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Obama, o presidente negro

Político norte-americano. Estudou Ciências Políticas na Universidade de Colúmbia e Direito na Universidade de Harvard, onde foi o primeiro diretor afro-americano da revista Harvard Law Review. Em 1985, mudou-se para Chicago, onde trabalhou como organizador comunitário nos bairros pobres do sul da cidade e, posteriormente, atuou como advogado em Direito Civil e como professor de Direito Constitucional. Em 1997, tornou-se membro do Senado do estado de Illinois e, em 2004, foi eleito senador dos Estados Unidos em representação do mesmo estado.
Em 4 de novembro de 2008, ocorreram novas eleições para presidente dos Estados Unidos. Em abril, os republicanos já haviam escolhido seu candidato; o Senador John McCain. Em junho, a senadora Hillary Clinton, que disputava com o senador Barak Obama a indicação pelo Partido democrático, desistiu de sua pré-candidatura.
Obama, que então foi escolhido como o candidato democrata, venceu a disputa e se tornou o primeiro presidente estadunidense de ascendência africana e de pele negra. Num país marcado historicamente pela descriminação racial. A data é histórica para o país, cujo histórico de confrontos raciais é grande e as medidas para busca de igualdade, recentes. Quando Martin Luther King foi assassinado, em 1968, Barack Obama contava apenas 7 anos de idade. Sob um frio de -3 °C e diante de um público recorde, o novo presidente fez um discurso duro, no qual disse que a nação precisaria começar o "trabalho de reconstruir a América". Em 2009, foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz por suas ideias terem criado "um novo clima na política internacional".
George W. Bush terminou seu mandato com um dos mais baixos índices de popularidade da história política dos Estados Unidos. Em pesquisa realizada pelo instituto Gallup em setembro de 2008, o índice de aprovação de Bush foi de apenas 27% da população estadunidense. As derrotas republicanas nas eleições de 2006 para o Congresso, e em 2008, para presidência, assinalaram a crise e a derrocada da Doutrina Bush.
A vitória vinha depois de oito anos de governo republicano de Bush, que colocou em prática uma política conservadora, marcada pelo moralismo e o intervencionismo militar. A figura do antigo presidente estava desgastada também pela acusações de violação dos direitos humanos, pela demora no atendimento às vítimas do furacão Katrina (2005) e pela crise econômica de 2008.
Na presidência, Obama buscou reconstruir a posição dos Estados Unidos no cenário mundial por meio de uma política de conciliação e diálogo, com posições bem mais progressistas que seu antecessor. Sob Barak Obama, delineou-se uma nova abordagem da política externa, baseado no reconhecimento dos limites do poder dos Estados Unidos. Uma orientação multilateralista, amparada na busca por consensos no Conselho de Segurança da ONU, tomou o lugar da visão neoimperial da "era Bush". A retirada das forças combatentes do Iraque, concluída em 2011, e a gradual retirada das forças engajadas no Afeganistão acompanharam a mudança de foco da política mundial da hiperpotência.

Obama ordena o fechamento de Guantánamo e proíbe tortura
O presidente americano, Barak Obama, anunciou [...] que vai fechar os campos de detenção de Guantánamo, em Cuba, e as prisões secretas da CIA no mundo, revertendo um dos legados mais polêmicos do governo George W. Bush. Nas quatro ordens executivas que assinou. Obama anunciou também a proibição de tortura de suspeitos de terrorismo sob poder de autoridades americanas. Guantánamo e as prisões da CIA desgastaram a imagem dos EUA no mundo e são consideradas um símbolo de abuso de direitos humanos, detenção sem acusação formal e tortura.
"Em primeiro lugar, posso dizer [...] ", declarou Obama." A mensagem que estamos mandando para o mundo é que os EUA pretendem continuar lutando contra a violência e o terrorismo, de forma vigilante e eficiente, e vamos fazer isso de uma forma consistente com nossos valores e ideais" disse.
Fonte: Patrícia Campos Mello 
www.estadao.com.br



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