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Mostrando postagens de dezembro 10, 2022

A revolução sandinista

Nem só de golpes de direita viveu a América Latina nos anos da Guerra Fria. Em 1979, um pequeno país da América Central desafiou o poderio norte-americano e fez sua revolução nitidamente popular chegar à vitória: a Nicarágua. A revolução sandinista marcou mais um capítulo na longa história de luta da Nicarágua pela sua soberania. A ingerência dos Estados Unidos sobre a vida política da Nicarágua vem desde o século XIX. No começo do século XX, o governo de Washington ampliou sua influência, interessado em proteger seu monopólio sobre o canal entre os oceanos Atlântico e Pacífico, inaugurado no vizinho Panamá em 1914.A ostensiva presença norte-americana na Nicarágua gerou a criação de movimentos nacionalistas de resistência. O principal líder guerrilheiro, Augusto César Sandino, foi morto em 1934 por ordem do então comandante da Guarda Nacional nicaraguense, Anastásio Somoza Garcia. Em 1936, Somoza venceu as eleições presidenciais e inaugurou uma ditadura dinástica que atravessaria quatr

Gorbatchev e o fim da Guerra Fria

Quando Mikhail Gorbatchev assumiu o comando político da União Soviética, em 1985, era evidente o descompasso entre o bloco socialista e o capitalista, devido ao crescimento econômico e tecnológico desse último. Em países como Estados Unidos, Japão e Alemanha efetivava-se uma dinâmica produtiva fundada na alta tecnologia, na eletrônica, na biotecnologia, na química fina. Esse novo momento do desenvolvimento capitalista, chamado por muitos de Terceira Revolução Industrial , exigia grande volume de capitais pra manter as intensas e custosas pesquisas, e a rapidez e o dinamismo na produção de bens. Contando com imensas riquezas e o domínio mercado internacional, as grandes potências capitalistas viviam, assim, nos anos 1980, situação bem diferente da lentidão burocrática do regime soviético. A concorrência e a iniciativa privada, características típicas da economia capitalista, deixavam para trás as estruturas de produção planificadas, sob o comando burocrático dos soviéticos. Para enfrent

Administração Gerald Ford (1974-1976)

Gerald Ford, vice de Nixon, completou seu mandato, no qual se destacaram a derrota norte-americana na Guerra do Vietnã e a contínua desmoralização do Partido Republicano. A derrota árabe na Guerra de Yom Kippur fez a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) aumentar o preço do barril de petróleo, que gerou a crise do petróleo de 1973 e trouxe um novo componente para o já tenso Oriente Médio. A crise provocou, em especial a partir de 1974, recessão mundial e grandes dificuldades para Ford manter com segurança a hegemonia dos Estados Unidos.

Boris Yeltsin

Boris Yeltsin, político russo, foi o primeiro presidente da Rússia após o desmembramento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Ministro de Mikhail Gorbachev, Yeltsin foi demitido em 1987 por pressionar o governo a acelerar as reformas políticas. Passou para a oposição, acabando por se tornar presidente do Soviete Supremo da Rússia, em 1989. Em 1991, foi eleito para o recém-criado cargo de presidente da Rússia, defendendo reformas mais radicais que as de Gorbachev, o então secretário-geral do Partido. Yeltsin conduziu o desmembramento da URSS e a formação da Comunidade de Estados Independentes (CEI). Eleito em 1991 para a presidência da recém-criada Federação Russa, Boris Yeltsin acelerou a transição do socialismo burocrático de Estado para o capitalismo, abolindo os controles de preços e privatizando as empresas estatais. A rapidez e a profundidade das mudanças, entretanto, agravaram os problemas da economia. Entre 1991 e 1998, o PIB registrou quedas sucessivas, o que

Revolução Chinesa

Com cerca de 400 milhões de habitantes a china no final do século XIX era um país submetidos aos interesses das principais potências imperialistas. Essa sujeição era tão intensa que, nas praças públicas das cidades chinesas, os ocidentais davam-se o direito de fincar cartazes onde se lia. “É proibida a entrada de cães e de chineses no jardim.” Cobiçada por suas riquezas naturais, pela grande população e pelo potencial de matérias-primas, a China acabou subjugada pelas potências capitalistas no século XIX com guerras e tratados desiguais. Após a Guerra do Ópio e a assinatura do Tratado de Nanquim, Hong Kong passou a ser controlada pelos britânicos em 1842. A cidade representava um ponto fundamental de ligação entre a Europa e a China. Para exercer sua dominação, as nações imperialistas contavam com o apoio de uma propaganda massiva e a conivência dos imperadores chineses da dinastia Manchu, que dominavam o país desde o século XVII. Esse contexto marcado por privilégios e humilhações lev

