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Doutrina de Segurança Nacional

A Doutrina de Segurança Nacional foi elaborada pelos EUA com a função de consolidar suas posições no continente e principalmente de protege-lo contra avanços da URSS. Ela foi a base da formação das elites militares latino-americanas após a Segunda Guerra Mundial, realizada nos EUA no National War College e no Colégio Interamericano de Defesa.

Os princípios básicos da doutrina são:

Desenvolvimento – promover o desenvolvimento industrial e da renda nacional dos países subdesenvolvidos, baseado na integração ao capitalismo internacional;

Segurança – surge a noção de “fronteiras ideológicas”, ou seja, os países latino-americanos devem se preocupar com as influências ideológicas e não com a invasão de um inimigo estrangeiro. Assim, seu inimigo está dentro de seu próprio país, veiculando ideias contrárias aos interesses do capitalismo, da democracia e, sobretudo, dos EUA e, por isso, é preciso combatê-lo com todas as armas. O inimigo é, então interno (os “chamados subversivos”), e as atividades militares devem estar voltadas para seu combate (atividades “anti-subversivas”).
Essas ideias desenvolvimentista e da segurança nacional influenciaram dezenas de golpes e governos militares durante as décadas de 1950, 1960 e 1970, formando um verdadeiro “cinturão” militar e autoritário, influenciado e sustentado pelos EUA.




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