sexta-feira, 20 de maio de 2022

A Didática e as tendências pedagógicas

A história da Didática está ligada ao aparecimento do ensino – no decorrer do desenvolvimento da sociedade, da produção e das ciências – como atividade planejada e intencional dedicada à instrução. Desde os primeiros tempos existem indícios de formas elementares de instrução e aprendizagem. Sabemos, por exemplo, que nas comunidades primitivas os jovens passam por um ritual de iniciação para ingressarem nas atividades do mundo adulto. Pode-se considerar esta uma forma de ação pedagógica, embora aí não esteja presente o “didático” como forma estruturada de ensino.
Na chamada Antiguidade Clássica (gregos e romanos) e no período medieval também se desenvolveram formas de ação pedagógica, em escolas, mosteiros, igrejas, universidades. Entretanto, até meados do século XVII não podemos falar de didática como teoria do ensino, que sistematize o pensamento didático e o estudo das formas de ensinar.
O termo “Didática” aparece quando os adultos começam a intervir na atividade de aprendizagem das crianças e jovens através da direção deliberada e planejada do ensino, ao contrário das formas de intervenção mais ou menos espontâneas de antes. Estabelecendo uma intenção propriamente pedagógica na atividade de ensino, a escola se torna uma instituição, o processo de ensino começa a ser sistematizado conforme níveis, tendo em vista a adequação às possibilidades das crianças, às idades e ritmo de assimilação dos estudos. A formação da teoria Didática para investigar as ligações entre ensino e aprendizagem e suas leis ocorre no século VII, quando João Amós Comênio(1592-1670), um pastor protestante, escreveu a primeira obra clássica sobre Didática , a Didática Magna. Ele foi o primeiro educador a formular a ideia da difusão dos conhecimentos a todos e criar princípios e regras do ensino.
Comênio desenvolveu ideias avançadas para a prática educativa nas escolas, numa época em que surgiam novidades no campo da filosofia e das Ciências e grandes transformações nas técnicas de produção capitalista, ainda incipiente, já influenciava a organização da vida social, política e cultural. A Didática de Comênio se assentava nos seguintes princípios: A finalidade da educação é conduzir à felicidade eterna com Deus, pois é uma força poderosa de regeneração da vida humana. Todos os homens merecem a sabedoria, a moralidade e a religião, porque todos ao realizarem sua própria natureza, realiza os desígnios de Deus. Portanto, a educação é um direito natural de todos. Por ser parte da natureza, o homem deve ser educado de acordo com o seu desenvolvimento natural, isto é, de acordo com as características de idade e capacidade para o desenvolvimento.
Consequentemente a tarefa principal da Didática é estudar essas características e os métodos de ensino correspondentes, de acordo com a ordem natural das coisas. A assimilação do conhecimento não se dá instantaneamente, como se o aluno registra-se de forma mecânica na sua mente a informação do professor, como o reflexo no espelho. No ensino ao invés disso, tem um papel decisivo a percepção sensorial das coisas. Os conhecimentos devem ser adquiridos a partir da observação das coisas e dos fenômenos, utilizando e desenvolvendo sistematicamente os órgãos dos sentidos. O método intuitivo consiste, assim, da observação direta, pelos órgãos dos sentidos, das coisas, para o registro das impressões na mente do aluno. Primeiramente as coisas, depois as palavras.
O planejamento de ensino deve obedecer o curso da natureza infantil; por isso as coisas devem ser ensinadas uma de cada vez. Não se deve ensinar nada que a criança não possa compreender. Portanto, deve-se partir do conhecido para o desconhecido. Apesar da grande novidade dessas idéias, principalmente dando um impulso ao surgimento de uma teoria do ensino. Comênio não escapou de algumas crenças usuais na época sobre ensino. Embora partindo da observação e da experiência sensorial, mantinha-se o caráter transmissor do ensino, embora procurando adaptar o ensino às fases do desenvolvimento infantil, mantinha-se o método único e o ensino simultâneo a todos. Além disso, sua ideia de que a única via de acesso dos conhecimentos é a experiência sensorial com as coisas não é suficiente, primeiro porque nossas percepções frequentemente nos enganam, segundo, porque já há uma experiência social acumulada de conhecimentos sistematizados que não necessita ser descobertos novamente. Entretanto, Comênio desempenhou uma influência considerável, não somente porque empenhou-se em desenvolver métodos de instrução mais rápidos e eficientes, mas também porque desejava que todas as pessoas pudessem usufruir do conhecimento.
Sabemos que, na história, as ideias, principalmente quando são muito inovadoras para a época, costumam demorar para terem efeito prático. No século VII, em que viveu Comênio, e os séculos seguintes, ainda predominavam práticas escolares da Idade Média, ensino intelectualista, verbalista e dogmático, memorização e repetição mecânica dos ensinamentos do professor. Nessas escolas não havia espaço para as ideias próprias dos alunos, o ensino era separado da vida, mesmo porque ainda era grande o poder da religião na vida social. Enquanto isso, porém, foram ocorrendo intensas mudanças nas formas de produção, havendo um grande desenvolvimento da ciência e da cultura. Foi diminuindo o poder da nobreza e do clero e aumentando o da burguesia. Na medida em que esta se fortalecia como classe social, disputando o poder econômico e político com a nobreza, ia crescendo também a necessidade de um ensino ligado às exigências do mundo da produção e dos negócios e, ao mesmo tempo, um ensino que contemplasse o livre desenvolvimento das capacidades e interesses individuais. Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um pensador que procurou interpretar essas aspirações,, propondo uma concepção nova de ensino, baseada nas necessidades e interesses imediatos da criança. As ideias mais importantes de Rousseau são as seguintes: A preparação da criança para a vida futura deve basear-se nas coisas que corresponde às suas necessidades e interesses atuais. Antes de ensinar as ciências, elas precisam ser levadas a despertar o gosto pelo seu estudo. Os verdadeiros professores são a natureza, a experiência e o sentimento. O contato da criança com o mundo que a rodeia é que desperta o interesse e suas potencialidades naturais. Em resumo: são os interesses e necessidades imediatas do aluno que determinam a organização do estudo e seu desenvolvimento. A educação é um processo natural, ela se fundamenta no desenvolvimento interno do aluno. As crianças são boas por natureza, elas têm uma tendência natural para se desenvolverem. Rousseau não colocou em prática suas ideias e nem elaborou uma teoria do de ensino. Essa tarefa coube a um outro pedagogo suíço. Henrique Pestalozzi (1746-1827), que viveu e trabalhou até o fim da vida na educação de crianças pobres, em instituições dirigidas por ele próprio. Deu uma grande importância ao ensino como meio de educação e desenvolvimento das capacidades humanas, como cultivo do sentimento, da mente e do caráter. Pestalozzi atribuía grande importância ao método intuitivo, levando os alunos a desenvolverem o senso de observação análise dos objetos e fenômenos da natureza e a capacidade da linguagem, através da qual se expressa em palavras o resultado das observações. Nisto consistia a educação intelectual. Também atribuía importância fundamental à psicologia da criança como fonte do desenvolvimento do ensino.
As ideias de Comênio, Rousseau e pastelozzi influenciaram muitos outros pedagogos. O mais importante deles, foi Johann Friedrich Herbart (1766-1841), pedagogo que teve muitos discípulos e que exerceu influência relevante na Didática e na prática docente. Foi e continua sendo inspirador da pedagogia conservadora – conforme veremos – mas suas ideias precisam ser estudadas por causa da sua presença constante nas salas de aulas brasileira. Junto com uma formulação teórica dos fins da educação e da Pedagogia como ciência, desenvolveu uma análise do processo psicológico-didático de aquisição de conhecimentos, sob a direção do professor. Segundo Herbart, o fim da educação é a moralidade, atingida através da instrução educativa. Educar o homem significa instruí-lo para querer o bem, de modo que aprenda a comandar a si próprio.
