1 – João Tavares (1585-1588)
Martim Leitão ao deixar a Paraíba após a sua conquista e fundação. Deixou aqui como capitão-mor, João Tavares, sendo este o nosso primeiro governador.
Foi fundado por João Tavares o primeiro engenho – o Engenho Real – às margens do Tibiri, e o forte de São Sebastião, construído por Martim Leitão para a proteção do engenho.
Os jesuítas ficaram responsáveis pela catequização dos índios. Eles ainda fundaram um Centro de Catequese e
O governo de João Tavares foi demasiadamente auxiliado por Duarte Gomes da Silveira, natural
de Olinda. Silveira foi um senhor de engenho e uma grande figura da
Capitania da Paraíba durante mais de 50 anos. Rico, ajudou
financeiramente na ascensão da cidade. Em sua residência atualmente se
encontra o Colégio Nossa Senhora das Neves.
Apesar
de ter se esforçado muito para o progresso da capitania, João Tavares
foi posto para fora em 1588, devido à política do Rei.
2 – Frutuoso Barbosa (1588-1591)
Devido à grande insistência perante a corte e por defender alguns direitos, Frutuoso Barbosa foi, em 1588, nomeado o novo capitão-mor da capitania da Paraíba, auxiliado por D. Pedro Cueva, ao qual foi encarregado de controlar a parte militar da capitania.
Neste mesmo período, chegaram alguns frades franciscanos, que fundaram várias aldeias e por não serem tão rigorosos no ensino religioso como os jesuítas, entraram em desentendimento com esses últimos. Esse desentendimento prejudicou o governo de Barbosa, pois se aproveitando de alguns descuidos, os índios Potiguaras invadiram propriedades. Vieram em auxílio de Barbosa o capitão-mor de Itamaracá, com João Tavares, Piragibe e seus índios.
No
caminho, João Tavares faleceu de um mal súbito. Quando o restante do
grupo chegou a Paraíba, desalojou e prendeu os Potiguaras.
Com o objetivo de evitar a entrada dos franceses, Barbosa ordenou a construção de uma fortaleza
Em homenagem a Felipe II, da Espanha, Barbosa mudou o nome da cidade de Nossa Senhora das Neves para Filipéia de Nossa Senhora das Neves.
Devido
às infinitas lutas entre o capitão Pedro Cueva e os Potiguaras e os
desentendimentos com os jesuítas, houve a saída de Cueva e a decisão de Barbosa de encerrar o seu governo.
3 – André de Albuquerque Maranhão (1591-1592)
André
de Albuquerque governou apenas por um ano. Nele, expulsou os Potiguaras
e realizou algumas fortificações. Entre elas a construção do forte de
Inhobin para defender alguns engenhos próximos a este rio.
Ainda nesse governo os Potiguaras incendiaram o forte de Cabedelo. O governo de Albuquerque se finalizou em 1592.
4 – Feliciano Coelho de Carvalho (1592-1600)
Somam-se os fatos importantes, durante o governo de Feliciano Coelho Carvalho:
a) Ofensiva contra os índios:
No ataque, o capitão-mor foi mais de uma vez a serra de Capaoba,
movendo guerra aos Potiguaras e seus; na cautela, repensou o ponto fraco
que cercavam a defesa da cidade de Filipéia transferindo a aldeia de
Braço de Peixe, da Ilha do Bispo, para a várzea do Paraíba, dividindo-a
em duas partes.
b) Definitiva expulsão dos franceses:
Em 1595 deu-se a interferência de um fato político europeu, que
ativaria a exploração francesa sobre o Nordeste brasileiro: foi o começo
de uma guerra entre Espanha e França. O principal efeito para a
Capitania Real da
Paraíba aconteceu quando uma Armada francesa, composta de 13 naus e
conduzindo cerca de 350 homens, atacou o Forte de Santa Catarina, em
1597, defendido por apenas 20 homens, a fortificação agiu heroicamente,
expulsando o invasor. Essa vitória tem muito significado histórico, pois
marca a definitiva expulsão dos franceses da Paraíba, permitindo a ação
integradora da Capitania, no conjunto do litoral brasileiro.
c) Auxílio à conquista do Rio Grande do Norte: A
expedição marítima que passou pela Paraíba em direção ao Rio Grande do
Norte, em fins de 1597, objetivando conquistá-la, contou com a
participação do capitão-mor; na primeira tentativa de ajuda, Feliciano
não conseguiu fazer muito, pois os membros da expedição foram acometidos
de uma epidemia de varíola, obrigando-os a retornarem à cidade de
Filipéia. Assim que o mal foi afastado, Feliciano Coelho de Carvalho
organizou nova expedição armada, chegando ao Rio Grande do Norte
exatamente quando aquela Capitania se encontrava em plena dificuldade,
diante das suspeitas de que haveria
abandono das instalações já começadas, se o reforço paraibano não
tivesse chegado a tempo. Em 6 de janeiro de 1598, fundava-se o Forte dos
Reis Magos.
d) Acordo de paz com os Potiguaras:
Aconteceu em 1599, depois de vários entendimentos que procuraram
solucionar o problema comum à Paraíba e ao Rio Grande do Norte. No dia
11 de junho o acordo foi celebrado solenemente, com a presença das
maiores autoridades do Nordeste, na época. Pelos Potiguaras, falou o
índio Pau-Seco, representando o cacique Zorobabé, acompanhado por cerca
de 50 guerreiros; em nome dos Tabajaras compareceram o cacique Braço de
Peixe e seus filhos Pedra Verde e Braço Preto; Feliciano Coelho de
Carvalho, juntamente com a população branca e mestiça da Paraíba,
comandou a solenidade, ao lado das pessoas mais importantes das
capitanias de Itamaracá, Pernambuco e Rio Grande do Norte, que haviam
sido especialmente convidadas.
A
paz com os Potiguaras e sua consequente submissão teve grande
importância para o desenvolvimento da Capitania Real da Paraíba e os
motivos de tão esperado acontecimento estão relacionados a os seguintes fatos:
- Rompimento
forçado da aliança dos Potiguaras com os franceses, resultante de sua
expulsão da Paraíba, em 1597, assegurado pela heróica ação dos que
defendiam o Forte de Santa Catarina. Perder os franceses como amigos,
significou para os índios, perder armas, navios, pólvora e incentivos;
- As
guerras movidas por Martim Leitão, João Tavares, Pero Lopes e Feliciano
Coelho de Carvalho, causou significativas baixas no número de
guerreiros Potiguaras, provocando também imigrações em massa, para o
Norte.
- A
fundação do Forte dos Reis Magos, no Rio Grande do Norte, significou
uma grande ameaça aos índios rebeldes, reforçando a defesa e o ataque
dos colonizadores, aliados em suas tarefas de povoar e produzir;
- A epidemia de varíola que alcançou os Potiguaras, em 1597, devastou grande quantidade de índios, indefesos ao “vírus” da alarmante doença.
A Paraíba teve 11 governadores entre os anos de
A relação dos governadores da Paraíba no período que vai da conquista ao domínio holandês, nem sempre a nomeação importava em posse do cargo, muitas das vezes ficavam aguardando a vacância para exercer as suas funções, porque os providos no cargo só o deixavam quando recebiam ordens para isso, e que foram os seguintes:
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
de
Nenhum comentário:
Postar um comentário