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Primeiros governadores da Paraíba

  1 – João Tavares (1585-1588) Martim Leitão ao deixar a Paraíba após a sua conquista e fundação. Deixou aqui como capitão-mor, João Tavares, sendo este o nosso primeiro governador. Foi fundado por João Tavares o primeiro engenho – o  Engenho Real  – às margens do Tibiri, e o forte de São Sebastião, construído por Martim Leitão para a proteção do engenho. Os jesuítas ficaram responsáveis pela catequização dos índios. Eles ainda fundaram um Centro de Catequese e  em Passeio Geral  edificaram a capela São Gonçalo. O governo de João Tavares foi demasiadamente auxiliado por  Duarte Gomes da   Silveira,  natural de Olinda. Silveira foi um senhor de engenho e uma grande figura da Capitania da Paraíba durante mais de 50 anos. Rico, ajudou financeiramente na ascensão da cidade. Em sua residência atualmente se encontra o Colégio Nossa Senhora das Neves. Apesar de ter se esforçado muito para o progresso da capitania, João Tavares foi posto para fora em 1588, devido à política do Rei.   2

A Presença Holandesa na Paraíba

Portugal desde 1580 estava sob domínio espanhol, e consequentemente, o Brasil. A instalação da empresa açucareira no Brasil contou com a participação holandesa, desde o financiamento das instalações até a comercialização no mercado europeu. Assim, quando Felipe II proibiu a manutenção dessas relações comerciais, tirou dos holandeses uma grande fonte de lucros, levando-os a reagirem com a invasão ao Nordeste brasileiro. Para isso, os holandeses organizaram uma Companhia – a Companhia das Índias Ocidentais –, e decidiram invadir a capital, em 1624. Prenderam o Governador Geral e o enviaram para a Holanda . Não conseguiram, no entanto, governar a região. Sob o comando de  D. Marcos   Teixeira,  as forças brasileiras mataram vários chefes batavos, enfraquecendo as tropas holandesas. Em maio de 1625, eles foram expulsos da Bahia pela esquadra de  Fradique Toledo Osório.   As invasões holandesas atingem também a Paraíba e através de ataques contínuos a Cabedelo, onde a resistência foi m

A anexação da Paraíba a Pernambuco

A crise do século XVIII e a anexação à Pernambuco Na Paraíba, a criação da Capitania Real ocorreu em 1574. Em 1694, se tornou independente. Entretanto, em janeiro de 1756, a capitania da Paraíba foi anexada à de Pernambuco, por ordem do Marquês de Pombal. A recuperação econômica da capitania da Paraíba após a guerra holandesa, encontrou dificuldades não apenas internas, em função da decadência em que ficou a própria capitania, mas também externas relacionadas com a depressão da economia europeia do século XVII. O período entre 1756-1799, de anexação da capitania da Paraíba à de Pernambuco, corresponde a uma fase de expansão da economia europeia, cuja tendência não é acompanhada por Portugal. Esse país enfrenta uma das maiores crises econômicas de sua história, reflexo da queda da produção brasileira. A dependência em relação a Pernambuco O papel histórico que Pernambuco desempenhou, como centro da conquista portuguesa e da expansão demográfica do nordeste na segunda metade do século XV

Bandeirantes e os Oliveira Ledo, na Conquista do Sertão

    Verificam-se, então, duas grandes linhas de penetração do sertão paraibano. Uma,   longitudinal , isto é, do sul para o norte, partiu do Rio São Francisco e, através de afluente deste, penetrou a Paraíba, através da fronteira de Pernambuco. Percorreram-na bandeirantes paulistas, baianos e pernambucanos.       A essa corrente incorporou-se o bandeirante paulista  Domingos Jorge Velho  que após esmagar o  Quilombo dos Palmares , marchou sobre a Paraíba para fazer o mesmo com os índios da Confederação dos Cariris.       Os bandeirantes, todavia, não ocuparam a terra, no sentido de faze-la render, economicamente. Apenas a devassaram, sufocando, onde foi o caso, a resistência indígena.A ocupação produtiva, isto é,  a colonização do sertão da Paraíba,  coube, além dos colonos que seguiram os bandeirantes, à família Oliveira Ledo e os sesmeiros articulados a estes desbravadores. Esses dois últimos ingressaram nos sertões da Paraíba,  latitudinalmente,  isto é, no sentido horizon

Conquista para o Interior da Paraíba

Os primeiros momentos da interiorização Durante o século XVI e início do século XVII, a ocupação do território paraibano, assim como em todo o Brasil, concentrou-se predominantemente no litoral. As terras do sertão continuaram despovoadas, quando Teodósio Ledo recebeu a incumbência do governador da Paraíba para fundar o arraial do Piancó. Com sua chegada ali, não demoraram os campos da região sertaneja a se povoar com rebanhos de gados. Depois da invasão holandesa foi que começou a intensificar-se a conquista para o interior, pelas  Missões de catequese ,  entradas  e  bandeiras.  De uma maneira geral as causas para as entradas no Brasil foram as seguintes: -   busca de metais preciosos (ouro e prata); -   captura de índios para vende-los como escravos, uma vez que o negro se tornava uma peça muito cara; -  o espírito aventureiro de alguns portugueses que se sentiam atraídos pelo desconhecido e certos de que seriam recompensados; -   a possibilidade de obter sesmarias (terras não ocup