Com o fim da Guerra Fria e do mundo bipolar, uma Nova Ordem Mundial teve início. Dois conceitos são muito usados para explicar o complexo mundo atual: o realismo e o multilateralismo. Muitas vezes eles são vistos como antagônicos e contraditórios, mas, na verdade, são complementares. O realismo se manifesta de forma bastante clara quando os países impõem sua vontade por meio da força militar. Por isso, alguns autores afirmam que vivemos em um mundo unipolar, dado o grande poderio militar dos Estados Unidos, uma superpotência capaz de influenciar os demais. Mas eles também apontam novos países ativos no debate das questões mundiais. Mesmo sem ameaçarem o poderio militar estadunidense, tornam o mundo multidimensional, ou seja, composto de diferentes pontos de vista, ainda que o dos Estados Unidos tenha certa predominância. O multilateralismo se expressa na busca do diálogo entre países, empresas e movimentos sociais para solucionar problemas. Seus críticos dizem que esse método é demorado e pouco eficaz. Seus defensores argumentam que é mais democrático e permite aumentar a colaboração entre os países. Nos últimos anos, alguns países se juntaram em ações multilaterais para tentar aumentar sua influência no mundo, o que fortalece as organizações internacionais.
O mundo unipolar e multidimensional
Na Guerra Fria, dois países dominavam o mundo. Com o término da União Soviética, em 1991, apenas uma superpotência militar se manteve. Porém, outros países, como China, Índia e Rússia, passaram a se destacar no contexto das relações internacionais no século XXI, criando uma ordem multidimensional. Algumas potências passaram a influenciar as decisões mundiais, embora em menor escala se comparadas à superpotência estadunidense. No jogo de forças das relações internacionais, há ainda as potências regionais, dominantes em suas respectivas regiões. Atualmente, o número de países que influenciam as decisões mundiais é bem maior. Isso produz um intenso movimento na geografia política contemporânea em escala internacional, porque, ao aumentar os interessados pelo poder, crescem também as disputas mundiais. Para alguns estudiosos, a ordem que se estabelece no mundo atual é multidimensional e unipolar: as potências mundiais e regionais buscam participar e atuar nas decisões, isto é, um número maior de países influencia o cenário mundial, mas permanece a ampla vantagem militar dos Estados Unidos, conquistada e mantida desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Enquanto as potências regionais se ocupam em influenciar política e economicamente uma quantidade cada vez maior de países, essa superpotência mantém liderança isolada no campo militar
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