A “linha dura” militar estava insatisfeita. Muitos militares queriam a continuidade da ditadura. Eles passaram a pôr bombas em bancas de jornais e a enviar cartas-bombas pelos correios, matando e ferindo pessoas inocentes. Estavam praticando atos de terrorismo.
Um dos episódios mais graves ocorreu na noite de 30 de abril de 1981. No pavilhão do Riocentro, no Rio de Janeiro, milhares de jovens assistiam a um show. Agentes da “linha dura” do governo planejaram desativar a energia elétrica e, em plena escuridão, detonar uma bomba no meio da multidão, matando e ferindo centenas de pessoas.
No entanto, enquanto os dois agentes preparavam a bomba dentro do carro, ela acidentalmente explodiu, matando um dos militares e ferindo o outro gravemente. Ninguém foi punido.
Foi nesse contexto que surgiu a campanha das Diretas Já, em 1983. Tratava-se de uma proposta apresentada ao Congresso Nacional para que a eleição para presidente da República voltasse a ser direta, ou seja, para que o povo pudesse eleger o presidente. Imensos comícios foram realizados nas capitais dos estados, mas o Congresso Nacional recusou a proposta. O sentimento de frustração tomou a sociedade brasileira.
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