quinta-feira, 19 de maio de 2022

Oceania - panorama geral

 

Oceania: Aspectos Gerais

É um continente formado por aproximadamente 400.000 ilhas, dos mais variados tamanhos. Esse continente é formado especialmente pela Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, mais alguns poucos países independentes e milhares de ilhas que constituem possessões estrangeiras.

 As ilhas da Oceania podem ser divididas em:

-Melanésia – constituem ilhas localizadas mais próximas da Austrália onde predominam povos de pele escura, de grupos negroides.

-Micronésia – conjunto de pequenas ilhas localizadas ao norte, muitas delas pertencentes aos EUA, como as Ilhas Carolinas, Marianas e Marshall.

-Polinésia – conjunto de muitas ilhas distribuídas por uma grande área do Pacífico incluindo Samoa, a Polinésia Francesa e o Arquipélago do Havaí, o 50º Estado dos EUA.

                         

Evidentemente, os países mais importantes nesse continente são a Austrália e a Nova Zelândia. A Austrália e a Nova Zelândia ostentam, há muito tempo, uma ótima qualidade de vida, de acordo com a ONU.

Na Nova Zelândia, que também possui uma das rendas per capita mais altas do mundo, o destaque fica para a produção de alimentos. Detém um dos maiores rebanhos ovinos do mundo.

Junto com a Austrália, a Nova Zelândia lidera a exportação mundial de lã. A mineração é intensa, e, especialmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o setor tomou impulso na extração da bauxita, diamante, ouro, chumbo, cobalto, ferro, níquel, prata, zinco e urânio.

A Austrália possui muitos contrastes físicos. A costa do Pacífico é formada pela Grande Cadeia Divisória, responsável pelas chuvas na região, pois segura os ventos úmidos que vêm do oceano. Ao Norte, o clima é quente, e a maior parte é coberta por florestas tropicais. Ao Sul, o clima é temperado, e a vegetação típica é a floresta temperada.

O interior é desértico e seco. No extremo sudoeste existe uma pequena área fértil. Grande parte das ilhas é de origem vulcânica. Cerca de 35% das florestas tropicais foram desmatadas.

Os outros países da Oceania vivem da agricultura, da pesca, da exportação de matéria-prima. Paralelamente às culturas de subsistência, encontram-se as monoculturas de exportação, principalmente a do coco. Na última década, o setor de turismo desenvolveu-se muito na região, por ser considerada um paraíso para mergulhadores e surfistas, devido à presença de recifes de corais que circundam diversas ilhas e as grandes ondas do Pacífico.

A colonização do continente iniciou-se no século XVIII pelos europeus. Os povos que habitavam a região foram praticamente exterminados. Os aborígenes representam 1% da população da Austrália e os maoris da Nova Zelândia, 10%. As ilhas do Pacífico contam com número maior de nativos. É o continente menos populoso do mundo.

Mais da metade dos habitantes vive na Austrália. As grandes cidades encontram-se ao longo da costa leste. O restante do território é despovoado devido a hostilidade ao meio ambiente. Na Nova Zelândia e em Papua Nova Guiné, o relevo montanhoso condiciona a maior parte da população a viver na faixa litorânea.

Os descendentes europeus são a grande maioria da população na Austrália e na Nova Zelândia. Nos dois países é falado o idioma inglês e a religião predominante é o cristianismo. Nas ilhas do Pacífico prevalecem as línguas e as religiões nativas.

A região do Pacífico é cortada por uma linha que acompanha o meridiano de 180º, fazendo algumas curvas para evitar cortar áreas habitadas, chamada de Linha Internacional da Data. Essa linha marca a mudança de data no calendário sendo que, quando estamos à direita dessa linha observando o mapa nos encontramos 24 horas atrasadas de quem está à esquerda da linha.

Podemos destacar as Ilhas Marshall, um Estado que, de livre associado aos EUA, tornou-se independente em 1990. Nesse arquipélago encontramos o Atol de Bikini que serviu de base para testes nucleares dos Estados Unidos entre 1946 e 1958.

A Polinésia Francesa, grupo de ilhas no Pacífico, também serviu de base para os testes nucleares da França até 1996, no Atol de Mururoa, quando a França assina o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares. Constatam-se também danos ambientais no Atol e protestos da população local.

Papua Nova Guiné é um país que divide uma ilha com o Irian Ocidental, ilha pertencente à Indonésia. É, portanto, uma ilha dividida em dois continentes: a Oceania e a Ásia. Trata-se de um país produtor e exportador de gêneros agrícolas tropicais (cacau, café e coco) e minérios (petróleo, ouro e cobre). Foi colônia da Austrália, da qual se tornou independente em 1975.

