segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Ácidos nucléicos

 

Os ácidos nucléicos – DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico) – são substâncias essenciais para os seres vivos, pois mantêm a informação genética que controla a atividade celular e a hereditariedade.
Eles aparecem em todos os seres vivos, exceto nos vírus que apresentam DNA ou RNA, mas nunca os dois.
Os ácidos nucléicos são formados por um grande número de unidades chamadas nucleotídeos. Cada nucleotídeo é formado por três tipos de moléculas: açúcar, base nitrogenada e fosfato.


A ligação entre os nucleotídeos da mesma cadeia é feita entre o fosfato de um nucleotídeo com a pentose de outro nucleotídeo, enquanto que a ligação entre os nucleotídeos das cadeias diferentes é feita pelas pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas.
No DNA, devido à afinidade molecular, a base nitrogenada adenina somente se liga à timina, e a citosina sempre se liga à guanina.

A – T
C - G

Existem vírus com DNA formado por apenas uma cadeia  incompleta.

O RNA é formado por uma cadeia única de nucleotídeos. Os nucleotídeos do RNA apresentam fosfato, açúcar – ribose (pentose) e as bases nitrogenadas; adenina, guanina, citosina e uracila.

Tipos de RNA e suas funções:

Mensageiro (RNAm): copia a mensagem genética do DNA
Transportador (RNAt): transporta os aminoácidos do hialoplasma para os ribossomos.
Ribossômico (RNAr): componente estrutural dos ribossomos.

 

 

DNA

RNA

 

 

 

Desoxirribose

Ribose

Pentose

 

 

 

 

 

 

Bases pirimídicas

Citosina e timina

Citosina e uracila

 

Duas

Uma

 

Cadeias

 

 

 

 

 

 

Localização

Principalmente no 

Núcleo e

 

núcleo

 citoplasma

 



 

Hereditariedade e controle da atividade celular

Síntese de proteínas

 

 

 

Função

 

 


Replicação

Replicação ou duplicação do DNA é chamada semi – conservativa, ou seja cada molécula–filha conserva metade da molécula–mãe, observe a figura abaixo:

Reaplicação do DNA   ..

Ocorre o rompimento das pontes de hidrogênio que ligam as bases nitrogenadas: as duas fitas afastam-se.

Os nucleotídeos de DNA livres, encaixam –se nas duas fitas que se afastaram. As cadeias – mãe servem de molde para a formação de duas novas cadeias de DNA, lembrando que o processo é ativado pela enzima DNA – polimerase.

Transcrição


Transcrição é o processo em que o RNA é sintetizado pelo DNA; a enzima atuante é a RNA – polimerase.
Ocorre a separação das fitas do DNA, devido ao rompimento das pontes de hidrogênio; em seguida, os nucleotídeos livres de RNA se encaixam em uma das cadeias de DNA, chamada cadeia ativa.
A molécula de RNA (fita única) desprende-se do DNA e reestabelece as pontes de hidrogênio entre as duas cadeias do DNA.




ORGANIZAÇÃO CELULAR DOS SERES VIVOS

 

Apesar  da diversidade entre os seres vivos, todos guardam  muitas semelhanças, pois apresentam material genético (DNA) em que são encontradas todas as informações  que controlam a  arquitetura e o funcionamento dos seres vivos.

O DNA é encontrado no interior  da unidade dos seres vivos,  conhecida como célula; com exceção dos vírus, todos os seres vivos são formados por células. No  interior das células, ocorrem todas as reações químicas dos seres vivos.  As células organizadas formam os tecidos, que se reúnem  para formar o s órgãos. A reunião de vários órgãos que funcionam em conjunto constitui um sistema ou aparelho. Os vários sistemas ou aparelhos - como o circulatório, o respiratório,  o esquelético, etc. -  constituem o organismo.  São organismos: um pé de alface, uma laranjeira, um lobo ou uma ameba. No caso da ameba, que é unicelular, não encontraremos todos os níveis de organização, visto que, não  existem tecidos, órgãos ou sistemas.

Os seres vivos celulares têm o corpo formado por um ou mais tipos de células.


Vocês já pararam para pensar: “quais as diferenças entre uma célula bacteriana  e uma célula  animal?”

 O estudo das  células permitiu conhecermos dois padrões celulares fundamentais: a célula procariótica e a célula eucariótica.

Os seres vivos que  possuem células procarióticas são chamados procariontes. Estas células mais simples  são encontradas em bactérias e cianobactérias.

A maioria dos seres vivos, desde uma ameba (protozoário) até os vegetais e animais, possuem células eucarióticas e são chamados eucariontes.

CÉLULA PROCARIÓTICA


As células procarióticas apresentam:

Parede celular – envoltório protetor

Membrana Plasmática – envoltório protetor

Nucleóide – formado por DNA, onde encontramos as informações genéticas da célula.

Citoplasma – composto por material gelatinoso, no qual encontramos os ribossomos , os únicos organoides da célula.

Ribossomos – realizam a síntese das proteínas das células.

A principal característica da célula procariótica é a ausência de um núcleo organizado.

CÉLULA EUCARIÓTICA

As células eucarióticas apresentam: membrana plasmática, citoplasma e núcleo.

A  membrana plasmática é  um envoltório protetor da célula, apresenta uma propriedade importante que é a permeabilidade seletiva: controla a entrada e saída  das substâncias.

