segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

O Integralismo

Movimento político e ideológico de inspiração fascista ocorrido no Brasil na década de 30, condensando as forças de direita no país sob inspiração da ideologia fascista então vigente em países como a Itália de Benito Mussolini. Ao movimento do Integralismo, além de alguns setores da oligarquia brasileira, uniram-se também membros da classe média, da Igreja e ainda militares. O Integralismo passou a possuir organização formal no Brasil a partir da fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada pelos escritores Plínio Salgado e Gustavo Barroso.
Busca um Estado autoritário e nacionalista; uma sociedade baseada em hierarquia, ordem e disciplina social; e o reconhecimento da suprema autoridade política e jurídica do chefe da nação sobre indivíduos, classes e instituições. Alguns de seus ideólogos, como Gustavo Barroso, dão ao integralismo um fundo racista, defendendo a superioridade da população branca brasileira sobre negros, mestiços e, especialmente, judeus.
Já nos anos 20 o pensamento nacionalista brasileiro desenvolvia uma vertente conservadora. Entre seus entusiastas estão intelectuais de variadas formações e tendências, como o sociólogo Oliveira Viana, o jornalista, professor e político Plínio Salgado e o pensador católico Jackson de Figueiredo. Mesmo sem atuar como grupo, eles têm em comum posições políticas nacionalistas, anti-imperialistas e anticomunistas, criticam a democracia liberal e defendem os regimes fascistas, que começam a despontar na Europa.
O Integralismo possuía como ideias básicas em sua ideologia a afirmação do privilégio do Estado autoritário e nacionalista na ação política, tendo o governante do Estado como líder supremo sobre todas as instituições e classes sociais. O movimento integralista condenava a ação comunista e todas as posições ideológicas liberais, rotulando-as "anarquia liberal".
A fundação da Ação Integralista Brasileira passa a tomar parte fundamental na articulação dos setores da direita radical no Brasil. A AIB possuía uma organização interna também inspirada nos moldes fascistas e ainda nazistas, caracterizados por aspectos como a hierarquização militar interna à organização, além de vestimentas similares às militares, ostentando o símbolo do sigma (a letra grega: (), em analogia ao uso da cruz suástica pelos nazistas. Ainda a organização de direita procurava sustentar lemas como "Deus, pátria e família" e seu grito de saudação, "Anauê" (ou "ave", "salve"), era a versão tupiniquim da saudação do povo da Alemanha nazista aos seus líderes.
A história da AIB conta com vários conflitos entre os integralistas e os movimentos democráticos que ocorriam no Brasil. Na época da Intentona Comunista, ocorrida no ano de 1935, a Ação Integralista apoia oficialmente o governo na repressão do movimento que pretendia instalar o regime comunista no Brasil. No entanto, a organização começou a desarticular-se a partir do golpe que instalaria o Estado Novo no Brasil, sob o comando de Getúlio Vargas. Plínio Salgado havia se candidatado à presidência da República, porém o movimento partidário integralista é dissolvido com o advento do Estado Novo, assim como todos os demais partidos são suprimidos do cenário político brasileiro. 
Desiludidos com Getúlio Vargas, os integralistas promovem o assalto ao palácio presidencial no Rio de Janeiro e pensam contar com a proteção do Exército para tomar o poder. Mas o presidente obtém o apoio da cúpula militar, e o golpe fracassa. Não tardam as perseguições aos integralistas da AIB, Os integralistas são perseguidos e seus líderes, presos. Plínio Salgado é exilado em Portugal, e o movimento desarticula-se.