A Oceania tem sofrido sérios problemas ambientais por causa da presença de toneladas de resíduos tóxicos (óleo, pesticida e fertilizante) nos mares da região. São mais de cinquenta locais de contaminação, em treze países, segundo o Programa Regional sobre o Meio Ambiente do Pacífico Sul. Outro problema é o efeito estufa sobre a região. Com o aumento da temperatura global ocorre o derretimento das calotas polares e a elevação dos níveis dos oceanos, que poderão futuramente submergir muitos atóis e ilhas de corais. A Oceania também foi região de testes nucleares dos EUA e da França. Os americanos suspenderam seus testes, mas a França realizou algumas experiências há alguns anos, apesar da forte oposição da opinião pública mundial e dos protestos dos países da região da Oceania. Paralelamente, há um movimento no sentido de recuperar os locais contaminados pela radioatividade.

Países

São 14 os países da Oceania: Austrália, Fiji, Ilhas Marshall, Ilhas Salomão, Kiribati, Micronésia, Nauru, Nova Zelândia, Palau, Papua Nova Guiné, Samoa Ocidental, Tonga, Tuvalu, Vanuatu.

Dados sobre os principais países

                                                              Austrália

Superfície, 7.683.300 km2; capital, Canberra; governo, Monarquia Parlamentarista.

 A Austrália é uma ilha de dimensões continentais, com uma área de 7.682.300 Km_. É cortada pela linha do Trópico de Capricórnio e localiza-se entre os Oceanos Índico e Pacífico. Esse país é dividido em grandes Estados e Territórios. Observe o seu mapa político:

Por ser um dos maiores países do mundo em extensão territorial, a Austrália forma a maior massa continental da Oceania. Possui diversos tipos de paisagem natural: florestas tropicais, montes nevados e praias. Ao longo da costa nordeste encontra-se a formação de corais mais importante do mundo, a Grande Barreira Coralina, tornada patrimônio da humanidade. O centro e o Oeste são constituídos por desertos. O isolamento da Austrália, por dezenas de milhões de anos, totalmente cercada pelos oceanos Índico e Pacífico, fez com que nela se desenvolvesse uma fauna original e rica da qual são exemplos o canguru, o ornitorrinco e o coala.

Os aborígines foram praticamente exterminados pelos colonizadores europeus, que expulsaram os sobreviventes para as regiões mais desérticas do território. Hoje eles representam apenas 1,5% da população, mas as leis protecionistas e a sua integração à sociedade australiana têm ocasionado um aumento populacional. Nas Olimpíadas de 2000, que teve como sede a cidade de Sydney, uma aborígene foi quem acendeu o fogo da pira. Os ativistas da causa aborígine utilizam as Olimpíadas de Sydney para divulgar suas reivindicações, entre elas a de um pedido formal de desculpas pelas injustiças cometidas pelos colonizadores brancos.

 Nas últimas décadas o país tem recebido um número expressivo de imigrantes, em particular asiáticos e europeus. Três quartos dos australianos vivem no Sudeste, onde existe um parque industrial significativo. Apesar de apenas 10% das terras serem aráveis, a agricultura é de muita importância econômica, destacando-se o cultivo de cevada e trigo, principais produtos de exportação. O país cria um dos maiores rebanhos de ovelhas do mundo, é líder mundial na exploração de bauxita e um dos maiores produtores de ouro e de minério de ferro. O turismo expande-se, sobretudo após as Olimpíadas. 

O relevo da Austrália é composto por cadeias montanhosas extensas, mas não muito elevadas, na porção leste, estendendo-se no sentido norte-sul. A porção central é dominada por uma bacia sedimentar deprimida e o leste por um planalto cristalino antigo e algumas áreas montanhosas. De uma forma geral as altitudes são modestas.

Próximo ao seu litoral nordeste encontramos a maior formação coralígena do mundo, a Grande Barreira de Recifes de Coral, no Mar de Coral.

  

O sudeste do país é dominado por clima temperado oceânico e floresta temperada. No norte-nordeste, domina o clima tropical com florestas tropicais. No centro e oeste encontramos regiões desérticas e semiáridas, com formações xerófitas e estepes e a presença de rios intermitentes. Os principais rios (Darling, Murray), perenes, são encontrados no sudeste do país. No Sudoeste, clima e vegetação mediterrâneos.

A população é de maioria branca de origem europeia. A Austrália também foi colônia britânica e o povoamento inicial utilizou o país como colônia penal. A população nativa dos aborígines também foi amplamente dizimada, constituindo atualmente 1,5% da população. Durante as olimpíadas em Sydney iniciou-se um pedido público de desculpas pelo que foi cometido no passado contra essa população e, ao mesmo tempo, um processo de reconciliação e reconhecimento da importância e contribuição dos nativos.

A Austrália é um país de Primeiro Mundo com maior destaque para o setor terciário em sua economia (comércio e serviços). No setor primário destacam-se as extrações de minérios como o ferro (noroeste), o carvão, bauxita, além do petróleo, para o qual ainda não há autossuficiência. O Mar da Tasmânia é uma importante bacia petrolífera e o Planalto Ocidental produz vários minérios.

No norte-nordeste são importantes os cultivos de clima tropical como é o caso da cana-de-açúcar. No sul e sudeste é importante a produção de cereais. A Austrália possui grande destaque com a pecuária sendo um tradicional exportador de produtos de origem animal. Os rebanhos mais importantes são os de bovinos e ovinos.

