A pecuária é fundamental para a humanidade. Ela consiste em uma atividade econômica que envolve a criação e a comercialização de animais para a produção de alimentos
(carne, ovos, leite, mel, etc.) e de produtos
não alimentares (lã, couro, pele, penas, etc.),
para o transporte de cargas ou para fins recreativos (passeio a cavalo e vaquejada, por
exemplo). Alguns animais, como o boi, o cavalo e o porco, também fornecem fertilizantes orgânicos (naturais), que auxiliam no desenvolvimento do solo e, consequentemente,
na melhor evolução das plantas.
As formas de criação de gado
A pecuária reúne as atividades relacionadas à criação de gado para fins domésticos ou comerciais. Distinguem-se, pelo menos, duas formas principais de criação de gado: o pastoreio, que compreende o nomadismo pastoril e a transumância; e a pecuária de sistema extensivo, semiextensivo ou intensivo.
O pastoreio
O pastoreio é um modo de vida que se baseia na exploração de pastagens naturais, onde a criação de animais é realizada em áreas sem uso
de cercas e sem controle da alimentação. Há dois modos de pastoreio:
o nomadismo pastoril e a transumância.
O nomadismo pastoril
O nomadismo é o modo de vida em que um grupo humano se desloca de um lugar para outro para manter sua subsistência. No caso do nomadismo pastoril, o grupo humano
desloca-se com seu rebanho em busca de pastagens para
os animais. É esse o caso de alguns grupos de lapões, povo
que vive no extremo norte da Europa (Suécia, Noruega,
Finlândia e Rússia), e do povo nenets – da etnia samoieda –,
que habita o norte da Rússia. Esses grupos praticam o pastoreio nômade da rena.
A transumância
O modo de pastoreio que se caracteriza pelo deslocamento periódico de rebanhos de acordo com o clima chama-se transumância. Em geral, esse deslocamento ocorre
entre pastagens em regiões montanhosas e pastagens
em planícies – no verão, as montanhas tornam-se uma
alternativa às planícies, atingidas pela seca, e, no inverno,
as planícies constituem melhor área para criação, enquanto as montanhas ficam cobertas pela neve.
Na transumância, apenas os pastores se deslocam com
o rebanho. As famílias permanecem em suas casas, dedicando-se à pequena agricultura. No nomadismo pastoril, visto anteriormente, todo o grupo humano se desloca
com o rebanho.
A prática dessas modalidades de pastoreio tem sido cada vez mais
rara em razão do avanço das atividades econômicas modernas, como
a indústria e a mineração. Ao chegar a regiões de pastoreio, essas atividades acabam empregando a população, que, aos poucos, tem abandonado as pastagens.
A pecuária
A pecuária abrange a criação de animais de grande porte – como bois
(bovinos), cavalos (equinos), búfalos (bufalinos), mulas e burros (muares) e asininos (jumentos ou jegues, como são chamados no Nordeste do
Brasil) – e animais de pequeno porte – como porcos (suínos), ovelhas
(ovinos), cabras (caprinos), aves (avícolas) e abelhas (apícolas).
Vamos estudar mais detalhadamente os sistemas de criação do gado
bovino por sua importância no fornecimento de alimentos (carne, leite
e derivados) e de matérias-primas para uso industrial. Conheça a seguir
cada um desses sistemas.
Os sistemas de criação da pecuária
Quanto ao sistema de criação de animais,
há, basicamente, três tipos convencionais:
extensivo, intensivo e semiextensivo.
A pecuária extensiva é praticada, em geral, em regiões de baixa
densidade demográfica e com grande disponibilidade de terras. O rebanho é criado solto no campo e se alimenta principalmente de pastagens
(naturais, cultivadas ou mistas). Os animais destinam-se aos abatedouros para a produção de carne e há aproveitamento do leite das fêmeas.
A pecuária semiextensiva é uma prática em que se associam as pastagens e o confinamento para a engorda dos animais. Confinado nos
períodos de estiagem, o rebanho se destina, geralmente, a abastecer o
mercado de carne.
Quando a terra é um fator de produção de alto preço, pratica-se a
pecuária intensiva. Nesse sistema, empregam-se técnicas modernas
para aumentar a produtividade mediante, por exemplo, a seleção de raças, o fornecimento de forragens e rações que possam melhorar a alimentação do rebanho e a concentração do maior número possível de
animais por unidade de área. Esse sistema é aplicado, principalmente,
na criação de gado leiteiro, em que os animais ficam estabulados, isto é,
confinados em estábulos.
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