O CORONELISMO

Expressão usada para definir a estrutura de poder dos grandes proprietários e das oligarquias agrárias entre o fim do Império e o começo da República. O título ou a patente de "coronel" dos grandes proprietários rurais vem de sua participação na Guarda Nacional, criada em 1831. Durante o Império são eles que, com tropas particulares, asseguram a ordem interna.
Com a República, a Guarda Nacional é extinta, mas os coronéis mantêm o poder em suas terras e em áreas de influência. A partir da instituição do regime representativo e da ampliação do direito de voto, ganham importância os partidos políticos e as eleições.
O coronelismo é a manifestação do poder privado – dos senhores de terra – que coexiste com um regime político de extensa base representativa. Refere-se basicamente a estrutura agrária que fornecia as bases de sustentação do poder privado no interior do Brasil, um país essencialmente agrícola. A maioria da população - colonos, meeiros e posseiros - não tinham terras, dependendo em tudo do coronel: para plantar uma roça, para tratamento médico e até mesmo para aprender ler e escrever o nome.
O coronel tinha com a população de uma área um compromisso total, de vida e morte:
- um compromisso econômico: a sobrevivência da população dependia da boa vontade do coronel que mandava em tudo;
- um compromisso social: o coronel era chefe da "grande família", formada por toda a população que dele dependia. Era protetor, juiz, compadre, padrinho, organizador de festas, conselheiro, etc.;
um compromisso político: o coronel era "dono" da área, controlava o voto dos seus "protegidos", que votava em quem ele mandava. Por isso, esses votos se chamavam "voto de cabresto" ou "voto de curral".
Médicos, advogados, professores, tabeliões, padres, todos eram controlados pelo coronel, com quem trocavam favores.
Definido como um compromisso, uma troca de proveitos entre o Poder Público, progressivamente fortalecido, e a decadente influencia social dos chefes locais, notadamente dos senhores de terras. A força dos coronéis provinha dos serviços que prestavam ao chefe do Executivo, para preparar seu sucessor nas eleições, e aos membros do Legislativo, fornecendo-lhes votos e assim ensejando sua permanecia em novos pleitos, o que tornava fictícia a representação popular, em virtude do voto "manipulado".
Certas atribuições, tais como eleger o governador e o prefeito, criar certos impostos, foram retiradas do poder central e transferidas para os estados e municípios. Essa descentralização, introduzida pela República, fortaleceu o poder local. O coronel tinha de mandar e ser obedecido, era a pratica do "mandonismo local".
Esse poder decorria de sua condição de grande proprietário, e era proporcional à quantidade de terras que possuía. Quanto mais terra, maior era o número de pessoas que dependia do coronel. Os coronéis além de manipular os votos através do voto de cabresto, utilizavam muitas fraudes para ganhar as eleições. Exemplos: documentos eram falsificados para que menores analfabetos pudessem votar; pessoas que já tinham morrido eram escritas como eleitores; urnas eram violadas e votos adulterados; muitas artimanhas eram feitas na contagem de votos.
Mas são os coronéis, articulados nas oligarquias regionais, que garantem a eleição de candidatos dos governos federal e estadual durante a República Velha. Eles fazem a propaganda dos candidatos oficiais, controlam o voto não-secreto dos eleitores e a apuração, chegando quase sempre ao resultado esperado.
"Coronel caudilho" nas coxilhas do Sul, "coronel de barranco" nos rios amazônicos do Norte, "coronel donatário" nos sertões do Nordeste ou "coronel empresário" na cafeicultura do Sudeste: os nomes variam, mas a estrutura de poder é a mesma. Os latifundiários e as oligarquias rurais trocam favores por voto: de botina e enxada a emprego público.
Essa prática se apoia nas velhas relações paternalistas originárias da sociedade colonial e só começa a mudar a partir dos anos 30 e 40, com a urbanização e a industrialização. No interior do país, os laços de fidelidade, lealdade e dependência econômica com os senhores de terras ainda condicionam parte do comportamento político da população local.


