Joseph Raymond McCarthy, Senador
republicano a partir de 1947, organizou e presidiu a cruzada, lançada em 1950,
contra a suposta infiltração de agentes comunistas em altos cargos da
administração americana. Ocupava o posto de presidente do Comitê Permanente do
Senado para os Assuntos Internos. Sob os mandatos presidenciais de Harry S.
Truman e Dwight D. Eisenhower, acusou, sobretudo entre 1953 e 1955,
intelectuais (como o físico Robert Oppenheimer), escritores e membros do
Ministério dos Negócios Estrangeiros (entre os quais, George C. Marshall),
apelidando-os de filocomunistas ou esquerdistas. A carreira de McCarthy
terminou quando tentou incluir também o Exército em suas investigações. Seu
método consistia em desacreditar figuras politicamente incômodas por meio de
acusações infundadas, ou em acusá-las publicamente de estarem ligadas ao
comunismo, considerando-as por isso "inimigas da democracia". Foi
este o procedimento que passou para a história com o nome de
"macarthismo".
Movimento antiesquerdista criado pelo senador republicano Joseph MacCarthy, fundador do Comitê de Atividades Anti-americanas. Caracterizou-se por inúmeras perseguições – em particular, contra intelectuais e artistas sobre os quais pairasse qualquer suspeita de serem de esquerda –, por prisões de dirigentes sindicais e por processos de espionagem contra funcionários do Estado e cidadãos comuns, por depurações e pelas temerosas "listas negras". Além do clima de medo, essa "caça às bruxas" levou inocentes à morte, como o conhecido caso Rosemberg. Somente em 1954, quando importantes personalidades militares passaram a ser atingidas, o Senado condenou publicamente o macartismo e seu criador, pondo fim a um dos períodos mais nefastos da história norte-americana.
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