Bloco socialista - União Soviética

Após a Segunda Guerra, o mundo se bipolarizou: de um lado, estavam os países que passaram a seguir o modelo soviético; do outro, os que continuaram sob influência norte-americana. Eram dois sistemas distintos – o socialismo e o capitalismo –, que as superpotências representavam e defendiam. Sem travar um confronto bélico direto, Estados Unidos e União Soviética viveram momentos de tensão durante a Guerra Fria clássica, opuseram seus sistemas econômicos durante a Coexistência Pacífica e, já na década de 70, iniciaram uma política de "afrouxamento" – a Détente. Enquanto isso, vários presidentes e líderes estiveram à frente dessas superpotências. O primeiro país a adotar o socialismo como forma de governo e de organização da sociedade foi a união soviética, com a Revolução de 1917. Nas décadas de 20 e 30 fortaleceram-se os Partidos Comunistas de vários países, mas suas tentativas revolucionárias, como na Hungria em 1926, fracassaram. Só após a Segunda Guerra Mundial é que a mai

A Revolução Cubana (1959)

Cuba antes da revolução Cuba conseguiu libertar-se da Espanha em 1898, com um exército comandado por José Martí e composto em sua maioria por ex-escravos que, apesar de portarem facões, vencerem soldados armados de fuzis e baionetas. Do domínio espanhol à tutela norte-americana, Cuba foi disputada desde o século XV. Como colônia espanhola, passou de importante porto à área produtora de açúcar e tabaco. Apesar de politicamente independente, o país passou a ser quase totalmente dominado pelos norte-americanos. Estes compravam a maior parte do açúcar cubano, o principal produto de exportação da ilha, e se aproveitavam disso para impor sua tutela. Essa dominação foi oficializada em 1901, através da imposição da Emenda Platt, por meio da qual os norte-americanos se reservavam o direito de instalar bases militares no país e de intervir militarmente toda vez que considerassem seus interesses ameaçados. Governos autoritários, corruptos e comprometidos com os Estados Unidos forneceram o meio id

A desintegração do bloco socialista

A abertura que Mikhail Gorbatchov introduziu na União Soviética e a pressão dos povos – em geral, desejosos de acabar com a ditadura do Partido Comunista em seus países – fizeram com que, de junho a dezembro de 1989, subissem ao poder no bloco socialista vários governos reformadores. A desintegração do bloco socialista, a partir desse ano, se deu por várias vias: negociações entre as autoridades e oposição na Polônia, Hungria e Bulgária; revolução popular violenta na Romênia e manifestações de massa pela democracia na Tchecoslováquia e Alemanha Oriental. O novo Leste europeu Após 1980, cresceram os descontentamentos na Europa oriental, devido às limitações e dificuldades da economia planificada, além de divergências com relação às determinações impostas por Moscou. No finai de 1989, a região iniciou uma série de profundas transformações graças à Perestroika, que fez com que a União Soviética afrouxasse os laços regionais. Além disso, a população exigia mudanças substanciais, tanto polí

Administração Mikhail Gorbatchev (1985-1991)

A saída de antigos líderes do Partido e a renovação dos quadros dirigentes possibilitaram o fortalecimento político de Gorbatchev e de seu programa de mudanças. Em seu governo, ocorreram reformas nas Forças Armadas, na legislação eleitoral, na administração popular, na economia e na política externa, mas foi em 1985 que os planos mais amplos de transformações foram lançados – a Perestroika e a Glasnost. Gorbatchev acreditava que esses planos estabeleceriam um "socialismo humanitário". As mudanças pretendidas por Gorbatchev No plano político, Gorbatchev propôs a separação entre o Partido Comunista e o Estado, a desburocratização do Estado, com fusões ou extinção de ministérios e organismos, a reforma da legislação eleitoral e o retorno do poder para os sovietes. No plano econômico, defendeu o fim do planejamento rígido central e do sistema de preços ditado pelo governo; autogestão das empresas estatais e liberdade para competirem entre si no mercado; o fim da política de subsí

Período Leonid Brejnev (1964-1982)

  Retorno da burocratização, do centralismo político-administrativo e da repressão às dissidências – enfim, do velho modelo stalinista – foram características do período Brejnev. Essa política causou uma perda de competitividade tecnológica com o Ocidente, principalmente na produção de bens de consumo. O ritmo produtivo caiu, apresentando reduções nas taxas de crescimento industrial e agrícola, assim como na produtividade do trabalho. Política externa   O rigor também se fez presente nas relações da União Soviética com os países do seu bloco, sendo a Primavera de Praga o melhor exemplo dessa nova orientação na política externa. Os contatos com os Estados Unidos foram restabelecidos a partir de 1973 (período da Détente). A melhoria nas relações possibilitou o primeiro vôo espacial conjunto – Soiuz-Apolo, em 1975.  Primavera de Praga   Na então Tchecoslováquia, desde o início de 1968, reformas pretendiam modernizar a economia e transformar o papel do Estado. Com apoio de intelect