O CANGAÇO

O cangaço refere-se aos grupos de pessoas armadas que, com roupas e chapéus de couro, faziam assaltos, matavam opositores, enfim, viviam sob suas próprias regras. esses homens e mulheres, os cangaceiros, estiveram muito presentes no serão nordestino.
O ciclo do cangaço ou do banditismo social durou, no Brasil, setenta anos: 1870 a 1940. Foi típico do Nordeste. Geralmente o bandido social é membro de uma sociedade rural e, por várias razões, encarado como proscrito ou criminoso pelo Estado e pelos grandes proprietários. Apesar disso, continua a fazer parte da sociedade camponesa de que é originário e é considerado como herói por sua gente, seja ele um "justiceiro", um "vingador" ou alguém que rouba aos ricos.
A expressão cangaço está relacionada à palavra canga ou cangalho: uma junta de madeira que une os bois para o trabalho. Assim como os bois carregam as cangas para otimizar o labor, os homens que levam os rifles nas costas são chamados de cangaceiros.
O cangaço advém do século XVIII, tempo em que o sertão ainda não havia sido desbravado. Já naquela época, o cangaceiro Jesuíno Brilhante (vulgo Cabeleira) ataca o Recife, e é preso e enforcado em 1786. De Ribeira do Navio, estado de Pernambuco, surgem também os cangaceiros Cassemiro Honório e Márcula. O cangaço passa a se tornar, então, uma profissão lucrativa, surgindo vários grupos que roubam e matam nas caatingas. São eles: Zé Pereira, os irmãos Porcino, Sebastião Pereira e Antônio Quelé. No começo da história, contudo, eles representam grupos de homens armados a serviço de coronéis.
Em 1897, surge o primeiro cangaceiro importante: Antônio Silvino. Com fama de bandido cavalheiresco, que respeita e ajuda muitos, ele atua, durante 17 anos, nos sertões de Alagoas, Pernambuco e Paraíba.  Um outro cangaceiro famoso é Sebastião Pereira (chamado de Sinhô Pereira), que forma o seu bando em 1916. No começo do século XX, frente ao poder dos coronéis e à ausência de justiça e do cumprimento da lei, tais indivíduos entram no cangaço com o propósito de vingar a honra de suas famílias.
Para combater esse novo fenômeno social, o Poder Público cria as "volantes". Nestas forças policiais, os seus integrantes se disfarçavam de cangaceiros, tentando descobrir os seus esconderijos. Logo, ficava bem difícil saber ao certo quem era quem. Do ponto de vista dos cangaceiros, eles eram, simplesmente, os "macacos". E tais "macacos" atuavam com mais ferocidade do que os próprios cangaceiros, criando um clima de grande violência em todo o sertão nordestino.
Por outro lado, a polícia chama de coiteiros todas as pessoas que, de alguma forma, ajudam os cangaceiros. Os residentes no interior do sertão - moradores, vaqueiros e criadores, por exemplo - se inserem, também, dentro dessa categoria.
Sob ordens superiores, as volantes passam a atuar como verdadeiros "esquadrões da morte", surrando, torturando, sangrando e/ou matando coiteiros e bandidos. Se os cangaceiros, portanto, ao empregar a violência, agem completamente fora da lei, as volantes o fazem com o apoio total da lei.
O sertão nordestino foi sendo conquistado aos índios através da expansão das fazendas de gado. O gado possuíam marcas de ferro para serem identificados e muitas vezes invadiam outra fazendas ou eram roubados por bandos de assaltantes. Um outro fato era a questão da herança. Com a morte do proprietário, o filho mais velho era o único herdeiro, enquanto os outros ficavam em total miséria. Os grandes proprietários procuravam conquistar o direito de figurar como autoridades governamentais em suas áreas, o que também gerava divisões entre eles; todos queriam ser coronéis. O aumento da produção algodoeira no Nordeste, final do século XIX, modificou a economia do sertão. A situação do Nordeste vai se agravando com a seca que assola toda região provocando desemprego seguido de fome e miséria, com isso muitos nordestinos se organizam em bandos para assaltar e conseguir alimentos, surgem também grupos para combater desmandos ou injustiças de algum coronel ou ainda para resistir ao alistamento militar.
Os grupos e subgrupos formados pelos cangaceiros existiam em grande quantidade. Era habitual que depois de participar de um agrupamento durante algum tempo o indivíduo se sentisse apto a ter seu próprio bando. No momento em que achava que estava preparado para ter sua própria organização ele se dirigia a seu líder e expunha seus planos. Geralmente não havia nenhum problema. O mais comum era encontrar respaldo em seu chefe que, por sua vez, sabia que, no futuro, se necessário, poderia contar com a ajuda desse seu ex-subalterno.
Dessa forma os grupos iam se subdividindo ou se reagrupando, num contínuo e alternado processo de divisão e crescimento. Assim surgiam os numerosos líderes de bandos, tantos que a maioria teve seus nomes esquecidos pela história.
Diante deste quadro, podemos destacar o aparecimento e a formação dos bandos autônomos de cangaceiros, independentes dos proprietários rurais. É bom lembrar que muitos coronéis tinham verdadeiros interesses na manutenção e contato com os bandos, por precisarem dos seus serviços. Estes coronéis foram chamados de coiteiros, pois encondiam e protegiam os cangaceiros, fornecendo-lhes muitas vezes alimentos e munição. Dentre os bandos mais famosos, conhecidos pelos nomes dos seus líderes, podemos destacar: João Calangro, Jesuíno Brilhante, Antônio Silvino e Lampião, o "Rei do Cangaço" .

