Sistemas de
classificação
Na Antiguidade, os chineses e
hindus descobrem que podem modificar plantas para obter remédios. Os babilônios
identificam substâncias medicinais e estudam a estrutura dos animais que são
sacrificados aos deuses.
CLASSIFICAÇÃO
ARISTOTÉLICA
A obra do filósofo grego
Aristóteles é considerada a maior referência sobre os fenômenos biológicos na
Grécia Clássica. Classifica os animais em duas categorias: inferiores e
superiores. Os superiores (aves, peixes, mamíferos) são os que nascem de seus
semelhantes. São dotados de matéria, forma, movimento, sensibilidade e
potencialidade receptiva. O homem é colocado no vértice da pirâmide porque é
inteligente e perfeito. Os animais inferiores (insetos, crustáceos, moluscos)
surgem por geração espontânea. O grau de perfeição de cada animal, diz
Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), está ligado à quantidade de calor que ele
possui.
CLASSIFICAÇÃO
VÉDICA
Em relação aos animais, a literatura védica
classifica mais de 260 mamíferos, pássaros, répteis, peixes e insetos. No
século V d.C., Prasastapata estabelece o critério de classificação dos animais
segundo o tipo de reprodução (sexuada e não).
CLASSIFICAÇÕES
ÁRABES
Os árabes estudam detalhadamente os animais
domesticados, base da vida das tribos nômades. Os mutazilita, teólogos
islâmicos, procuram mostrar como o mundo animal dá provas da sabedoria de Deus.
Classificam cerca de 350 animais segundo o modo de se movimentar. No século
XIII, Al Kawini faz uma nova classificação segundo os meios de defesa de cada
animal. Um século depois, Kamal al-Din al-Farisi escreve O grande livro sobre a
vida dos animais, o mais importante trabalho mulçulmano de zoologia.
CLASSIFICAÇÃO
BINÁRIA
É o sistema de classificação desenvolvido no
século XVIII pelo naturalista sueco Carl von Linné, mais conhecido como Lineu.
Usa como critério órgãos e estruturas morfológicas comuns e estruturas
reprodutivas de animais e plantas. É um sistema simples que substitui as longas
denominações de espécies, às vezes com dezenas de nomes, que vigoravam na
Europa até então. Lineu é o principal nome entre os sistematas, naturalistas
que no século XVII procuram estabelecer critérios mais objetivos para
classificação de animais e plantas e lançam as bases da biologia moderna.
Nomenclatura binária -
Lineu propõe a classificação dos seres vivos por dois nomes em latim. Um nome
para o gênero ou característica geral e outro para a espécie. O cão, por
exemplo, recebe o nome genérico de Canis, a espécie lobo é chamada de Canis lupus
e o cão doméstico, Canis familiaris. Seu sistema de identificação é apresentado
nos livros Systema naturae (1735) e Genera plantarum (1737). Lineu classifica
5.897 espécies e suas descrições ainda hoje servem de referência.
1- CLASSIFICAÇÃO
ATUAL DOS SERES VIVOS
Até a metade do século XX, os seres vivos são
classificados em apenas duas categorias: reino animal e reino vegetal. Com o
progresso da biologia, a classificação se amplia para incluir organismos
primitivos que não têm características específicas só de animais ou de
vegetais. A partir da década de 60, o critério internacionalmente aceito divide
os organismos em cinco reinos:
Reino Monera
O Reino Monera é formado por
organismos procariontes, representados pelas bactérias e algas azuis
(cianofíceas ou cianobactérias). São unicelulares ou coloniais. Possuem célula
procariótica, onde não encontramos organelas citoplasmáticas delimitadas por membranas
e o material nuclear não está envolto pela carioteca. Nessas células encontramos somente os
ribossomos, responsáveis pela síntese de proteína. O material hereditário é
constituído por ácido nucléico no citoplasma.