A Austrália é o país mais industrializado da Oceania. Seu parque industrial é diversificado apresentando indústrias de bens de consumo e de base, além de desenvolver tecnologias de ponta. São elevados os investimentos em pesquisas tecnológicas como por exemplo no ramo da biotecnologia. No desenvolvimento de seu setor industrial foram importantes os investimentos de capitais japoneses, britânicos e norte-americanos, os quais acabaram por criar um forte concorrente para seus próprios produtos industrializados no mercado do Pacífico.

A atividade turística complemente de maneira importante a economia desse país, com uma infraestrutura muito boa para seu desenvolvimento.

A Austrália também é membro da Comunidade Britânica de Nações e do bloco da APEC, comercializando especialmente com o Japão, Nova Zelândia, EUA, países europeus, tigres asiáticos e a China.

Economia da Austrália

Pecuária (bovinos e ovinos) Agricultura (cereais, cana e frutas) Indústria (leves, siderurgia, metalurgia e automobilística) Mineração (ferro, carvão, bauxita e petróleo)

 Nova Zelândia

Superfície, 270.534 km2; capital, Wellington; governo, Monarquia Parlamentarista.

Constituída de duas ilhas principais e diversas ilhas menores, a Nova Zelândia está localizada ao sul da Oceania, sudeste da Austrália. Os habitantes concentram-se na Ilha do Norte, tendo como característica a presença de vulcões e águas termais. A Ilha do Sul é cortada por uma cadeia montanhosa.

Seu relevo é montanhoso no interior com planícies litorâneas estreitas. Localiza-se em uma área instável geologicamente, sujeita a terremotos e a erupções vulcânicas. Seu clima predominante é o temperado oceânico.

Sua principal atividade econômica é a agropecuária. Com grandes áreas de pastagem, a nação produz lã, carne bovina e ovina e derivados de leite, e a exportação é a base de seu desenvolvimento.

Na agricultura destacam-se a produção de cereais e batata. Pode ser lembrada também a extração de combustíveis fósseis (especialmente o carvão, no Sul) e o turismo, uma atividade em expansão. Relaciona-se comercialmente com países da Comunidade Britânica das Nações e com outros países pertencentes ao bloco da APEC.

A descoberta de ouro, no século XIX, impulsionou a economia. Uma das nações que possuem o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) do mundo, a população da Nova Zelândia, ex-colônia inglesa, vive com mais fidelidade à cultura e às instituições do Reino Unido, do qual se origina a maior parte da população.

 Ilhas Fiji

Superfície, 18.376 km2; capital, Suva; governo, República com forma mista de governo; línguas, fijiano, hindi, inglês.

É um arquipélago situado no centro-sul da Oceania, no oceano Pacífico, formado por nove ilhas maiores e pelo menos trezentas ilhotas e atóis de origem vulcânica, onde somente um terço é habitado. O grupo faz parte da Melanésia, ilhas com habitantes indígenas negros. O relevo é praticamente montanhoso, possuindo solos férteis que ajudam no cultivo de cana-de-açúcar e coco. O país está em uma área sujeita a tempestades tropicais e sofre devastações periódicas devido à passagem de tornados. Mais da metade dos habitantes descende de indianos que foram levados para as ilhas no século XIX, e conservam as tradições e cultura de seus antepassados. A presença desses habitantes provoca tensões com os nativos fijianos. Tradicionalmente, os indianos dominam o comércio, enquanto os fijianos possuem a maior parte das terras. A economia é basicamente agrária, principalmente com a exportação de açúcar. O turismo começou a se desenvolver nos últimos anos, devido ao clima tropical, às águas próprias para mergulho e às ondas, delícia dos surfistas. A pesca predatória e a poluição nas zonas costeiras de Fiji ameaçam o meio ambiente, já afetado pela destruição das florestas nativas, reduzidas em 15% desde a década de 1960.

Ilhas Marshall

Superfície, 181 km2; capital, Majuro; governo, República Parlamentarista; línguas, inglês e idiomas regionais.

A partir de 1946, parte do território deste país, localizado no oceano Pacífico, foi local de testes de explosões nucleares e de mísseis realizados pelos Estados Unidos, que possuem uma importante base militar na região. As Ilhas Marshall estão situadas no norte da Oceania, que é a região do planeta de maior contaminação radioativa conhecida, com sequelas para seus habitantes. É um arquipélago formado por mais de 1,1 mil ilhas, agrupadas em 34 atóis. A nação possui apenas 181 quilômetros quadrados de área, mas se estende por uma superfície de 1 milhão de quilômetros quadrados. Mais da metade da população encontra-se nos atóis de Majuro – onde fica a capital – e de Kuajalein. Os chefes tribais dominam a política. Apesar das praias de clima tropical, as ilhas possuem infraestrutura turística precária. A economia, pouco desenvolvida e dependente da ajuda norte-americana, baseia-se na produção e exportação de coco e na pesca de atum.