No  citoplasma, encontramos vários organóides: as mitocôndrias responsáveis pela produção de energia, os ribossomos que sintetizam as proteínas das células, os lisossomos que realizam a digestão intracelular,  o complexo de Golgi que armazena e secreta substâncias, o retículo  endoplasmático que transporta e sintetiza substâncias, e outras estruturas que estudaremos posteriormente.

O núcleo é organizado devido à presença de um envoltório nuclear que envolve o material genético da célula, o DNA.  Encontramos também no núcleo, o nucléolo, corpúsculo onde ocorre a montagem dos ribossomos e o suco nuclear ou carioplasma.

Seres acelulares

Os vírus não apresentam estrutura celular verdadeira, são considerados parasitas obrigatórios, isto é, somente se reproduzem e são ativos quando estão no interior de outras células vivas. Os vírus são constituídos por uma cápsula de proteína, chamada capsídeo, que envolve um filamento de ácido nucléico, denominado DNA ou RNA. Observe a estrutura viral abaixo:


CITOGENÉTICA HUMANA


1. INTRODUÇÃO
    Esta página trata da citogenética humana, abordando conceitos e definições sobre o tema. Tem como objetivo mostrar e esclarecer ao leitor alguns tópicos que, por acaso, permaneçam como dúvidas. O estudo dos cromossomos humanos é tão recente que suas primeiras descobertas não têm meio século, por isso, é um ramo da biologia que tende a crescer, explorar novas áreas e servir de veículo para o auxílio para vários fenômenos que acontecem nos cromossomos.

2. CITOGENÉTICA HUMANA

2.1 CONCEITOS
    Para um melhor entendimento do assunto aqui abordado, faz-se necessário um conhecimento prévio dos termos aqui utilizados.
    Cariótipo: conjunto de cromossomos característicos de uma espécie.
    Cromossomos: longa molécula de DNA associada com proteínas (histona).
    Cromossomos Autossomos: são os cromossomos que equivalem nos indivíduos masculinos e femininos. (22 pares)
    Cromossomos Sexuais ou Heterossomos: são os cromossomos que se diferem nos indivíduos masculinos e femininos (1 par X e Y).
    Aberração Cromossômica: qualquer modificação no cariótipo, podem ser numéricas ou estruturais.

2.2 CARIÓTIPO HUMANO NORMAL
    Tjio e Levan estabeleceram, em 1956, que o número diploide correto de cromossomos do cariótipo humano era 46, sendo composto de 23 pares de cromossomos homólogos: 22 pares autossomas + XY (no sexo masculino) ou XX (no sexo feminino). Três anos mais tarde, foi descoberta uma alteração no cariótipo normal, era um trissomia em indivíduos portadores da síndrome de Down (comentada a seguir), descoberta por Lejeune.
    Foi a partir de então que foi possível explicar aproximadamente 12 síndromes congênitas humanas e demonstrar que cerca de 5 entre 1000 recém-nascidos apresentam algum tipo de aberração cromossômica.

2.3 TÉCNICAS DE CARIOTIPAGEM
    Diversas técnicas são usadas no estudo do cariótipo humano, são empregadas culturas de fibroblastos de medula óssea, sangue periférico e pele. As mitoses são bloqueadas com colchicina (substância que bloqueia a formação dos microtúbulos do fuso) durante a metáfase. O cariótipo é habitualmente obtido através de fotomicrografia.
    Cada cromossomo é recortado e alinhado com o seu homólogo em uma ordem decrescente de tamanho. Esta técnica é facilitada pela determinação do índice centromérico, razão entre os comprimentos dos braços longos e curtos do cromossomo.
    É possível a obtenção de células para cariotipagem e diagnóstico de aberrações cromossômicas mesmo antes do nascimento da criança. Isto é possível através da amniocentese, ou seja, punção da parede uterina com uma agulha para obtenção do fluido amniótico, que é analisado para determinar se o feto possui alguma aberração e até mesmo o sexo deste.

2.4 CROMOSSOMAS SEXUAIS
    Um dos sexos possui um par de cromossomos sexuais idênticos (XX), no caso do ser humano é o sexo feminino; o outro pode ter um único cromossoma sexual, que pode encontrar-se não-pareado (XO) ou pareado com um cromossoma Y (XY), no caso do ser humano é o sexo masculino.
    Os gametas humanos não são idênticos no que diz respeito aos crimissimas sexuais. Os indivíduos do sexo masculino (XY) produzem 50% de gametas que transportam o cromossoma X e 50% gametas que transportam o cromossoma Y, enquanto os indivíduos do sexo feminino (XX) só produzem gametas que transportam o cromossoma X, por esta razão, os indivíduos do sexo masculino são chamados de sexo heterogamético e eles que determinam o sexo da prole.

2.4.1 CROMATINA X
    Em 1949, Barr e Bertram descobriram que no núcleo interfásico de células de indivíduos do sexo feminino existe um pequeno corpúsculo de cromatina que não aparece nas células do sexo masculino. Este corpúsculo foi chamado de cromatina sexual ou corpúsculo de Barr e a partir da confer6encia de Paris, cromatina X. A cromatina X pode ser encontrada em diferentes posições no núcleo, ela deriva de um dos cromossomas X presentes na célula, o número de cromatina X é dado por: nX - 1, ou seja, número de cromossomas X menos uma unidade. Por exemplo, um indivíduo normal do sexo feminino (XX) possui apenas 1 cromatina X. nX = 2.