Reino Protista
São representados pelos protozoários - como
amebas e paramécios - e certas algas unicelulares - como euglenofíceas,
pirrofíceas e crisofíceas. Apresentam célula eucariótica, ou seja, com núcleo
envolvido pela carioteca e organelas citoplasmáticas envolvidas por membranas.
Seu material genético está organizado nos cromossomos, dentro do núcleo.
Reino Fungi
Os fungos são organismos
eucariontes, heterótrofos e, em sua maioria, multicelulares. Suas células
apresentam reforço celulósico externo, como nas algas e vegetais, porém é comum
a presença de depósitos de quitina, substância característica dos animais. Os
fungos executam nutrição externa (são heterótrofos por absorção), ou seja,
vertem enzimas sobre o alimento (substrato) e absorvem as partículas previamente
digeridas.
Reino Plantae
Os seres vivos incluídos no
reino Plantae ou Metaphyta são os vegetais verdadeiros, pluricelulares,
autotróficos fotossintéticos, com cloroplastos e parede celular composta
essencialmente de celulose, um polímero de glicose. A substância de reserva
característica é o amido, outro polímero de glicose.
Reino Animalia
Organismos eucariontes, multicelulares e
heterótrofos. Nutrem-se primariamente por ingestão. Algumas poucas formas
alimentam-se por absorção. Este reino compreende os animais, desde as esponjas
marinhas até o homem, cujo nome científico é Homo sapiens.
Obs.: Os vírus não constam
nessa classificação porque não são células, mas por possuírem material genético
e capacidade de se reproduzir, mesmo que dependendo de outro organismo, são
considerados seres vivos por alguns cientistas.
2 - Reino Animalia (os invertebrados)
2.1 - Poríferos
Os poríferos ou espongiários
(esponjas) são multicelulares, mas não apresentam ainda tecidos. A sua
constituição é muito simples. Os poríferos não possuem sistemas (digestivo,
respiratório, circulatório, nervoso ou reprodutor). Eles realizam a digestão
intracelular. A respiração e a excreção se fazem por difusão direta entre a
água circulante e as sua células. Alimentam-se através da filtração.
Possuem células especializadas
como:
-os porócitos = responsáveis pela passagem de água do
meio externo.
-os amebócitos =dão origem aos gametas masculinos e
femininos
-as espículas = fazem parte do esqueleto de
sustentação das esponjas
-os coanócito =promovem movimentação ciliar e fazem a
digestão intracelular.
A reprodução assexuada ocorre
por brotamento, onde se formam pequenos brotos laterais que se desenvolvem em
novos indivíduos, originando as formas coloniais. Na reprodução sexuada os
gametas, que se formam a partir de amebócitos, são lançados no átrio, onde
ocorre a fecundação. O desenvolvimento é indireto (larva anfiblástula). A larva
fixa-se ao substrato e desenvolve um novo indivíduo. As espojas também possuem
grande poder de regeneração.
2.2 – Cnidários ou Celenterados
Nesse filo se enquadram os
animais que já possuem tecidos bem definidos com alguma organização de
sistemas. Eles possuem sistema nervoso difuso (uma rede de células nervosas
pelo corpo) e gônadas, isto é, órgãos produtores de gametas. Os celenterados
realizam digestão intracelular e extracelular. Eles ainda não apresentam
sistemas respiratório, circulatório e digestivo. Sua respiração e a excreção se
fazem por difusão direta entre a água circulante e as suas células
Os celenterados ou cnidários
podem ser vistos como pólipos ou como medusas. Estas últimas têm aspecto de
cúpula transparente, são flutuantes e se deslocam mais facilmente. Muitas
espécies de cnidários reproduzem-se por metagênese ou alternância de gerações,
passando por uma fase sexuada de medusa e por uma fase assexuada de pólipo.
Outros só se reproduzem sexuadamente. E outros, ainda, nunca passam pela fase
de medusa, só existindo na forma de pólipos como os corais e a anêmona-do-mar.