A principal tarefa da instrução é introduzir ideias corretas na mente dos alunos. O professor é o arquiteto da mente. Ele deve trazer à atenção dos alunos aquelas ideias que deseja que dominem suas mentes. Controlando os interesses dos alunos, o professor vai construindo uma massa de ideias na mente que por sua visão favorecer a assimilação de ideias novas. O método do ensino consiste em provocar a acumulação de idéias na mente da criança. Herbart estava atrás também da formulação de um método único de ensino, em conformidade com as leis psicológicas do conhecimento. Estabeleceu, assim, quatro passos didáticos que deveriam ser rigorosamente seguidos: o primeiro seria a preparação e apresentação da matéria nova de forma clara e completa, que denominou clareza; o segundo seria a associação entre as ideias antigas e as novas; o terceiro a sistematização dos conhecimentos, tendo em vista a generalização; finalmente o quarto seria a aplicação, o uso dos conhecimentos adquiridos através de exercícios, que denominou método. Posteriormente, os discípulos de Herbart desenvolveram mais a proposta dos passos formais, ordenando-os em cinco: preparação, apresentação, assimilação, generalização e aplicação, que ainda é utilizada pela maioria dos nossos professores. O sistema pedagógico de Herbart e seus seguidores – chamados de herbartianos – trouxe esclarecimentos válidos para a organização da prática docente, como por exemplo: a estruturação e ordenação do processo de ensino, a exigência de compreensão dos assuntos estudados e não simplesmente a memorização, o significado educativo da disciplina na formação do caráter. Entretanto o ensino é entendido como repasse de ideias do professor para a cabeça do aluno; os alunos devem compreender o que o professor transmite, mas apenas com a finalidade de reproduzir a matéria transmitida. Com isso a aprendizagem se torna mecânica, automática, associativa, não mobilizando a atividade mental, a reflexão e o pensamento independente e criativo dos alunos.
As ideias pedagógicas de Comênio, Rousseau, Pestalozzi, e Herbart – além de muitos outros que não podemos mencionar – formaram as bases do pensamento pedagógico europeu, difundindo-se depois por todo o mundo, demarcando as concepções pedagógicas que hoje são conhecidas como Pedagogia Tradicional e Pedagogia Renovada.
A Pedagogia Tradicional, em suas várias correntes, caracteriza as concepções de educação onde prepondera a ação de agentes externos na formação do aluno, o primado do objeto do conhecimento, a transmissão do saber constituído na tradição e nas grandes verdades acumuladas pela humanidade e uma concepção de ensino como impressão de imagens propiciadas ora pela palavra do professor ora pela observação sensorial.
A Pedagogia Renovada agrupa correntes que advogam a renovação escolar, opondo-se à Pedagogia tradicional. Entre as características desse movimento destacam-se: a valorização da criança, dotada de liberdade, iniciativa e de interesses próprios e, por isso mesmo, sujeito de sua aprendizagem e agente do seu próprio desenvolvimento; tratamento científico do processo educacional, considerando as etapas sucessivas do desenvolvimento biológico e psicológico; respeito às capacidades e aptidões individuais do ensino conforme os ritmos próprios de aprendizagem: rejeição de modelos adultos em favor da atividade e da liberdade de expressão da criança. O movimento de renovação da educação, inspirado nas ideias de Rousseau, recebeu diversas denominações, como educação nova, escola nova, pedagogia ativa, escola do trabalho. Desenvolveu-se como tendência pedagógica no início do século XX, embora nos séculos anteriores tenham existido diversos filósofos e pedagogos que propugnavam a renovação da educação vigente, tais como Erasmo Rebelais. Montaigne à época do Renascimento e os já citados Comênio (séc. XVII), Rousseau e Pestalozzi (no séc. XVIII).
A denominação Pedagogia se aplica tanto ao movimento da educação nova propriamente dito, que inclui a criação de "escolas novas", a disseminação da pedagogia ativa e dos métodos ativos, como também a outras correntes que adotam certos princípios de renovação educacional mas sem vínculo direto com a Escola Nova; citamos, por exemplo, a pedagogia científico-espiritual desenvolvida por W. Dilthey e seus seguidores, e a pedagogia ativista-espiritualista católica. Dentro do movimento escolanovista, desenvolveu-se nos Estados Unidos uma de suas mais destacadas corrente, a Pedagogia Pragmática ou Progressivista, cujo principal representante é John Dewey (1859-1952).
As ideias desse brilhante educador exerceram uma significativa influência no movimento da Escola Nova na América Latina e, principalmente no Brasil. Com a liderança de Anísio Teixeira e outros educadores, formou-se no início da década de 30 o Movimento dos Pioneiros da Escola Nova, cuja situação foi decisiva na formulação da política educacional, na legislação, na investigação acadêmica e na prática escolar. Dewey e seus seguidores reagem a concepção herbartiana da educação pela instrução advogando a educação pela ação. A escola não é uma preparação para ávida, é a própria vida; a educação é o resultado da interação entre o organismo e o meio através da experiência e da reconstrução da experiência. A função mais genuína da educação é a de prover condições para promover e estimular a atividade própria do organismo para que alcance seu objetivo de crescimento e desenvolvimento. Por isso, a atividade escolar deve centrar-se em situações de experiência onde são ativados as potencialidades, capacidades, necessidades, e interesses naturais da criança.
O currículo não se baseia nas matérias de estudo convencionais que expressam a lógica do adulto, mais nas atividades e ocupações da vida presente, de forma que a escola se transforme de vivência daquelas tarefas requeridas para a vida em sociedade. O aluno e o grupo passam a ser o centro de convergência do trabalho escolar.
O movimento escolanovista no Brasil se desdobrou em várias correntes, embora a mais predominante tenha sido a progressivista. Cumprem destacar a corrente vitalista, representada por Montessori, as teorias cognitivistas, as teorias fenomenológicas e especialmente a teoria interacionista baseada na psicologia genética de Jean Piaget.
Em certo sentido, pode-se dizer também que o tecnicismo educacional representa a continuidade da corrente progressivista. Embora retemperado com as contribuições da teoria behaviorista e da abordagem sistêmica do ensino. Uma das correntes da Pedagogia Renovada que não tem vínculo direto com o movimento da Escola Nova, mas que teve repercussões na Pedagogia brasileira, é a chamada Pedagogia Cultural trata-se de uma tendência ainda pouco estudada entre nós. Sua característica principal é focalizar a educação como fato da cultura, atribuindo ao trabalho docente a tarefa de dirigir e encaminhar a formação do educando pela apropriação de valores culturais.
A Pedagogia Cultural a que nos referimos tem sua afiliação na Pedagogia científico-espiritual desenvolvida por Guilherme Dilthey (1833-1911) e seguidores como Theodor Litt, Eduard Spranger e Hermann Nohl. Tendo-se firmado na Alemanha como uma sólida corrente pedagógica, difundiu-se em outros países da Europa, especialmente na Espanha, e daí para a América Latina, influenciando autores como Lorenzo Luzuriaga. Francisco Larroyo, J. Roura-Parrela, Ricardo Nassif e, no Brasil, Luís Alves de Mattos e Onofre de Arruda Penteado Junior.
Numa linha distinta das concepções escolanovista, esses autores se preocupam em superar as oposições entre a cultura subjetiva e a cultura objetiva, entre o individual e o social, entre o psicológico e o cultural. De um lado. Concebem a educação como atividade do próprio sujeito, a partir de uma tendência interna de desenvolvimento espiritual de outro, consideram que os indivíduos vivem num mundo sociocultural, produto do próprio desenvolvimento histórico da sociedade.
A educação seria, assim, um processo de subjetivação da cultura, tendo em vista a formação da vida interior, a edificação da personalidade. A Pedagogia da cultura. A liberdade individual, cuja fonte é a espiritualidade, a vida interior. O estudo teórico da Pedagogia no Brasil passa por um reavivamento, principalmente a partir das investigações sobre questões educativas baseadas nas contribuições do materialismo histórico e dialético. Tais estudos convergem para a formulação de uma teoria crítico-social da educação, a partir da crítica política e pedagógica das tendências e correntes da educação brasileira.


