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Literatura em Portugal e no Brasil

 

Periodização da Literatura em Portugal e no Brasil:

A história da literatura portuguesa, tal qual conhecemos hoje, tem início em meados do século XII, quando Portugal se constitui como um estado independente.

Os mais de oito séculos de produção literária portuguesa são divididos em três grandes eras:

ERA MEDIEVAL

•ERA CLÁSSICA

•ERA ROMÂNTICA OU MODERNA

Em função dos estilos individuais dos artistas (maneira particular de utilizar a língua), do contexto histórico e das tendências de cada período, estas eras literárias foram subdivididas em fases menores, chamadas Estilos de Época ou Escolas Literárias.

                                               TROVADORISMO

O início das chamadas literaturas de línguas modernas ocorre com a produção dos poetas da Idade Média, conhecidos como trovadores. O termo trovador origina-se de trobadour, que significava “achar”, “encontrar”. Cabia ao poeta “encontrar” a música e adequá-la aos versos. Neste período as composições eram basicamente compostas para serem cantadas ao som de instrumentos como a lira, a cítara, harpa ou viola, daí serem chamadas de cantigas.

Os artistas medievais eram classificados em:

Trovador – geralmente nobre, possuidor de uma cultura erudita, não recebia por suas composições;

Jogral – compositor, saltimbanco ou ator que recebia por suas apresentações;

Segrel – fidalgo decaído que se apresentava nas cortes, em troca de dinheiro, juntamente com seu jogral. Pode ser considerado um trovador profissional;

Menestrel – artista que servia a uma determinada corte;

Jogralesa ou soldadeira – moça que acompanhava os artistas dançando, cantando e tocando castanholas.

O primeiro texto literário português que se tem registro é a “Cantiga da Guarvaia” ou “Cantiga da Ribeirinha” (1189 ou 1198), cantiga de amor de autoria de Paio Soares de Taveirós. 

CONTEXTO HISTÓRICO-CULTURAL 

Os séculos XI e XII são marcados pelo feudalismo, no plano político-econômico e pelo espírito teocêntrico (deus como o centro de todas as coisas), no plano religioso.  A sociedade medieval, composta basicamente pelo clero, nobreza e camponeses, estava estruturada numa relação de suserania e vassalagem, através da qual os vassalos (povo) serviam e obedeciam ao suserano (senhor feudal) em troca de proteção e assistência econômica. Tal estrutura era mantida graças ao teocentrismo, que difundia a ideia de destino, fazendo com que o povo aceitasse sua posição subalterna sem contestação, uma vez que esta era ordem divina.

Este dois traços histórico-culturais irão influenciar toda a produção literária trovadoresca, não só na poesia mas também na prosa. 

PRODUÇÃO LITERÁRIA
CANTIGAS

O que conhecemos da poesia trovadoresca, anterior ao aparecimento da escrita, está contido em obras conhecidas como cancioneiros, manuscritos antigos encontrados a partir do final do século XVIII. Os três mais importantes são:

•Cancioneiro da Ajuda ou do Real Colégio dos Nobres – reúne 310 composições, das quais 304 são cantigas de amor, foi organizado por D. Dinis e é o mais antigo de todos. Encontra-se na Biblioteca da Ajuda, em Portugal.

•Cancioneiro da Vaticana – reúne 1205 poesias, de autoria de 163 trovadores. Conserva-se ainda hoje na Biblioteca do Vaticano, em Roma.

•Cancioneiro da Biblioteca Nacional – também conhecido por Cancioneiro de Colocci-Brancuti, em homenagem a um de seus antigos possuidores. É o mais completo de todos, contendo 1647 cantigas de todos os gêneros. Encontra-se na Biblioteca Nacional de Lisboa, em Portugal.

Há ainda, segundo alguns estudiosos, as Cantigas de Santa Maria, um cancioneiro de poesias religiosas composto por 426 produções acompanhadas das respectivas músicas.