2.4.2 CROMATINA Y
    Estudos realizados com cromossomos Y revelaram que grande parte do cromossomo Y é heterocromático, e aparece na interfase como um um corpúsculo altamente fluorescente, denominado cromatina Y. O número de cromatina Y é igual ao número de cromossomos Y, por exemplo um indivíduo XYY tem 2 cromatina Y.

2.5 ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS
    O funcionamento normal do sistema genético depende da estabilidade do material genético contido nos cromossomas. O cariótipo pode modificar-se levando a alterações genéticas, tais alterações podem ser no número de cromossomas quanto na sua estrutura.
    As alterações no número de cromossomos pode levar a euploidia ou aneuploidia. A euploidia é uma modificação onde todos os cromossomos do cariótipo estão aumentados ou diminuídos. E a aneuploidia é uma alteração no fato da presença de números anormais de um ou mais cromossomos do cariótipo.
    A aneuploidia pode ser resultado de uma falha na separação de um par de cromossomas¹ durante a meiose. Nos indivíduos ditos monossômicos, um dos cromossomos do par não chegou ao polo da célula; e nos trissômicos, existe um cromossoma a mais, existindo 3 cromossomas do mesmo tipo. Quando a não-disjunção ocorre na meiose, todas as células ficam comprometidas, ou seja, todas as células apresentam o mesmo cariótipo, cariótipo anormal. Caso a não-disjunção ocorra na mitose, somente certas células somáticas são anormais.

2.5.1 ALTERAÇÕES NO NÚMERO DE CROMOSSOMAS

  • Síndrome de Down
        A síndrome de Down é uma anomalia cromossômica ligada à presença de um cromossomo idêntico aos do par 21, por esta razão a S. Down é chamada de trissomia do 21. É a mais frequente das anomalias cromossômicas.
        O portador da S. Down apresenta um fenótipo característico: fenda palpebral oblíqua, baixa estatura, cabelos lisos e macios, retardo no desenvolvimento e mental e outras.

  • Síndrome de Klinefelter
        A síndrome de Klinefelter é causada pela constituição genética anômala. O cariótipo mais frequente é do tipo 47, XXY. Os indivíduos portadores desta síndrome apresentam pênis normal ou diminuído, testículos sempre pequenos e duros, são estéreis.

  • Síndrome de Turner
        Caracterizada pela falta total ou parcial de um cromossomo X O cariótipo é do tipo 45,XO, fenotipicamente são fêmeas. Os portadores apresentam estatura retardada, ovários rudimentares, não apresentam menstruação e não apresentam características sexuais secundárias.

    2.5.2 ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA DOS CROMOSSOMAS
        A aberração cromossômica é uma desorganização na estrutura cromossômica que pode ser observada ao microscópio. Quando ocorre uma mutação gênica, ocorre alteração na sequência de bases do DNA; tais alterações podem ser observadas através da expressão do gene, e podem ser intra ou intercromossômicas.
        As principais aberrações cromossômicas são:    

  • Deleção ou deficiência: envolve a perda de material cromossômico;

  • Duplicação: um segmento do cromossoma é representado duas ou mais vezes, se o fragmento duplicado incluir o centrômero ele pode ser incorporado ao cariótipo como um cromossoma extra;

  • Inversão: envolve a inversão de 180° de um segmento cromossômico.





FOTOSSÍNTESE

 

As plantas são seres autótrofos. Graças à presença de clorofila em suas folhas, elas são capazes de captar energia luminosa do sol e utilizá-la na síntese de moléculas orgânicas, que lhes servirão de alimento. Esse processo, que será explicado a seguir, é chamado de fotossíntese. 6CO2 + 12H2O ® C6H12O6 + 6H2O + 6O2

Os Cloroplastos
     Nos cloroplastos ocorre a reação da mais fundamental importância para a vida das plantas e, indiretamente, para a vida dos animais: a fotossíntese. Os cloroplastos são geralmente discoidais. Sua cor é verde devido a presença de clorofila. No seu interior existe um conjunto bem organizado de membranas, as quais formam pilhas unidas entre si, que são chamadas de grana. Cada elemento da pilha, que tem o formato de uma moeda, é chamado de tilacóide. Todo esse conjunto de membranas encontra-se mergulhado em um fluído gelatinoso que preenche o cloroplasto, chamado de estroma, onde há enzimas, DNA, pequenos ribossomos e amido. As moléculas de clorofila se localizam nos tilacóides, reunidas em grupos, formando estruturas chamadas de “complexos de antena”.

Fase clara
     A fotossíntese é dividida em duas fases: clara e escura. A fase clara, também chamada de fotoquímica, consiste na incidência da luz solar sob a clorofila A. Elétrons são liberados e recebidos pela plastoquinona (aceptor primário de elétrons). Estes elétrons passam por uma cadeia transportadora liberando energia utilizada na produção de ATP. Os elétrons com menos energia entram na molécula de clorofila A repondo os liberados pela ação da luz. A molécula de clorofila absorve energia luminosa. Este energia é acumulada em elétrons que, por este fato, escapam da molécula sendo recolhidos por substâncias transportadoras de elétrons. A partir daí, estes irão realizar a fotofosforilação, que, dependendo da substância transportadora, poderá ser cíclica ou acíclica. Em todos os dois processos, os elétrons cedem energia, que é utilizada para a síntese de ATP através de fosforilação (processo em que adiciona um fosfato rico em energia no ADP).