LIBÂNEO, José Carlos. Didática, Cortês, 1994 ________________ Democratização da escola pública, São Paulo, Edições. Loyola,1985.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

A TERRA NO ESPAÇO - Principais corpos e fenômenos celestes

  O Sistema Solar

Formado por um conjunto de astros que giram em torno do sol. Suas órbitas são elípticas e variam em função da massa, da velocidade e da dinâmica em relação ao sol.

O Sol

Trata-se de uma estrela formada por gases (hidrogênio e Helio). O sol “queima” hidrogênio através de reações nucleares – transformando este hidrogênio em Helio. A temperatura superficial do sol e de 6.000oC e no centro do sol é provável que chegue a 113.000.000oC. A superfície solar emite uma energia conhecida como radiação eletromagnética.

Afélio: É o ponto da órbita de um astro em que a sua distância em relação ao Sol é máxima.

Os Planetas: São astros iluminados que giram ao redor do Sol. São nove (pela ordem de afastamento do Sol): Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão,

Satélites: São astros iluminados e que giram em torno dos planetas. Existem 32 satélites pertencentes a 6 planetas.

A velocidade e temperatura são alteradas em função da maior ou menor distância do Sol. Os mais próximos do Sol, a velocidade de translação é maior (força gravitacional) e maior a temperatura. Os que se encontram mais distantes possuem menor velocidade ao redor do Sol e são mais frios.

Cometas: São astros de núcleo brilhante e cauda nebulosa e alongada. É formado por rochas e minerais envolvidos por gases e poeiras. 0 cometa mais conhecido é o de Halley (1986).

Asteroides: Calcula-se existirem cerca de 40.000 planetóides e eles gravitam basicamente entre as órbitas de Marte e Júpiter.

Meteoritos: São pequenas partículas que entram na atmosfera com grande velocidade. Quando passam perto dos planetas são atraídas por eles. Ao entrarem na atmosfera terrestre sofrem um intenso atrito com o ar.

 Zodíaco: É o nome de uma zona celeste que corresponde ao plano do equador solar, ficando entre o Hemisfério Boreal e o Austral Celeste. Possui doze constelações.

Constelação: É o nome dado a um agrupamento de estrelas. O observador, localizado na Terra, percebe na esfera celeste zonas de concentração estelar. Por uma tradição herdada dos astrônomos da Antiguidade os nomes foram atribuídos de maneira arbitrária, nascidos da pura imaginação, como escorpião, touro, capricórnio etc.

Dia: Período de tempo correspondente a uma volta da Terra em torno do seu eixo. Medido a partir de duas passagens sucessivas de uma estrela num meridiano, o dia sideral dura 23h56’4”. A mesma medida feita em relação ao Sol fornece um aumento de 8” na duração do dia, que é chamado dia solar. Denominamos também dia o período de tempo decorrido entre o nascer e o pôr-do-sol. A sua duração é variável segundo a proximidade com o polo e a estação do ano.

Nas regiões polares a duração do dia ou da noite supera 24 horas, podendo durar alguns meses. A inclinação do eixo terrestre e o movimento de translação provocam a variação da duração do dia e da noite. Para efeito da contagem do tempo, o dia é dividido em 24 horas: é o dia civil e começa à 0 hora, no primeiro minuto logo após a meia-noite do dia anterior.

Eclipse

                  Eclipse solar à esquerda e eclipse lunar à direita

É a ocultação de um astro quando este é atingido pela sombra de outro, ou quando, pela posição, um encobre o outro. Quando isso ocorre com um astro qualquer, chama-se ocultação. Quando ocorre com o Sol ou com a Lua, denomina-se eclipse.

Eclipses da Lua: há dois tipos, o parcial e o total. É quando a Lua fica encoberta total ou parcialmente pelo cone de sombra projetado pela Terra. Ocorre quando os três astros estão em oposição.

Eclipses do Sol: ocorre quando a Terra, a Lua e o Sol estão em conjunção. A passagem da Lua em frente ao disco solar faz com que uma parte da Terra seja atingida pelo vértice do cone de sombras da Lua. Nessa parte ocorre um eclipse total do Sol. Nas vizinhanças, atingidas somente pela penumbra, teremos um eclipse parcial, isto é, o disco solar não fica totalmente encoberto. Quando o cone de sombra não chega a atingir a Terra, pode ser observado um eclipse anular. Neste caso tem-se a impressão de que o disco lunar de menor diâmetro não consegue encobrir o disco solar, deixando uma auréola solar exposta na sua periferia.

