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As ordens religiosas, os mosteiros e as igrejas na Capitania da Paraíba

  1 –  Os Jesuítas Foram os jesuítas os primeiros missionários que chegaram à capitania da Paraíba, acompanhando todas as suas lutas de colonização. Vieram desde as primeiras expedições de conquista. Chegaram primeiro dois padres, Simão Travassos e Jerônimo Machado; depois vieram outros, entre os quais, Francisco Fernandes, Manuel Correia e Baltasar Lopes. O visitador da Companhia, Cristóvão de Gouvêa, mandou que o padre  Jerônimo Machado  relatasse todas as lutas da Paraíba, escrevendo-as no “ Sumário das Armadas ”. Sabe-se que em 1591 já havia residência dos padres jesuítas nesta Capitania,  em são Gonçalo Era  o local de moradia deles. Ao mando de Frutuoso Barbosa, os jesuítas se puseram a construir um colégio na Filipéia. Porém, devido a desavenças com os franciscanos, que não usavam métodos de educação tão rígidos como os jesuítas, a idéia foi interrompida. Aproveitando esses desentendimentos, o rei que andava descontente com os jesuítas pelo fato de estes não permiti

Os índios da Paraíba

  1 – Populações indígenas O território paraibano era dos mais densamente povoados do Brasil à época do "descobrimento". Antes da chegada dos portugueses aqui na América e a consequente ocupação do território brasileiro, a Paraíba já era habitada por grupos indígenas que ocuparam primeiramente o litoral; pertenciam a grande tribo  Cariri  e vieram provavelmente da região amazônica. Devido à sua agressividade, foram chamados de  tapuias  por outros nativos, o que significa inimigos. Por volta de 1500 chegaram novas famílias indígenas, pertencentes à  Nação Tupi-Guarani : eram os  Potiguaras,  emigrados do litoral maranhense e que se situaram na parte norte do litoral paraibano, desde as proximidades da Baía da Traição até os contrafortes da Borborema, de onde moveram guerra aos Cariris; o resultado foi o deslocamento destes últimos, para as regiões sertanejas. Na época da conquista da Paraíba – segunda metade do século XVI – chegaram outros silvícolas, dessa vez pertenc

A Economia Paraibana Colonial

A ocupação econômica do território paraibano, como aconteceu em todo o Brasil, esteve desde as origens, ligadas às necessidades do desenvolvimento mercantil metropolitano: uma economia voltada para o mercado externo, baseada no latifúndio, na monocultura e na mão-de-obra escrava. Assim implantou-se a grande produção açucareira (a partir do séc. XVI) e mais tarde a algodoeira (séc. XVIII), enquanto no agreste e no sertão desenvolveu-se a pecuária para atender as necessidades das cidades, povoados e das áreas voltadas para as culturas comerciais. 1 – Ciclos Econômicos a) Pau-brasil O ciclo do pau-brasil predominou em todo o período Pré-colonial. A sua exploração não fixava o homem a terra, levando apenas a instalação de feitorias. Constitui-se o primeiro produto de comércio não só na Paraíba, mas em todo o Brasil. Foi também o motivo das tentativas de fixação dos franceses no nosso litoral. O seu valor como matéria prima de tinturaria foi atestado na Europa e na Ásia. Daí sua import

A Paraíba e a Formação do Estado Brasileiro

Por ter sido um dos pontos territoriais do Brasil conhecido e explorado desde o início da colonização, a paraíba em sua história, acompanha a própria História do Brasil, desde seu descobrimento até os dias atuais. Após a descoberta do Brasil, como capitania, a paraíba foi explorada e colonizada. Na administração colonial do Brasil, foram configurados três modalidades de estatutos políticos: o das capitanias hereditárias, o do governo geral e o do Vice-reino. Na Paraíba, tivemos a criação da Capitania Real em 1574. Em 1694, esta capitania se tornou independente. Entretanto, passados mais de sessenta anos, a capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco em 1º de janeiro de 1756. Assistiu e participou dos movimentos contra a invasão dos estrangeiros (franceses e holandeses). Com a vinda da família real para o brasil, em 1808, a Paraíba passou à condição de província. D. João VI, que governava Portugal e suas colônias, como príncipe-regente, no lugar de sua mãe D. Maria (que era