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A TERRA NO ESPAÇO - Principais corpos e fenômenos celestes

  O Sistema Solar

Formado por um conjunto de astros que giram em torno do sol. Suas órbitas são elípticas e variam em função da massa, da velocidade e da dinâmica em relação ao sol.

O Sol

Trata-se de uma estrela formada por gases (hidrogênio e Helio). O sol “queima” hidrogênio através de reações nucleares – transformando este hidrogênio em Helio. A temperatura superficial do sol e de 6.000oC e no centro do sol é provável que chegue a 113.000.000oC. A superfície solar emite uma energia conhecida como radiação eletromagnética.

Afélio: É o ponto da órbita de um astro em que a sua distância em relação ao Sol é máxima.

Os Planetas: São astros iluminados que giram ao redor do Sol. São nove (pela ordem de afastamento do Sol): Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão,

Satélites: São astros iluminados e que giram em torno dos planetas. Existem 32 satélites pertencentes a 6 planetas.

A velocidade e temperatura são alteradas em função da maior ou menor distância do Sol. Os mais próximos do Sol, a velocidade de translação é maior (força gravitacional) e maior a temperatura. Os que se encontram mais distantes possuem menor velocidade ao redor do Sol e são mais frios.

Cometas: São astros de núcleo brilhante e cauda nebulosa e alongada. É formado por rochas e minerais envolvidos por gases e poeiras. 0 cometa mais conhecido é o de Halley (1986).

Asteroides: Calcula-se existirem cerca de 40.000 planetóides e eles gravitam basicamente entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Meteoritos: São pequenas partículas que entram na atmosfera com grande velocidade. Quando passam perto dos planetas são atraídas por eles. Ao entrarem na atmosfera terrestre sofrem um intenso atrito com o ar.

 Zodíaco: É o nome de uma zona celeste que corresponde ao plano do equador solar, ficando entre o Hemisfério Boreal e o Austral Celeste. Possui doze constelações.

Constelação: É o nome dado a um agrupamento de estrelas. O observador, localizado na Terra, percebe na esfera celeste zonas de concentração estelar. Por uma tradição herdada dos astrônomos da Antiguidade os nomes foram atribuídos de maneira arbitrária, nascidos da pura imaginação, como escorpião, touro, capricórnio etc.

Dia: Período de tempo correspondente a uma volta da Terra em torno do seu eixo. Medido a partir de duas passagens sucessivas de uma estrela num meridiano, o dia sideral dura 23h56’4”. A mesma medida feita em relação ao Sol fornece um aumento de 8” na duração do dia, que é chamado dia solar. Denominamos também dia o período de tempo decorrido entre o nascer e o pôr-do-sol. A sua duração é variável segundo a proximidade com o polo e a estação do ano.

Nas regiões polares a duração do dia ou da noite supera 24 horas, podendo durar alguns meses. A inclinação do eixo terrestre e o movimento de translação provocam a variação da duração do dia e da noite. Para efeito da contagem do tempo, o dia é dividido em 24 horas: é o dia civil e começa à 0 hora, no primeiro minuto logo após a meia-noite do dia anterior.

Eclipse

                  Eclipse solar à esquerda e eclipse lunar à direita

É a ocultação de um astro quando este é atingido pela sombra de outro, ou quando, pela posição, um encobre o outro. Quando isso ocorre com um astro qualquer, chama-se ocultação. Quando ocorre com o Sol ou com a Lua, denomina-se eclipse.

Eclipses da Lua: há dois tipos, o parcial e o total. É quando a Lua fica encoberta total ou parcialmente pelo cone de sombra projetado pela Terra. Ocorre quando os três astros estão em oposição.

Eclipses do Sol: ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol estão em conjunção. A passagem da Lua em frente ao disco solar faz com que uma parte da Terra seja atingida pelo vértice do cone de sombras da Lua. Nessa parte ocorre um eclipse total do Sol. Nas vizinhanças, atingidas somente pela penumbra, teremos um eclipse parcial, isto é, o disco solar não fica totalmente encoberto. Quando o cone de sombra não chega a atingir a Terra, pode ser observado um eclipse anular. Neste caso tem-se a impressão de que o disco lunar de menor diâmetro não consegue encobrir o disco solar, deixando uma auréola solar exposta na sua periferia.