 Ilhas Salomão

Superfície, 28.370 km2.; capital, Honiara; governo, Monarquia Parlamentarista; língua, inglês.

As ilhas Salomão fazem parte da região chamada Melanésia, é um arquipélago formado por muitas ilhas de origem vulcânica, situado no centro-oeste da Oceania, no oceano Pacífico. As principais ilhas (Choiseul, Guadalcanal, Malaita, Nova Geórgia, San Cristóbal e Santa Isabel) possuem diversas montanhas com altos picos e vulcões ativos, cobertas por densas florestas tropicais, onde se concentra a maior parte dos habitantes. A devastação descontrolada da mata provocou aumento da erosão dos solos e ameaças ao meio ambiente local. Sua economia concentra-se na agricultura de subsistência, na pesca, no cultivo do coco e na extração de madeira. Imigrantes vindos de países vizinhos proporcionam às Ilhas Salomão diversidades culturais. No país são falados mais de 80 dialetos nativos, além do inglês (língua oficial). O regime de governo é baseado no sistema parlamentar britânico, porém as mulheres não têm direito de voto.

Papua Nova Guiné

Superfície, 462.840 km2.; capital, Port Moresby; governo, Monarquia Parlamentarista; língua, inglês.

Localiza-se a oeste da Oceania e ocupa a parte leste da segunda maior ilha do mundo, a Nova Guiné; abrange o arquipélago de Bismarck e outras ilhas vizinhas no oceano Pacífico. Sua área de montanhas é coberta por florestas tropicais, que chegam a 4,5 mil metros de altitude, e muitos vulcões ativos. Possui um símbolo nacional chamado de “A ave-do-paraíso”. Mais de 750 línguas e dialetos constituem a grande população papua.

Perto de um sexto dos idiomas do mundo é falado ali. Várias tribos indígenas fizeram contato com os europeus apenas no século XX. Ultimamente tem sido marcada por grandes mudanças econômicas e sociais, que causam danos ao meio ambiente. Papua Nova Guiné é considerada a maior produtora mundial de palmito e possui reservas de cobre, ouro e petróleo. Tem fortes laços com a Austrália e exerce influência no Pacífico Sul.

Samoa

Superfície, 2.831 km2.; capital, Ápia; governo, Monarquia Parlamentarista; línguas, samoano e inglês.

O arquipélago de Samoa localiza-se no centro-leste da Oceania (ex-Samoa Ocidental), composto de nove ilhas, sendo as duas maiores Upolu e Savai’i, onde vive a maioria da população. Nos últimos anos, devido à destruição das florestas tropicais, Samoa teve que desenvolver programas ecológicos para que as ilhas não chegassem à extinção. Também foi aplicado um programa de combate à pesca predatória, que se utilizava de explosivos. A

exploração de coco, cacau, madeira e frutas são os principais recursos econômicos do país. Atualmente tem crescido a participação do turismo na economia. O dinheiro enviado pelos samoanos emigrados é outra importante fonte de receita. Os habitantes de Samoa são conhecidos como “povo feliz”. A sociedade se organiza em clãs, cujos chefes compõem a maior parte do Legislativo nacional. A ilha serviu de último refúgio ao romancista Robert Louis Stevenson, autor do livro A ilha do Tesouro.

Vanuatu

Superfície, 12.189 km2; capital, Porto-Vila (ilha Éfaté); governo, República Parlamentarista; línguas, bislama, francês e inglês.

Seu território é constituído de um arquipélago com 82 ilhas, situado no oceano Pacífico, a leste da Austrália; a maior parte das ilhas é desabitada. As maiores são montanhosas e cobertas por florestas preservadas devido ao difícil acesso, o que encarece a exploração econômica. Localiza-se numa região conhecida como Círculo do Fogo, que agrupa o maior número de vulcões do planeta. Por isso, o país é sempre atingido por erupções, tremores e maremotos. Mais de cem dialetos tribais são falados no arquipélago, e a população, em sua maioria de origem melanésia, vive no campo, praticando o cultivo de frutas tropicais e a criação de porcos. A pesca é a atividade econômica tradicional e o turismo tem aumentado, impulsionado por navios de cruzeiro que atracam nas ilhas. Nos últimos anos, Vanuatu desenvolveu o setor financeiro e transformou-se em um paraíso fiscal, para atrair investimentos.

Clima na Oceania 

Na Oceania o clima é bem dividido. Na faixa mais ao norte tropical com chuvas de verão e temperaturas altas durante todo o ano. Já no leste e sudeste da Austrália, clima subtropical sem estação seca com temperaturas amenas. Em todo centro-oeste da Austrália o clima é desértico e semiárido, porém nas faixas mais perto de litoral e mais ao sul, as temperaturas não são tão altas como nas regiões mais centrais e no inverno elas tem uma boa queda em relação ao verão. Apenas na Nova Zelândia o tipo é de característica temperado, com inverno frio e verão ameno sem estação seca. No inverno pode nevar em grande parte da Nova Zelândia, inclusive em pontos ao nível do mar no sul do país e nas montanhas do sudeste australiano. Nas montanhas da Nova Zelândia o frio é constante em todo o ano e nos picos a neve é eterna. Neste país as temperaturas podem cair bastante.


