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Formação Étnica do Povo Brasileiro

  Miscigenação Não existe na atualidade nenhum grupo humano racialmente puro. As populações contemporâneas são o resultado de um prolongado processo de miscigenação, cuja intensidade variou ao longo do tempo. Miscigenação é o cruzamento de raças humanas diferentes. Desse processo, também chamado mestiçagem ou caldeamento, pode-se dizer que caracteriza a evolução do homem. Mestiço é o indivíduo nascido de pais de raças diferentes, ou seja, apresentam constituições genéticas diferentes. Na história do Brasil, a ocorrência da mestiçagem é bastante pronunciada. Esse fato gerou uma identidade nacional singular e um povo marcadamente mestiço na aparência e na cultura. Os ancestrais indígenas do brasileiro contemporâneo caracterizavam-se mais pela diversidade do que pela homogeneidade, enquanto os portugueses provinham de um processo de caldeamento secular e variado, no qual se destacam contribuições dos fenícios, gregos, romanos, judeus, árabes, visigodos, mouros, celtas e escravos africanos

A época do ouro no Brasil

Com a descoberta dos negócios açucareiros e a diminuição dos lucros na colônia americana, o rei e os comerciantes portugueses precisavam encontrar outras fontes de riqueza. A descoberta de jazidas de ouro no final do século XVII foi fundamental para o início de novas atividades lucrativas na colônia. Com a descoberta do ouro (no atual estado de Minas Gerais) houve uma verdadeira corrida às regiões mineradoras. No início do século XVIII, aquelas áreas, que até então não eram ocupadas, viram-se tomadas por milhares de pessoas. Estima-se que no final do século XVIII eram cerca de 600 mil. Os mantimentos para a alimentação dessa gente vinham de longe. Primeiro, do Nordeste; depois, do sul da colônia. Na região das minas pouco se plantava, pouco se colhia: procurava-se ouro. Em alguns períodos, apesar da riqueza, foi a fome que imperou. De quem era o ouro? A pessoa que encontrava uma mina devia logo comunicar o fato à autoridade da região. Se não o fizesse, era expulsa da colônia ou, às vez

Relações sociais na colônia: os engenhos de açúcar

A sociedade que se constituiu na colônia portuguesa era extremamente hierarquizada. Num extremo estavam os senhores de terra e de escravos. Um pequeno grupo de trabalhadores livres e funcionários públicos constituía uma camada intermediária, mas praticamente sem poder político. Entretanto, entre as diversas regiões coloniais existiam muitas diferenças. No Nordeste, onde predominou a produção de açúcar, organizou-se a chamada sociedade açucareira, com a família patriarcal; na região das minas, que se desenvolveu a partir do século XVII, organizou-se uma sociedade mais urbana do que rural; no sul da colônia, por sua vez, a criação de gado e a prática da agricultura de subsistência possibilitaram uma sociedade mais flexível. Relações familiares nos engenhos de açúcar A família dos senhores de engenho na colônia tinha uma organização patriarcal. O patriarca, geralmente era o homem mais velho da família e exercia um poder total sobre todos os outros habitantes da propriedade, desde seus par

Escravidão no Brasil Colônia

Conceitos de escravidão A escravidão é uma prática antiga e cruel. Sua principal característica é o domínio que uma pessoa (senhor) exerce sobre outra pessoa (escravizado). As formas desse domínio variaram ao longo da história, mas podemos dizer que, em muitas situações: • o escravizado não tinha liberdade de decidir sobre seu próprio destino. Não era livre, por exemplo, para escolher e organizar a rotina de seu trabalho; • o escravizado devia obedecer às ordens de um senhor, principalmente nas relações de trabalho. A desobediência era punida com castigos físicos e até com a morte; • o escravizado era considerado um bem que podia ser comprado ou vendido. Calcula-se que cerca de 40% da população da Península Itálica era formada por escravizados no auge do Império Romano (século II). De modo geral, eram escravizadas pessoas aprisionadas em guerras ou que praticavam crimes graves. Não pagar dívidas foi, durante certo tempo, um motivo para a escravização do devedor, sendo também escravizad

A PRODUÇÃO AÇUCAREIRA NA COLÔNIA

Antes mesmo da colonização, é possível, de alguma forma, ter havido plantação de cana-de-açúcar no Brasil. É certo que na América espanhola houve. Mas o que diferencia a produção açucareira decorrente da colonização dessas plantações anteriores é o caráter sistemático e planejado de uma produção em larga escala, voltada para o mercado internacional. Açúcar e colonização Durante a expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, foi instalado o primeiro engenho de cana-de-açúcar do Brasil na vila de São Vicente (1532). Depois disso, muitos outros engenhos foram construídos no litoral brasileiro. A produção açucareira superou a extração de pau-brasil, que continuou a ser explorado intensamente até o século XVII. Conheça alguns motivos que contribuíram para o desenvolvimento da produção de açúcar no Nordeste: • condições naturais favoráveis ao cultivo de cana, como clima quente, quantidade adequada de chuvas e solo de massapê; • experiência portuguesa bem-sucedida com o cultivo de cana n

Religião católica no Brasil colonial

Igreja Católica e vida colonial A Igreja Católica teve um papel muito importante na colonização do Brasil. Na época, o catolicismo era a religião oficial do Reino de Portugal. Isso significava que as pessoas submetidas à vontade do rei, isto é, os súditos desse reino, deveriam, obrigatoriamente, ser católicos. Do contrário, poderiam sofrer perseguições. Além disso, havia um acordo entre a Igreja Católica e o Reino de Portugal. Esse acordo, chamado padroado, determinava os deveres e os direitos da Coroa em relação à Igreja. Assim, a Igreja atua como corresponsável, junto ao Estado, da tarefa de organizar a colonização do Brasil, promovendo o “controle das almas” na vida diária – a vinculação do indivíduo à Igreja através dos sacramentos – do nascimento à morte (do batismo à extrema-unção). Mas essa relação não se deu sem conflitos: “Não existia na época, como existe hoje, o conceito de cidadania, de pessoa com direitos e deveres com relação ao Estado, independentemente da religião. A re