Estações do ano

Como decorrência do movimento de translação, a Terra ocupa diferentes posições no plano da eclíptica. Ela poderá estar acima do plano do equador solar, abaixo do equador solar ou no mesmo nível. Essas diferentes posições são responsáveis pela inclinação com que os raios solares atingem a superfície da Terra, determinando aumento ou diminuição de calor recebido. Quando a Terra ocupa a posição do dia 22 de dezembro, ela está no solstício de verão para o hemisfério sul. Nesse dia começa o verão no hemisfério sul (austral) e o inverno no hemisfério norte (boreal). Isso se deve ao fato de a Terra, pela inclinação do seu eixo e pela posição que nesse dia ocupa no plano da eclíptica, receber raios solares mais perpendiculares no hemisfério sul e raios mais oblíquos no hemisfério norte. Essa diferença de ângulo de incidência (inclinação) determina no primeiro caso a absorção de mais calor e no segundo, menos calor por parte da Terra. Seis meses depois dessa data temos, em 22 de junho, a inversão dessa posição, pois a Terra fica num ponto de sua órbita abaixo do plano do equador e então a maior incidência de calor se faz no hemisfério norte. Na passagem de 22 de junho para 22 de dezembro, a Terra ocupará um ponto a meia distância dos dois, no dia 21 de setembro, quando a duração do dia e da noite são iguais e a distribuição de calor é igual nos dois hemisférios. Esse ponto coincide com o momento em que a Terra, na sua trajetória, está no nível do plano do equador solar. O fato vai repetir-se depois de 22 de dezembro quando, em 21 de março, estará novamente a Terra em posição equivalente, mas agora do lado oposto do Sol. Esses quatro pontos ou datas correspondem às quatro posições da Terra na sua órbita e têm características climáticas, que são bem definidas nas regiões de clima temperado. Essas posições representam as quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera. Astronomicamente, o verão e o inverno correspondem aos solstícios, e a primavera e o outono, aos equinócios.

As estações, nas regiões de clima temperado duram três meses cada uma, assim distribuídas ao longo do ano:

Hemisfério sul:

•          Verão– de 22 de dezembro a 20 de março

•          Outono – de 21 de março a 21 de junho

•          Inverno – de 22 de junho a 22 de setembro

•          Primavera – de 23 de setembro a 21 de dezembro

Hemisfério norte:

•          Verão– de 22 de junho a 22 de setembro

•          Outono – de 23 de setembro a 21 de dezembro

•          Inverno – de 22 de dezembro a 20 de março

•          Primavera – de 21 de março a 21 de junho

Planeta Terra

Características do nosso planeta:

• Atmosfera ativa, oxidante e de média densidade relativa.

• Crosta ativa (placas móveis, sismos e vulcanismos).

• Formas de vida muito diversificada (de 341.000 a 540.000 espécies vegetais e de 2.158.000 a 4.000 espécies animais).

 Forma:

A Terra é um planeta de forma arredondada. É achatada nos polos e abaulada no Equador. Trata-se, portanto, de um elipsóide achatado ou um elipsóide de revolução. Porém, a Terra é considerada um geóide. Este achatamento se deve à força centrífuga da rotação da Terra.

Provas de redondeza da Terra:

• Eclipses lunares.

• Aproximação de um navio à costa.

• Viagens de circunavegação.

• Variação da altura angular do polo celeste.

• 0 peso de um objeto que é o mesmo em qualquer região do globo.

• A curvatura da superfície da Terra limita a visibilidade nos pontos elevados.

MOVIMENTOS DA TERRA

Rotação: É o movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo de oeste para leste.

Gira 360º em 24 horas (23h, 56 min e 4 seg.).

 Consequências:

- sucessão dos dias e das noites

- forma da Terra: abaulamento no Equador e achatamento nos polos

- circulação geral da atmosfera e das correntes marítimas com um desvio para a direita no HN e para a esquerda do observador no HS (efeito Coriolis).

- elevação do nível do mar no litoral leste dos continentes.

Fusos Horários

Lembrando que temos um movimento de rotação da Terra, no sentido oeste – leste, que faz com que ela leve 24 horas para dar uma volta completa sobre si, podemos concluir que existem as mesmas 24 horas diferentes no planeta. Para que entendamos mais isto, se faz necessário a compreensão de dois conceitos: Hora local ou solar e Hora legal (relógio).

