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O governo Médici (1969-1974)

Durante o governo Médici o país passaria pelo período mais repressivo de todos os governos militares. Sob sua direção, o Estado iria tornar permanente o terror contra a sociedade por meio de uma rede de órgãos repressivos. Além do SNI e dos Departamentos de Ordem Política e Social (Dops) nos estados, existia agora o DOI-CODI (Destacamento de Operações Internas e Centro de Operações de Defesa Interna), cujos integrantes eram especialmente treinados em técnicas de combate à guerrilha urbana. general Emílio Garrastazu Médici Formado pelos serviços de informações do Exército, Marinha e Aeronáutica, o DOI-CODI incluía também agentes da Polícia Federal e dos Dops estaduais. Sua principal especialidade consistia em arrancar confissões dos prisioneiros por meio de sessões contínuas de tortura que, muitas vezes, terminava com a morte da pessoa torturada. Os atos terroristas – como sequestros de pessoas e aviões, assalto a bancos etc. – atingiram o auge; no centro do país, na região do Araguaia,

O governo do marechal Costa e Silva (1967-1969)

Ao final do governo Castelo Branco, o alto comando militar escolheu como novo presidente, o marechal Costa e Silva. Novamente repetia-se a encenação do referendo pelo Congresso Nacional, naquilo que se convencionou chamar de eleição indireta. Costa e Silva obteve 295 votos da ARENA, enquanto os parlamentares do MDB retiravam-se do local de votação em sinal de protesto. marechal Costa e Silva O novo presidente reiterou as promessas de democracia e de desenvolvimento expressas sistematicamente pelo governo anterior. Costa e Silva, assim que foi empossado na Presidência da República, passou a enfrentar sérios problemas. Agitação social e política intensificou-se.  Muitos setores que haviam apoiado o golpe de 1964 passaram a divergir quanto aos rumos da chamada revolução. A oposição ganhava adeptos à medida que os militares demonstravam não abandonar o poder. Alguns civis, que prepararam e participaram ativamente do golpe de 1964 como Ademar de Barros, Magalhães Pinto e Carlos Lacerda, pas

O governo do marechal Castelo Branco (1964-1967)

Com a deposição de Jango, o poder passou para as mãos de uma Junta Militar, formada por três altos comandantes das Forças Armadas. No dia 9 de abril, a Junta Militar decretou o Ato Institucional nº1 (AI-1), que suprimiu os direitos políticos de 100 pessoas e os mandatos de dezenas de parlamentares. Centenas de pessoas foram presas. centena de outras foram para o exílio. Mesmo após atribuí a si mesmos poderes excepcionais, os militares brasileiros procuraram legitimar suas atitudes, referendando parte de suas medidas através do poder Legislativo, ao contrário do ocorrido em outros países latino-americanos. Assim, no dia 11 de abril, após algumas articulações políticas, o Congresso Nacional aprovou, com 361 votos, o nome do marechal Castelo Branco, indicado pelo comando da revolução para a presidência da república. Houve abstenção de 72 parlamentares e ausência de 37 deles. Marechal Castelo Branco Mas a face mais dura do regime militar consistiu na instalação de inquéritos contra oposito

A presidência de João Goulart (1961-1964)

Para conciliar a corrente contrária à posse com a dos legalistas, o Congresso aprovou um ato adicional estabelecendo o sistema parlamentarista de governo no Brasil. Essa medida, que limitava os poderes do presidente, foi a condição para que João Goulart, conhecido popularmente como Jango, assumisse o poder. Para presidente do Conselho de ministros foi eleito, pela Câmara dos deputados, Tancredo Neves. João Goulart   Contando com forte apoio popular, João Goulart convocou um plebiscito para 6 de Janeiro de 1963 para decidir sobre a manutenção ou não do sistema parlamentar. O resultado foi a volta ao presidencialismo, que lhe devolvia os poderes retirados em 1961. João Goulart e Tancredo Neves O ministério do Planejamento e da Coordenação Econômica, cujo titular era Celso Furtado, partiu para a execução do chamado Plano Trienal . Elaborado no período parlamentarista, pretendia combater a inflação e realizar o desenvolvimento econômico, particularmente do setor industrial. Esse plano, ent

A presidência de Jânio Quadros (1961)

Jânio Quadros foi eleito com a maior votação obtida, até então, por um político brasileiro. No entanto, só fez descontentar seus eleitores, nos poucos meses em que ocupou a Presidência. Tomando posse em janeiro de 1961, Jânio passou a governar um país marcado por uma grave crise financeira: intensa inflação E déficit na balança de pagamentos, acompanhando do consequente acúmulo da dívida externa. Para enfrentar esses problemas, criou uma política anti-inflacionária, restringindo os créditos, congelando os salários e incentivando as importações. Com essa diretriz, terminou por sofrer oposição de praticamente todos os setores sociais. Jânio ao assumir o governo tem um compromisso de realizar as reformas preteridas pela UDN, porém a questão da sua personalidade vai interferir no seu governo. As medidas ao invés de terem preocupações de reorganizar o país, passam apenas por um processo de moralismo. Ele começa o seu governo proibindo o uso de biquíni nas praias, proíbe a briga de galo e o

A segunda presidência de Getúlio Vargas (1951-1954)

“Se for eleito a 3 de outubro, no ato de posse, o povo subirá comigo as escadas do Catete. E comigo ficará no governo.” Com um linguajar demagógico e algumas propostas nacionalistas, Getúlio pleiteou novamente a presidência, candidatando-se pelo PTB e apoiado pelo Partido Social Progressista (PSP) nas eleições no final do governo Dutra, foi eleito com 48,7 dos votos, derrotando nas urnas Eduardo Gomes (UDN), Cristiano Machado (PSD) e João Mangabeira (PSB). Getúlio Vargas Getúlio, de volta ao poder, procurou direcionar a economia para uma linha intervencionista e nacionalista, preocupado principalmente com o desenvolvimento da indústria de base: siderurgia, petroquímica, energia, transporte etc. Nacionalismo e trabalhismo  Com a volta de Getúlio Vargas ao poder, foram retomados o nacionalismo e a política trabalhista. O período foi marcado pelo conflito entre grupos nacionalistas, que apoiavam o governo, e grupos que queriam abrir a economia do país ao capital estrangeiro. Esse embate m

A presidência do general Dutra (1946-1951)

Em 1945, o vencedor da disputa eleitoral para a Presidência da República foi o general Eurico Gaspar Dutra, do Partido Social Democrático (PSD) em coligação com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), que recebeu apoio de Vargas. Entre as primeiras ações de seu governo, estiveram a convocação de uma Assembleia Constituinte e a promulgação de outra Constituição para o país. Após tomar posse como presidente, Dutra afastou-se de Vargas e adotou políticas vinculadas aos interesses da UDN, partido que tinha sido seu opositor nas eleições. Do ponto de vista político e econômico, isso significou uma postura alinhada ao liberalismo estadunidense. Nas eleições de dezembro de 1945 elegeram-se os membros da Assembleia Constituinte. Assim, em setembro de 1946 promulgou-se a quinta Constituição brasileira. Nela prevalecera as características liberais com sentido conservador: manutenção da república federativa presidencialista; voto secreto e universal para maiores de 18 anos, excetuando-se soldados