Antônio Silvino

Foi um dos primeiros que formaram um desses grupos de cangaceiros independentes. Nascido em 1875, em Pernambuco, era descendente de uma família tradicional da região. Em 1896, decidido a vingar a morte do pai, juntou-se a um bando já formado, do qual depois se tornou líder. Após liquidarem vários de seus inimigos, os bandoleiros prosseguiram lutando contra a polícia, promovendo assaltos e armando tocaias para autoridades e instituições governamentais.
Silvino considerava as autoridades do governo, em todos os níveis, seu maior inimigo. Andava pelo sertão com um grupo pequeno, quase nunca superior a seis homens fortemente armado. Em 1912, tentou abandonar a vida de cangaceiro e pediu ao governo do Estado que perdoasse seus crimes. Como a resposta foi negativa, voltou a atuar como bandido. Cobrava impostos de comerciantes e negociantes, assaltava trens e não reconhecia nenhum tipo de autoridade legal. Em 1918, acabou sendo capturado no município de Taquaritinga (PE) pelas forças policiais lideradas por José Alvino, ex-comerciante que entrara para a polícia depois de ter sido assaltado por Antonio Silvino e que havia prometido capturar o cangaceiro. Silvino ficou preso por mais de vinte anos; libertado, foi morar com a esposa no Rio de Janeiro. Uma vez lá, solicitou emprego ao presidente Getúlio Vargas. Chegou mesmo a ser recebido pelo presidente, que lhe concedeu o emprego. Morreu em 1944.

