Pular para o conteúdo principal

SISTEMA REPRODUTOR


Conjunto de órgãos do corpo humano que possibilitam a perpetuação da espécie por meio de reprodução.

Sistema reprodutor masculino - Formado pelo pênis, pela próstata e pelos testículos. Nos testículos - as duas glândulas sexuais que se alojam no saco escrotal - são produzidos os espermatozoides (células reprodutoras) e a testosterona (hormônio sexual). De cada testículo parte um canal emaranhado, o epidídimo, que se prolonga pelo canal deferente. Ligada a cada canal deferente há uma vesícula seminal. Os canais deferentes unem-se, passando pela próstata - a maior glândula do sistema reprodutor masculino -, a outro canal que vem da bexiga. Formam um canal único, a uretra, que percorre longitudinalmente o pênis e se abre para o exterior.

Sistema reprodutor feminino - Formado por vulva, vagina, útero, ovários, trompas e mamas. A vulva é o conjunto dos órgãos genitais externos da mulher. A vagina é um canal com revestimento fibromuscular pelo qual a mulher recebe o sêmen. Serve também para escoamento da menstruação e, no parto, para a saída do bebê do útero para o exterior. O útero é dividido em duas partes: o colo, localizado no alto da vagina, e o corpo, que dá origem à menstruação e abriga o feto. O ovário produz os óvulos - as células reprodutoras - e secreta os hormônios estrógeno e progesterona. As trompas de Falópio, onde ocorre a fecundação, ligam os ovários ao útero.

                      
O controle das funções reprodutivas, bem como o comportamento sexual, são feitos por meio de um intrincado mecanismo envolvendo os chamados hormônios sexuais. Estas substâncias, transportadas pelo sistema circulatório, agem sobre a diferenciação dos órgãos sexuais ainda fase embrionária. Ao redor dos 12 anos de idade, na entrada na puberdade ou adolescência. Os hormônios sexuais regem uma série de mudanças no corpo dos homens e das mulheres, deixando-os preparados para a reprodução. Os hormônios sexuais são responsáveis pela formação dos gametas (espermatozoides e óvulos) e, nas mulheres, esses hormônios controlam também o ciclo menstrual e a gravidez.
Os hormônios sexuais são secretados pelos testículos nos homens e pelos ovários nas mulheres. Sua ação está sob controle de outros hormônios que são produzidos numa importante glândula localizada no sistema nervoso central, a hipófise, e chamados gonadotróficos: FSH – hormônio folículo estimulante e LH – hormônio luteinizante. O controle da produção desses hormônios se dá por meio de um sistema de retro-alimentação negativo. Os hormônios sexuais masculinos são os andrógenos, sendo a testosterona o mais importante deles. O FSH age nos túbulos seminíferos dos testículos estimulando a formação de espermatozoides, enquanto que o LH estimula a secreção da testosterona. Nas mulheres, os hormônios sexuais são os estrógenos e a progesterona. A ação dos estrógenos (estro: cio; gênese: criação) está ligada aos caracteres sexuais femininos e a progesterona às alterações que ocorrem com o organismo da mulher durante a gestação (pro: a favor; gest: gestação). 

Por que as mulheres sangram pela vagina “uma vez por mês”, na menstruação?  Você sabe: o desenvolvimento dos fetos ocorre dentro do útero da mãe. Logo, o útero precisa estar preparado para alojar esse feto e dar condições para seu desenvolvimento. O embrião se localizará dentro do útero, na mucosa interna desse órgão. Essa mucosa é chamada de endométrio. O endométrio é, assim, preparado todos os meses para receber o embrião. Caso isso não ocorra, ou seja, a mulher não engravide, toda essa mucosa é perdida, para se recomeçar a elaboração de outra, nova, para o mês seguinte. Essa perda da mucosa interna do útero é a menstruação.

O ciclo menstrual, normalmente, é composto por um período de 28 a 30 dias, em que a menstruação costuma ocorrer cerca de 14 dias após a ovulação. Durante este período, temos a ação conjunta de vários hormônios, com consequente alteração em suas taxas de concentração nesse processo. O início do ciclo é marcado por uma alta concentração de FSH que, na mulher, age estimulando o amadurecimento de folículos (estruturas do ovário que contém a célula originária do óvulo). O processo de amadurecimento de folículos é acompanhado por um aumento na concentração de estrógenos, estimulando o aumento do LH. Este último age conjuntamente com o FSH resultando na ovulação, que é a expulsão de um óvulo do ovário.

