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Das origens ao fim da União Soviética

  No início do século XX, a situação da Rússia favoreceu um movimento revolucionário que culminou na Revolução de 1917. A Revolução Russa e a formação da União Soviética, em 1922, tiveram enorme influência no mundo. A partir desses acontecimentos, o socialismo avançou em diversas regiões: China, Cuba, países do Leste europeu, entre outros, passaram a adotar esse regime. Em virtude disso, não eram poucos os que afirmavam que em um futuro próximo o socialismo seria o sistema dominante no mundo. Hoje a União Soviética não existe mais, e a experiência socialista foi abandonada em quase todos os países que a adotavam. A União Soviética, como vimos, foi um dos países mais duramente atingidos pela Segunda Guerra Mundial. E também foi um dos que mais contribuíram para a vitória dos Aliados sobre o nazi-fascismo. No pós-guerra, o governo soviético chefiado por Joseph Stálin concentrou seus esforços na reconstrução do país. E, em poucos anos, por meio de um rigoroso planejamento econômico, conse

Conflitos regionais durante a Guerra Fria

No contexto da Guerra fria, multiplicam-se os conflitos regionais. Em muitos deles, como no Sudeste Asiático e no Afeganistão, há a participação direta dos exércitos norte-americano e soviético. Ocorre também uma série de acontecimentos que escapam à órbita das potências hegemônicas, como o ressurgimento dos conflitos étnicos na Ásia e na África. 1. GUERRA DA CORÉIA Conflito militar que se desenvolve de 1950 a 1953, opondo a Coréia do Norte e a China, por um lado, e a Coréia do Sul, os Estados Unidos (EUA) e as forças das Nações Unidas, por outro. Ao final da II Guerra Mundial, em 1945, a Coréia é dividida em duas zonas de ocupação – uma norte-americana, ao sul, e outra soviética, ao norte –, que correspondem ao antagonismo da Guerra Fria. Os dois setores são separados pelo paralelo 38º, como ficara estabelecido na Conferência de Potsdam. Em 1947, a ONU (Organização das Nações Unidas) forma uma comissão, não reconhecida pela União Soviética (URSS), para reorganizar o país por meio de e

Bloco Socialista: expansão do socialismo

O primeiro país a adotar o socialismo como forma de governo e de organização da sociedade foi a união soviética, com a Revolução de 1917. Nas décadas de 20 e 30 fortaleceram-se os Partidos Comunistas de vários países, mas suas tentativas revolucionárias, como na Hungria em 1926, fracassaram. Só após a Segunda Guerra Mundial é que a maioria dos países do leste europeu se tornou comunista. Durante a Segunda Guerra Mundial, os comunistas se destacaram nos movimentos de resistência contra a ocupação nazista. À medida que o exército soviético avançava, libertando a Europa da ocupação alemã, governos comunistas iam sendo instalados nos países dessa região. Em alguns países, o socialismo se implantou nos anos seguintes ao fim da guerra. Em 1948 já tinham governo socialista a Albânia, a Bulgária, a Tchecoslováquia, a Hungria, a Polônia, a Romênia e a Iugoslávia. Além dos conflitos mundiais e regionais, a história do século XX foi marcada pelo avanço do socialismo em várias partes do mundo, com

Bloco Capitalista: Estados Unidos e Europa Ocidental

Nas três primeiras décadas do século XX, os Estados Unidos se firmaram como uma das principais potências econômicas do mundo, ao lado da Inglaterra e da Alemanha. O país teve um forte crescimento demográfico, grande desenvolvimento na produção industrial e em muitos outros setores. Já era também uma importante potência militar. Em 1929, essa situação foi abalada pela quebra da Bolsa de Nova York, que provocou queda geral das atividades econômicas. A recessão deixou milhões de desempregados e interrompeu por alguns anos o crescimento econômico. Por volta de 1935 o país voltava a crescer. O desenvolvimento manteve-se de maneira praticamente ininterrupta nas décadas seguintes. Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos assumiriam a condição de líder mundial, ao lado da União Soviética. Era a época da guerra fria. Com o seu final e a desintegração do mundo socialista no final da década de 1980, a liderança dos Estados Unidos tornou-se incontestável. Após a Segunda Guerra Mundial Graç

A Descolonização da Ásia

No curso da Segunda Guerra Mundial intensificam-se os movimentos pela libertação e autonomia nacional em quase todos os países do continente asiático. Assumem a forma de guerras de libertação, em geral estimuladas ou dirigidas pelos comunistas, de resistência pacífica ao domínio colonial ou de gestões diplomáticas para a conquista da autonomia. A independência da Índia Entre os vários movimentos de libertação dos países asiáticos, merece destaque, por sua singularidade, a luta dos indianos para se libertarem do domínio inglês. A Índia era um país bastante misturado, havia evidentes diferenças sociais, falavam-se mais de 15 línguas, com 845 dialetos e muitas religiões, sendo o Hinduísmo e o Islamismo as religiões que predominavam, e para retardar a libertação, a Inglaterra estimulava a rivalidade que havia entre Hindu e Muçulmanos. Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, os nacionalistas indianos liderados por Mohandas K. Ghandi, exigiam a independência com igualdade de direitos para to