Pular para o conteúdo principal

Postagens

A Guerra de Canudos

A Guerra de Canudos, considerada um dos conflitos mais violentos da história do país, aconteceu na Bahia entre os anos de 1896 e 1897. Canudos foi um povoado no interior da Bahia onde Antônio Vicente Mendes Maciel, conhecido como Antônio Conselheiro, passou a viver com seus seguidores em 1893. Conselheiro, que era um peregrino e pregador da região, mudou o nome do povoado para arraial de Belo Monte. Em suas pregações, ele fazia várias críticas à República, principalmente com relação ao aumento de impostos e à situação de miséria do povo. A comunidade chegou a abrigar cerca de 20 mil moradores. O crescimento do povoado incomodou os latifundiários, pois muitas famílias deixavam suas moradias e seu trabalho para viver em Canudos, provocando a diminuição da mão de obra nas fazendas da região. Toda a região do Nordeste passava por aguda crise econômica, deixando a maioria da população do campo em estado de miséria. Depois de 1877, quando teve início um longo período de secas, a miséria e a

REVOLTA TENENTISTAS

Movimentos de insurreição que explodem no Rio de Janeiro, em 1922; em São Paulo, em 1924; e continuam até 1927 com a luta da Coluna Prestes no interior do Brasil. Expressam a insatisfação de setores militares com os governos e a República Velha. Manifestando os interesses da baixa e média oficialidade, os tenentes tornam-se importante núcleo de oposição às oligarquias e ao sistema republicano vigente. Pregam a moralização da política e a volta das liberdades públicas, defendem o capital nacional e exigem a restauração das forças militares. O Tenentismo foi um movimento liderado por oficiais militares, principalmente tenentes, que pretendia reformar a república pela luta armada. Eles reivindicavam a moralização da administração pública, o fim da corrupção eleitoral, a instituição do voto secreto, uma justiça eleitoral confiável, a defesa da economia nacional contra a exploração de empresários e do capital estrangeiro, além de ensino gratuito e obrigatório para todos os brasileiros. Revo

Revolta Federalista

Movimento insurrecional do início da República envolvendo as principais facções políticas do Rio Grande do Sul. Começa em 1893 e dura até 1895. Dois partidos disputam o poder. De um lado, o Partido Federalista reúne a velha elite do Partido Liberal do Império, sob a liderança de Gaspar da Silveira Martins. De outro, o Partido Republicano Rio-Grandense agrupa os republicanos históricos, participantes do movimento pela proclamação da República, comandado pelo governador Júlio de Castilhos. Ancorados em bases eleitorais nas cidades do litoral e da serra, os republicanos querem manter o poder. Já os federalistas, que representam os interesses dos grandes estancieiros da Campanha Gaúcha, lutam contra o que chamam de "tirania do castilhismo" e exigem a reforma da Constituição do estado para impedir a perpetuação dos rivais no poder. Maragatos e chimangos – Em fevereiro de 1893, ano da campanha eleitoral para o governo estadual, os federalistas, chamados maragatos, iniciam sangrento

A COLUNA PRESTES

No início de abril de 1925, as forças gaúchas comandadas pelo capitão Luís Carlos Prestes se uniam com as tropas que fugiam de São Paulo. Os dois grupos haviam participado das rebeliões do ano anterior, mantiveram focos de resistência e procuravam manter e fortalecer sua organização, para retomar a luta pelo grande ideal: Salvar a Pátria. Depois de convencer os líderes paulistas da possibilidade da vitória contra o governo e as tropas fiéis a ele, Prestes iniciou a longa marcha afastando-se do país. A coluna atravessou o Paraguai no final de abril e voltou ao país através do Mato Grosso. Do Mato Grosso, passando por Goiás, a coluna dirigiu-se para o Nordeste, atingindo o Estado do Maranhão no mês de novembro de 1925, chegando logo depois a ameaçar diretamente a cidade de Teresina. Na região nordeste os rebeldes percorreram praticamente todos os estados, chegando a ameaçar efetivamente a cidade de Teresina. Em todos os momentos a maior resistência virá das forças arregimentadas pelos co

Revolta da Vacina

No início do século XX, o Rio de Janeiro já era lindo, mas a falta de saneamento básico e as péssimas condições de higiene faziam da cidade um foco de epidemias, principalmente febre amarela, varíola e peste. O Rio de Janeiro, habitado por cerca de 700 mil pessoas, era uma cidade com graves problemas urbanísticos. As ruas eram estreitas e malcheirosas devido à quase total inexistência de um sistema de esgotos adequado. Desde os primeiros governos republicanos, estava sendo elaborado um projeto de reforma urbana visando transformar o Rio de Janeiro na “capital do progresso”. A cidade deveria, assim, transmitir uma imagem moderna da jovem república. Para isso, em 1904, foram realizadas diversas obras públicas na cidade. Alargaram-se ruas no centro, implantou-se a Avenida Central (atual Avenida Rio Branco), ampliaram-se o abastecimento de água e a rede de esgotos e remodelou-se o porto. Muitos cortiços do centro foram demolidos, e seus moradores passaram a viver em barracos nos morros ou

REVOLTA DA CHIBATA (1910)

Conhecida também como revolta dos marinheiros, ocorre em unidades da Marinha de Guerra brasileira baseadas no Rio de Janeiro, em 1910. Foi um protesto feito pelos marinheiros, que quando cometiam algum erro eram castigados com 25 chibatadas. Eles queriam acabar com essa tortura, então eles mandaram um comunicado para o presidente pedindo o fim da tortura e melhorias na alimentação. Desde a segunda metade do século XIX, eram comuns revoltas de homens recrutados pela marinha brasileira. Isso ocorria porque a instituição mantinha normas antigas, como a punição com chibatadas a marinheiros que cometessem faltas. Os marujos rebelados reivindicam de Hermes da Fonseca, recém-empossado na Presidência, a aprovação do projeto de anistia geral em discussão no Congresso, o cumprimento da lei que aumenta seus vencimentos, a redução da jornada de trabalho e a abolição dos castigos corporais e cruéis na Armada, como o açoite (a chibatada), a palmatória, a prisão a ferros e a solitária. Apesar de ocor

A Revolta da Armada

A Revolta da Armada, foi uma revolução liderada pelo audacioso baiano Custódio José de Mello, contra a permanência no poder, do governo do vice-presidente Floriano Peixoto, que os revoltosos declarando ilegítimo, exigiam uma presidência interina até a convocação de novas eleições. Com a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), à presidência da República, em 23 de novembro de 1891, após nove meses de governo, o vice-presidente Floriano Peixoto assume o cargo. A Constituição Federal de 1891, no entanto, previa nova eleição caso a Presidência ou vice-presidência ficassem vagas antes de decorridos dois anos de mandato. A oposição acusa Floriano Peixoto de manter-se ilegalmente à frente da nação. Contudo, interpretando as disposições transitórias da Constituição de 1891, o autoritário e imprevisível Floriano Peixoto dispunha-se a completar o mandato de seu antecessor, como de fato o fez. Em verdade, o governo de Floriano era inconstitucional: o artigo 42 dizia que, se o presiden