O presidente republicano Richard Nixon (1969-1974) realizou a retirada das tropas americanas do “atoleiro vietnamita”, que já tinha custado a vida de 55 mil soldados, além dos trezentos mil feridos. Na política interna, o governo foi atingido por um escândalo de espionagem eleitoral, conhecido como Caso Watergate, que levou o presidente Nixon a renunciar, em 1974. A presidência foi assumida pelo republicano Gerald Ford (1974-1975), que completou o mandato de Nixon e retirou as últimas tropas do Vietnã.
A derrota no Vietnã e o escândalo Watergate mergulharam o país numa grave crise política e social. Essa crise foi agravada pelas dificuldades econômicas e pelo desemprego, causados principalmente pelos duzentos bilhões de dólares gastos na Guerra do Vietnã. A crise vivida pelo país levou a eleição do democrata Jimmy Carter (1976-1980), com um programa de governo baseado no respeito aos direitos humanos. Contudo, nessa época, os Estados Unidos se debilitaram ainda mais no plano internacional com a invasão soviética no Afeganistão, em 1979, o triunfo da Revolução Islâmica no Irã e a vitória da Revolução Sandinista na Nicarágua. Dentro do país agravou-se a crise econômica, com o aumento da inflação e do desemprego. Tanto interna como externamente parecia que os Estados Unidos haviam entrado em decadência. Alguns analista da política internacional passaram a usar a expressão “declínio americano”, prevendo uma continua perda de influência no plano internacional. Estavam errados.
A vitória na Guerra Fria
Foi no auge da crise norte-americana que Ronald Reagan (1981-1988), candidato do Partido Republicano, foi eleito presidente do país. Seu programa defendia a restauração da liderança política mundial e da supremacia militar dos Estados Unidos. Com esse objetivo, o governo Reagan desencadeou uma corrida armamentista contra os soviéticos, conhecida como Segunda Guerra Fria. Essa política belicista (a favor da guerra) foi denominada Iniciativa de Defesa Estratégica (IDE), mais conhecida como guerra nas estrelas.
A União Soviética não conseguia mais acompanhar o rival norte-americano, cujos gastos militares eram enormes. Isso contribuiu de forma decisiva para a vitória dos Estados Unidos na Guerra Fria. Essa política armamentista, porém, acabou por endividar o governo norte-americano, que passou de credor a devedor do mundo. Esse foi o preço a ser pago para reconquistar a posição, sem rival, de primeira superpotência do mundo.
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