Fotofosforilação acíclica
     Esta relacionada basicamente com a fotólise da água Fotofosforilação cíclica: O elétron sai da clorofila A, é captado pela ferrodoxina e passa por transportadores de eletrons, havendo nos cloroplastos. liberação de energia, que será utilizada na síntese de ATP. É importante citar que estes processos acontecem simultaneamente nos cloropastos.

Fase escura
     Ocorre no estroma dos cloroplastos e é nesta fase que se forma a glicose, pela reação inicial entre o gás carbônico atmosférico e um composto de 5 carbonos, a ribulose difosfato (RDP), que funciona como “suporte” para a incorporação do CO2.

Ciclo de Calvin
     A molécula de CO2 se liga ao suporte de RDP desencadeiando um ciclo de reações no qual se formam vários compostos de carbono. Para formação de uma molécula de glicose é necessário que ocorram 6 ciclos destes. Os átomos de Hidrogênio da água são adicionados a compostos de carbonos, obtidos a partir de CO2, havendo uma redução de gás, com produção de glicose.

Plantas C4
     O mecanismo de fixação do CO2 não representa o único, descoberto por Calvin, utilizado pelas plantas verdes para fixar este elemento. Em 1960, foram encontradas evidências de que o primeiro produto fotossintético da cana de açúcar não era o PGA de 3 carbonos, mas um composto de 4 carbonos. Este aspecto se distingue das plantas C 3 nas quais o produto intermediário da fotossíntese é um composto de 3 carbonos, o PGA.

Plantas Canr
     Um terceiro modo de fixação, a fotossíntese com metabolismo ácido, evoluiu independentemente em muitas plantas como os cactos. Utiliza-se também moléculas de 4 carbonos. Nestas plantas, os ácidos málicos e isocítrico acumulam-se nas plantas durante a noite e são novamente convertidos em gás carbônico na presença de luz. Este processo é claramente favorável em condições de alta luminosidade e escassez de água. Estas plantas dependem muito deste processo, pelo fato de seus estômatos estarem fechados durante o dia a fim de retardar a perda de água. As células estomáticas são as únicas células epidérmicas que fazem fotossíntese e produzem glicose.

Fatores que afetam a fotossíntese
     A fotossíntese é afetada por vários fatores, tais como a intensidade luminosa, a temperatura e a concentração de gás carbônico no ar. Por exemplo: em uma planta mantida em um ambiente com temperatura e concentração de CO2 constantes, a quantidade de fotossíntese realizada passa a depender exclusivamente da luminosidade.



DIVISÃO CELULAR

CICLO CELULAR - MEIOSE E MITOSE.

Sabemos que a reprodução é uma propriedade fundamental das células. As células se reproduzem através da duplicação de seus conteúdos e posterior divisão em duas células filhas, este processo é a garantia de uma sucessão contínua de células identicamente dotadas.

Em organismos unicelulares, existe uma pressão seletiva para que cada célula cresça e se divida o mais rápido possível, porque a reprodução celular é responsável pelo aumento do número de indivíduos. Nos organismos multicelulares, a produção de novas células através da duplicação permite a divisão do trabalho, no qual grupos de células tornam-se especializados em determinada função.

Essa multiplicação celular porém, tem que ser regulada porque a formação de novas células tem que compensar a perda de células pelos tecidos adultos. Um indivíduo adulto possui 10 x1013 , todas derivadas de uma única célula, o óvulo fecundado. Mesmo em um organismo adulto, a multiplicação celular é um processo contínuo. O homem possui 2,5x1013 eritrócitos, cujo tempo de vida médio e de 107 segundos ( 120 dias ) para manter esses níveis constantes são necessárias 2, 5 milhões de novas células pôr segundo. Apesar de inúmeras variações existentes, os diferentes tipos celulares apresentam um nível de divisão tal que é ótimo para o organismo como um todo, porque o que interessa é a sobrevivência do organismo como um todo e não de uma célula individual. Como resultado as células de um organismo dividem-se em níveis diferentes. Algumas, como os neurônios nunca se dividem. Outras, como as epiteliais, dividem-se rápida e continuamente.

CICLO CELULAR OU CICLO DE DIVISÃO CELULAR

O ciclo celular compreende os processos que ocorrem desde a formação de uma célula até sua própria divisão em duas células filhas. A principal característica é sua natureza cíclica. O estudo clássico da divisão celular estabelece duas etapas no ciclo celular; de um lado aquela em que a célula se divide originando duas células descendentes e que é caracterizada pela divisão do núcleo (mitose ) e a divisão do citoplasma (citocinese). A etapa seguinte, em que a célula não apresenta mudanças morfológicas, é compreendida no espaço entre duas divisões celulares sucessivas e foi denominada de interfase.

Pôr muito tempo os citologistas preocuparam-se com o período de divisão, e a interfase era considerada como uma fase de repouso. Mais tarde observou-se, no entanto, que a interfase era uma fase de atividade Biosintética intensa, durante a qual a célula duplica seu DNA e dobra de tamanho. O estudo do ciclo celular sofreu uma revolução nos últimos anos. No passado o ciclo era monitorado através de M.O e o foco de atenção era a segregação dos cromossomos que é a parte microscopicamente visível.

