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Fake news e desinformação no mundo virtual

A disseminação das tecnologias de comunicação e a ampliação do acesso à internet facilitaram a comunicação e a interação entre as pessoas. No entanto, um dos problemas decorrentes desse acontecimento foi a proliferação de notícias falsas, mais conhecidas como fake news. Essa expressão, que em português significa “notícias falsas”, refere-se a notícias total ou parcialmente manipuladas com o objetivo de difamar, prejudicar uma pessoa, um grupo ou uma instituição.

Entre os principais problemas contemporâneos associados ao uso inapropriado da internet está o da disseminação das fake news. O termo fake news quer dizer “notícia falsa” em inglês. Porém, o conceito que essa expressão carrega é mais profundo que essa simples tradução. Ele diz respeito a uma informação deliberadamente falsa, isto é, uma informação criada para enganar pessoas e, com isso, atingir determinados objetivos.

As fake news geralmente são compartilhadas na internet, principalmente nas redes sociais, como se fossem verdadeiras. Contudo, elas não correspondem à realidade dos fatos e podem até conter dados falsos ou informações parcialmente verdadeiras.
As fake news podem ser disseminadas a fim de gerar ganhos financeiros ou políticos, atacar grupos sociais minoritários ou enfraquecer propostas de mudança social, por exemplo. Sua propagação acontece principalmente em meios onde os autores das informações usufruem de anonimato, como aplicativos de mensagens e redes sociais.
Nesses meios virtuais, cada vez mais populares em virtude do aumento do acesso à internet, as fake news atingem rapidamente um grande público. Por isso, é necessário identificar as características de publicações suspeitas e verificar as informações antes de compartilhá-las, evitando, assim, a propagação de mentiras. Quando compartilhadas por inúmeras pessoas, as fake news propagam a desinformação.

O problema da desinformação na internet

A desinformação é caracterizada como um conjunto de ações que visam alterar a informação circulante e mudar a visão da realidade. Por trás dessas ações, há interesses de grupos privados ou políticos, por exemplo, que buscam criar uma certa imagem sobre determinado tema, indivíduo ou grupo de pessoas, geralmente para prejudicar sua reputação. Hoje, uma notícia falsa pode viralizar em um instante – as redes sociais permitem um alcance enorme. Além disso, hoje, há mais produtores de informação. Ou seja, o alcance e a difusão de notícias falsas aumentaram.

O fenômeno começou a ser observado mais de perto – estudado por pesquisadores e reportado pela mídia – com a profusão de notícias falsas nas redes sociais durante as eleições americanas em 2016, quando Donald Trump foi eleito para a presidência do país. Também foi quando o termo “fake news”, cuja tradução por aqui é “notícias falsas”, começou a ser usado. Há pesquisas que apontam que as notícias falsas que circularam na redes sociais durante o pleito americano podem ter influenciado seu resultado.

Atualmente, diversos jornalistas, ativistas digitais e pesquisadores defendem campanhas educativas para combater esse problema, que vem alcançando graves proporções. Nesse contexto, surgiram as agências de fact checking (checagem de fatos), que se dedicam à verificação de dados e à checagem de fatos como forma de combater as fake News e a desinformação, identificando imprecisões, erros e mentiras que circulam principalmente na internet.









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