Estações do ano

Como decorrência do movimento de translação, a Terra ocupa diferentes posições no plano da eclíptica. Ela poderá estar acima do plano do equador solar, abaixo do equador solar ou no mesmo nível. Essas diferentes posições são responsáveis pela inclinação com que os raios solares atingem a superfície da Terra, determinando aumento ou diminuição de calor recebido. Quando a Terra ocupa a posição do dia 22 de dezembro, ela está no solstício de verão para o hemisfério sul. Nesse dia começa o verão no hemisfério sul (austral) e o inverno no hemisfério norte (boreal). Isso se deve ao fato de a Terra, pela inclinação do seu eixo e pela posição que nesse dia ocupa no plano da eclíptica, receber raios solares mais perpendiculares no hemisfério sul e raios mais oblíquos no hemisfério norte. Essa diferença de ângulo de incidência (inclinação) determina no primeiro caso a absorção de mais calor e no segundo, menos calor por parte da Terra. Seis meses depois dessa data temos, em 22 de junho, a inversão dessa posição, pois a Terra fica num ponto de sua órbita abaixo do plano do equador e então a maior incidência de calor se faz no hemisfério norte. Na passagem de 22 de junho para 22 de dezembro, a Terra ocupará um ponto a meia distância dos dois, no dia 21 de setembro, quando a duração do dia e da noite são iguais e a distribuição de calor é igual nos dois hemisférios. Esse ponto coincide com o momento em que a Terra, na sua trajetória, está no nível do plano do equador solar. O fato vai repetir-se depois de 22 de dezembro quando, em 21 de março, estará novamente a Terra em posição equivalente, mas agora do lado oposto do Sol. Esses quatro pontos ou datas correspondem às quatro posições da Terra na sua órbita e têm características climáticas, que são bem definidas nas regiões de clima temperado. Essas posições representam as quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera. Astronomicamente, o verão e o inverno correspondem aos solstícios, e a primavera e o outono, aos equinócios.

As estações, nas regiões de clima temperado duram três meses cada uma, assim distribuídas ao longo do ano:

Hemisfério sul:

•          Verão– de 22 de dezembro a 20 de março

•          Outono – de 21 de março a 21 de junho

•          Inverno – de 22 de junho a 22 de setembro

•          Primavera – de 23 de setembro a 21 de dezembro

Hemisfério norte:

•          Verão– de 22 de junho a 22 de setembro

•          Outono – de 23 de setembro a 21 de dezembro

•          Inverno – de 22 de dezembro a 20 de março

•          Primavera – de 21 de março a 21 de junho

Planeta Terra

Características do nosso planeta:

• Atmosfera ativa, oxidante e de média densidade relativa.

• Crosta ativa (placas móveis, sismos e vulcanismos).

• Formas de vida muito diversificada (de 341.000 a 540.000 espécies vegetais e de 2.158.000 a 4.000 espécies animais).

 Forma:

A Terra é um planeta de forma arredondada. É achatada nos polos e abaulada no Equador. Trata-se, portanto, de um elipsóide achatado ou um elipsóide de revolução. Porém, a Terra é considerada um geóide. Este achatamento se deve à força centrífuga da rotação da Terra.

Provas de redondeza da Terra:

• Eclipses lunares.

• Aproximação de um navio à costa.

• Viagens de circunavegação.

• Variação da altura angular do polo celeste.

• 0 peso de um objeto que é o mesmo em qualquer região do globo.

• A curvatura da superfície da Terra limita a visibilidade nos pontos elevados.

MOVIMENTOS DA TERRA

Rotação: É o movimento que a Terra faz em torno de seu próprio eixo de oeste para leste.

Gira 360º em 24 horas (23h, 56 min e 4 seg.).

 Consequências:

- sucessão dos dias e das noites

- forma da Terra: abaulamento no Equador e achatamento nos polos

- circulação geral da atmosfera e das correntes marítimas com um desvio para a direita no HN e para a esquerda do observador no HS (efeito Coriolis).

- elevação do nível do mar no litoral leste dos continentes.

Fusos Horários

Lembrando que temos um movimento de rotação da Terra, no sentido oeste – leste, que faz com que ela leve 24 horas para dar uma volta completa sobre si, podemos concluir que existem as mesmas 24 horas diferentes no planeta. Para que entendamos mais isto, se faz necessário a compreensão de dois conceitos: Hora local ou solar e Hora legal (relógio).

Hora local ou solar

A Hora local está baseada na ideia de que cada localidade tem uma hora, baseada na longitude da mesma. Para entendermos tal raciocínio devemos entender que:

360º = 24h

15º = 1h

1º = 4min

Assim, podemos entender que se a Terra leva 24 horas para dar a volta completa em si mesma, consequentemente, ela em 1 hora percorre 15º e em 4min anda 1º.

Podemos deduzir que existe uma diferença de 4 min entre duas longitudes adjacentes.

Por exemplo, se em Porto Alegre, que está na longitude 51º W, a hora local é 12h na cidade Santo Ângelo/RS (54ºW) será 11h 48min.

IMPORTANTE: Devemos lembrar que longitudes mais a oeste, possuem horas menores do que longitudes mais a leste.

Hora legal (relógio)

Para dar uma certa padronização no horário existente em todo globo, em 1884 foi criado o sistema internacional de fusos horários, onde temos faixas horárias de 15º de extensão, sendo que todas as localidades inseridas nesta faixa terão o mesmo horário, ignorando assim, a hora local de determinados pontos.

Foi necessário definir que a hora o meridiano de Greenwich, seria a inicial, sendo possível, então, o cálculo das horas nas demais localidades do planeta. Chamamos este fuso inicial de GMT (Greenwich Meridian Time).

Os fusos são conhecidos pela longitude central do mesmo (0º, 15ºW, 45ºE).

Entretanto devemos lembrar que o fuso 0º tem uma área compreendida entre o 7º30’W e 7º30’E, o fuso 15ºE está inserido entre o 7º30’ e 22º30’E. Podemos deduzir, que para determinarmos a área de um fuso devemos, somar 7º30 e subtrair 7º30 da longitude central do fuso (mas existem exceções).

Fusos horários brasileiros

O Brasil por ser um país de proporções continentais, possui quatro fusos horários, ou seja, em nosso território temos 4 diferentes horas.

A hora legal do Brasil é considerada a de Brasília, pois abrange maior parte do país.

Linha Internacional de Data

Estabelecido o sistema de fusos horários, tornava-se necessário determinar o meridiano a partir do qual deveríamos começar a contagem de um novo dia. Escolheu-se para tal fim o meridiano de 180º ou linha internacional de data, onde ocorre a mudança de datas. Cruzando-se, esta linha no sentido oeste-leste, deve se subtrair um dia (24 horas) e, cruzando-a no sentido Leste-Oeste, deve acrescentar-se um dia.

Translação: É o movimento que a Terra faz em torno do sol em 365 dias (365 dias, 5 h, 48 min e 46 segs.).

 Consequências:

 - as estações do ano

- o eixo da Terra mantém-se inclinado 23 o27’ em relação ao plano da órbita

- equinócios e solstícios

- desigual distribuição de luz e calor na Terra

- desigual duração dos dias e noites

- a cada 4 anos temos o ano bissexto

Obliquidade: 0 eixo da Terra está inclinado em relação ao plano orbital (a eclíptica) em 23o27’. Essa obliquidade que causa as estações do ano e interferem na duração do dia e da noite.