Uma característica comum ao
filo é a presença de cnidócitos, ou cnidoblastos, que são células
especializadas na defesa e captura de alimentos. Essas células apresentam uma
cápsula, chamada nematocisto, que ao ser tocada, libera um filamento capaz de
injetar uma toxina na pele da sua presa.
Na reprodução com alternância
de gerações, a forma polipóide produz assexuadamente pequenas medusas que, após
um período de desenvolvimento, produzem gametas de cuja fusão resulta o zigoto.
Nas espécies que apresentam apenas forma de pólipo, eles se reproduzem
sexuadamente originando novos pólipos. Após algum tempo a larva se fixa ao substrato
dando origem a um novo organismo (pólipo). Portanto, a fecundação é externa e o
desenvolvimento pode ser direto ou indireto (larva plânula).
2.3 – Platelmintos
Os platelmintos apresentam o
corpo achatado dorso-ventralmente. Não apresentam sistema respiratório nem
circulatório. Nesse filo aparece um sistema digestivo incompleto que não
apresenta ânus. A excreção é realizada por células-flama.
Sobre a reprodução sexuada,
podemos dizer que a maioria é hermafrodita, podendo ou não fazer a autofecundação.
A planária apresenta reprodução assexuada e tem capacidade de regeneração.
O filo dos platelmintos é
dividido em três classes: Turbellaria, Trematoda e Cestoidea.
A classe dos turbelários
corresponde ao modelo mais típico do filo. São todos platelmintos de vida livre
e têm como representante a conhecida planária, habitante da água doce.
Os trematódeos são vermes
parasitas de carneiros, de outros animais vertebrados e do próprio homem.
Possuem ventosas com as quais se fixam a certas estruturas do hospedeiro,
podendo ou não se alimentar por elas. Ex: Esquistossomo.
Os cestóides ou cestódios são
vermes platelmintos de corpo alongado em forma de fita. Podem medir de alguns
milímetros a muitos metros de comprimento. Ex: Taenia saginata e Taenia solium.
Doenças causadas por
platelmintos
Teníase
Teníase é uma doença provocada
por um parasita que vive no intestino humano, a Tênia ou solitária. O ciclo da
Tênia tem um hospedeiro definitivo, o homem, e um hospedeiro intermediário, o
porco (Taenia solium) ou boi (Taenia saginata). Em lugares onde não existem
instalações sanitárias os ovos contaminam os vegetais, que podem ser ingeridas
pelo porco ou boi. Os ovos transformam-se em larvas que se alojam na
musculatura dos animais. Ao ingerir carne contaminada, mal cozida ou crua, a
larva atinge o intestino do homem e se desenvolve.
Se uma pessoa ingerir ovos da
Tênia desenvolvem uma doença chamada cisticercose. Essa doença é provocada pela
formação de cisticercos em seus músculos, cérebro, coração olhos e outros
órgãos.
Esquistossomose
esquistossomose é causada pelo
Schistossoma mansoni. O hospedeiro definitivo é o homem sendo a partir das
fezes e urina que os ovos são disseminados na natureza. Possui ainda um
hospedeiros intermediários que são os caramujos. Os ovos no ambiente passam à
forma larvária miracídio, que se aloja no caramujo dando origem à larva
cercária. Esta última dispersa principalmente em águas não tratadas, como
lagos, infecta o homem pela pele. No homem o parasita se desenvolve e se aloja
nas veias do intestino e fígado causando obstrução das mesmas, sendo esta a
causa da maioria dos sintomas da doença que pode ser crônica e levar a morte.
2.4 – Nematóides
O filo nematóide é um dos maiores filos da
Zoologia em número de indivíduos viventes. Existem espécies parasitas, mas a
maioria é de vida livre. Nesse filo aprece pela primeira vez um sistema
digestivo completo. Os nematódeos não possuem sangue, sistema circulatório, nem
sistema respiratório.