Técnicas especiais de estudo como a raudiautografia permitiram demostrar que a duplicação do DNA ocorre em determinado período da interfase o que permitiu a divisão da interfase em 3 estágios sucessivos, G1, S e G2, o que compreende em geral cerca de 90% do tempo do ciclo celular.

Onde G1 compreende o tempo decorrido entre o final da mitose e inicio da síntese. O período S corresponde ao período de duplicação do DNA e o período G2, o período entre o final da síntese e o inicio da mitose.

Período G1: Este período se caracteriza por uma intensa síntese de RNA e proteínas, ocorrendo um marcante aumento do citoplasma da célula - filha recém formada. É nesta fase que se refaz o citoplasma, dividido durante a mitose.

No período G1 a cromatina esta esticada e não distinguível como cromossomos individualizados ao MO. Este é o estágio mais variável em termos de tempo. Pode durar horas, meses ou anos. Nos tecidos de rápida renovação, cujas células estão constantemente em divisão, o período G1 é curto; como exemplo temos o epitélio que reveste o intestino delgado, que se renova a cada 3 dias. Outro tecido com proliferação intensa é a medula óssea, onde se formam hemácias e certos glóbulos brancos do sangue. Todos estes tecidos são extremamente sensíveis aos tratamentos que afetam a replicação do DNA (drogas e radiações ), razão pela qual são os primeiros a lesados nos tratamentos pela quimioterapia do câncer ou na radioterapia em geral. Outros tecidos não manifestam tão rapidamente lesões por apresentarem proliferação mais lenta, tal como ocorre na epiderme ( 20 dias ) e no testículo (64 dias ).

Tecidos cujas células se reproduzem muito raramente, como a fibra muscular, ou que nunca se dividem, como os neurônios do tecido nervoso, o ciclo celular esta interrompido em G1 em um ponto específico denominado G0.

PERÍODOS: Este é o período de síntese. Inicialmente a célula aumenta a quantidade de DNA polimerase e RNA e duplica seu DNA. As duas cadeias que constituem a dupla hélice separam-se e cada nucleotídeo serve de molde para a síntese de uma nova molécula de DNA devido a polimerização de desoxinucleotídeos sobre o molde da cadeia inicial, graças a atividade da DNA polimerase. Esta duplicação obedece o pareamento de bases onde A pareia com T e C com G e como resultado teremos uma molécula filha que é a replica da molécula original. A célula agora possui o dobro de quantidade de DNA.

O estudo das alterações provocadas no DNA por radiações ultravioletas ou raio X, demonstrou que nem sempre o efeito dessas radiações era letal. A analise deste fenômeno levou ao conhecimento de vários tipos de mecanismos de reparação do DNA das células.

Nas células normais as alterações produzidas por radiações são reparadas antes de terem tempo de se transmitirem as células - filhas. Este sistema possui grande importância na seleção evolutiva das espécies, pois teriam uma condição essencial para o desenvolvimento de organismos com quantidades cada vez maiores de DNA e com maior número de células.

PERÍODO G2: O período G2 representa um tempo adicional para o crescimento celular, de maneira que a célula possa assegurar uma completa replicação do DNA antes da mitose. Neste período ocorre uma discreta síntese de RNA e proteínas essenciais para o inicio da mitose. É considerado o segundo período de crescimento. Apesar desta divisão nos períodos de crescimento, atualmente sabe-se que ele é um processo continuo, sendo interrompido apenas brevemente no período de mitose. A célula agora esta preparada para a mitose, que é a fase final e microscopicamente visível do ciclo celular.

CONTROLE DO CICLO CELULAR

O ciclo celular é regulado pela interação de proteínas. Essas proteínas compõem o Sistema de Controle que conduz e coordena o desenvolvimento do ciclo celular. Essas proteínas surgiram a bilhões de anos e tem sido conservadas e transferidas de célula para célula ao longo da evolução

O ciclo celular em organismos multicelulares, é controlado por proteínas altamente específicas, denominadas de fatores de crescimento. Os fatores de crescimento regulam a proliferação celular através de uma rede complexa de cascatas bioquímicas que por sua vez regulam a transcrição gênica e a montagem e desmontagem de um sistema de controle. São conhecidas cerca de 50 proteínas que atuam como fatores de crescimento, liberados por várias tipos celulares. Para cada tipo de fator de crescimento, há um receptor específico, os quais algumas células expressam na sua superfície e outras não.

Os fatores de crescimento podem ser divididos em duas grandes classes: 1) Os fatores de crescimento de ampla especificidade, que afetam muitas classes de células, como por exemplo o PDGF ( fator de crescimento derivado das plaquetas) e o EGF ( fator de crescimento epidérmico ). A segunda classe de fatores de crescimento são os Estreita especificidade, que afetam células específicas.

A proliferação celular depende, de uma combinação específica de fatores de crescimento. Alguns FC estão presentes na circulação, porém a maioria dos FC é originada das células da vizinhança da célula afetada e agem como mediadores locais. Os FC além de serem responsáveis pela regulação do crescimento e da divisão celular estão também envolvidos em outras funções como: sobrevivência, diferenciação e migração celular.