EQUINOCIOS: Correspondem as épocas do ano em que ambos os hemisférios estão igualmente iluminados, isto porque o sol está passando sobre a linha do Equador com ângulo de 90º.

SOLSTÍCIOS: Correspondem as épocas do ano em que os hemisférios N e S estão desigualmente iluminados, coincidindo com a passagem do sol pelos trópicos, com ângulo de 90º.

MOVIMENTOS DA LUA

Rotação: em torno de seu próprio eixo, no período de 27 dias, 7 h e 43 min.

Translação: ao redor da Terra, no período de 27 dias, 7 h e 43 min.

Revolução: em torno do Sol, juntamente com a Terra, no período de aproximadamente 365 dias.

Fases da lua

São os aspectos apresentados pela Lua ao longo do seu movimento de translação ao redor da Terra correlacionado com a iluminação solar.

 • Lua nova: posição entre a Terra e o Sol, em conjugação.

Quarto crescente: posição em ângulo reto com a Terra no vértice, em quadratura.

• Lua cheia: a Terra fica entre a Lua e o Sol, em oposição.

Quarto minguante: posição invertida ao quarto crescente, em quadratura.


  

Oceania - panorama geral

 

Oceania: Aspectos Gerais

É um continente formado por aproximadamente 400.000 ilhas, dos mais variados tamanhos. Esse continente é formado especialmente pela Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, mais alguns poucos países independentes e milhares de ilhas que constituem possessões estrangeiras.

 As ilhas da Oceania podem ser divididas em:

-Melanésia – constituem ilhas localizadas mais próximas da Austrália onde predominam povos de pele escura, de grupos negroides.

-Micronésia – conjunto de pequenas ilhas localizadas ao norte, muitas delas pertencentes aos EUA, como as Ilhas Carolinas, Marianas e Marshall.

-Polinésia – conjunto de muitas ilhas distribuídas por uma grande área do Pacífico incluindo Samoa, a Polinésia Francesa e o Arquipélago do Havaí, o 50º Estado dos EUA.

                         

Evidentemente, os países mais importantes nesse continente são a Austrália e a Nova Zelândia. A Austrália e a Nova Zelândia ostentam, há muito tempo, uma ótima qualidade de vida, de acordo com a ONU.

Na Nova Zelândia, que também possui uma das rendas per capita mais altas do mundo, o destaque fica para a produção de alimentos. Detém um dos maiores rebanhos ovinos do mundo.

Junto com a Austrália, a Nova Zelândia lidera a exportação mundial de lã. A mineração é intensa, e, especialmente após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o setor tomou impulso na extração da bauxita, diamante, ouro, chumbo, cobalto, ferro, níquel, prata, zinco e urânio.

A Austrália possui muitos contrastes físicos. A costa do Pacífico é formada pela Grande Cadeia Divisória, responsável pelas chuvas na região, pois segura os ventos úmidos que vêm do oceano. Ao Norte, o clima é quente, e a maior parte é coberta por florestas tropicais. Ao Sul, o clima é temperado, e a vegetação típica é a floresta temperada.

O interior é desértico e seco. No extremo sudoeste existe uma pequena área fértil. Grande parte das ilhas é de origem vulcânica. Cerca de 35% das florestas tropicais foram desmatadas.

Os outros países da Oceania vivem da agricultura, da pesca, da exportação de matéria-prima. Paralelamente às culturas de subsistência, encontram-se as monoculturas de exportação, principalmente a do coco. Na última década, o setor de turismo desenvolveu-se muito na região, por ser considerada um paraíso para mergulhadores e surfistas, devido à presença de recifes de corais que circundam diversas ilhas e as grandes ondas do Pacífico.

A colonização do continente iniciou-se no século XVIII pelos europeus. Os povos que habitavam a região foram praticamente exterminados. Os aborígenes representam 1% da população da Austrália e os maoris da Nova Zelândia, 10%. As ilhas do Pacífico contam com número maior de nativos. É o continente menos populoso do mundo.

Mais da metade dos habitantes vive na Austrália. As grandes cidades encontram-se ao longo da costa leste. O restante do território é despovoado devido a hostilidade ao meio ambiente. Na Nova Zelândia e em Papua Nova Guiné, o relevo montanhoso condiciona a maior parte da população a viver na faixa litorânea.

Os descendentes europeus são a grande maioria da população na Austrália e na Nova Zelândia. Nos dois países é falado o idioma inglês e a religião predominante é o cristianismo. Nas ilhas do Pacífico prevalecem as línguas e as religiões nativas.

A região do Pacífico é cortada por uma linha que acompanha o meridiano de 180º, fazendo algumas curvas para evitar cortar áreas habitadas, chamada de Linha Internacional da Data. Essa linha marca a mudança de data no calendário sendo que, quando estamos à direita dessa linha observando o mapa nos encontramos 24 horas atrasadas de quem está à esquerda da linha.

Podemos destacar as Ilhas Marshall, um Estado que, de livre associado aos EUA, tornou-se independente em 1990. Nesse arquipélago encontramos o Atol de Bikini que serviu de base para testes nucleares dos Estados Unidos entre 1946 e 1958.

A Polinésia Francesa, grupo de ilhas no Pacífico, também serviu de base para os testes nucleares da França até 1996, no Atol de Mururoa, quando a França assina o Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares. Constatam-se também danos ambientais no Atol e protestos da população local.

Papua Nova Guiné é um país que divide uma ilha com o Irian Ocidental, ilha pertencente à Indonésia. É, portanto, uma ilha dividida em dois continentes: a Oceania e a Ásia. Trata-se de um país produtor e exportador de gêneros agrícolas tropicais (cacau, café e coco) e minérios (petróleo, ouro e cobre). Foi colônia da Austrália, da qual se tornou independente em 1975.

A Oceania tem sofrido sérios problemas ambientais por causa da presença de toneladas de resíduos tóxicos (óleo, pesticida e fertilizante) nos mares da região. São mais de cinquenta locais de contaminação, em treze países, segundo o Programa Regional sobre o Meio Ambiente do Pacífico Sul. Outro problema é o efeito estufa sobre a região. Com o aumento da temperatura global ocorre o derretimento das calotas polares e a elevação dos níveis dos oceanos, que poderão futuramente submergir muitos atóis e ilhas de corais. A Oceania também foi região de testes nucleares dos EUA e da França. Os americanos suspenderam seus testes, mas a França realizou algumas experiências há alguns anos, apesar da forte oposição da opinião pública mundial e dos protestos dos países da região da Oceania. Paralelamente, há um movimento no sentido de recuperar os locais contaminados pela radioatividade.

Países

São 14 os países da Oceania: Austrália, Fiji, Ilhas Marshall, Ilhas Salomão, Kiribati, Micronésia, Nauru, Nova Zelândia, Palau, Papua Nova Guiné, Samoa Ocidental, Tonga, Tuvalu, Vanuatu.

Dados sobre os principais países

                                                              Austrália

Superfície, 7.683.300 km2; capital, Canberra; governo, Monarquia Parlamentarista.