 PROSA

A prosa medieval, posterior à poesia, é representada basicamente pelas novelas de cavalaria, narrativas de cunho cavaleiresco e religioso que contavam as aventuras de grandes reis e seus cavaleiros. Destacam-se entre elas a História de Merlim, José de Arimatéia e a Demanda do Santo Graal. Havia também outros textos em prosa, assim divididos:

Hagiografias – biografia de santos

Livros de Linhagens ou Nobiliários – relatos genealógicos de famílias nobres

•Cronicões – livros de crônicas

Costuma-se afirmar, didaticamente, que o Trovadorismo termina com a nomeação de Fernão Lopes para o cargo de cronista-mor da Torre do Tombo, em 1418, marcando o início do Humanismo.

A literatura brasileira, desde suas origens (com a Carta de Pero Vaz de Caminha) até meados do século XVIII, foi reflexo e prolongamento da portuguesa, pois as precárias condições da Colônia impediram que houvesse um processo literário autônomo. Por isso, alguns críticos falam em isoladas manifestações literárias nesse período ou “ecos” da literatura portuguesa. 

Não houve no Brasil, pelo menos até a primeira metade do século XVIII, as condições necessárias para o surgimento da literatura, ou seja:

a) grupo de escritores conscientes de seu papel e que, num processo coeso de intercomunicação e interdependência, assegurassem a continuidade literária;

b) grupo de receptores ativos que pudessem influenciar a produção dos escritores;

c) vida cultural intensa.

Esse quadro perdurou até o momento em que, em função do ciclo da mineração, começaram a surgir não só as cidades, mas também escritores unidos pelo sentimento de independência da Colônia e comprometidos com a Inconfidência Mineira. No entanto, nossa literatura, que se esboçou como sistema na primeira metade do século XVIII, só adquiriu plena nitidez e autonomia no século XIX, quando o Brasil deixou de ser colônia.

Não devemos nos esquecer de que, nos primeiros tempos de nossa história, a comunicação entre os agrupamentos urbanos era praticamente nula. Predominava o isolamento das capitanias em que se explorava a cana-de-açúcar em latifúndios.

A maioria da população da Colônia, nessa época, era analfabeta e preocupava-se antes com problemas práticos de sobrevivência do que com literatura.

A vida cultural na Colônia foi abafada pela proibição de atividade editorial, pela censura, pela inexistência de centros ou instituições culturais e pela precariedade do ensino. 

Em função desse quadro, a literatura brasileira divide-se em duas grandes eras: a Colonial e a Nacional.

ERA COLONIAL (1500-1808) 

- Quinhentismo – 1500-1601
- Seiscentismo ou “ecos” do Barroco – 1601-1768
- Setecentismo ou Arcadismo –1768-1808

PERÍODO DE TRANSIÇÃO – (1808-1836 )

ERA NACIONAL (a partir de 1836)

- Romantismo – 1836-1881
- Realismo/Naturalismo/Parnasianismo –1881-1893
- Simbolismo – 1893-1902
- Pré-Modernismo – 1902-1922
- Modernismo – 1922 ➟

Esta delimitação cronológica, recurso puramente didático, não deve ser entendida de forma rígida, como se as Escolas fossem compartimentos estanques presos a certas datas arbitrariamente estabelecidas. Ao contrário, um mesmo autor pode apresentar características de várias escolas, independentemente da época e, as datas representam apenas marcos históricos, isto porque, sempre há um período de transição entre a ascensão de um Estilo e o declínio de outro.

QUINHENTISMO: século XVI

Contexto histórico:

a)    na Europa

- ascensão da burguesia

- invenções

- progresso científico

- Reforma

- Contra-Reforma

- Grandes Navegações

    b) no Brasil

1500 – descobrimento do Brasil – exploração do pau-brasil

1530 – início das expedições de exploração e povoamento

1534 – criação das capitanias hereditárias

1549 – vinda dos jesuítas – catequese dos índios e fundação dos primeiros colégios

Características:  — literatura documental sobre o Brasil escrita por portugueses (que acompanhavam as expedições) e por viajantes estrangeiros

— literatura pedagógica dos jesuítas visando à catequese dos índios e à orientação moral e espiritual dos colonos. 