Cidade

Inverno

Verão

Sidnei AUS

13°C

23°C

Wellington NZL

06°C

20°C

Port Moresby PNG

22°C

25°C

Canberra AUS

06°C

21°C

Auckland NZL

09°C

23°C


 


Antártida

A Antártida também conhecida como “continente gelado”, tem uma área de 14,1 milhões de km², mas no inverno pode dobrar de tamanho em razão do congelamento das águas do Oceano Glacial Antártico, formado pela confluência dos oceanos Pacifico, Atlântico e Índico. Nessa época do ano, a temperatura é baixíssima, em torno de – 15°C no litoral e -65°C no interior do continente (a temperatura mais baixa do mundo foi registrada em 21 de julho de 1983 na estação Votosk, base científica da então União Soviética, hoje da Rússia:  -89,2°C). No verão, a temperatura oscila em torno de 0°C no litoral e -30°C no interior. Nesse ambiente, é difícil o desenvolvimento da vegetação, formada basicamente de musgos e liquens, que crescem apenas no curto verão.
Aproximadamente 90% das geleiras mundiais de água doce. A camada de gelo que recobre o continente é de 2 km de espessura, em média, mas pode chegar a quase 5 km em alguns lugares. O ponto mais alto do continente é o monte Vinson, com 5 140 metros de altitudes.
Desde 1911, quando um grupo liderado pelo explorador Road Amundsen atingiu a Antártida e fincou a bandeira da Noruega, outros países fizeram expedições ao continente gelado e reclamaram o domínio de determinadas áreas. Contudo, em 1959 essas reivindicações foram suspensas (mas não anuladas) com a assinatura, por doze países, do Tratado da Antártica, em Washington, DC (Estados Unidos). O tratado, que entrou em vigor em 1961, estabelecia a utilização do continente com fins pacíficos, apenas para o desenvolvimento de pesquisas científicas. Com o tempo, mais de trinta países aderiram a ele.
Em 1991, foi assinado o Protocolo de Madri (Espanha), um complemento ao Tratado da Antártida. Esse estipulou procedimentos para minimizar o impacto ambiental provocado pelas atividades humanas na região, inclusive proibindo a exploração dos recursos minerais por cinquenta anos. Como o protocolo entrou em vigor em 1998, até 2048 estão suspensas reivindicações territoriais, operação militares de qualquer natureza e a exploração do subsolo antártico. Apenas pesca é permitida, ainda assim sob controle.

                        

Na Antártida não há cidades, indústrias ou agricultura, apenas de bases científicas mantidas por 26 países, em sua maioria desenvolvido. O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 1975 e também mantém uma base no continente, chamada Comandante Ferraz. Portanto, não há população vivendo regularmente no continente gelado, apenas cientistas que lá residem temporariamente para desenvolver pesquisas em várias áreas: biologia, geologia, meteorologia, oceanografia etc.

Os minerais cobrem, manganês, urânio, carvão, platina, titânio, ouro, prata e petróleo, dão origem ao Tratado da Antártida, que impõe regras para a exploração com limites para as pesquisas científicas.
Debaixo da capa de gelo há reservas de petróleo, carvão e minérios, como ferro – daí o interesse de alguns países pelo domínio de porções do continente; contudo, você viu, a exploração desses recursos está temporariamente proibida. As águas do Oceano Glacial Antártico são ricas em krill (pequeno crustáceo parecido com camarão), diversos tipos de peixe e outros animais marinhos e baleias. Há também aves, como pinguins e gaviões.
Uma atividade que vem crescendo na região é o turismo de aventura. A Antártida tem sido visitada por navegadores solitários, como o brasileiro Amyr Klink, por grupos reduzidos, em barcos pequenos, e por embarcações maiores que transportam mais de 50 pessoas em cruzeiro pelo Mar de Weddell. Algumas das atividades turísticas são a visita a base de pesquisa e a escalada do Monte Vinson. O crescente de turistas, além de não gerar nenhuma renda e nenhum benefício para a região, ainda provoca impactos ambientais, especialmente no Mar de Weddell e na Península Antártica, os locais mais visitados.

Programa Antártico Brasileiro/Proantar

O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 1975, e o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) foi criado em 1982. As pesquisas brasileiras do Proantar tiveram início no verão austral (do hemisfério sul) de 1982/1983, com a Operação Antártica I, realizada a bordo do navio de pesquisa Oceanográfica Barão de Teffé, da Marinha do Brasil, e do Navio Oceanógrafo Professor W. Besnard, da Universidade de São Paulo. Em 1993, o Brasil foi admitido como membro consultivo do Tratado da Antártida.



A Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) é uma base antártica pertencente ao Brasil localizada na ilha do Rei George, no arquipélago Shetlang do Sul, próximo da península da Antártida. Essa é uma das poucas regiões habitáveis do continente (não fica permanentemente congelado), por isso concentra a maioria das bases científicas.