 A Austrália é uma ilha de dimensões continentais, com uma área de 7.682.300 Km_. É cortada pela linha do Trópico de Capricórnio e localiza-se entre os Oceanos Índico e Pacífico. Esse país é dividido em grandes Estados e Territórios. Observe o seu mapa político:

Por ser um dos maiores países do mundo em extensão territorial, a Austrália forma a maior massa continental da Oceania. Possui diversos tipos de paisagem natural: florestas tropicais, montes nevados e praias. Ao longo da costa nordeste encontra-se a formação de corais mais importante do mundo, a Grande Barreira Coralina, tornada patrimônio da humanidade. O centro e o Oeste são constituídos por desertos. O isolamento da Austrália, por dezenas de milhões de anos, totalmente cercada pelos oceanos Índico e Pacífico, fez com que nela se desenvolvesse uma fauna original e rica da qual são exemplos o canguru, o ornitorrinco e o coala.

Os aborígines foram praticamente exterminados pelos colonizadores europeus, que expulsaram os sobreviventes para as regiões mais desérticas do território. Hoje eles representam apenas 1,5% da população, mas as leis protecionistas e a sua integração à sociedade australiana têm ocasionado um aumento populacional. Nas Olimpíadas de 2000, que teve como sede a cidade de Sydney, uma aborígene foi quem acendeu o fogo da pira. Os ativistas da causa aborígine utilizam as Olimpíadas de Sydney para divulgar suas reivindicações, entre elas a de um pedido formal de desculpas pelas injustiças cometidas pelos colonizadores brancos.

 Nas últimas décadas o país tem recebido um número expressivo de imigrantes, em particular asiáticos e europeus. Três quartos dos australianos vivem no Sudeste, onde existe um parque industrial significativo. Apesar de apenas 10% das terras serem aráveis, a agricultura é de muita importância econômica, destacando-se o cultivo de cevada e trigo, principais produtos de exportação. O país cria um dos maiores rebanhos de ovelhas do mundo, é líder mundial na exploração de bauxita e um dos maiores produtores de ouro e de minério de ferro. O turismo expande-se, sobretudo após as Olimpíadas. 

O relevo da Austrália é composto por cadeias montanhosas extensas, mas não muito elevadas, na porção leste, estendendo-se no sentido norte-sul. A porção central é dominada por uma bacia sedimentar deprimida e o leste por um planalto cristalino antigo e algumas áreas montanhosas. De uma forma geral as altitudes são modestas.

Próximo ao seu litoral nordeste encontramos a maior formação coralígena do mundo, a Grande Barreira de Recifes de Coral, no Mar de Coral.

  

O sudeste do país é dominado por clima temperado oceânico e floresta temperada. No norte-nordeste, domina o clima tropical com florestas tropicais. No centro e oeste encontramos regiões desérticas e semiáridas, com formações xerófitas e estepes e a presença de rios intermitentes. Os principais rios (Darling, Murray), perenes, são encontrados no sudeste do país. No Sudoeste, clima e vegetação mediterrâneos.

A população é de maioria branca de origem europeia. A Austrália também foi colônia britânica e o povoamento inicial utilizou o país como colônia penal. A população nativa dos aborígines também foi amplamente dizimada, constituindo atualmente 1,5% da população. Durante as olimpíadas em Sydney iniciou-se um pedido público de desculpas pelo que foi cometido no passado contra essa população e, ao mesmo tempo, um processo de reconciliação e reconhecimento da importância e contribuição dos nativos.

A Austrália é um país de Primeiro Mundo com maior destaque para o setor terciário em sua economia (comércio e serviços). No setor primário destacam-se as extrações de minérios como o ferro (noroeste), o carvão, bauxita, além do petróleo, para o qual ainda não há autossuficiência. O Mar da Tasmânia é uma importante bacia petrolífera e o Planalto Ocidental produz vários minérios.

No norte-nordeste são importantes os cultivos de clima tropical como é o caso da cana-de-açúcar. No sul e sudeste é importante a produção de cereais. A Austrália possui grande destaque com a pecuária sendo um tradicional exportador de produtos de origem animal. Os rebanhos mais importantes são os de bovinos e ovinos.

A Austrália é o país mais industrializado da Oceania. Seu parque industrial é diversificado apresentando indústrias de bens de consumo e de base, além de desenvolver tecnologias de ponta. São elevados os investimentos em pesquisas tecnológicas como por exemplo no ramo da biotecnologia. No desenvolvimento de seu setor industrial foram importantes os investimentos de capitais japoneses, britânicos e norte-americanos, os quais acabaram por criar um forte concorrente para seus próprios produtos industrializados no mercado do Pacífico.

A atividade turística complemente de maneira importante a economia desse país, com uma infraestrutura muito boa para seu desenvolvimento.

A Austrália também é membro da Comunidade Britânica de Nações e do bloco da APEC, comercializando especialmente com o Japão, Nova Zelândia, EUA, países europeus, tigres asiáticos e a China.

Economia da Austrália

Pecuária (bovinos e ovinos) Agricultura (cereais, cana e frutas) Indústria (leves, siderurgia, metalurgia e automobilística) Mineração (ferro, carvão, bauxita e petróleo)

 Nova Zelândia

Superfície, 270.534 km2; capital, Wellington; governo, Monarquia Parlamentarista.

Constituída de duas ilhas principais e diversas ilhas menores, a Nova Zelândia está localizada ao sul da Oceania, sudeste da Austrália. Os habitantes concentram-se na Ilha do Norte, tendo como característica a presença de vulcões e águas termais. A Ilha do Sul é cortada por uma cadeia montanhosa.

Seu relevo é montanhoso no interior com planícies litorâneas estreitas. Localiza-se em uma área instável geologicamente, sujeita a terremotos e a erupções vulcânicas. Seu clima predominante é o temperado oceânico.

Sua principal atividade econômica é a agropecuária. Com grandes áreas de pastagem, a nação produz lã, carne bovina e ovina e derivados de leite, e a exportação é a base de seu desenvolvimento.

Na agricultura destacam-se a produção de cereais e batata. Pode ser lembrada também a extração de combustíveis fósseis (especialmente o carvão, no Sul) e o turismo, uma atividade em expansão. Relaciona-se comercialmente com países da Comunidade Britânica das Nações e com outros países pertencentes ao bloco da APEC.

A descoberta de ouro, no século XIX, impulsionou a economia. Uma das nações que possuem o melhor índice de desenvolvimento humano (IDH) do mundo, a população da Nova Zelândia, ex-colônia inglesa, vive com mais fidelidade à cultura e às instituições do Reino Unido, do qual se origina a maior parte da população.

 Ilhas Fiji

Superfície, 18.376 km2; capital, Suva; governo, República com forma mista de governo; línguas, fijiano, hindi, inglês.