Doenças causadas por nematóides
Ascaridíase
A infecção ocorre quando há
ingestão dos ovos do parasita (Ascaris lumbicoides), que se encontram no solo,
água ou alimentos contaminados pelas fezes. O único reservatório é o homem,
pois o verme habita o intestino. Se os ovos encontram um meio favorável, podem
contaminar durante vários anos.
As medidas preventivas são
medidas de saneamento básico: lavagem das mãos após uso do sanitário, lavagem
de frutas e verduras com água corrente e higiene pessoal, principalmente. É
necessário, também, fazer o tratamento de todos os portadores da doença.
Ancilostomíase
É uma doença causada pelo ancilóstomo
(Ancilóstomo duodenale) ou o necátor (Necator americanus). Essa doença é
conhecida como amarelão.
O ciclo do parasita se inicia quando os ovos
são liberados no ambiente e tornam-se larvados. A infecção mais comum é por
penetração da larva pela pele humana, mas pode ocorrer penetração por mucosas
(boca). A infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e
férteis. A larva atinge a circulação linfática ou vasos sanguíneos, passando pelos
pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). As
larvas se instalam no intestino e atinge desenvolvem até o estágio adulto.
Uso de calçados, hábitos de higiene
corporal, fervura da água a ser ingerida e cuidados na preparação de alimentos
são medidas preventivas.
2.5 – Anelídeos
Os anelídeos possuem uma
divisão do corpo em anéis. Eles respiram pela pele e por isso possuem a pele
úmida. Dentre os filos já estudados é o primeiro a apresentar sistema
circulatório.
Eles apresentam também
sistemas digestivo, nervoso, reprodutor e excretor.
Os anelídeos são classificados
em Poliquetos (Poliquetas), Oligoquetos (Ex: minhocas) e Hidrudíneos (Ex: as
sanguessugas). Essa classificação é baseada na quantidade de cerdas: o primeiro
tem muitas cerdas, segundo poucas e os hidrudíneos não têm cerdas.
A forma de reprodução dos
anelídeos varia de espécie para espécie, podendo ser tanto assexuada como
sexuada. Embora as minhocas sejam animais hermafroditas, fazem fecundação
cruzada. O desenvolvimento é direto.
As minhocas têm papel muito
importante para a aeração e adubação do solo.
2.6 – Moluscos
Os moluscos recebem esse nome
por apresentarem corpo mole, eles podem apresentar concha e possuem corpo pode
ser dividido em cabeça, massa visceral e pé. A alimentação pode ser por
filtração em algumas espécies.
Nos moluscos encontramos
sistemas digestivo, nervoso, reprodutor e excretor, além do sistema
circulatório já presente nos Anelídeo.
Os moluscos são divididos em Gastrópodes
(Ex: Caramujo), Bivalves (Ex: Mexilhão) e Cefalópodes (Ex: Lulas e polvos)
Existem moluscos dióicos ou
monóicos (“hermafroditas”), mas esses não fazem autofecundação (realizam
fecundação cruzada). O desenvolvimento pode ser direto ou indireto.
2.7 – Artrópodes
Os artrópodes são os mais numerosos dentre os
animais. A quantidade de artrópodes supera a soma de todos os outros animais
juntos. Apresentam esqueleto externo (exoesqueleto) e têm corpo segmentado como
os anelídeos, mas alguns segmentos se fundiram formando a cabeça, o tórax e o
abdome, como nos insetos, ou cabeça e cefalotórax, presentes nas aranhas e
caranguejos. Ainda podemos encontrar como nos piolhos-de-cobra ou a Lacraia
segmentos menos fundidas (cabeça e tronco).
O crescimento dos artrópodes,
devido ao seu exoesqueleto, é realizado através de mudas periódicas. Após a
muda o seu corpo cresce e um novo exoesqueleto é fabricado.
2.7.1 – Insetos
Os insetos apresentam três
pares de patas, corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. Tem todos os sistemas
formados. Sua respiração e traqueal e sua excreção por túbulos de Malphigi, que
jogam os excretos diretamente, como uma pasta, no final do tubo digestivo.
