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Os militares na política latino-americana

O crescimento das manifestações populares de descontentamento demonstrava que os governos populistas não conseguiam mais controlar as esquerdas e as massas. As burguesias latino-americanas, cada vez mais dependentes das grandes corporações capitalistas internacionais, especialmente das americanas, exigiam condições para a continuidade da expansão dos lucros e da acumulação do capital. A Revolução Cubana, com a adoção do regime socialista por Fidel Castro, deu um modelo para muitos movimentos da esquerda no continente.   Em diversos países do continente americano, a experiência cubana serviu de inspiração para a discussão sobre projetos políticos que incluíam temas como a reforma agrária, a distribuição de renda e riquezas, a nacionalização e estatização de empresas, a educação e a cultura como bens acessíveis a todas as pessoas.  Alguns grupos defendiam a realização de reformas estruturais em um contexto democrático, respeitando as instituições e o processo legal; outros propunham a tr

Guerra do Canal de Suez

Também o Canal de Suez foi alvo de conflitos e caracterizou mais uma etapa da série de incidentes entre árabes e judeus. Com o objetivo de garantir o acesso dos ocidentais (principalmente franceses e ingleses) ao comércio oriental, antes realizado pelo contorno do sul da África. O controle das operações realizadas no canal ficou sob o domínio inglês e continuou mesmo após a independência do Egito. No entanto, em 1952, um Golpe de Estado realizado pelo revolucionário Gamal Abdel Nasser pôs fim ao regime monárquico do rei Faruk. A liderança de Nasser no governo egípcio revelou uma política de caráter nacionalista, buscando a modernização do Estado por meio da reforma agrária, do desenvolvimento da indústria e de uma melhor distribuição de renda. A luta contra o Estado de Israel, entretanto, não deixou de ser alimentada. Numa atitude de combate ao colonialismo anglo-francês, Abdel Nasser nacionalizou o Canal de Suez e proibiu a navegação de navios israelenses no local. A medida causou um

A guerra civil na Iugoslávia

  O Reino da Iugoslávia (1918-1941) Com a derrota dos três grandes impérios (austro-húngaro, o russo e o otomano), a região finalmente se viu livre da tutela estrangeira. Pelos tratados de Paris, em 1919, garantiu-se a liberdade dos Reinos da Iugoslávia (formada pela Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Macedônia) com capital em Belgrado. Em 1941 o rei da Iugoslávia, cedendo à pressão dos nazistas, resolveu assinar um tratado de aliança com Hitler. Foi o que bastou para que uma rebelião popular tomasse conta das ruas de Belgrado. Hitler aproveitou-se da situação confusa e ordenou que suas divisões ocupassem o país, em abril de 1941. A Grande Sérvia e a Primeira Guerra Mundial Em 1908 um grupo de jovens oficiais otomanos deu início a uma revolução que pretendia modernizar o Império Turco, mergulhando na estagnação. Ao deporem o Sultão terminaram por provocar uma onda de descontentamento geral contra o domínio otomano. Aproveitando-se da confusão provocada

Guerra do Camboja

Parte integrante dos domínios franceses na Indochina, os protetorados do Laos e do Camboja transformaram-se em nação independentes por ocasião da Conferência de Genebra, em 1954, sendo declarados, neutros e proibidos de instalarem bases militares estrangeiras em seu território. Em 1955, ela tornou-se independente, instalando-se em suas fronteiras uma Monarquia constitucional. Também esse país passou pela conjuntura revolucionária da Guerra Fria, evidenciando-se a presença de forças favoráveis aos norte-americanos e aos soviéticos. Já na época da independência, o príncipe Norodom Sihanouk procurou manter-se neutro em relação à Guerra do Vietnã, atitude que não agradou aos Estados Unidos. Durante seu governo (1954-1970), cresceu a influência do Khmer Vermelho (Partido Comunista do Camboja). No entanto, como as forças comunistas acabassem ampliando seu domínio territorial e desse início ao uso sistemático da Trilha de Ho Chi Minh para enviar auxílio aos vietcongues, a direita cambojana a

11 de setembro: Atentado terrorista aos Estados Unidos

Em 1979, durante a Guerra Fria, a União Soviética invadiu o Afeganistão, na Ásia, para garantir que o governo socialista que tinha se instalado naquele país no ano anterior se mantivesse no poder. Em resposta, os Estados Unidos ofereceram armas e treinamento aos guerrilheiros que se opunham à União Soviética. Entre esses guerrilheiros, acredita-se, estava Osama bin Laden, líder islâmico que comandava uma organização paramilitar. Dez anos após a invasão, a União Soviética se retirou do Afeganistão, e diferentes grupos armados passaram a disputar o poder. Depois de uma sangrenta guerra civil, em 1996, o governo afegão foi controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã, que estabeleceu uma ditadura teocrática e antiocidental. Ao mesmo tempo, consolidava-se a organização terrorista Al Qaeda, chefiada por Bin Laden, que tinha o objetivo, em nível global, de combater a influência da cultura ocidental sobre os países islâmicos. Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, terroristas islâmi

A Guerra do Vietnã

A Conferência de Genebra previa eleições gerais para que a população dos dois Vietnãs decidisse se o país deveria ser reunificado ou não. Em outubro de 1955, porém, o governo do Vietnã do Sul, apoiado pelo governo dos Estados Unidos, cancelou as eleições. Ambos temiam que o comunista Ho Chi Minh se sagrasse vencedor. Indignados com o cancelamento das eleições, opondo-se à divisão do Vietnã e tentando derrubar Ngo Dinh Diem, muitos opositores ao governo do Vietnã do Sul começaram a organizar grupos guerrilheiros. Os combates entre o exército sul-vietnamita e esses grupos tiveram início em 1957. Eram ainda confrontos esporádicos. Em 1959, os grupos guerrilheiros já eram fortes o bastante para ampliar o conflito. Com a justificativa da necessária intervenção norte-americana para combater o avanço do socialismo, Lyndon Johnson, presidente dos EUA, ordenou o envio de ajuda militar ao governo do Vietnã do Sul, era o começo da Guerra do Vietnã (1959-1975). Organizados na Frente de Libertação

GUERRA DO LÍBANO

Quando o Líbano se tornou independente da França, em 1946, o poder passou a ser dividido entre os vários grupos religiosos do país.  O território do Líbano viveu uma guerra civil a partir de 1958, causada pela disputa de poder entre grupos religiosos do país: os cristãos maronitas, os sunitas (muçulmanos que acreditam que o chefe de Estado deve ser eleito pelos representantes do Islã, são mais flexíveis que os xiitas), drusos, xiitas e cristãos ortodoxos. O poder, no Líbano, era estratificado. Os cargos de chefia eram ocupados pelos cristãos maronitas, o primeiro ministro era sunita e os cargos inferiores ficavam com os drusos, xiitas e cristãos ortodoxos. Durante anos o Líbano prosperou, tornando-se o principal centro financeiro e comercial do Oriente Médio. Porém, a medida que crescia a população muçulmana, o pacto de poder impedia a ascensão desse grupo aos cargos mais importantes. Em 1958, as tensões sociais explodiram numa guerra civil. A intervenção dos Estados Unidos impediu que