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GOVERNO EPITÁCIO PESSOA (1919-1922)

Eleito em 1919 numa eleição especialmente convocada devido à morte, antes da posse, do presidente Rodrigues Alves, eleito pela segunda vez em 1918. Epitácio Pessoa assume a Presidência num momento marcado pela euforia do crescimento econômico e de prosperidade dos negócios devido à guerra. Epitácio Pessoa Como anti-florianista convicto, uma das primeiras medidas de Epitácio Pessoa foi substituir ministros militares por civis nas pastas tradicionalmente ocupadas por membros das Forças Armadas: no Ministério da Marinha colocou Raul Soares e no Ministério da Guerra, Pandiá Calógeras. Essa atitude causou descontentamentos nos meios militares. Tentando resolver os problemas do Nordeste, Epitácio criou a Inspetoria Federal de Obras contra as Secas. Por ser nordestino, levou a cabo algumas obras contra a seca. Foram construídos 205 açudes e 220 poços e acrescidas de 500 quilômetros as vias férreas locais. Isso, no entanto, não bastou para satisfazer a insustentável situação de penúria da popu

GOVERNO DELFIM MOREIRA (1918-1919)

Em 1918 foi eleito novamente Rodrigues Alves, que adoeceu e morreu antes de tomar posse. Assumiu o vice-presidente, Delfim Moreira, que governou até que fossem feitas novas eleições. Seu mandato, no entanto, durou apenas oito meses, até a morte do presidente, quando foram realizadas novas eleições e Epitácio Pessoa saiu vitorioso. Delfim Moreira O período que ficou conhecido como “regência republicana” foi marcado por diversos problemas sociais refletidos em inúmeras greves de trabalhadores. O presidente, no entanto, tendia a menosprezar essa crise, dizendo que as greves "não passavam de casos de polícia" , não sendo tomada nenhuma medida eficaz para conter o problema. Delfim Moreira também não dispunha de boas condições de saúde e seu curto mandato marcou uma época em que ficou no poder com ausências e atitudes insensatas, levando o ministro da Viação, Afrânio de Melo Franco a conduzir o governo. Três dias após o novo governo assumir o comando do país, uma greve geral ating

GOVERNO VENCESLAU BRÁS (1914 - 1918)

Ao assumir a Presidência em 1914, Venceslau Brás deparou com uma situação econômica instável, pois no governo de Hermes da Fonseca havia caído o saldo das exportações cafeeiras e aumentando as emissões de papel-moeda. Quando assumiu o governo, já havia rebentado a Primeira Guerra Mundial. Venceslau Brás O afundamento do navio brasileiro Paraná, obrigou o governo a romper relações com o Império Alemão. A opinião pública era positivamente a favor dos aliados. A França sempre gozou em nossas elites de grande prestígio e a monarquia imitou os modelos britânicos. Outros torpedeamentos seguiram-se. Pouco depois (26 de outubro de 1917), com uma declaração de guerra, o Brasil oficialmente participava do conflito. Nossa ajuda aos Aliados consistiu colaborando no policiamento do oceano Atlântico, sobretudo no fornecimento de gêneros e em transportes marítimos. A Primeira Guerra Mundial, que trouxe como consequência a queda a queda temporária das importações e um pequeno surto industrial, possibi

GOVERNO HERMES DA FONSECA (1910 - 1914)

Com a eleição do marechal Hermes da Fonseca, o posto máximo da nação voltava a ser ocupado por um militar, em meio à divisão entre as oligarquias: São Paulo, de um lado, e de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, de outro. Hermes da Fonseca O presidente envolve-se numa aliança entre militares e jovens políticos vinculados à sua família, que, juntamente com oligarquias locais menores, procuraram alterar a influência política das oligarquias mais tradicionais. Senador pelo Rio Grande do Sul, Pinheiro Machado era o político mais influentes da época, estendendo seu controle inclusive sobre oligarquias do Norte e do Nordeste. Em 1910, no auge de sua carreira política, criou o Partido Republicano Conservador (PRC). Política das Salvações No entanto, dentro dessa aliança, podia-se constatar uma grande contradição. Os grupos militares, que se representavam no poder através de Hermes da Fonseca, queriam intervir nos estados para frear o abuso do poder das oligarquias. Esperavam com isso salvar as i

GOVERNO NILO PEÇANHA (1909-1910)

Nilo Peçanha , foi eleito vice-presidente da República em 1906 e, com o falecimento de Afonso Pena, assumiu a presidência em 14 de junho de 1909. Sem tempo nem clima político para governar, Nilo Peçanha deixou para a história a criação do Serviço de Proteção aos índios, entregando a sua direção ao até então coronel Cândido Rondon, cujo trabalho junto aos silvícolas credenciavam-no para o cargo. Restaurou o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio e fundou em diversos estados Escolas de Aprendizes Artífices. Nilo Peçanha Ele lançou o lema "Paz e Amor" como forma de tentar criar um governo de conciliação das forças políticas que lutavam entre si na época, mas houve muitos protestos e mortes na Capital Federal durante o seu período no Governo. A campanha sucessória, já quente desde o fim do mandato de Afonso Pena, pegou fogo com a ruptura entre São Paulo e Minas Gerais. O café pendeu para buscar apoio junto à terra do Senhor do Bonfim, enquanto o leite encontrava abrigo n

GOVERNO AFONSO PENA (1906-1909)

Mineiro, Afonso Augusto Moreira Pena assumiu a presidência com o apoio dos fazendeiros e exportadores de café. Embora sonhasse com a industrialização do Brasil, esqueceu rapidamente tais sonhos e empenhou-se a fundo na valorização do café. Afonso Pena Afonso Pena recebeu o governo numa época de relativa prosperidade econômica, conquanto persistissem velhos problemas nacionais como a miséria das classes proletárias, a corrupção política e a formação de oligarquias provinciais. A antiga aristocracia rural da cana-de-açúcar decaíra completamente; os patriarcais fazendeiros de café começaram a sofrer a concorrência das novas classes urbanas e industriais que procuravam afirmar-se na direção política. Apesar de ter sido eleito com base na chamada política do café-com-leite, Pena realizou uma administração que não se prendeu de tudo a interesses regionais. Incentivou a criação de ferrovias, e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico, por meio da expedição de Cândido Rond

GOVERNO RODRIGUES ALVES (1902-1906)

Rodrigues Alves servira à monarquia como Presidente de sua província natal e fora ministro da Fazendo no governo de Floriano Peixoto. Eleito senador duas vezes (em 1897 e 1916) pelo Estado de São Paulo, como representante do Partido Republicano Paulista. Foi eleito Presidente duas vezes, cumpriu o primeiro mandato (1902 a 1906), mas faleceu antes de assumir o segundo (que deveria se estender de 1918 a 1922). Rodrigues Alves  Rodrigues Alves foi o negociador da consolidação dos empréstimos externos com os banqueiros ingleses Rotschild. Durante seu governo modificou-se o aspecto acanhado e provinciano do Rio de Janeiro, O engenheiro Pereira Passos foi nomeado prefeito da cidade do Rio de Janeiro, com plenos poderes para a implementação das reformas de modernização. O porto foi ampliado, os antigos quarteirões com seus cortiços foram demolidos e os moradores transferidos para a periferia, abrindo espaço para o alargamento de ruas e a construção de novas avenidas, entre elas a avenida Cent