A sua reprodução é sexuada e
seu desenvolvimento pode ser de três tipos: direta (sem metamorfose), com
metamorfose incompleta e com metamorfose completa. No quadro abaixo vamos
esquematizar esses tipos de desenvolvimento.
2.7.2 – Aracnídeos
Os aracnídeos não possuem antenas e apresentam
o corpo dividido em cefalotórax e abdome, quatro pares de pernas. Seus
representantes são os carrapatos, os ácaros, as aranhas e os escorpiões. Podem
apresentar estruturas capazes de injetar peçonha como as quelíceras ou no caso
do escorpião através de um ferrão na cauda.
Respiram através de Pulmões
foliáceos ou traquéias. Seu desenvolvimento é direto.
2.7.3 – Quilópodes e Diplopodes
Apresentam o corpo segmentado
e muitos pares de patas e um par de antenas. Para diferencias os dois grupos
devemos observar a quantidade de patas por segmento. Nos Quilópodes (Ex:
Lacraias) encontramos um par por segmento e nos Diplópodes (Ex:
Piolhos-decobra), dois pares. Além disso, as lacrais apresentam uma estrutura
no final do corpo, chamada forcípula, que é capaz de injetar peçonha.
2.7.4 – Crustáceos
O exoesqueleto dos crustáceos além da quitina
apresenta impregnação por calcário ou carbonato de cálcio. Seu corpo é dividido
em cefalotórax e abdome e apresentam dois pares de antenas. Possui um número
variável de cinco a sete patas dependendo da espécie.
A respiração é branquial, a
maioria é dióica e apresentam desenvolvimento indireto.
Exemplos: Camarão, caranguejo,
siri, lagosta.
2..8 – Equinodermos
Os equinodermos não apresentam
o sistema circulatório e o nervoso é pouco desenvolvido. O sistema digestivo é
completo. São dióicos com desenvolvimento indireto. Possuem um sistema
ambulacrário que permite desempenhar movimentação e transporte de substância.
Ex: Estrela-do-mar, serpente-do-mar, lírio-do-mar.
3– Vertebrados
Os vertebrados são dotados de
coluna vertebral que sustenta o corpo e protege os órgãos internos. O estudo
dos vertebrados vai ser realizado através de comparações entre seus sistemas.
A variação da temperatura do
corpo tem dois tipos de denominação. Os vertebrados podem ser considerados:
Pecilotérmicos = Têm temperatura do corpo variável.
Homeotérmicos = Têm
temperatura do corpo constante.
Ectotérmicos = Se aquecem com a temperatura
externa.
Endotérmicos = Produzem seu próprio calor.
Sendo assim quem é pecilotérmico acaba sendo
ectotérmico e quem é hometérmico, endotérmico. No primeiro grupo encontramos os
peixes, os anfíbios e os répteis, e no segundo, mamíferos e aves.
4 – Plantas
4.1 - Criptógamas
4.1.1 - Briófitas
As briófitas (Ex: Musgos) apresentam caulóide,
filóide e rizóde, estruturas que não possuem sistema vascular como nos outros
vegetais e são semelhantes a caules, folhas e raízes. A água e os sais minerais
são passados célula a célula por difusão. Essas plantas vivem em lugares úmidos
devido a falta de vasos condutores e de uma efetiva proteção contra perda
d`água. A reprodução dos musgos pode ser
sexuada apresentando dois tipos de plantas: o gametófito que vive mais tempo e
produz gametas e o esporófito que dura pouco e produz esporos, apresentando,
portanto, alternância de gerações.
Na reprodução assexuada parte
do corpo do vegetal pode dar origem a uma nova planta.
4.1.2 - Pteridófitas
As Pteridófitas (Ex: Samambaias e avencas).
Apresentam caules, folhas e raízes verdadeiras, que apresentam vascularização.
Os vasos condutores além de distribuírem a seiva pela planta permitem maior
sustentação, comparando com as briófitas.
Sua reprodução pode ser sexuada ou assexuada.