O nome da estação homenageia Luís Antônio de Carvalho Ferraz, um comandante da marinha brasileira, hidrógrafo e oceanógrafo que visitou o continente antártico por duas vezes a bordo de navios britânicos. Ferraz desempenhou importante papel ao persuadir o Brasil a desenvolver seu programa antártico, o PROANTAR. Foi parcialmente destruída por um incêndio no dia 25 de fevereiro de 2012. Atualmente a base encontra-se num processo de reconstrução. O projeto de reconstrução prevê uma área total de 4 500 m², com capacidade de abrigar 64 pessoas.

 Cuidados Ambientais

Com referência à proteção do meio ambiente antártico, os ecossistemas terrestres caracterizam-se pela descontinuidade, condições ambientais inóspitas, baixa diversidade específica e taxas de crescimento muito lentas. Se não forem protegidos, tais ecossistemas poderão sofrer impactos ambientais irreversíveis.
Já os ecossistemas marítimos, ao contrário dos terrestres, são contínuos, pelos seus 36 milhões de quilômetros quadrados de extensão, possuindo maior capacidade de absorver impactos. Suas condições ambientais são menos extremas e sua diversidade é bastante superior, o que não permite, entretanto, sua exploração indiscriminada.
O Tratado Antártico, que evidencia a necessidade de metodologias conservacionistas, elaborou, em 1964, as "Medidas de Conservação da Flora e da Fauna Antártica", aplicáveis a todo território e a áreas ao sul do paralelo 60ºS. Propuseram-se códigos de conduta para visitantes, procedimentos para tratamento do lixo e avaliação e controle do impacto ambiental causado pelo homem na Região Antártida.
Quanto ao tratamento de lixo, não é permitido o lançamento ao solo de quaisquer materiais estranhos ao ambiente antártico. O lixo deverá ser separado de acordo com a sua natureza e colocado em depósitos apropriados. O lixo orgânico, papéis e pedaços de madeira deverão ser incinerados em condições atmosféricas favoráveis, de modo a não interferir nas pesquisas que estão sendo realizadas em locais próximos. As cinzas restantes e os demais tipos de lixo são retirados da Antártica pelo NApOc Ary Rongel. As latas e metais dóceis são compactados e embalados em caixas plásticas resistentes; vidros e garrafas são moídos e também colocados em caixas plásticas apropriadas.
Existem normas específicas que regulam os procedimentos a serem cumpridos, relacionadas ao sistema de esgoto sanitário e águas servidas, em termos de uso e limpeza, com vistas à sua manutenção e ao bom estado de funcionamento.
A partir da Operação Antártida XIII, foi implementado um Grupo de Avaliação Ambiental, que possibilitará o cumprimento dos parâmetros previstos no "Protocolo do Tratado Antártico sobre a Proteção do Meio Ambiente", conhecido como "Protocolo de Madri", um documento elaborado pelas Partes Consultivas do Tratado Antártico, para regulamentar e controlar as atividades humanas na Antártida. O Grupo de Avaliação Ambiental acompanhará e avaliará as atividades antárticas que deverão ser planejadas e realizadas de modo a evitar ou minimizar os efeitos prejudiciais sobre as características climáticas e meteorológicas; os efeitos prejudiciais significativos na qualidade da água e do ar; as mudanças significativas no meio ambiente atmosférico, terrestre (incluindo o aquático), glacial e marinho; as mudanças prejudiciais na distribuição, quantidade ou produtividade das espécies ou populações de espécies da fauna e da flora; os perigos adicionais para as espécies ameaçadas ou em perigo de extinção e a degradação ou o risco substancial de degradação de áreas de importância biológica, científica, histórica, estética ou de vida silvestre.
Prioridade será dada à preservação do ecossistema e à pesquisa científica, incluindo as pesquisas essenciais para a compreensão do meio ambiente global.
Apesar do acordo para não-ocupação de seu território, a Antártida é atingida sobretudo pela poluição atmosférica: o exemplo mais significativo é o buraco na camada de ozônio, que é maior sobre o “continente gelado”. A destruição da camada de ozônio pode causar uma série de impactos na reprodução da vida, tanto dos seres humanos como de animais e de plantas. O aumento da poluição atmosférica, como também já foi visto, pode causar a elevação da temperatura média do planeta. Pesquisas indicam que o efeito estufa tem contribuído para o degelo de parte da calota polar, aumentando o nível dos oceanos e alterando a reprodução biológica, inclusive no continente antártico. Se todo o gelo da Antártida derretesse, o nível dos oceanos poderiam aumentar mais de 50 metros.

Fonte: Fonte: Trilhas da Geografia – João Carlos Moreira & Eustáquio de Sene, Editora scipione


quarta-feira, 18 de maio de 2022

Os blocos econômicos regionais

Outra característica da segunda metade do século XX foi a formação de blocos econômicos. O processo de globalização tende a transformar o mundo em um grande e único mercado e uniformizar as economias de todos os países segundo o modelo imposto pelo neoliberalismo. Para se fortalecer nesse mercado, várias nações têm procurado estabelecer acordos comerciais regionais, com o objetivo de formar blocos econômicos para facilitar o comércio entre os países do mundo. Entre outras vantagens, os blocos apresentam políticas alfandegarias unificadas e maior mercado consumidor.

