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A administração de John Kennedy

Após completar os estudos na Universidade de Harvard durante a Segunda Guerra Mundial, esteve na Câmara dos Representantes, como membro do Partido Democrata, pelo estado de Massachusetts, entre 1947 e 1952; depois, foi senador até que, em 1960, se tornou o primeiro presidente católico dos Estados Unidos, derrotando o candidato republicano Richard Nixon. Para acabar com a miséria no interior do país, iniciou uma reforma social, a denominada "New Frontier", que introduziu a segurança social e promoveu o desenvolvimento dos direitos humanos, com uma lei de integração para a população afro-americana e programas de formação. Muitas das reformas apresentadas não foram implantadas devido à oposição republicana, com maioria no Senado.  Dando sequencia política externa pendular, Kennedy manteve, ao mesmo tempo, entendimentos com os soviéticos e diversos enfrentamentos, originando crises agudas, algumas de alarmante ameaça à paz mundial. Ao assumir a presidência, Kennedy teve que enfre

A Era Dwight Eisenhower (1953-1961)

Dwight Eisenhower, republicano, general e comandante das forças da OTAN na Europa, foi eleito presidente dos Estados Unidos no apogeu da Guerra Fria clássica. Contando com o apoio da maioria no Senado e da Câmara dos Deputados, passou a privilegiar a política de benefícios sociais, em especial a educação. Na economia, suspendeu a política do Fair Deal do período Truman. Conseguiu acabar com o macartismo e garantiu grande avanço econômico no país, apesar dos quatro milhões de desempregados e da elevação das taxas inflacionárias. O maior desafio político, após sua reeleição em 1956, foi a questão racial. Seu governo assistiu ao crescimento do movimento negro, em luta contra a segregação racial. A questão racial A abolição da escravatura nos Estados Unidos ocorreu durante a Guerra Civil (ou Guerra de Secessão, 1861-1865) e levou alguns segmentos sociais, em particular no Sul, a adotar medidas radicais como a aprovação de leis segregacionistas ou Leis Jim Crow, que vigoraram por vários ano

A administração Truman (1945-1953)

Com a morte de Franklin Delano Roosevelt, o vice-presidente do Partido Democrata Harry Truman, assumiu o governo, sendo reeleito para o período de 1948 a 1952. O fim da Segunda Guerra Mundial e a emergência da União Soviética como força antagônica transformaram o American Way of Life em bastião contra os inimigos dos valores capitalistas, além de fortalecer o anticomunismo. Além do Intenso crescimento industrial no período, o governo Truman caracterizou-se pelo início da Guerra Fria e suas mais intensas manifestações. A confrontação anticomunista e a necessidade de fortalecer o bloco capitalista deram origem ao Plano Marshall e a Doutrina Truman. A aceleração econômica e a elevação do padrão de vida norte-americano foram fundamentais para que a sociedade americana apoiasse a futura política de combate ao avanço socialista. O consumo das classes trabalhadoras cresceu de modo espetacular e o modelo capitalista alcançou sua máxima expressão nos anos 50 e 60. A maneira de ser e de viver d

O macarthismo

Joseph Raymond McCarthy, Senador republicano a partir de 1947, organizou e presidiu a cruzada, lançada em 1950, contra a suposta infiltração de agentes comunistas em altos cargos da administração americana. Ocupava o posto de presidente do Comitê Permanente do Senado para os Assuntos Internos. Sob os mandatos presidenciais de Harry S. Truman e Dwight D. Eisenhower, acusou, sobretudo entre 1953 e 1955, intelectuais (como o físico Robert Oppenheimer), escritores e membros do Ministério dos Negócios Estrangeiros (entre os quais, George C. Marshall), apelidando-os de filocomunistas ou esquerdistas. A carreira de McCarthy terminou quando tentou incluir também o Exército em suas investigações. Seu método consistia em desacreditar figuras politicamente incômodas por meio de acusações infundadas, ou em acusá-las publicamente de estarem ligadas ao comunismo, considerando-as por isso "inimigas da democracia". Foi este o procedimento que passou para a história com o nome de "macart

A crise dos mísseis

Em 1961, a tentativa frustrada de invasão a Cuba, organizada pelos Estados Unidos, com a participação de cubanos treinados pela CIA em Miami, fortalece a aproximação entre Cuba e União Soviética, levando Fidel a aderir ao marxismo. Em plena Guerra Fria, a Revolução Cubana causa forte impacto em todo o continente americano, mas Cuba tem de administrar as consequências de sua adesão ao bloco socialista: bloqueio econômico e naval determinado pelos Estados Unidos e sua expulsão da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em 1962, Fidel Castro decide estreitar os laços com a União Soviética. Os soviéticos instalam mísseis nucleares em Cuba. Sabendo disso, os Estados Unidos preparam uma invasão à ilha. A União Soviética, por sua vez, apoia seu aliado caribenho. Durante alguns dias, teme-se a possibilidade de ataques nucleares entre as duas grandes potências. No fim, a União Soviética retira seus mísseis e os Estados Unidos se resignam a aceitar o fim do monopólio ideológico no continente a

A coexistência pacífica

Buscando evitar a todo o custo o confronto direto entre as duas grandes potências, a estratégia da coexistência pacífica (formalizada pelo líder soviético Nikita Kruschev) desloca a Guerra Fria para os campos da economia e da tecnologia. As novas relações possibilitam algumas aproximações entre os tradicionais rivais, mas não garantem o fim das hostilidades e tensões. No início dos anos 60, duas graves crises confirmam que, apesar do fim da fase mais aguda, a Guerra Fria continua presente: as crises do muro de Berlim, em 1961, e dos mísseis de Cuba, em 1962. A crise em Berlim No final da Segunda Guerra, o Acordo de Potsdam (1945) divide a derrotada Alemanha nazista e sua capital em quatro zonas de ocupação entre os Aliados (União Soviética, Estados Unidos, Grã-Bretanha e França). Em 1948, para impedir medidas do bloco ocidental que resultariam na formação de um Estado alemão separado, a União Soviética impõe um bloqueio em Berlim, cidade encravada em sua zona. Os acessos rodoviários e

Revolução Islâmica do Irã

A aproximação entre Israel e Egito parecia abrir as portas para um período de maior estabilidade no Oriente Médio. Apesar disso, o mundo teve pouco tempo para comemorar. Em janeiro de 1979, os islâmicos xiitas do Irã derrubaram o governo do xá Reza Pahlevi, aliado dos Estados Unidos, e proclamaram a Revolução Islâmica. Liderados pelo aiatolá Khomeini, os xiitas diziam que tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos eram regidos pelo Grande Satã. Acreditavam na Jihad, uma guerra santa para converter o mundo à fé islâmica. Khomeini instaurou no Oriente Médio um sistema político-religioso que não seguia a lógica da Guerra Fria. Riquíssimo em petróleo, o Irã era governado desde 1941 pelo xá (rei) Reza Pahlevi, que dispunha de poderes absolutos sobre o povo iraniano. Fiel aliado dos Estados Unidos, ele tinha planos de “ocidentalizar” o país. Essa política causava descontentamento entre a população iraniana, cuja maioria é muçulmana xiita e segue rigidamente os preceitos islâmicos. Além