Nikita Kruschev

  Líder do Partido Comunista soviético de 1953 a 1964 Kruschev, bolchevique desde 1918, chegou em 1953 ao poder. As principais fases de sua carreira política foram:  primeiro-secretário do comitê do partido do território e cidade de Moscou, entre 1935 e 1938; primeiro-secretário do partido na Ucrânia entre 1938 e 1945 e, posteriormente, entre 1947 e 1949; membro do Politburo (desde 1952 do Presidium) entre 1939 e 1964; comissário político do Exército Vermelho entre 1941 e 1945; primeiro-secretário do comitê do PCUS em 1953; presidente do conselho de ministros e também primeiro-ministro, controlando os postos de poder na União Soviética impulsionado pela destituição de Nikolai Bulganin (1958). De 1953 a 1959, Kruschev dispensou os dirigentes de Stálin (exceto Anastasi I. Mikoyan, chefe do Estado de 1964 a 1965), substituindo-os por partidários seus. Seu discurso no XX Congresso do PCUS de 1956 provocou a ruptura definitiva do partido com Josef W. Stálin e iniciou um período de relativ

Josef Stalin

Secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) e líder da União Soviética de 1922 a 1953. Seu verdadeiro nome era J. V. Dzhugachvili. Stalin personificou a história e o caráter da União Soviética. Com seu sistema de governo, o "stalinismo", que conduziu à prática generalizada do terror, não apenas assegurou seu domínio pessoal durante 30 anos na União Soviética e a conversão do país numa potência mundial como também estabeleceu as bases para a queda e a desintegração do comunismo. Filho de um sapateiro e de uma lavadeira, foi expulso do seminário ortodoxo em 1899, devido a suas atividades como membro do Partido Operário Social-Democrata Russo. Após a ruptura do partido em 1903, filiou-se à ala bolchevique liderada por Vladimir I. Lenin. Como revolucionário profissional, foi escalando posições até ingressar em 1912 no Comitê Central, quando adotou seu primeiro pseudônimo, "Koba", depois substituído por "Stalin". Foi um dos principais dirige

GEORGE W. BUSH

George Walker Bush, politico norte-americano (New Haven, Connecticut, 1946). Eleito presidente dos Estados Unidos em 2000, pelo Partido Republicano. Filho do ex-presidente George Bush, foi governador do Texas. Disputou a presidência em 2000 e após longo e polêmico processo de contagem de votos, contestado judicialmente pelo adversário Al Gore, foi declarado presidente eleito e assumiu o cargo em janeiro de 2001.  Ao assumir o poder, George W. Bush teve de enfrentar a desaceleração do crescimento econômico que caracterizou os dois mandatos de Bill Clinton. Houve queda na produção industrial e crescimento do desemprego, que em 2003 chegou a 6,1% da força de trabalho, ou 9 milhões de desempregados,, número alto para os Estados Unidos. Bush tentou reverter a situação e promoveu o retorno da política neoliberal de Ronald Reagan. Assim, cortou impostos dos grupos mais ricos e diminuiu gastos do governo com previdência social. Coerente com essa política, deu prioridade aos interesses das gran

Bill Clinton: anos de prosperidade

Seu nome completo é William Jefferson Clinton (seu apelido foi, primeiramente, Blythe). É o segundo presidente mais jovem na história dos Estados Unidos, depois de John F. Kennedy. Foi professor no Arkansas, tendo sido eleito em 1978, aos 32 anos de idade, governador de seu Estado natal. Foi reeleito sucessivamente para o cargo de 1983 a 1992. Candidatou-se às eleições presidenciais de 1992, vencendo o presidente anterior, o republicano George Bush. Em 3 de novembro de 1992, os norte-americanos elegeram o candidato do Partido Democrata, Bill Clinton, como o 42º presidente dos Estados Unidos.    Sua posse, em 20 de janeiro de 1993, foi revestida de um caráter de verdadeira celebração, após 12 anos de governos republicanos.  Apesar de o Senado e a Câmara de Representantes terem passado também a ser dominados por seu partido, Clinton – primeiro democrata a ocupar a Presidência dos EUA após 12 anos de governos republicanos – foi incapaz de pôr em prática durante o primeiro mandato sua polí

GEORGE BUSH (1989-1993)

