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Cotidiano e sociedade no Brasil colonial

  Aspectos da sociedade A sociedade que se constituiu na colônia portuguesa era extremamente hierarquizada. Num extremo estavam os senhores de terra e de escravos; no outro, os próprios escravos. Um pequeno grupo de trabalhadores livres e funcionários públicos constituíam uma camada intermediária, mas praticamente sem poder político. Entretanto, entre as diversas regiões coloniais existiam muitas diferenças. No Nordeste, onde predominou a produção de açúcar, organizou-se a chamada sociedade açucareira, com a família patriarcal; na região das minas, que se desenvolveu a partir do século XVII, organizou-se uma sociedade mais urbana do que rural; no sul da colônia, por sua vez, a criação de gado e a prática da agricultura de subsistência possibilitaram uma sociedade mais flexível. A população brasileira nos séculos XVI e XVII estava quase toda concentrada no litoral. Era rarefeita e marcadamente rural. Na Europa, até o fim do século XVIII a mobilidade social era restrita, pois predominava

Escravidão no Brasil colonial

Ao longo de mais de trezentos anos, os escravos foram os responsáveis pela produção de boa parte das riquezas no Brasil. Milhões de africanos foram tirados de suas terras para uma viagem na qual aproximadamente a metade morria de fome, doenças e maus-tratos, ou, já em terras americanas, de banzo, uma espécie de tristeza e melancolia provocada pelo afastamento da terra natal. O transporte dos escravos da África até o Brasil era feito em navios negreiros, chamados de tumbeiros. Amontoados nos porões, mais de um terço deles morria devido às péssimas condições de higiene e alimentação, além dos maus-tratos. Os que chegavam eram vendidos como mercadoria e submetidos a um duro regime de trabalho, a separação dos familiares, à destruição dos seus costumes, etc. Porões de navios negreiros A escravidão em massa dos africanos significou o despovoamento de regiões inteiras da África; além disso, destruiu essa população, pois os negros trazidos da África morriam em grande quantidade na viagem ou,

A SOCIEDADE NO BRASIL COLONIAL

  1. A Sociedade Açucareira A sociedade da região açucareira dos séculos XVI e XVII era composta, basicamente, por dois grupos. O dos proprietários de escravos e de terras compreendia os senhores de engenho e os plantadores independentes de cana. Estes não possuíam recursos para montar um engenho para moer a sua cana e, para tal, usavam os dos senhores de engenho. O outro grupo era formado pelos escravos, numericamente muito maior, porém quase sem direito algum. Entre esses dois grupos existia uma faixa intermediária: pessoas que serviam aos interesses dos senhores como os trabalhadores assalariados (feitores, mestres-de-açúcar, artesãos) e os agregados (moradores do engenho que prestavam serviços em troca de proteção e auxílio). Ao lado desses colonos e colonizados situavam-se os colonizadores: religiosos, funcionários e comerciantes. Elementos fundamentais na sociedade colonial nordestina O patriarcalismo: A família patriarcal foi a base da sociedade nascida na região do açúcar. As f

A expansão territorial brasileira

O Brasil começou a ser povoado a partir do litoral. Pois os portugueses que chegavam da Europa fundavam postos de recolhimento e armazenagem de mercadorias que seriam levadas para a Europa. Esses postos eram chamados feitorias. Fundavam também pequenas vilas próximas ao mar. Durante o século XVI os colonos não se atreviam a entrar pela mata em direção ao interior (o sertão). Havia medo do desconhecido e do ataque de tribos indígenas. Sobre essa situação, frei Vicente Salvador escreveu, em 1627: “os portugueses permanecem no litoral como caranguejos a rondar as praias”. Entretanto, pouco a pouco, grupos de pessoas foram penetrando no interior do território, dando início ao seu povoamento. Dentre esses grupos, destacam-se: · Expedições militares organizadas pelo governo para expulsar estrangeiros que ocupavam partes do território. · Bandeirantes que andavam pelo sertão aprisionando índios ou procurando metais preciosos. · Padres jesuítas que fundavam aldeias para catequização dos índios