Hora local ou solar

A Hora local está baseada na ideia de que cada localidade tem uma hora, baseada na longitude da mesma. Para entendermos tal raciocínio devemos entender que:

360º = 24h

15º = 1h

1º = 4min

Assim, podemos entender que se a Terra leva 24 horas para dar a volta completa em si mesma, consequentemente, ela em 1 hora percorre 15º e em 4min anda 1º.

Podemos deduzir que existe uma diferença de 4 min entre duas longitudes adjacentes.

Por exemplo, se em Porto Alegre, que está na longitude 51º W, a hora local é 12h na cidade Santo Ângelo/RS (54ºW) será 11h 48min.

IMPORTANTE: Devemos lembrar que longitudes mais a oeste, possuem horas menores do que longitudes mais a leste.

Hora legal (relógio)

Para dar uma certa padronização no horário existente em todo globo, em 1884 foi criado o sistema internacional de fusos horários, onde temos faixas horárias de 15º de extensão, sendo que todas as localidades inseridas nesta faixa terão o mesmo horário, ignorando assim, a hora local de determinados pontos.

Foi necessário definir que a hora o meridiano de Greenwich, seria a inicial, sendo possível, então, o cálculo das horas nas demais localidades do planeta. Chamamos este fuso inicial de GMT (Greenwich Meridian Time).

Os fusos são conhecidos pela longitude central do mesmo (0º, 15ºW, 45ºE).

Entretanto devemos lembrar que o fuso 0º tem uma área compreendida entre o 7º30’W e 7º30’E, o fuso 15ºE está inserido entre o 7º30’ e 22º30’E. Podemos deduzir, que para determinarmos a área de um fuso devemos, somar 7º30 e subtrair 7º30 da longitude central do fuso (mas existem exceções).

Fusos horários brasileiros

O Brasil por ser um país de proporções continentais, possui quatro fusos horários, ou seja, em nosso território temos 4 diferentes horas.

A hora legal do Brasil é considerada a de Brasília, pois abrange maior parte do país.

Linha Internacional de Data

Estabelecido o sistema de fusos horários, tornava-se necessário determinar o meridiano a partir do qual deveríamos começar a contagem de um novo dia. Escolheu-se para tal fim o meridiano de 180º ou linha internacional de data, onde ocorre a mudança de datas. Cruzando-se, esta linha no sentido oeste-leste, deve se subtrair um dia (24 horas) e, cruzando-a no sentido Leste-Oeste, deve acrescentar-se um dia.

Translação: É o movimento que a Terra faz em torno do sol em 365 dias (365 dias, 5 h, 48 min e 46 segs.).

 Consequências:

 - as estações do ano

- o eixo da Terra mantém-se inclinado 23 o27’ em relação ao plano da órbita

- equinócios e solstícios

- desigual distribuição de luz e calor na Terra

- desigual duração dos dias e noites

- a cada 4 anos temos o ano bissexto

Obliquidade: 0 eixo da Terra está inclinado em relação ao plano orbital (a eclíptica) em 23o27’. Essa obliquidade que causa as estações do ano e interferem na duração do dia e da noite.

EQUINOCIOS: Correspondem as épocas do ano em que ambos os hemisférios estão igualmente iluminados, isto porque o sol está passando sobre a linha do Equador com ângulo de 90º.

SOLSTÍCIOS: Correspondem as épocas do ano em que os hemisférios N e S estão desigualmente iluminados, coincidindo com a passagem do sol pelos trópicos, com ângulo de 90º.

MOVIMENTOS DA LUA

Rotação: em torno de seu próprio eixo, no período de 27 dias, 7 h e 43 min.

Translação: ao redor da Terra, no período de 27 dias, 7 h e 43 min.

Revolução: em torno do Sol, juntamente com a Terra, no período de aproximadamente 365 dias.

Fases da lua

São os aspectos apresentados pela Lua ao longo do seu movimento de translação ao redor da Terra correlacionado com a iluminação solar.

 • Lua nova: posição entre a Terra e o Sol, em conjugação.

Quarto crescente: posição em ângulo reto com a Terra no vértice, em quadratura.

• Lua cheia: a Terra fica entre a Lua e o Sol, em oposição.

Quarto minguante: posição invertida ao quarto crescente, em quadratura.


  

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