Na reprodução sexuada ocorre algo semelhante as briófitas, a alternância de gerações.
A reprodução assexuada fica caracterizada quando as plantas se separam formando
outras.
Por dependerem da água para sua reprodução
sexuada, como acontece nas briófitas, essas plantas vivem em lugares úmidos.
4.2 – Fanerógamas
Essas plantas apresentam uma
independência da água para reprodução e possuem embrião protegido por uma
semente. Essas características favoreceram o desenvolvimento dessas plantas no
ambiente terrestre. Recebem o nome de fanerógamas por terem suas estruturas
reprodutivas aparentes.
4.2.1 - Gimnospermas
As gimnospermas são reconhecidas por
apresentarem sementes “nuas”, desprovidas de fruto para a sua proteção.
4.2.2 - Angiospermas
4.2.3 – Funções dos órgãos
vegetativos das angiospermas
Tronco
=Sustentação e transporte de substâncias pelos vasos condutores.
Folhas =Realizam a fotossíntese, são
responsáveis pelas trocas gasosas e participam da transpiração.
Raízes =Têm como função principal a absorção
de água e sais minerais, mas também acumulam reservas nutritivas.
5. Bactérias
Compreendem os seres do Reino
Monera (unicelulares procariontes) que não possuem clorofilas vegetal (caso das
cianofíceas).
Podem ser:
Heterótrofos:
-Aeróbios
-Anaeróbios (fermentantes)
-Saprófitos
(decompositores)
Autótrofos:
-Fotossintetizantes
-Quimiossintetizantes
Estrutura
Parede celular - envoltório
extracelular rígido responsável pela forma da bactéria constituída por um
complexo proteico - glicídico (proteína + carboidrato) com a função de proteger
a célula contra agressões físicas do ambiente.
Obs.: Não possui celulose como as das células
vegetais.
Cápsula - camada de consistência mucosa
ou viscosa formada por polissacarídeos que reveste a parede celular em algumas
bactérias. É encontrada principalmente nas bactérias patogênicas, protegendo-as
contra a fagocitose.
Membrana Plasmática - mesma estrutura e
função das células eucariontes.
Obs.: Nas bactérias ocorrem invaginações na
membrana plasmática que concentram as enzimas respiratórias: os mesossomos.
Citoplasma - formado pelo Hialoplasma e
pelos Ribossomos. Ausência de organelas membranosas.
Nucleóide - é a região onde se concentra
o cromossomo bacteriano, constituído por uma molécula circular de DNA. É o
equivalente bacteriano dos núcleos de células eucariontes. Não possui carioteca
ou envoltório nuclear. Além do DNA presente no nucleóide, a célula bacteriana
pode ainda conter moléculas adicionais de DNA, chamadas Plasmídios ou
Epissomas.
Flagelos - apêndices filiformes usados na
locomoção.
Fímbrias - apêndices filamentares, de
natureza proteica, mais finos e curtos que os flagelos. Nas bactérias que
sofrem conjugação, as fímbrias funcionam como pontes citoplasmáticas permitindo
a passagem do material genético.
Reprodução
1-Assexuada
1.1-Bipartição ou Cissiparidade
Nesse processo a célula bacteriana
duplica seu cromossomo e se divide ao meio, apoiado no mesossomo, originando
duas novas bactérias idênticas à original.
2-Sexuada ou Transmissão Genética
2.1-Conjugação
Consiste na passagem (ou
troca) de material genético entre duas bactérias através de uma ponte
citoplasmática formada pelas fímbrias.
2.2-Transformação
A bactéria absorve moléculas
de DNA disperso no meio. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de
bactérias mortas.
2.3-Transdução
As moléculas de DNA são
transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores.
6 - Vírus
Os vírus são seres diminutos, visíveis apenas
ao microscópio eletrônico, constituídos por apenas duas classes de substâncias
químicas: ácido nucléico, que pode ser DNA ou RNA, e proteína.