Quinhentismo (1500-1601) 

A literatura do século XVI foi uma literatura sobre o Brasil. Refletindo ideais do Renascimento e da Contra-Reforma, traduziu o espírito de aventura, a sedução do exótico, o expansionismo geográfico e a propagação da cristandade. 

Contexto Histórico 

A Europa do século XVI assistiu à desestruturação da sociedade feudal. Os florescentes centros urbanos atraíam a população rural e neles se desenvolveu o comércio que propiciou o aparecimento da burguesia mercantil. Por sua vez, esta financiou as Grandes Navegações, cujo objetivo era a procura de novos mercados produtores e consumidores.

Portugal gozava de uma situação privilegiada: a precoce centralização política na figura do rei, a posição geográfica estratégica (seus portos eram passagem obrigatória entre as cidades italianas, que monopolizavam o comércio do Oriente, e o norte da Europa), a rápida formação de uma burguesia mercantil, a Escola de Sagres – o mais completo e inovador centro de estudos náuticos da época – propiciaram a expansão de Portugal na procura de novas rotas comerciais, uma vez que o comércio no Mediterrâneo era monopólio das cidades italianas. Essa expansão iniciou-se com a Tomada de Ceuta, em 1415, e estendeu-se da conquista e colonização da África e da Ásia até a descoberta do Brasil.

No entanto, o Feudalismo não foi minado somente pelo aparecimento da burguesia mercantil, mas também pela Reforma Protestante, que atraiu essa mesma burguesia. A reação da Igreja não se fez esperar e a ContraReforma, sustentada pela Companhia de Jesus, iniciou um movimento de reconquista espiritual.

As Grandes Navegações e a Contra-Reforma determinaram as duas tendências da produção literária do século XVI:

preocupação com a conquista material: literatura informativa que descreve as riquezas da terra;

preocupação com a conquista espiritual: literatura dos jesuítas, voltada para a catequese do índio e para a orientação moral e espiritual dos colonos. 

A Literatura Informativa 

Em 1500, Cabral “descobriu” o Brasil e Pero Vaz de Caminha, cronista de sua armada, escreveu a Carta a EL-Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil, documento que marca o início da literatura brasileira.

 Portugal, no entanto, não explorou de imediato a nova terra. Interessado no ouro da África e no comércio garantido com o Oriente, de onde vinham especiarias, sedas e pedrarias, arrendou a exploração da costa brasileira a comerciantes que exploravam o pau-brasil, mas que eram impotentes para evitar ataques de estrangeiros.

 Endividado com os investimentos nas viagens ao Oriente, Portugal iniciou a colonização do Brasil com a expedição de Martim Afonso de Sousa, em 1530, esperando aqui encontrar metais e pedras preciosas.

 Nesse cenário, cronistas portugueses e estrangeiros escreveram textos que revelam seu deslumbramento frente à nova terra tropical, exótica, misteriosa. Não são textos propriamente literários, mas têm um valor documental inestimável para a história de nossos primeiros tempos e já contêm um sentimento nativista que encontrará sua expressão máxima no Romantismo.

A origem do nome Brasil

Muita gente diz que o nome Brasil deriva do pau-brasil, uma madeira que era extraída do litoral brasileiro e a partir da qual se fabricava uma tinta cor de brasa, usada para tingir

tecidos. A história não é bem assim. Nos mapas medievais, o mundo conhecido aparecia rodeado de ilhas imaginárias. Uma delas era a Ilha Brasil, que se situava a oeste da Irlanda. Essa localização foi encontrada em um mapa de 1324 e repetida em diversos planisférios. Também chamada “Hy Brazil”, essa ilha mitológica afastava-se no horizonte sempre que os marujos se aproximavam.

