segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Fake news e desinformação no mundo virtual

A disseminação das tecnologias de comunicação e a ampliação do acesso à internet facilitaram a comunicação e a interação entre as pessoas. No entanto, um dos problemas decorrentes desse acontecimento foi a proliferação de notícias falsas, mais conhecidas como fake news. Essa expressão, que em português significa “notícias falsas”, refere-se a notícias total ou parcialmente manipuladas com o objetivo de difamar, prejudicar uma pessoa, um grupo ou uma instituição.

Entre os principais problemas contemporâneos associados ao uso inapropriado da internet está o da disseminação das fake news. O termo fake news quer dizer “notícia falsa” em inglês. Porém, o conceito que essa expressão carrega é mais profundo que essa simples tradução. Ele diz respeito a uma informação deliberadamente falsa, isto é, uma informação criada para enganar pessoas e, com isso, atingir determinados objetivos.

As fake news geralmente são compartilhadas na internet, principalmente nas redes sociais, como se fossem verdadeiras. Contudo, elas não correspondem à realidade dos fatos e podem até conter dados falsos ou informações parcialmente verdadeiras.
As fake news podem ser disseminadas a fim de gerar ganhos financeiros ou políticos, atacar grupos sociais minoritários ou enfraquecer propostas de mudança social, por exemplo. Sua propagação acontece principalmente em meios onde os autores das informações usufruem de anonimato, como aplicativos de mensagens e redes sociais.
Nesses meios virtuais, cada vez mais populares em virtude do aumento do acesso à internet, as fake news atingem rapidamente um grande público. Por isso, é necessário identificar as características de publicações suspeitas e verificar as informações antes de compartilhá-las, evitando, assim, a propagação de mentiras. Quando compartilhadas por inúmeras pessoas, as fake news propagam a desinformação.

O problema da desinformação na internet

A desinformação é caracterizada como um conjunto de ações que visam alterar a informação circulante e mudar a visão da realidade. Por trás dessas ações, há interesses de grupos privados ou políticos, por exemplo, que buscam criar uma certa imagem sobre determinado tema, indivíduo ou grupo de pessoas, geralmente para prejudicar sua reputação. Hoje, uma notícia falsa pode viralizar em um instante – as redes sociais permitem um alcance enorme. Além disso, hoje, há mais produtores de informação. Ou seja, o alcance e a difusão de notícias falsas aumentaram.

O fenômeno começou a ser observado mais de perto – estudado por pesquisadores e reportado pela mídia – com a profusão de notícias falsas nas redes sociais durante as eleições americanas em 2016, quando Donald Trump foi eleito para a presidência do país. Também foi quando o termo “fake news”, cuja tradução por aqui é “notícias falsas”, começou a ser usado. Há pesquisas que apontam que as notícias falsas que circularam na redes sociais durante o pleito americano podem ter influenciado seu resultado.

Atualmente, diversos jornalistas, ativistas digitais e pesquisadores defendem campanhas educativas para combater esse problema, que vem alcançando graves proporções. Nesse contexto, surgiram as agências de fact checking (checagem de fatos), que se dedicam à verificação de dados e à checagem de fatos como forma de combater as fake News e a desinformação, identificando imprecisões, erros e mentiras que circulam principalmente na internet.









O crescimento da extrema direita

Fenômeno atual que preocupa os democratas e os humanistas de diferentes partes do mundo é o crescimento dos grupos políticos de extrema direita. Alguns deles são adeptos do nazismo hitlerista, os chamados neonazistas.

Para eles, os responsáveis pela crise econômica e pelo desemprego em seus países são os imigrantes vindos de países ou regiões mais pobres.

Por essa razão, defendem o ultranacionalismo. E vão além, perseguindo e discriminando negros, homossexuais e transexuais, além de muçulmanos e judeus. Defendem o ultranacionalismo, mas também são anticomunistas e inimigos da democracia liberal. Os grupos de extrema direita e neonazistas agem de modo intolerante e violento, chegando a praticar atos terroristas e assassinar aqueles que consideram seus inimigos.

Negacionismo: História e Ciência

No século XXI, as redes sociais permitiram que movimentos políticos de extrema direita manifestassem suas ideias retrógradas em grande escala.

Grupos se formaram nas redes sociais com o objetivo de desqualificar o saber científico, manipular informações, recorrer a falsos especialistas para produzir desinformações e divulgar fake news. Eles negam eventos científicos e históricos que foram pesquisados, estudados e comprovados, preferindo opiniões pessoais, muitas delas estapafúrdias.

Um exemplo é a crença de que o planeta Terra é plano. A opinião pessoal se sobrepõe ao conhecimento científico, apesar das provas em contrário.

Esse também é o caso daqueles que negam a eficácia das vacinas desenvolvidas contra a covid-19, preferindo não se vacinar e expondo-se ao risco de morte. Outro exemplo de negacionismo é desacreditar o fenômeno do aquecimento global.

O negacionismo também atua de maneira perversa na história. Há os que negam o assassinato de 6 milhões de judeus pelos nazistas, embora as provas do genocídio sejam inúmeras, variadas e evidentes. A negação do Holocausto é um exemplo, mas há vários outros, como o de que o ser humano não pisou na Lua ou de que não houve ditadura militar no Brasil.

Esses movimentos negam e recusam os fatos, as evidências, as pesquisas e as comprovações dos campos da Ciência e da História. O negacionista prefere a crença, a opinião pessoal e a produção da ignorância.

Atentado no Riocentro

A “linha dura” militar estava insatisfeita. Muitos militares queriam a continuidade da ditadura. Eles passaram a pôr bombas em bancas de jornais e a enviar cartas-bombas pelos correios, matando e ferindo pessoas inocentes. Estavam praticando atos de terrorismo.

Um dos episódios mais graves ocorreu na noite de 30 de abril de 1981. No pavilhão do Riocentro, no Rio de Janeiro, milhares de jovens assistiam a um show. Agentes da “linha dura” do governo planejaram desativar a energia elétrica e, em plena escuridão, detonar uma bomba no meio da multidão, matando e ferindo centenas de pessoas.

No entanto, enquanto os dois agentes preparavam a bomba dentro do carro, ela acidentalmente explodiu, matando um dos militares e ferindo o outro gravemente. Ninguém foi punido.

Foi nesse contexto que surgiu a campanha das Diretas Já, em 1983. Tratava-se de uma proposta apresentada ao Congresso Nacional para que a eleição para presidente da República voltasse a ser direta, ou seja, para que o povo pudesse eleger o presidente. Imensos comícios foram realizados nas capitais dos estados, mas o Congresso Nacional recusou a proposta. O sentimento de frustração tomou a sociedade brasileira.

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