar o labor, os homens que levam os rifles nas costas são chamados de cangaceiros. O cangaço a

O Golpe no Uruguai

Também o Uruguai ficou sob regime ditatorial, entre 1973 e 1985.  No Uruguai, a ditadura civil-militar foi precedida por um cenário de intensa polarização política. De um lado, governos civis autoritários e, de outro, o grupo guerrilheiro de esquerda Tupamaros.  O grupo Tupamaros surgiu no início dos anos 1960, impulsionado pela crise econômica pela qual o país passava e pela crescente insatisfação popular.  Em 1965, para reprimir as ações dos guerrilheiros, a polícia e o serviço secreto uruguaio passaram a ser treinados por membros da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA). Entre 1968 e 1972, governos civis autoritários decretaram estado de sítio no país, suspenderam vários direitos dos cidadãos e intensificaram o combate aos Tupamaros. Em 7 de junho de 1973, o presidente uruguaio Juan María Bordaberry, com apoio dos militares, deu um golpe de estado no país. Em cadeia de rádio e televisão foi divulgado o decreto presidencial, dissolvendo o Congresso e substituindo-o

A China Contemporânea

Os primeiros anos após a revolução foram de fechamento total para o exterior. A preocupação do novo governo era organizar a produção, sobretudo agrícola, a fim de garantir meios de sobrevivência a gigantesca população chinesa. Foram criadas cooperativas, nas quais os camponeses se reuniam para vender seus produtos e onde recebiam apoio financeiro, sementes e adubos para o cultivo. Foram organizadas também comunas, agrupamento de camponeses que produziam gêneros agrícolas, bem como produtos industriais em fábricas autogerenciadas. Além da produção agrícola, o governo estimulou a exploração de carvão, a produção de aço e de maquinas, a construção de barragens para irrigação e canalização de rios, a construção de usinas hidrelétricas e a fabricação de armamentos pesados. A pesquisa nuclear e de exploração espacial também teve destaque; na década de 1960 a China explodia sua primeira bomba atômica, e na década de 1970 lançava seu primeiro satélite artificial. Toda a atividade econômica era