O endométrio começa a ter sua espessura aumentada, numa preparação para receber o possível óvulo fecundado e possibilitar uma futura gestação. O desenvolvimento do endométrio é causado, nesse primeiro momento, pela ação dos estrógenos e, posteriormente, pela ação da progesterona. Esta tem sua secreção aumentada após a ovulação, pois o LH estimula sua produção no que restou do folículo, chamado agora de corpo lúteo (por isso LH: hormônio luteinizante; lúteo quer dizer amarelo, que é a cor desta estrutura após a ovulação). É bom notar que, um pouco antes da ovulação, os estrógenos estão com seus níveis bem elevados e, além de estimular a produção do LH conforme descrito, eles também passam a inibir o FSH, levando à inibição do amadurecimento de mais folículos. Isso tende a evitar que ocorra mais de uma ovulação num mesmo ciclo. Durante a ovulação, o óvulo é expulso para as tubas uterinas e levado através do oviduto até o útero. Se, durante este trajeto, não ocorrer o encontro com os espermatozoides suscitando a fecundação, o endométrio vai sendo eliminado na forma de um fluxo chamado menstruação.

 CICLO MENSTRUAL

O ciclo menstrual é dividido em três fases: folicular, ovulatória e lútea. A fase folicular começa durante a menstruação, com proliferação das células da granulosa em um folículo selecionado. Isso está associado a níveis crescentes de estradiol e, em menor grau, de progestinas, que exercem retroalimentação sobre o hipotálamo e a hipófise, para estimular (isto é, uma retroalimentação positiva) um surto de secreção do GnRH, seguido por picos de secreção dos hormônios iutenizante (LH) e folículo-estimulante (FSH), que, em seguida, induzem a ovulação.

Após a ovulação, as células foliculares se transformam no corpo lúteo (amarelo), que produz grandes quantidades de progesterona e de estradiol. Durante essa fase lútea, as células da granulosa também produzem inibina. Em conjunto, a progesterona, o estradiol e a inibina exercem retroalimentação sobre a hipófise, para suprimir a secreção de LH e de FSH. Na ausência de fertilização do ovo liberado, o corpo lúteo regride e começa a menstruação.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Zabala - Os ‘materiais curriculares’

  Os ‘materiais curriculares’ e outros recursos didáticos O PAPEL DOS MATERIAIS CURRICULARES Os materiais curriculares, corno variável metodologicamente são menosprezados, apesar de este menosprezo não ser coerente, dada a importância real que têm estes materiais. Uma olhada, mesmo superficial, permite que nos demos conta de que os materiais curriculares chegam a configurar, e muitas vezes a ditar, a atividade dos professores. A existência ou não de determinados meios, o tipo e as características formais, ou o grau de flexibilidade das propostas que veiculam são determinantes nas decisões que se tomam na aula sobre o resto das variáveis metodológicas. A organização grupai será cie um tipo ou de outro conforme a existência ou não de suficientes instrumentos de laboratório ou de informática; as relações interativas em classe serão mais ou menos cooperativas conforme as caraterísticas dos recursos; a organização dos conteúdos dependerá da existência de materiais com estruturações disc

A Revolução Francesa

O Antigo Regime – ordem social que garantia os privilégios do clero e da nobreza – foi sendo abalado e destruído lentamente por uma série de fatores, como as revoluções burguesas na Inglaterra, o Iluminismo, a Revolução Industrial e a Independência dos Estados Unidos da América. Mas o fator que aboliu de vez o Antigo Regime foi a Revolução Francesa (1789-1799), uma profunda transformação sócio-política ocorrida no final do século XVIII que continua repercutindo ainda hoje em todo o Ocidente. O principal lema da Revolução Francesa era “liberdade, igualdade e fraternidade”. Por sua enorme influência, a Revolução Francesa tem sido usada como marco do fim da Idade Moderna e o início da Idade Contemporânea. Embora não tenha sido a primeira revolução burguesa ocorrida na Europa, foi, com certeza, a mais importante. 1. Situação social, política e econômica da França pré-revolucionária a) Sociedade A França pré-revolucionária era um país essencialmente agrícola. O clero e a nobreza possuíam en

SIMBOLISMO EM PORTUGAL E NO BRASIL

  O Simbolismo, assim como o Realismo-Naturalismo e o Parnasianismo, é um movimento literário do final do século XIX. No Simbolismo , ao contrário do Realismo , não há uma preocupação com a representação fiel da realidade, a arte preocupa-se com a sugestão. O Simbolismo é justamente isso, sugestão e intuição. É também a reação ao Realismo/Naturalismo/Parnasianismo, é o resgate da subjetividade, dos valores espirituais e afetivos. Percebe-se no Simbolismo uma aproximação com os ideais românticos, entretanto, com uma profundidade maior, os simbolistas preocupavam-se em retratar em seus textos o inconsciente, o irracional, com sensações e atitudes que a lógica não conseguia explicar. Veja as comparações: Parnasianismo 1. Preocupação formal que se revela na busca da palavra exata, caindo muitas vezes no preciosismo; o parnasiano, confiante no poder da linguagem, procura descrever objetivamente a realidade. 2. Comparação da poesia com as artes plásticas, sobretudo com a escultura. 3. Ativid