O que diferencia os vírus de todos os outros
seres vivos é que eles são acelulares, ou seja, não possuem estrutura celular.
Assim, não têm a complexa maquinaria bioquímica necessária para fazer funcionar
seu programa genético e precisam de células que os hospedem. Todos os vírus são
parasitas intracelulares obrigatórios.
Atuando como um
"pirata"celular, um vírus invade uma célula e assume o comando,
fazendo com que ela trabalhe quase que exclusivamente para produzir novos
vírus. A infecção viral geralmente causa profundas alterações no metabolismo
celular, podendo levar à morte das células infectadas. Vírus causam doenças em
plantas e em animais, incluindo o homem. Exemplos de doenças humanas comuns por
vírus são o sarampo, a varíola e diversos tipos de gripe.
Fora da célula hospedeira, os vírus não
manifestam nenhuma atividade vital: não crescem, não degradam nem fabricam
substâncias e não reagem a estímulos. No entanto, se houver células hospedeiras
compatíveis à sua disposição, um único vírus é capaz de originar. em cerca de
20 minutos, centenas de novos vírus.
Diagnose dos vírus - Seres
acelulares, constituídos por um ácido nucléico (DNA ou RNA) e proteínas.
Parasitas intracelulares obrigatórios.
Onde encontrar os vírus? - Os
vírus são visíveis apenas ao microscópio eletrônico. Podem ser detectados pelas
doenças que causam em outros seres vivos (plantas, animais, bactérias etc.) e a
melhor maneira de achá-los é procurar no organismo que apresenta os sintomas de
infecção viral.
Classificação - Os vírus, pelo fato de
não serem constituídos de células, não são incluídos em nenhum dos cinco reinos
de seres vivos.
Reprodução - Multiplicam-se apenas no
interior de células hospedeiras. Um único vírion (partícula viral) pode
originar centenas de outros em curto intervalo de tempo.
Estrutura
•Capsídio - O envoltório dos vírus, formado
por proteínas, é denominado capsídio. Além de proteger o ácido nucléico viral,
o capsídio tem a capacidade de se combinar quimicamente com substâncias
presentes na superfície das células, o que permite ao vírus reconhecer e atacar
o tipo de célula adequado a hospedá-lo. Alguns vírus podem, ainda, apresentar
um envoltório lipídico, proveniente da menbrana da célula onde se originaram.
•Material Genético - O material genético
dos vírus pode ser DNA ou RNA, onde estão inscritas as informações para a
produção de novos vírus. Cada espécie viral possu um único tipo de ácido
nucléico: há, portanto, vírus de DNA e vírus de RNA.
•O vírion - A partícula viral, quando fora
da célula hospedeira, é genericamente denominada vírion. Cada espécie de vírus
apresenta vírions de formato característico.
6 - Algas
As algas pertencem ao grupo
das talófitas - plantas que possuem o corpo em forma de talo, sem diferenciação
de tecidos e protistas clorofilados. Em vista disso, esses organismos não
possuem raízes, flores ou sementes.
• Existe uma grande variedade de
organismos considerados como algas, que podem ser encontradas nas seguintes
divisões:
• Euglenophyta
• Pyrrophyta
• Chrysophyta
• Chlorophyta
• Charophyta
• Phaeophyta
• Rhodophyta
Existem tanto algas
unicelulares como pluricelulares, com tecidos adaptados para diversas funções.
O tamanho também é variável: há algas microscópicas com apenas alguns mícrons
de diâmetro e também organismos de dezenas de metros de comprimento,
encontrados no oceano Antártico. Muitas algas se assemelham aos protozoários
devido à sua mobilidade.
Os mecanismos de reprodução
também são variados, envolvendo mecanismos vegetativos assexuados e sexuados.
Nas divisões Euglenophyta, Pyrrophyta, Chrysophyta, Chlorophyta, podemos
encontrar algas unicelulares que se reproduzem por simples divisão longitudinal
do organismo. Nas Euglenophyta e Pyrrophyta a reprodução sexuada é muito rara.