LAMPIÃO

Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como Lampião, nasceu na fazenda de seus pais, no Vale do Pajeú, Pernambuco, em 1897. Era filho de um modesto fazendeiro que foi morar no estado pernambucano após matar inimigos no Ceará, sua terra natal. Depois de novos conflitos entre famílias, foi viver em Alagoas. Na cidade de Água Branca, seus filhos, incluindo Virgulino, começaram a participar de um grupo de cangaceiros. A polícia alagoana passou a perseguir os Ferreira da Silva, após um ataque a vila. O pai de Lampião acabou sendo assassinado pela polícia. Em seguida morreu a mãe, e os irmãos regressaram para Pernambuco. Em 1918, Lampião ingressou no bando formado por Sinhô Pereira, descendente de família rica e influente de Pernambuco. Ganhou então o apelido por ser muito rápido no gatilho e porque sua arma saía um constante clarão dos disparos, como um lampião. Em 1922, Sinhô Pereira abandonou a região e Lampião se tornou o chefe do bando.
As lutas de famílias propiciaram o banditismo, em que coiteiros, por hostilidade aos inimigos de Lampião, ou temor de represálias que não tinham limites, cooperavam para o insucesso da perseguição policial. Com Lampião, vigorou a lei do extermínio, indo do estupro ao incêndio, do saque ao assassinato frio. Na época da Coluna de Prestes, Lampião foi convidado a colaborar com o governo por intermédio do Padre Cícero, que lhe ofereceu a patente de capitão. Aproveitou-se do momento para armar melhor todo o seu bando. Fazia dos sertões de Sergipe e da Bahia seu quartel-general, de onde irradiava sua influência para os outros Estados do Nordeste, como Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Chegou a investir contra a cidade de Mossoró, que só se salvou pela ação de seus moradores. Cercou e dominou várias cidades e povoados da região, saqueando o comércio, devastando fazendas, sacrificando vidas. Em 1929, Lampião conheceu Maria Bonita, que abandonou o marido para acompanhá-lo. Foi a primeira mulher a ser admitida no grupo de cangaceiros. Depois disso, vários cangaceiros tiveram companheiras vivendo com o grupo. Maria Bonita e as outras mulheres lutavam com o bando, assumindo o papel de cangaceiras. Vários cangaceiros tiveram seus nomes gravados pela história, mas nenhum deles destacou-se tanto quanto Lampião.
Lampião, ao contrário do que muita gente pensa, não foi o primeiro cangaceiro, mas foi, praticamente, o último. Sem dúvida nenhuma foi o mais importante e o mais famoso de todos. Seu nome e seus feitos chegaram a todos os recantos de nosso país e até ao exterior, sendo objeto de reportagens da imprensa internacional.
Até o advento de Lampião, como passou a ser conhecido a partir de certo momento de sua vida, o cangaço era apenas um fenômeno regional, limitado ao nordeste do Brasil. O restante do país não se incomodava com o que não lhe dizia respeito. Mas a presença de Lampião, sua ousadia e seu destemor, fizeram do cangaceiro uma figura de destaque nos noticiários diários do país inteiro, exigindo atenção cada vez maior por parte das autoridades, que se sentiram publicamente desafiadas a liquidá-lo. Passou a ser uma questão de honra acabar com Lampião e, por via de consequência, com o cangaço.
Nos anos 1930, Lampião e Maria Bonita instalaram-se em uma fazenda em angico, no Sergipe. De lá ele comandava as várias células do grupo e participava de algumas incursões.
Em Angico, Lampião foi traído por um vaqueiro que denunciou quem sabia seu paradeiro. Pedro de Cândida, coiteiro de Lampião, foi preso em 1938 e pressionado a revelar o esconderijo e a acompanhar a polícia até o local. Lá chegando, os policiais surpreenderam parte do grupo de Lampião
Combateram pouco tempo e, entre os mortos, o mais temido personagem que já cruzou os sertões do Nordeste: Lampião. Foram necessários oito anos de perseguições e confrontos pela caatinga até que Lampião e seu bando fossem mortos. No momento da sua morte, levava consigo 5 quilos de ouro e uma quantia em dinheiro equivalente a 600 mil reais. Estava decretado o fim do cangaço.
Os cadáveres foram mutilados. As cabeças de Lampião, Maria Bonita, Luís Pedro e outros ficaram, quase 30 anos, exportas ao público, em Salvador, no Museu Nina Rodrigues. As façanhas de Lampião geraram todo um ciclo na literatura de cordel do Nordeste. Por sua inteligência e destreza, Lampião até hoje é considerado o Rei do Cangaço.
A morte dos cangaceiros insere-se no contexto da implementação da ditadura do Estado Novo, quando uma nova ordem jurídica e um maior controle do Estado sobre a vida local foram estabelecidas. Isso favoreceu a redução da corrupção nos órgãos do governo e limitou a ação dos coronéis.
Vários subgrupos ligados a Lampião que escaparam da chacina se entregaram a polícia. Contudo um deles, chefiado por Corisco, continuou em ação. Depois da morte de Lampião, passou a perseguir seus supostos delatores e matadores. Vários foram assassinados até que, em 1940, o próprio Corisco foi morto em perseguição.




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