quarta-feira, 4 de outubro de 2023

A Revolta da Armada

A Revolta da Armada, foi uma revolução liderada pelo audacioso baiano Custódio José de Mello, contra a permanência no poder, do governo do vice-presidente Floriano Peixoto, que os revoltosos declarando ilegítimo, exigiam uma presidência interina até a convocação de novas eleições.

Com a renúncia do marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892), à presidência da República, em 23 de novembro de 1891, após nove meses de governo, o vice-presidente Floriano Peixoto assume o cargo. A Constituição Federal de 1891, no entanto, previa nova eleição caso a Presidência ou vice-presidência ficassem vagas antes de decorridos dois anos de mandato. A oposição acusa Floriano Peixoto de manter-se ilegalmente à frente da nação.
Contudo, interpretando as disposições transitórias da Constituição de 1891, o autoritário e imprevisível Floriano Peixoto dispunha-se a completar o mandato de seu antecessor, como de fato o fez. Em verdade, o governo de Floriano era inconstitucional: o artigo 42 dizia que, se o presidente não completasse a metade do mandato, novas eleições deviam ser convocadas.
Em 6 de setembro de 1893 um grupo de altos oficiais da Marinha exige a imediata convocação dos eleitores para a escolha dos governantes. Entre os revoltosos estão os almirantes Luiz Felipe de Saldanha da Gama, Eduardo Wandenkolk e Custódio José de Melo, ex-Ministro da Marinha e candidato declarado à sucessão de Floriano.
No movimento encontram-se também jovens oficiais e muitos monarquistas. A adesão destes reflete o descontentamento da Armada com o pequeno prestigio da Marinha em comparação ao Exército. A revolta atrai muito pouco apoio no Rio de Janeiro. Sem oportunidade de saírem vitoriosos, os amotinados dirigem-se para o Sul do país. A maioria da oficialidade ou se decidiu por Floriano, guarnecendo os navios adquiridos por ele, ou manteve-se em posição discordante em relação à revolta, mas sem demonstrar cabalmente desejo de combatê-la.
Alguns efetivos desembarcam em Desterro (atual Florianópolis), e tentam inutilmente articular-se com os federalistas gaúchos. Floriano Peixoto adquire novos navios de guerra no exterior e com eles derrota a Revolta da Armada.

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