Tipos de blocos – Os blocos econômicos classificam-se em zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária. Na zona de livre comércio, há a redução ou a eliminação das taxas alfandegárias que incidem sobre a troca de mercadorias dentro do bloco. A união aduaneira, além de abrir mercados internos, regulamenta o comércio dos países membros com nações externas ao bloco. Já o mercado comum garante a livre circulação de pessoas, serviços e capitais.

O mais antigo desses blocos surgiu na Europa ocidental em 1957 com o nome de Mercado Comum Europeu (MCE) ou Comunidade Econômica Europeia (CEE). Tratava-se no início apenas de uma zona de livre comércio entre os países membros (isto é, sem taxas alfandegárias sobre as importações).

Em 1993, a CEE passou a se chamar União Europeia (UE) por decisão do Tratado de Maastricht, que ampliou os termos do acordo de 1957. A mudança, portanto, não só de nome. A União Europeia é hoje uma organização supranacional que permite a livre circulação de pessoas e mercadorias entre os países membros e conta com um Parlamento Europeu eleito por voto direto. Dela fazem parte 27 países, entre os quais França, Alemanha, Inglaterra, Bélgica, Bélgica, Itália, Holanda. Em 2002, foi criado o euro, moeda única adotada em 2002 por doze dos quinze países da União Europeia. Com exceção do Reino Unido, Dinamarca e Suécia. Para o controle cambial da nova moeda, foi criado o Banco Central Europeu, sediado em Frankfurt, na Alemanha. Atualmente, a União Europeia reúne 27 Estados-membros, principalmente na Europa Ocidental. Dezenove deles adotam a mesma moeda, o euro.

Nos últimos anos, os blocos econômicos começaram a ser avaliados de maneira negativa por grupos nacionalistas. Movimentos de extrema direita afirmam que esses blocos são prejudiciais para as economias nacionais, e defendem que os países endureçam as barreiras alfandegárias e abandonem os acordos de livre circulação. Além disso, apoiam medidas anti-imigração, estimulando, inclusive, a expulsão de imigrantes de certos países.

Um dos principais desdobramentos desse movimento contrário aos blocos econômicos deu-se em 2016, quando 52% dos eleitores britânicos decidiram que o Reino Unido deixasse a União Europeia. Em 31 de janeiro de 2020, ocorreu a saída formal do Reino Unido da União Europeia, após mais de três anos e meio do referendo do Brexit. Após a saída, iniciou-se um período de transição em que ambas as partes estão a negociar como será sua relação quando este período acabar, em 31 de dezembro de 2020. Na véspera de natal, antes do prazo, um acordo foi atingido entre a União Europeia e o Reino Unido, sendo posteriormente aprovado no parlamento britânico, e estando pendente de aprovação no parlamento europeu.

Celebração de grupos favoráveis ao brexit

O Brexit se dá no contexto da Crise migratória na Europa, sendo resultado de disputas políticas de longa data entre os britânicos, centralizadas na soberania política, controle migratório, e comércio com os países membros do bloco. Esse movimento ficou conhecido como Brexit, termo em inglês que combina as palavras Britain, que significa “Bretanha”, e exit, que significa “saída”.

Um segundo bloco é o acordo de Livre-comércio da América do Norte (Nafta, que integra as economias dos EUA, Canadá e México desde 1993. O Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), acordo que substituiu o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que é um tratado de livre comércio. Em contraste com a União Europeia, o Nafta não se propõe a unificar politicamente a região, nem mesmo a criar uma moeda única. Sua finalidade específica consiste em eliminar as barreiras alfandegárias entre os três países signatários do acordo.

Em 1991, foi instituído pelo Tratado de Assunção o Mercado Comum do Sul (Mercosul), formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, além de Chile e Bolívia como países associados. O Mercosul deu início à eliminação a longo prazo das tarifas aduaneiras na região. Tem por objetivo estreitar as relações comerciais entre os países membros e, no futuro, estabelecer tarifas únicas para o comércio do bloco com países de outras regiões e continentes.

A implementação da Alca, no entanto, não vingou, em virtude da oposição de diversos governos, entre eles o do Brasil.

Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec), criado em 1989. Na região conhecida como bacia do pacífico, está localizado um dos mais dinâmicos polos da economia capitalista. Composta por mais de vinte países da Ásia, Oceania e América, esse bloco é liderado pelo Japão, embora sua hegemonia seja ameaçada pela participação de países como os EUA e China. O bloco asiático não se constituiu como um processo de integração institucionalizado, tal como a União Europeia, mas sim um conjunto de economias articuladas que tendem a ser complementares.

Em 2021, entrou em vigor um novo bloco formado por 54 dos 55 países africanos, a Zona de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA, na sigla em inglês).