FATORES DE CRESCIMENTO E CONTROLE DO CICLO CELULAR

Os fatores de crescimento liberados ligam-se a receptores de membrana das células alvo. A formação do complexo receptor - ligante, dispara a produção de moléculas de sinalização intracelular. Essas moléculas são responsáveis pela ativação de uma cascata de fosforilação intracelular, que induz a expressão de genes.

O produto da expressão destes genes são os componentes essenciais do Sistema de Controle do Ciclo celular, que é composto principalmente por duas famílias de proteínas:

1. CdK ( cyclin - dependent protein Kinase ) que induz a continuidade do
processo através da fosforilação de proteínas selecionadas

2. Cyclins que são proteínas especializadas na ativação de proteínas. Essas proteínas se ligam a CdK e controlam a fosforilação de proteínas alvo. São reconhecidas duas famílias de Cyclins: Cyclins G1 e Cyclins G2

O ciclo de montagem, ativação e desmontagem do complexo Cyclin-CdK são os eventos bases que dirigem o ciclo celular.

O ciclo é regulado para parar em pontos específicos. Esses pontos permitem que o sistema de controle sofra influência do meio.

Nesses pontos de parada são realizados check up. São reconhecidos dois pontos de Check point:

- Em G1 - antes da célula entrar na fase S do ciclo

- Em G2 antes da célula entrar em mitose. Nestes pontos são checados as condições do meio extracelular e da própria célula.

O controle do ciclo nesses pontos é realizado por duas famílias de proteínas: No período G1 ocorre a montagem do complexo Cyclin-CdK que fosforiliza proteínas especificas induzindo a célula a entrar no período S. O complexo se desfaz com a desintegração da cyclin.

No período G2 as cyclins mitóticas ligam-se a proteínas CdK formando um complexo denominado de MPF (M.phase Promiting Factor ) que é ativado por enzimas e desencadeiam eventos que levam a célula a entrar em mitose. O complexo é desfeito pela degradação da cyclin mitótica quando a célula esta entre a metáfase e anáfase induzindo a célula a sair da mitose. Assim cada passo da ativação ou desativação marca uma transição no ciclo celular. Essa transição por sua vez iniciam reações que servem de gatilhos para a continuidade do processo.

Existem duas preposições para explicar a atuação do sistema de controle:

Cada bloco indica um processo essencial no ciclo ( Replicação do DNA, síntese de proteínas, formação do fuso..)

Na hipótese A. cada processo ativa o processo seguinte, num efeito dominó. A hipótese B ajusta-se melhor ao ciclo celular onde os sistemas de controle do ciclo ativam a continuidade do processo.

MITOSE

A mitose ( do grego: mitos = filamento ) é um processo de divisão celular, característico de todas as células somática vegetais e animais. É um processo continuo que é dividido didaticamente em 5 fases: Prófase, metáfase, anáfase, telófase, nas quais ocorrem grande modificações no núcleo e no citoplasma. O desenvolvimento das sucessivas fases da mitose são dependentes dos componentes do aparelho mitótico.

O aparelho mitótico é constituído pelos fusos, centríolos, ásteres e cromossomos. O áster é um grupo de microtúbulos irradiados que convergem em direção do centríolo.

As fibras do fuso são constituídas por:

1. microtúbulos polares que se originam no polo.

2. Microtúbulos cinetecóricos, que se originam nos cinetecóro

3. Microtúbulos livres.

Cada cromossoma é composto por duas estruturas simétricas: as cromátides, cada uma delas contém uma única molécula de DNA. As cromátides estão ligadas entre si através do centrômero, que é uma região do cromossoma que se liga ao fuso mitótico, e se localiza num segmento mais fino denominado de constrição primária.

FASES DA MITOSE

PROFÁSE: Nesta fase cada cromossoma é composto pôr 2 cromátides resultantes da duplicação do DNA no período S. Estas cromátides estão unidas pelos filamentos do centrômero. A Prófase caracteriza-se pela contração dos cromossomas, que tornam-se mais curtos e grossos devido ao processo de enrolamento ou helicoidização.

Os nucléolos se desorganizam e os centríolos, que foram duplicados durante a interfase, migram um par para cada polo celular.

O citoesqueleto se desorganiza e seus elementos vão constituir -se no principal componente do fuso mitótico que inicia sua formação do lado de fora do núcleo. O fuso mitótico é uma estrutura bipolar composta por microtúbulos e proteínas associadas. O final da Prófase, também é denominada de pré-metáfase, sendo a principal característica desta fase, o desmembramento do envoltório nuclear em pequenas vesículas que se espalham pelo citoplasma.

O fuso é formado por microtúbulos ancorados nos centrossomas e que crescem em todas as direções. Quando os MT dos centrossomos opostos interagem na Zona de sobreposição, proteínas especializadas estabilizam o crescimento dos MT. Os cinetecoros ligam-se na extremidade de crescimento dos MT.

O fuso agora entra na região do nuclear e inicia-se o alinhamento dos cromossomos para o plano equatorial.

METÁFASE: Nesta fase os cromossomas duplos ocupam o plano equatorial do aparelho mitótico.

Os cromossomas adotam uma orientação radial, formando a placa equatorial. Os cinetecoros das duas cromátides estão voltados para os polos opostos.

Ocorre um equilíbrio de forças.