É um arquipélago situado no centro-sul da Oceania, no oceano Pacífico, formado por nove ilhas maiores e pelo menos trezentas ilhotas e atóis de origem vulcânica, onde somente um terço é habitado. O grupo faz parte da Melanésia, ilhas com habitantes indígenas negros. O relevo é praticamente montanhoso, possuindo solos férteis que ajudam no cultivo de cana-de-açúcar e coco. O país está em uma área sujeita a tempestades tropicais e sofre devastações periódicas devido à passagem de tornados. Mais da metade dos habitantes descende de indianos que foram levados para as ilhas no século XIX, e conservam as tradições e cultura de seus antepassados. A presença desses habitantes provoca tensões com os nativos fijianos. Tradicionalmente, os indianos dominam o comércio, enquanto os fijianos possuem a maior parte das terras. A economia é basicamente agrária, principalmente com a exportação de açúcar. O turismo começou a se desenvolver nos últimos anos, devido ao clima tropical, às águas próprias para mergulho e às ondas, delícia dos surfistas. A pesca predatória e a poluição nas zonas costeiras de Fiji ameaçam o meio ambiente, já afetado pela destruição das florestas nativas, reduzidas em 15% desde a década de 1960.

Ilhas Marshall

Superfície, 181 km2; capital, Majuro; governo, República Parlamentarista; línguas, inglês e idiomas regionais.

A partir de 1946, parte do território deste país, localizado no oceano Pacífico, foi local de testes de explosões nucleares e de mísseis realizados pelos Estados Unidos, que possuem uma importante base militar na região. As Ilhas Marshall estão situadas no norte da Oceania, que é a região do planeta de maior contaminação radioativa conhecida, com sequelas para seus habitantes. É um arquipélago formado por mais de 1,1 mil ilhas, agrupadas em 34 atóis. A nação possui apenas 181 quilômetros quadrados de área, mas se estende por uma superfície de 1 milhão de quilômetros quadrados. Mais da metade da população encontra-se nos atóis de Majuro – onde fica a capital – e de Kuajalein. Os chefes tribais dominam a política. Apesar das praias de clima tropical, as ilhas possuem infraestrutura turística precária. A economia, pouco desenvolvida e dependente da ajuda norte-americana, baseia-se na produção e exportação de coco e na pesca de atum.

 Ilhas Salomão

Superfície, 28.370 km2.; capital, Honiara; governo, Monarquia Parlamentarista; língua, inglês.

As ilhas Salomão fazem parte da região chamada Melanésia, é um arquipélago formado por muitas ilhas de origem vulcânica, situado no centro-oeste da Oceania, no oceano Pacífico. As principais ilhas (Choiseul, Guadalcanal, Malaita, Nova Geórgia, San Cristóbal e Santa Isabel) possuem diversas montanhas com altos picos e vulcões ativos, cobertas por densas florestas tropicais, onde se concentra a maior parte dos habitantes. A devastação descontrolada da mata provocou aumento da erosão dos solos e ameaças ao meio ambiente local. Sua economia concentra-se na agricultura de subsistência, na pesca, no cultivo do coco e na extração de madeira. Imigrantes vindos de países vizinhos proporcionam às Ilhas Salomão diversidades culturais. No país são falados mais de 80 dialetos nativos, além do inglês (língua oficial). O regime de governo é baseado no sistema parlamentar britânico, porém as mulheres não têm direito de voto.

Papua Nova Guiné

Superfície, 462.840 km2.; capital, Port Moresby; governo, Monarquia Parlamentarista; língua, inglês.

Localiza-se a oeste da Oceania e ocupa a parte leste da segunda maior ilha do mundo, a Nova Guiné; abrange o arquipélago de Bismarck e outras ilhas vizinhas no oceano Pacífico. Sua área de montanhas é coberta por florestas tropicais, que chegam a 4,5 mil metros de altitude, e muitos vulcões ativos. Possui um símbolo nacional chamado de “A ave-do-paraíso”. Mais de 750 línguas e dialetos constituem a grande população papua.

Perto de um sexto dos idiomas do mundo é falado ali. Várias tribos indígenas fizeram contato com os europeus apenas no século XX. Ultimamente tem sido marcada por grandes mudanças econômicas e sociais, que causam danos ao meio ambiente. Papua Nova Guiné é considerada a maior produtora mundial de palmito e possui reservas de cobre, ouro e petróleo. Tem fortes laços com a Austrália e exerce influência no Pacífico Sul.

Samoa

Superfície, 2.831 km2.; capital, Ápia; governo, Monarquia Parlamentarista; línguas, samoano e inglês.

O arquipélago de Samoa localiza-se no centro-leste da Oceania (ex-Samoa Ocidental), composto de nove ilhas, sendo as duas maiores Upolu e Savai’i, onde vive a maioria da população. Nos últimos anos, devido à destruição das florestas tropicais, Samoa teve que desenvolver programas ecológicos para que as ilhas não chegassem à extinção. Também foi aplicado um programa de combate à pesca predatória, que se utilizava de explosivos. A

exploração de coco, cacau, madeira e frutas são os principais recursos econômicos do país. Atualmente tem crescido a participação do turismo na economia. O dinheiro enviado pelos samoanos emigrados é outra importante fonte de receita. Os habitantes de Samoa são conhecidos como “povo feliz”. A sociedade se organiza em clãs, cujos chefes compõem a maior parte do Legislativo nacional. A ilha serviu de último refúgio ao romancista Robert Louis Stevenson, autor do livro A ilha do Tesouro.

Vanuatu

Superfície, 12.189 km2; capital, Porto-Vila (ilha Éfaté); governo, República Parlamentarista; línguas, bislama, francês e inglês.

Seu território é constituído de um arquipélago com 82 ilhas, situado no oceano Pacífico, a leste da Austrália; a maior parte das ilhas é desabitada. As maiores são montanhosas e cobertas por florestas preservadas devido ao difícil acesso, o que encarece a exploração econômica. Localiza-se numa região conhecida como Círculo do Fogo, que agrupa o maior número de vulcões do planeta. Por isso, o país é sempre atingido por erupções, tremores e maremotos. Mais de cem dialetos tribais são falados no arquipélago, e a população, em sua maioria de origem melanésia, vive no campo, praticando o cultivo de frutas tropicais e a criação de porcos. A pesca é a atividade econômica tradicional e o turismo tem aumentado, impulsionado por navios de cruzeiro que atracam nas ilhas. Nos últimos anos, Vanuatu desenvolveu o setor financeiro e transformou-se em um paraíso fiscal, para atrair investimentos.

Clima na Oceania 

Na Oceania o clima é bem dividido. Na faixa mais ao norte tropical com chuvas de verão e temperaturas altas durante todo o ano. Já no leste e sudeste da Austrália, clima subtropical sem estação seca com temperaturas amenas. Em todo centro-oeste da Austrália o clima é desértico e semiárido, porém nas faixas mais perto de litoral e mais ao sul, as temperaturas não são tão altas como nas regiões mais centrais e no inverno elas tem uma boa queda em relação ao verão. Apenas na Nova Zelândia o tipo é de característica temperado, com inverno frio e verão ameno sem estação seca. No inverno pode nevar em grande parte da Nova Zelândia, inclusive em pontos ao nível do mar no sul do país e nas montanhas do sudeste australiano. Nas montanhas da Nova Zelândia o frio é constante em todo o ano e nos picos a neve é eterna. Neste país as temperaturas podem cair bastante.