A raiz de Brasil é bress, que, na língua celta, significa “feliz, encantado, sortudo”. A Ilha Brasil seria, portanto, a ilha da felicidade, um verdadeiro paraíso. Logo, o nome Brasil é de origem celta, grupo de línguas faladas pelos antigos habitantes da Irlanda, da Escócia e do País de Gales. Já o pau-brasil era conhecido entre os italianos, que o importavam do Oriente, durante a Idade Média. O nome científico da madeira é Lignum brasile rubrum, derivado da Ilha Brasil, pois se acreditava que o pau-brasil seria seu produto principal. O nome Brasil, logo adotado pela maioria das pessoas, fez com que todos os outros fossem deixados de lado, tornando-se oficial em poucos anos. 

Pero Vaz de Caminha (1437? -1500) 

Com a Carta de 1o de maio de 1500, Caminha fundou a literatura brasileira. Numa linguagem pitoresca e agradável, que revela um observador minucioso, relatou ao rei D. Manuel tudo o que vira na nova terra: 

De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente; e esta deve ser a principal semente que Vossa alteza nela deve lançar. 

Nesse texto podemos perceber os dois objetivos que nortearam as Grandes Navegações: conquista de bens materiais (ouro, prata, metais) e conquista espiritual (conversão dos indígenas, dilatação da fé cristã).

Muitos outros cronistas, portugueses e estrangeiros, descreveram nossa terra. Entre eles destacam-se:

Pero de Magalhães Gândavo, português de origem flamenga, amigo de Camões, cujas obras Tratado da terra do Brasil e História da Província de Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos de Brasil (1576), além de descreverem a gente, os bens e o clima da Colônia, aconselham os portugueses, que vivem em extrema miséria na Metrópole, a que venham para cá.

Gabriel Soares de Sousa escreveu Tratado descritivo do Brasil (1587), a mais rica fonte de informações sobre o Brasil no século XVI. Nele fez um inventário da flora e da fauna da Bahia e alertou o rei para a necessidade de povoar e fortificar certas regiões para que estrangeiros não as tomassem.

Hans Staden, alemão que esteve no Brasil por volta de 1520, escreveu Viagem ao Brasil (1557).

A Literatura dos Jesuítas

Desde que chegaram à Bahia em 1549 com Tomé de Sousa (o primeiro governador-geral do Brasil), os jesuítas, comandados pelo Padre Manuel da Nóbrega, incumbiram-se de catequizar os indígenas, educar e dar orientação moral e espiritual aos colonizadores. Escreveram poesia, teatro pedagógico, sermões e cartas, nas quais informavam os superiores da Companhia de Jesus sobre o desenvolvimento de seus trabalhos na Colônia.

Quem mais se destacou entre os jesuítas foi Padre José de Anchieta.

Padre José de Anchieta (1534-1597)

O fundador de São Paulo chegou ao Brasil em 1553 com o segundo governador-geral, D. Duarte da Costa. Foi uma das figuras mais importantes do século XVI pela relevância literária de sua obra e por ter sido o primeiro a escrever para brasileiros.

Anchieta escrevendo na areia, de Benedito Calixto.

Sempre com intenção pedagógica, produziu sermões, autos (de inspiração medieval, seguindo o modelo de Gil Vicente) e poemas simples e ingênuos, mas cheios de lirismo. Dentre estes destaca-se “De Beata Virgine Dei Matre Maria” (“Poema à Virgem”).

Devido à intenção didática de seus textos, usa linguagem de fácil assimilação e imagens claras. Anchieta escreveu em latim, tupi e português e foi o autor da primeira gramática em língua tupi: Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil.

Observe neste fragmento, como as redondilhas menores e as rimas (sem esquema rígido) dão ao texto um ritmo que facilita a memorização, enfatizando sua função pedagógica. 

A Santa Inês

Cordeirinha linda,

como folga o povo

porque vossa vinda

lhe dá lume novo!

Cordeirinha santa,

de Iesu querida,

vossa santa vinda

o diabo espanta.

Por isso vos canta

com prazer, o povo,

porque vossa vinda

lhe dá lume novo.


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