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Mostrando postagens de agosto 22, 2023

A presidência de Juscelino Kubitschek (1956-1961)

  Em 3 de outubro de 1955, no final do mandato de Vargas, que era cumprido por seus substitutos, realizaram-se novas eleições presidenciais. Os vencedores – com cerca de 35% dos votos – foram os candidatos da Coligação PTB-PSD, partidos de origem getulista: Juscelino Kubitschek de Oliveira (PSD) elegeu-se presidente, e João Goulart (PTB), vice-presidente. Golpismo da UDN Mais uma vez, a UDN – grande adversária do getulismo – era derrotada. Inconformados, os udenistas lideraram uma tentativa de impedir a posse de Juscelino e Goulart. Alegavam que os candidatos vitoriosos recebiam apoio do comunismo internacional e não tinham obtido a maioria absoluta dos votos (ou seja, 50% e mais um voto). O então presidente da República, Café Filho, mostrou-se favorável a essa tese e uniu-se ao golpistas, bem como a parte das Forças Armadas. No entanto, militares ligados ao ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott – de perfil legalista –, desmontaram a conspiração, forçaram o afastamen

A gestão de Café Filho e a crise sucessória

Durante os quinze meses de seu mandato (de agosto de 1954 a novembro de 1955), o presidente Café Filho enfrentou um castigado pela crise econômica. Além da crise política gerada pelo suicídio de Vargas, a inflação estava em alta e os preços do café no mercado internacional continuavam caindo. Diante da crise econômica que atingia o país, a recessão aumentou e, com isso, as lideranças sindicais apoiadas pelos comunistas se fortaleceram. Os comunistas, mesmo atuando na ilegalidade, organizaram uma gigantesca greve operária em São Paulo, em setembro de 1954. Diante da possibilidade eleitoral da aliança nacionalista PSD-PTB – partidos fundados por Getúlio Vargas –, militares como o tenente-coronel Golbery do Couto e Silva e o general Humberto de Alencar Castelo Branco, além do deputado udenista Carlos Lacerda, procuraram impedir a realização das eleições. No início de 1955, corriam rumores de que as Forças Armadas preparavam um golpe de Estado para impedir a candidatura Kubitschek. Em sete