No caso das Chrysophyta e Chlolorophyta é possível encontrar a sexuada, através
da formação de gametas.
A distribuição das algas é
universal podendo ser encontrada em todos os tipos de solo, ambientes úmidos
como árvores e rochas, no gelo, na neve e principalmente nas águas que cobrem a
maior porção da superfície terrestre (rios, lagos, lagoas, empoçados e
pântanos).
Apenas não são encontradas em
regiões arenosas desérticas. Muitas espécies ocorrem em todas as partes do
mundo, numa variedade de ambientes, enquanto outras restringem-se a ambientes
específicos. As algas vermelhas e pardas são frequentemente encontradas em
habitat marinho, apenas alguns poucos gêneros dessa divisão são encontrados em
água doce. Entretanto as algas verdes ocorrem com mais frequência em água doce,
podendo ser encontrados gêneros dessa divisão também em água salgada.
As algas são os principais
organismos fotossintetizantes nos ecossistemas aquáticos, constitui em base
nutritiva que garante a manutenção de praticamente todas as cadeias alimentares
desses ambientes
O início do cultivo de
microalgas de águas continentais no Brasil é muito recente. Alguns
pesquisadores praticaram cultivos, porém não com o objetivo de estudar esses
organismos. As finalidades eram obter biomassa, em pequena escala, para a
alimentação de animais aquáticos, ou relacionadas a estudos taxonômicos.
Há culturas em instituições de
pesquisa e universidades brasileiras com objetivos de produzir biomassa para
ração animal; estudar as diferentes espécies (comportamento em diferentes meios
de cultura, relações entre temperatura e crescimento, produção primária,
intensidade luminosa, influência de substâncias húmicas); realizar trabalhos sobre
a fixação do nitrogênio elementar; utilizá-las em bioensaios com despejos de
indústrias; e a alimentação de larvas.
7- Fungos
Os fungos são um grande grupo
de organismos que vivem como parasitas, alimentando-se de outros organismos
vivos, ou como saprófitas, alimentando-se de matéria morta. Nesta última forma,
juntamente com os seus parentes próximos, as bactérias, são muito importantes
na decomposição da matéria orgânica formando compostos mais simples,
inorgânicos; de outro modo, o mundo ficaria coberto com os restos de animais e
plantas mortas que não seriam reciclados. Alguns anos atrás, os cientistas
consideravam os fungos como plantas não verdes dentro do Reino Vegetal.
Entretanto, apresentam uma parede celular rica em quitina, substância presente
no exoesqueleto dos artrópodos, e acumulam glicogênio como substância de
reserva, duas características tipicamente animais. Atualmente este grupo é
classificado num Reino separado, o Reino Fungi.
Os fungos não possuem o
pigmento clorofila necessária à fotossíntese. O corpo do fungo consiste em
delicadas estruturas filamentosas chamadas hifas, as quais, quando em conjunto
compacto, se dá o nome de micélio. Alguns fungos não produzem um micélio e
consistem numa única célula (leveduras) ou grupos de células.
Os fungos podem-se reproduzir
assexuadamente a partir de fragmentos do micélio ou através de estruturas
microscópicas chamadas esporos, cuja função é equivalente à das sementes nas
plantas superiores. Existem várias maneiras para que os esporos sejam
libertados para o exterior quando atingem a maturidade; devido ao seu tamanho
ser muito pequeno, eles são facilmente transportados por correntes de ar. O seu
tamanho, forma e ornamentação são extremamente variadas e estão certamente
relacionados com o seu método de distribuição. Os fungos também podem
reproduzir-se sexuadamente através da formação de células sexuais especiais
chamadas gametas. Nos fungos inferiores, os esporos e gametas possuem
frequentemente flagelos, o que lhes permite deslocar-se dentro de água; neste
aspecto assemelham-se às algas, das quais se pensa terem sido originados. Os
esporos e a maneira como estes são formados são usados como a base principal
para a classificação dos fungos.
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