Estados Unidos da Europa?

A Europa ocidental já conta com uma moeda única, o euro, adotada por doze dos países membros (apenas Inglaterra, Suécia e Dinamarca ainda conservam suas moedas nacionais). Já conta igualmente com uma única instituição reguladora da política monetária de toda a União: o Banco Central Europeu. Além disso, dispõe do Parlamento Europeu como órgão consultivo de decisões políticas. Em maio de 2004, dez novos países se integraram à União Europeia e, em 2007, mas dois foram admitidos no Bloco, que passou a ter 27 membros e a totalizar 494 milhões de habitantes. A maioria dos novos integrantes é formada por países do Leste europeu, ex-satélites da extinta União Soviética, como República Tcheca, Polônia, Hungria e Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia e Bulgária.

A ampliação consolida o bloco europeu como potência econômica equivalente aos Estados Unidos. Segundo dados da Comissão Europeia, o produto Interno Bruto (PIB) da EU, em 2008, estaria em torno de 14,9 trilhões de dólares, contra 14,2 trilhões do PIB estadunidense.

Outro passo decisivo no processo de unificação da Europa foi dado em junho de 2004, quando os 25 chefes de Estado e de governo do Bloco, reunidos em Bruxelas, na Bélgica, aprovaram a Constituição da União Europeia.

Em dezembro de 2007, foi assinado o Tratado de Lisboa, pondo assim fim à vários anos de negociação sobre questões institucionais e consolidando a União Europeia. 

O Mercosul

No mesmo dia em que FHC iniciava seu primeiro mandato presidencial era oficialmente inaugurado o Mercado Comum do Sul (Mercosul), uma união aduaneira entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. A partir desse momento, desapareceram as tarifas alfandegárias existentes até então no comércio entre esses países. Ao mesmo tempo, eles unificaram suas tarifas para o comércio com outras nações do mundo. Assim, por exemplo, uma camiseta exportada do Uruguai para o Brasil estaria sujeita a tarifa zero, enquanto uma camiseta exportada da França pagaria tarifa de 20% ao entrar tanto no Uruguai quanto no Brasil. Deve-se ressalvar que tarifas alfandegárias foram mantidas para alguns produtos, representando 5% do total de intercâmbio e devendo desaparecer com o tempo.

O Mercosul foi o resultado de um processo de integração econômica que teve início alguns anos antes, a partir de um acordo firmado entre Brasil e Argentina em julho de 1986. O passo seguinte foi a assinatura do Tratado de Assunção, em 26 de março de 1991, com a adesão do Uruguai e do Paraguai. Esse tratado fixou metas e prazos para levar a cabo o processo de integração econômica dos quatro países.

Desde 1996, cinco países sul-americanos se associaram ao Mercosul: Bolívia, Chile, Peru, Colômbia e Equador. E em 2006 a Venezuela aderiu ao bloco como membro afetivo.

 O nascimento da Opep 

Seguindo o princípio de que “a união faz a força” em 1960 alguns países exportadores de petróleo resolveram se unir e formaram a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). O objetivo da nova entidade era controlar a oferta do produto e, dessa, forma o aumento do seu preço no mercado internacional. Esse objetivo caracteriza um tipo de associação muito comum denominado cartel.

Hoje, a Opep é composta de treze países, entre os quais dois são sul-americanos (Venezuela e Equador), quatro são africanos  (Angola, Argélia, Líbia e Nigéria), um é asiático (Indonésia) e seis estão no Oriente Médio (Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Iraque, Kuwait e Qatar). 

A OCDE

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico  (OCDE);  é uma organização econômica intergovernamental com 38 países membros, fundada em 1961 para estimular o progresso econômico e o comércio mundial.

A OCDE constitui uma organização voltada ao desenvolvimento econômico e à busca do bem-estar social por meio da cooperação entre seus países-membros.

É um fórum de países que se descrevem comprometidos com a democracia e a economia de mercado, oferecendo uma plataforma para comparar experiências políticas, buscar respostas para problemas comuns, identificar boas práticas e coordenar as políticas domésticas e internacionais de seus membros. A maioria dos membros da OCDE é formada por economias de alta renda com um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito alto e consideradas países desenvolvidos. Em 2017, os países membros da OCDE representavam coletivamente 62,2% do PIB nominal global (49,6 trilhões de dólares) e 42,8% do PIB global (54,2 trilhões de dólares internacionais) por paridade de poder de compra.  A organização é um observador oficial das Nações Unidas.

O que o Brasil precisa fazer para entrar na OCDE?

Segundo especialistas, ao menos três áreas devem ser desafios para o país: meio ambiente, combate à corrupção e sistema de impostos. Para de fato fazer parte da instituição, o Brasil precisa passar por um processo técnico e político. De um lado, é necessário que o país se adeque a políticas da OCDE em diversas áreas.


Geografia da Paraíba

    Localização e Área Territorial  da Paraíba     A população paraibana chegou a 4.059.905 em 2021, segundo nova estimativa divulgada pelo ...