George Bush, político norte-americano. Foi o 41º presidente dos EUA, eleito pelo Partido Republicano (1989-1993), depois de servir como vice-presidente nos dois governos de Ronald Reagan (1981-1989). O impacto causado pelo degelo das relações com a União Soviética facilitou a eleição do republicano George Bush, que assumiu o lugar de Ronald Reagan em 20 de janeiro de 1989. Bush comprometeu-se a dar sequência às medidas para sanear a economia norte-americana e continuar o diálogo com a União soviética. As boas relações com a União Soviética foram mantidas. Quanto a recuperação econômica, porém, Bush enfrentou sérios problemas. O projeto para aumentar a arrecadação e assim resolver o déficit orçamentário foi responsável pela derrocada republicana na Câmara e no Senado nas eleições de 1990. Em dezembro de 1989, Bush autorizou a invasão do Panamá, para depor o "homem forte" do governo, general Manoel Noriega, acusado no tráfico internacional de drogas. A intervenção norte america

Ronald Reagan (1981 a 1989)

Primeiro repórter, depois ator de cinema e, entre 1947 e 1952 e em 1959, presidente do sindicato de atores, Reagan entrou em 1962 na política como membro do Partido Republicano. De 1967 a 1974, foi governador do Estado da Califórnia e, em 1981, eleito presidente, em substituição a Jimmy Carter e, depois, reeleito em 1984.  Reagan representou a volta dos republicanos à Presidência nas eleições de 1980, cujo vencedor foi Ronald Reagan, um político de posições conservadoras, afinado com o neoliberalismo. No ano anterior, a Inglaterra também havia escolhido o caminho neoliberal, com a ascensão de Margaret Thatcher ao posto de primeiro-ministro. Contribuiu para a expansão da economia norte-americana. Poucos dias após sua posse, ainda em 1981, foi vítima de um atentado a bala. Recuperado, viu sua popularidade subir, ganhando apoio popular para suas reformas. Durante seus dois mandatos, criou condições favoráveis para o crescimento econômico, conseguindo manter baixa a inflação e aumentar o n

Governo Jimmy Carter (1976-1980)

A conjuntura anterior propiciou o retorno dos democratas à Casa Branca, mas os desafios eram grandes. Na política interna, o quadro econômico era de recessão, inflação e elevado desemprego, em especial pelas dificuldades na indústria automobilística, profundamente atingida pela crise do petróleo. A recessão não foi evitada pelo presidente democrata Jimmy Carter, pois o aumento dos preços internacionais do petróleo, decretado a partir de 1973 pela OPEP, atingiu diretamente as indústrias automobilistas norte americanas, gerando desemprego em massa, agravado por uma inflação de 12% ao ano. Carter desenvolveu uma política externa baseada na defesa dos direitos humanos,  bem representada na suspensão do apoio dos Estados Unidos às ditaduras militares latino-americanas. No Oriente Médio, Carter promoveu a aproximação entre Israel e Egito, com o Acordo de Camp David (1979). Reatou oficialmente as relações entre Estados Unidos e China e passou a rever os acordos relacionados ao Canal do Panamá

Período Nixon (1968-1974)

O desgaste do governo do democrata Lyndon Johnson facilitou a vitória do republicano Richard Nixon, em 1968, e sua reeleição em 1972. Na política externa, Nixon e seu secretário de Estado, Henry Kissinger, retomaram a reaproximação com o bloco socialista (Détente), sem abrir mão das tradicionais ofensivas. O processo de aproximação dos Estados Unidos com a China forçou a União Soviética a encarar a antiga aliada asiática como nova rival. O interesse na concretização das relações sino-americanas somado à ampliação das pressões da opinião pública (particularmente da juventude influenciada pelas manifestações de (Maio de 1968) contra a participação americana no conflito asiático, forçaram Nixon a negociar a saída dos Estados Unidos da Guerra do Vietnã. De certa forma, o sucesso na corrida espacial, com a chegada do primeiro homem à Lua em julho de 1969, abafou os problemas internos da nação. Isso permitiu ao presidente intensificar a participação americana no Sudeste Asiático, estendida p

Período Lyndon Johnson (1963-1968)

Lyndon Johnson completou o mandato como vice de Kennedy e foi reeleito para o período de 1964-1968. Adotou uma forte ofensiva contra o socialismo, afastando-se da União Soviética e envolvendo ainda mais os Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Durante seu governo, foram enviados mais de 500 mil soldados para o Vietnã, o que provocou reações e protestos internos contra a intervenção norte-americana no conflito asiático. Em 1968 eclodiram protestos contra o envolvimento do país no Vietnã. O americano médio, que até então apoiara incondicionalmente a política exterior, foi atingido em cheio pelo recrutamento obrigatório cada vez mais intenso. De outro lado, buscando preservar sua hegemonia no continente latino americano, em constante ebulição sociopolítica, realizou a intervenção militar na República de Sant Domingo, evitando o surgimento de um novo Estado socialista na América. Na política interna, o destaque foi a ampliação do movimento negro contra o segregacionismo. Apesar do desenvolvi