Os Asquelmintes constituem um conjunto heterogêneo de animais marinhos e de água doce conhecidos, como gastrótricos, rotíferos e nematódeos, dentre outros. Eles são por vezes colocados em um filo denominado Aschelminthes, embora possam ser considerados filos distintos. Vermes cilíndricos, tubo digestivo completo, presença de boca e ânus.
Os nematódeos ou nemátodos
(Nemathelminthes) (também chamados de vermes cilíndricos) são considerados o
grupo de metazoários mais abundantes na biosfera, com estimativa de
constituírem até 80% de todos os metazoários (Bongers, 1988 apud Boucher &
Lambshead, 1995), com mais de 20.000 espécies já descritas, de um número
estimado em mais de 1 milhão de espécies atuais (Briggs, 1991), que incluem
muitas formas parasitas de plantas e animais. Apenas os Arthropoda apresentam
maior diversidade. O nome vem da palavra grega nema, que significa fio.
Os asquelmintos (que já foram
classificados como Aschelminthes, Nemathelminthes ou Pseudocoelomata) são
animais triblásticos, protostômios, pseudocelomados (cavidade só parcialmente
revestida pela mesoderme). Seu corpo cilíndrico exibe simetria bilateral.
Possuem sistema digestivo completo, sistemas circulatório e respiratório
ausentes; sistema nervoso parcialmente centralizado, com anel nervoso ao redor
da faringe. Entre os asquelmintos, o grupo mais numeroso e de maior importância
para o homem é a classe Nematoda, à qual muitos autores atribuem a categoria de
filo (filo Nematelminthes).
NEMATELMINTOS
Apresentam-se moles e lisos.
Podem conter ventosas para
fixação.
Possuem em seu organismo órgãos sexuais
masculinos e femininos (hermafrodita).
O sistema digestório distribui
alimento para todas as partes do corpo, daí possuir tubo digestivo completo.
São representados basicamente
pelas planárias, tênias e esquistossomo.
Geralmente têm sexos separados.
São representados por
ancilóstomos, Lombrigas, oxiúros e filarias.
O contágio ocorre pela penetração
de larvas através da pele.
Composição dos asquelmintos Os
grupos sistemáticos incluídos nos asquelmintos, muitas vezes considerados
filos, são:
· Acanthocephala - vermes
parasíticos de cabeça espinhosa; cerca de 1150 espécies conhecidas; · Chaetognatha
- quetognatas, pequenos organismos marinhos; cerca de 70 espécies conhecidas;
· Cycliophora - ciclióforos;
apenas uma espécie descrita;
· Gastrotricha - gastrotricas;
cerca de 430 espécies conhecidas, todas microscópicas;
· Kinorhyncha - quinorrincas;
cerca de 150 espécies known, todas microscópicas;
· Loricifera - loricíferos; cerca
de 10 espécies descritas, todas microscópicas;
· Nematoda - nemátodes ou
lombrigas; cerca de 12,000 espécies conhecidas, embora se estime que existam
mais de 200,000;
· Nematomorpha - vermes sem-fim;
cerca de 320 espécies conhecidas;
· Priapulida - vermes
priapulídeos ; 16 espécies conhecidas;
· Rotifera - rotíferos; cerca de 1500
espécies conhecidas, todas microscópicas, características da água doce.
filogenética
Atualmente, pensa-se que este
grupo parafilético é um agrupamento artificial, baseado apenas em
características comuns que podem ter resultado de estratégias evolutivas
semelhantes, tal como a existência dum pseudoceloma em vez dum verdadeiro
celoma, ou seja, uma cavidade cheia de líquido que rodeia o intestino e que
contém o mesentério, formado pela mesoderme do embrião. Por esta razão, os
protostómios foram agrupados em clades monofiléticos que incluem vários destes
filos:
· Ecdysozoa – que inclui todos os
animais com exoesqueleto e que, para crescer, têm de o substituir, num processo
denominado muda ou ecdise; neste grupo incluem-se, entre outros, os artrópodes
e os nemátodos.
· Lophotrochozoa – que inclui
dois grupos de animais, os Lophophorata e os Trochozoa, com características
diferentes, mas que têm em comum a ausência de celoma ou pseudoceloma.
· Esta classificação deixa de
fora um certo número de filos, como os Rotifera e os Platyhelminthes, cuja
filogenia ainda não está determinada.
Ecologia dos asquelmintos
Um grupo tão diverso teria de
apresentar também uma grande diversidade de formas de vida: alguns asquelmintos
são parasitas, como muitos nemátodos, Acanthocephala e Nematomorpha. Muitos
vivem em solos úmidos ou no sedimento de massas de água doce (gastrótricas,
rotíferos e nemátodos) ou marinho (gastrótricas, quinorincas, loricíferos e
outros). Os quetognatas são ativos predadores cosmopolitas no plâncton
oceânico. Muitos pequenos asquelmintos são capazes de entrar em estado de vida
latente quando as condições ambientais se tornam desfavoráveis, um processo
conhecido como criptobiose.
Os nematelmintos de interesse médico podem ser representados por:
· ANCILÓSTOMO - Ancylostoma
duodenale – AMARELÃO
· LOMBRIGA - Ascaris lumbricoides
– ASCARIDÍASE
· OXIÚRUS - Enterobius
vermicularis – OXIUROSE
· FILÁRIAS - Wuchereria bancrofti
– ELEFANTÍASE
Novidades evolutivas
: Pseudocelomados protostômios (Tubo
Digestivo completo)
. Simetria bilateral. Sistema
Excretor (célula em H). Sistema nervoso ganglionar
. Digestão extra e intracelular
. A maioria e dióica
. Retira as excretas do
Pseudoceloma
. Doenças causadas por asquelmintos:
Ascaridíase: Ascaris lumbricoides
Sintomas: Bronquite, complicações
pulmonares, convulsão, cólicas, enjoo, obstrução intestinal.
Transmissão: Via oral, pela
ingestão de ovos.
Profilaxia: Higiene pessoal, uso
de sanitários.
Dermatite serpiginosa:
Ancylostoma brasilienses
Sintomas: Parasita anormal do cão.
Parasita acidental da pele humana, onde causa prurido e infecção.
Transmissão: As larvas penetram
na pele.
Profilaxia: Evitar o contato da
pele com a areia das praias frequentadas por cães.
Oxiuriose (Enterobiose):
Enterobius vermiculares
Sintomas: Forte irritação e
plurido anal, distúrbios intestinais.
Transmissão: ingestão de ovos.
Profilaxia: higiene pessoal.
Elefantíase (filariose):
Wuchereria bancrofti
Sintomas: Linfagite, linforragia,
edema nas pernas, seios e saco escrotal.
Transmissão: Pela picada do
pernilongo (díptero) Culex fatigans.
Profilaxia: Destruição dos insetos.
Ancylostomose (opilação, amarelão):
Ancylostoma duodenale
Sintomas: ulcerações intestinais,
diarreia, anemia profunda, enfraquecimento, geofagia (habito de comer terra).
Transmissão: As larvas
rabolitóides penetram na pele.
Profilaxia: Uso de calçados e sanitários.
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