Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro 13, 2023

A Igreja popular (do golpe de 1964 até a redemocratização)

De início, parcela significativa da Igreja mostrou-se simpática ao movimento militar de 1964. Para a maioria do clero, era preciso conter o avanço comunista. Por isso, o então cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Agnello Rossi, estava na primeira fila da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em março de 1964. No entanto, não demoraram a surgir vários conflitos entre a Igreja e o Estado. Desde a vitória da revolução cubana, em 1959, muitos militantes católicos passaram a ver no socialismo uma opção viável para a luta contra a miséria do povo brasileiro. Quando a polícia começou a prender os militantes da Ação Católica e os colaboradores do MEB (Movimento de Educação de Base), por suas eventuais simpatias com o socialismo, a Igreja mobilizou-se em sua defesa. Os conflitos cresceram em intensidade a partir de 1968: numerosos padres foram presos, torturados e expulsos do Brasil; o bispo de Nova Iguaçu, Dom Adriano Hypólito, foi sequestrado e maltratado; houve órgãos da Igreja censura