Os curdos, estimados em 30 milhões de pessoas, lutam pela reconstrução de seu país, o Curdistão, que se situava em terras que hoje pertencem a Armênia, Irã, Iraque, Síria e Turquia (veja o mapa). Turquia e Irã concentram a maior parte de curdos, cerca de 15 milhões e 14 milhões de pessoas, respectivamente. Parte deles também foi para a Europa, em especial Alemanha e França. A autonomia dos curdos tem sido combatida pelos países em que esse povo está presente há anos.
Em 1988, o líder e ditador do Iraque, Saddam Hussein (1937-2006), comandou o genocídio de 5 mil curdos que habitavam uma região de jazidas de petróleo. Na Turquia, os curdos conseguiram vitórias, como o ensino do curdo como língua opcional. Também foram autorizadas a produção e a veiculação de jornais, rádios e programas de televisão em curdo. Porém, no Irã, eles são discriminados. Com a ascensão do Estado Islâmico entre 2014 e 2017, as forças militares curdas receberam armamento e apoio militar liderado pelos Estados Unidos e foram essenciais na derrota territorial do grupo extremista, principalmente no norte da Síria. Com isso, antigos anseios dos curdos por autonomia e independência ganharam força e repercussão.
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