ANÁFASE: Inicia-se quando os centrômeros tornam-se funcionalmente duplos. Com a separação dos centrômeros, as cromátides separam-se e iniciam sua migração em direção aos polos. O centrômero precede o resto da cromátide. Os cromossomas são puxados pelas fibras do fuso e assumem um formato característico em V ou L dependendo do tipo de cromossoma. A anáfase caracteriza-se pela migração polar dos cromossomas. Os cromossomos movem-se na mesma velocidade cerca de 1 micrômetro por minuto.

TELÔFASE: A telófase inicia-se quando os cromosomas-filhos alcançam os polos. Os MT cinetocóricos desaparecem e os MT polares alongam-se. Os cromossomas começam a se desenrolar, num processo inverso a Prófase. Estes cromossomas agrupam-se em massas de cromatina que são circundadas pôr cisternas de RE, os quais se fundem para formar um novo envoltório nuclear.

CITOCINESE: Ë o processo de clivagem e separação do citoplasma. A citocinese tem inicio na anáfase e termina após a telófase com a formação das células filhas.

Em células animais forma-se uma constricção, ao nível da zona equatorial da célula mãe, que progride e estrangula o citoplasma. Esta constrição é devida a interação molecular de atina e miosina e microtúbulos. Como resultado de uma divisão mitótica teremos 2 células filhas com numero de cromossomas iguais a da célula mãe.

ATIVIDADE DE SÍNTESE NO CICLO CELULAR

O conteúdo de proteínas total de uma célula típica aumenta mais ou menos continuamente durante o ciclo. Da mesma maneira a síntese de RNA continua constante, com exceção da Fase M, a maioria das proteínas são sintetizadas durante as diferentes fases do ciclo, portanto o crescimento é um processo contínuo e constante, interrompido brevemente na fase M, quando o núcleo e a célula se dividem.

O período mitótico caracteriza-se pela baixa atividade bioquímica; durante este período a maior parte da atividades metabólicas, e em especial a síntese de macromoléculas, esta deprimida. Neste sentido não se observou nenhuma síntese de DNA durante o período mitótico, enquanto que a intensidade da síntese de RNA e proteínas se reduz de maneira marcante na prófase, mantendo-se em níveis mínimos durante a metáfase e anáfase; com a telófase reinicia-se a síntese de RNA e no final desta etapa, com o começo de G1, se restaura a intensidade de síntese de proteínas. É fácil compreender a queda de síntese de RNA que caracteriza a mitose, pois a condensação da cromatina para formar cromossomas deve bloquear a possibilidade de transcrição.

MEIOSE

Organismos simples podem reproduzir-se através de divisões simples. Este tipo de reprodução assexuada é simples e direta e produz organismos geneticamente iguais. A reprodução sexual por sua vez, envolve uma mistura de genomas de 2 indivíduos, para produzir um indivíduo que diferem geneticamente de seus parentais.

O ciclo reprodutivo sexual envolve a alternância de gerações de células haploides, com gerações de células diploides. A mistura de genomas é realizada pela fusão de células haploides que formam células diploides. Posteriormente novas células diploides são geradas quando os descendentes de células diploides se dividem pelo processo de meiose.

Com exceção dos cromossomos que determinam o sexo, um núcleo de célula diploide contém 2 versões similares de cada cromossomo autossomo, um cromossomo paterno e 1 cromossoma materno. Essas duas versões são chamadas de homologas, e na maioria das células possuem existência como cromossomos independentes. Essas duas versões são denominadas de homólogos. Quando o DNA é duplicado pelo processo de replicação, cada um desses cromossomos é replicado dando origem as cromátides que são então separadas durante a anáfase e migram para os polos celulares. Desta maneira cada célula filha recebe uma cópia do cromossomo paterno e uma cópia do cromossoma materno.

Vimos que a mitose resulta em células com o mesmo número de cromossomas, se ocorre - se a fusão dessas células, teríamos como resultado células com o dobro de cromossomas e isso ocorreria em progressão. Exemplificando: O homem possui 46 cromossomas, a fusão resultaria em uma célula com 92 cromossomas. A meiose desenvolveu-se para evitar essa progressão.

A meiose ( meioum = diminuir ) ocorre nas células produtoras de gametas. Os gametas masculinos e femininos ( espermatozoides e óvulos ) que são produzidos nos testículos e ovários respectivamente as gônadas femininas e masculinas. Os gametas se originam de células denominadas espermatogonias e ovogonias.

A meiose é precedida por um período de interfase ( G1, S, G2 ) com eventos semelhantes aos observados na mitose.

As espermatogônias e ovogônias, que são células diploides, sofrem sucessivas divisões mitóticas. As células filhas dessas células desenvolvem ciclo celular, e num determinado momento da fase G2 do ciclo celular ocorrem alterações que levam as células a entrar em meiose e darem origem a células haploides ou seja células que possuem a metade do número ( n) de cromossomas da espécie. A regulação do processo meiótico inicia-se durante a fase mitótica, onde observam-se: 1) Período S longo; 2) aumento do volume nuclear. Experimentalmente demonstra-se que eventos decisivos ocorrem em G2, devido a ativação de sítios únicos para a meiose. Podemos definir meiose como sendo o processo pelo qual número de cromossomos é reduzido a metade.

Na meiose o cromossomo produzido possui apenas a metade do número de cromossomos, ou seja somente um cromossomo no lugar de um par de homólogos. O gameta é dotado de uma cópia do cromossoma materno ou paterno. A meiose é um processo que envolve 2 divisões celulares com somente uma duplicação de cromossomas.



