Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro 25, 2023

O MUNDO MULTIPOLAR

  Na última década do século XX, o mundo bipolar, característico do antagonismo global entre EUA e URSS, foi substituído por uma nova ordem mundial, em que o confronto entre sistemas capitalista e socialista cedeu lugar à disputa dentro do próprio capitalismo. Essa disputa vem se desenvolvendo por meio da formação de blocos regionais de poder político e econômico. Embora os EUA tenham emergido da Guerra Fria como única superpotência mundial, e ainda possuam a maior economia e o maior poder militar do globo, sua autoridade política no mundo está em declínio. Além disso, outras nações se desenvolveram de forma acelerada, como Japão, Alemanha, França e Inglaterra, passando de países dependentes a concorrentes dos EUA. Nessa nova conjuntura de distribuição do poder econômico, destacam-se três polos: o americano, liderado pelos EUA; o europeu, constituído pelos países da União Europeia; e o oriental, cujo centro é o Japão. Essa nova configuração do poder é conhecida como mundo multipolar. A

Iniciando o século XXI

Se Phileas Fogg, personagem do romance do francês Júlio Verne, escrito no século XIX, fizesse hoje uma nova Volta ao mundo em 80 dias, com certeza não deixaria de notar dois fenômenos marcantes que afetam o planeta: a explosão tecnológica e a explosão demográfica. E perceberia, inclusive, que ambos estão geograficamente separados entre si. O desenvolvimento da tecnologia se concentra nos países desenvolvidos situados no Hemisfério Norte. Quase todos eles têm pequenas taxas de crescimento demográfico, uma população que está estabilizada ou mesmo diminuindo. Por outro lado, o aumento populacional ocorre nos países subdesenvolvidos localizados no Hemisfério Sul, que têm sido pouco ou nada beneficiados pela atual revolução tecnológica. Ao lado de aspectos positivos, nesses países as técnicas inovadoras têm gerado vários problemas ou agravado os já existentes, como a concentração de renda, a alta do desemprego e o incremento da exclusão social. Por sua vez, a explosão demográfica também con

A globalização: internacionalização do capitalismo

  Desde seu aparecimento, no início dos tempos modernos, o capitalismo tendeu para a internacionalização. Essa tendência já se manifestava nos séculos XV XVI, com as Grandes Navegações abrindo os caminhos para a expansão do capitalismo comercial em escala mundial. No século XIX, o processo de internacionalização tomou a forma de imperialismo, caracterizado pela expansão do capital financeiro e pela divisão internacional do trabalho. No fim do século XX, esse processo ganhou novos contornos. Devido ao avanço tecnológico, sobretudo nas áreas de informática e de comunicações, capitais e mercadorias passaram a circular de forma mais intensa por todo o mundo, dando origem à globalização. Esse processo está conduzindo os povos do mundo uma interdependência cada vez maior. Mas a riqueza gerada pela globalização não chega a ser apropriada de forma igualitária por todas as nações, o que amplia os contrastes entre países ricos e pobres, gerando conflitos ao redor do mundo. Uma nova ordem mundial

A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Desde o começo da Era espacial, no início da década de 1960, novas tecnologias são criadas e aprimoradas a cada dia. Nas décadas mais recentes, devido à rapidez com que ocorrem as inovações, essas tecnologias se popularizaram e tornaram-se mais comuns no cotidiano das pessoas, mudando seu modo de vida. A necessidade de acompanhar o s avanços da tecnologia está provocando, em muitas sociedades, uma transformação profunda nos mecanismos de produção, armazenamento, administração, comercialização e consumo. Esse conjunto de transformações pelas quais estamos passando pode ser considerada uma Terceira revolução Industrial. Essa revolução seria caracterizada pela grande rapidez com que os avanços científicos e tecnológicos surgem e são implementados nas linhas de produção das fábricas. Além disso, vem ocorrendo um grande aumento no fluxo de informações e de capital monetário (com o uso dos meios de comunicação) e também na velocidade e na quantidade dos deslocamentos mundiais de mercadorias

A Europa Contemporânea

  Rumo à Europa unida Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, um sentimento era comum à maioria dos governos e das sociedades europeias: era preciso encontrar um caminho que assegurasse uma paz duradoura para a reconstrução dos países destruídos. Essa reconstrução exigia um esforço gigantesco dos governos e recursos financeiros em grande escala para reerguer cidades, restabelecer as comunicações e reorganizar a economia. Os recursos financeiros vieram dos Estados Unidos por meio do Plano Marshall, que transferiu para a Europa cerca de 14 bilhões de dólares entre 1947 e 1952. Em 1948, os líderes dos países europeus que se beneficiaram do Plano Marshall criaram a Organização Europeia de Cooperação Econômica (OECE). O objetivo da OECE era planejar como e onde utilizar os recursos do Plano Marshall nas atividades de reconstrução da Europa. Essa organização ofereceu uma das bases para outras experiências de integração do continente. Assim, em 1951 os governos da França, Alemanha Ocidental,