Em 1968, na Tchecoslováquia, setenta intelectuais publicavam um manifesto intitulado Duas mil palavras, em que reivindicavam liberdade econômica e, mais ainda política: pluralismo partidário e o completo desligamento da União Soviética. Estava em curso a Primavera de Praga. A Tchecoslováquia, que recebera de braços abertos o Exército Vermelho russo como seu libertador do domínio nazista ao final da Segunda Guerra Mundial, logo depois começou a descobrir que a ditadura de partido único, além de eliminar suas tradições democráticas, estava transformando uma das mais dinâmicas economias europeias em um país de Terceiro Mundo. A ala reformista do partido comunista depôs, na virada de 1967-1968, os conservadores capitaneados por Antonín Novotny e, em seu lugar, ascendeu ao poder o eslovaco Alexander Dubcek. Em 5 de abril de 1968 o povo tcheco tomou-se de surpresa quando soube dos principais pontos do novo Programa de Ação do PC tchecoslovaco. Fora uma elaboração de um grupo de jovens intel
Ciências Humanas e da Natureza