RESPIRAÇÃO CELULAR


Processo de quebra gradual da molécula de glicose para liberação da energia que nela se encontra armazenada. Ocorre na mitocôndria, em três etapas (se for respiração aeróbica, na presença de oxigênio): glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória (ou fosforilação oxidativa). Se não houver oxigênio disponível, ocorrerá respiração anaeróbica, cujo exemplo mais importante é a fermentação. A fermentação pode ser alcoólica (produzindo álcool etílico e gás carbônico, útil na produção de combustíveis, cerveja, vinho, pães etc.), lática (ocorrendo em nossos músculos quando lhes falta oxigênio, havendo produção de ácido lático, causando a fadiga muscular) ou acética (produzindo ácido acético e gás carbônico). Obs.: a glicólise ocorre no hialoplasma.

Etapas da Respiração Celular

É um conjunto de reações de oxirredução para a obtenção de energia a partir de uma fonte energética orgânica e que ocorre obrigatoriamente em todas as células. As reações de oxirredução consistem na transferência de H+ de um composto orgânico para outro com desprendimento de energia. A fonte de energia mais utilizada é a glicose (não a mais energética), os aminoácidos e os ácidos graxos fornecem mais energia mas são menos utilizados. C6H12O6 + 6O2 ® 6CO2 + 6H2O DG = 38 ATP

Glicólise
            Fase que ocorre ainda no citoplasma. A glicose que penetra na célula na forma de glicose 6-fosfato, sofre a degradação, originando 2 ácidos pirúvicos + NADH+H+ .
NAD - nicotinamida é a substância que transfere o H de um composto para outro
ATP - trifosfato de ademosina é formado por por adenina + ribose + 3 radicais fosfato. É a molécula que irá armazenar energia, que não será utilizada imediatamente pela célula. Se toda a energia produzida fosse liberada de forma imediata, a célula literalmente "queimaria".

Ciclo de Krebs
            O Ciclo de Krebs inicia-se com a doação do radical acetil do Acetil-CoA para um composto denominado Oxaloacetato, que é regenerado ao final de cada volta.
Esta reação tem como produto o Ácido Cítrico ou Citrato, o primeiro intermediário da via, e é catalisada pela enzima Citrato-Sintase, uma enzima reguladora alostérica.
São 8 as etapas enzimáticas do Ciclo de Krebs. Esse processo ocorre na matriz mitocondrial.

Síntese do Citrato
     Conversão do Citrato a Isocitrato, via Cis - Aconitato;
     Oxidação descarboxilativa do Isocitrato a a - Cetoglutarato ( a - KG );
     Oxidação descarboxilativa do a - KG a Succinil-CoA;
     Hidrólise do Succinil-CoA a Succinato;
     Oxidação do Succinato a Fumarato;
     Hidratação do Fumarato a Malato;
     Oxidação do Malato a Oxaloacetato, que inicia um novo ciclo.
     Rendimento Energético do Ciclo de Krebs.

Regulação do Ciclo de Krebs

     São 4 as enzimas que regulam a velocidade do Ciclo de Krebs, atuando na regulação do fornecimento de combustível para a via – Acetil-CoA – e no ciclo propriamente dito.

Cadeia Respiratória

     Processo metabólico de síntese de ATP a partir da energia liberada pelo transporte de elétrons na cadeia respiratória. Esta fase ocorre nas cristas mitocondriais.
     Depende de alguns fatores:

A Energia
     Durante o fluxo de elétrons - Liberação de energia livre suficiente para a síntese de ATP em 3 locais da cadeia respiratória: Complexos I, III e IV.
     Estes locais são denominados "SÍTIOS DE FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA".
     Nestes locais - A liberação de energia livre é em quantidade semelhante à necessária para a síntese do ATP.

Respiração Anaeróbica
     Não utiliza o oxigênio, e é também denominada de fermentação. Ocorre em certas bactérias - fermentação ácida (lática ou acética) e em levedos, fermentação alcoólica. Produz 4 ATP e consome 2, produzindo um saldo de apenas 2 ATP. É utilizada na industrialização do pão, laticínios e de bebidas alcoólicas. As leveduras são células eucarióticas que possuem mitocôndrias e realizam os dois tipos de respiração simultaneamente. As fibras musculares estriadas também realizam os dois tipos de respiração. A dor muscular observada após exercício físico intenso deve-se ao acúmulo de ácido lático entre as fibras musculares. Esse ácido leva de 7 a 10 dias para ser reabsorvido pelo organismo.


Obtenção de energia química (ATP) para as atividades vitais, a partir de compostos orgânicos.
A energia obtida pela degradação do composto orgânico (glicose) ocorre através da respiração aeróbia ou anaeróbia (ou fermentação).

Equação geral da respiração aeróbia:
C6H12O6 + 6O2 + 6H2O ‡ 6CO2 + 12H2O + 38ATP

Equação da Fermentação Alcoólica

C6H12O6 ® 2 CO2 + 2 C2H5OH + DG = 2 ATP

       Equação da Fermentação Lática
       C6H12O6 ® 2 C3H6O3 + DG = 2 ATP

RENDIMENTO ENERGÉTICO
Na respiração aeróbia, há degradação total de glicose; a produção de ATP é maior que a na respiração anaeróbia (degradação parcial).


Geografia da Paraíba

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