Cidade

Inverno

Verão

Sidnei AUS

13°C

23°C

Wellington NZL

06°C

20°C

Port Moresby PNG

22°C

25°C

Canberra AUS

06°C

21°C

Auckland NZL

09°C

23°C


 


Antártida

A Antártida também conhecida como “continente gelado”, tem uma área de 14,1 milhões de km², mas no inverno pode dobrar de tamanho em razão do congelamento das águas do Oceano Glacial Antártico, formado pela confluência dos oceanos Pacifico, Atlântico e Índico. Nessa época do ano, a temperatura é baixíssima, em torno de – 15°C no litoral e -65°C no interior do continente (a temperatura mais baixa do mundo foi registrada em 21 de julho de 1983 na estação Votosk, base científica da então União Soviética, hoje da Rússia:  -89,2°C). No verão, a temperatura oscila em torno de 0°C no litoral e -30°C no interior. Nesse ambiente, é difícil o desenvolvimento da vegetação, formada basicamente de musgos e liquens, que crescem apenas no curto verão.
Aproximadamente 90% das geleiras mundiais de água doce. A camada de gelo que recobre o continente é de 2 km de espessura, em média, mas pode chegar a quase 5 km em alguns lugares. O ponto mais alto do continente é o monte Vinson, com 5 140 metros de altitudes.
Desde 1911, quando um grupo liderado pelo explorador Road Amundsen atingiu a Antártida e fincou a bandeira da Noruega, outros países fizeram expedições ao continente gelado e reclamaram o domínio de determinadas áreas. Contudo, em 1959 essas reivindicações foram suspensas (mas não anuladas) com a assinatura, por doze países, do Tratado da Antártica, em Washington, DC (Estados Unidos). O tratado, que entrou em vigor em 1961, estabelecia a utilização do continente com fins pacíficos, apenas para o desenvolvimento de pesquisas científicas. Com o tempo, mais de trinta países aderiram a ele.
Em 1991, foi assinado o Protocolo de Madri (Espanha), um complemento ao Tratado da Antártida. Esse estipulou procedimentos para minimizar o impacto ambiental provocado pelas atividades humanas na região, inclusive proibindo a exploração dos recursos minerais por cinquenta anos. Como o protocolo entrou em vigor em 1998, até 2048 estão suspensas reivindicações territoriais, operação militares de qualquer natureza e a exploração do subsolo antártico. Apenas pesca é permitida, ainda assim sob controle.

                        

Na Antártida não há cidades, indústrias ou agricultura, apenas de bases científicas mantidas por 26 países, em sua maioria desenvolvido. O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 1975 e também mantém uma base no continente, chamada Comandante Ferraz. Portanto, não há população vivendo regularmente no continente gelado, apenas cientistas que lá residem temporariamente para desenvolver pesquisas em várias áreas: biologia, geologia, meteorologia, oceanografia etc.

Os minerais cobrem, manganês, urânio, carvão, platina, titânio, ouro, prata e petróleo, dão origem ao Tratado da Antártida, que impõe regras para a exploração com limites para as pesquisas científicas.
Debaixo da capa de gelo há reservas de petróleo, carvão e minérios, como ferro – daí o interesse de alguns países pelo domínio de porções do continente; contudo, você viu, a exploração desses recursos está temporariamente proibida. As águas do Oceano Glacial Antártico são ricas em krill (pequeno crustáceo parecido com camarão), diversos tipos de peixe e outros animais marinhos e baleias. Há também aves, como pinguins e gaviões.
Uma atividade que vem crescendo na região é o turismo de aventura. A Antártida tem sido visitada por navegadores solitários, como o brasileiro Amyr Klink, por grupos reduzidos, em barcos pequenos, e por embarcações maiores que transportam mais de 50 pessoas em cruzeiro pelo Mar de Weddell. Algumas das atividades turísticas são a visita a base de pesquisa e a escalada do Monte Vinson. O crescente de turistas, além de não gerar nenhuma renda e nenhum benefício para a região, ainda provoca impactos ambientais, especialmente no Mar de Weddell e na Península Antártica, os locais mais visitados.

Programa Antártico Brasileiro/Proantar

O Brasil aderiu ao Tratado da Antártida em 1975, e o Programa Antártico Brasileiro (Proantar) foi criado em 1982. As pesquisas brasileiras do Proantar tiveram início no verão austral (do hemisfério sul) de 1982/1983, com a Operação Antártica I, realizada a bordo do navio de pesquisa Oceanográfica Barão de Teffé, da Marinha do Brasil, e do Navio Oceanógrafo Professor W. Besnard, da Universidade de São Paulo. Em 1993, o Brasil foi admitido como membro consultivo do Tratado da Antártida.



A Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) é uma base antártica pertencente ao Brasil localizada na ilha do Rei George, no arquipélago Shetlang do Sul, próximo da península da Antártida. Essa é uma das poucas regiões habitáveis do continente (não fica permanentemente congelado), por isso concentra a maioria das bases científicas.

O nome da estação homenageia Luís Antônio de Carvalho Ferraz, um comandante da marinha brasileira, hidrógrafo e oceanógrafo que visitou o continente antártico por duas vezes a bordo de navios britânicos. Ferraz desempenhou importante papel ao persuadir o Brasil a desenvolver seu programa antártico, o PROANTAR. Foi parcialmente destruída por um incêndio no dia 25 de fevereiro de 2012. Atualmente a base encontra-se num processo de reconstrução. O projeto de reconstrução prevê uma área total de 4 500 m², com capacidade de abrigar 64 pessoas.

 Cuidados Ambientais

Com referência à proteção do meio ambiente antártico, os ecossistemas terrestres caracterizam-se pela descontinuidade, condições ambientais inóspitas, baixa diversidade específica e taxas de crescimento muito lentas. Se não forem protegidos, tais ecossistemas poderão sofrer impactos ambientais irreversíveis.
Já os ecossistemas marítimos, ao contrário dos terrestres, são contínuos, pelos seus 36 milhões de quilômetros quadrados de extensão, possuindo maior capacidade de absorver impactos. Suas condições ambientais são menos extremas e sua diversidade é bastante superior, o que não permite, entretanto, sua exploração indiscriminada.
O Tratado Antártico, que evidencia a necessidade de metodologias conservacionistas, elaborou, em 1964, as "Medidas de Conservação da Flora e da Fauna Antártica", aplicáveis a todo território e a áreas ao sul do paralelo 60ºS. Propuseram-se códigos de conduta para visitantes, procedimentos para tratamento do lixo e avaliação e controle do impacto ambiental causado pelo homem na Região Antártida.
Quanto ao tratamento de lixo, não é permitido o lançamento ao solo de quaisquer materiais estranhos ao ambiente antártico. O lixo deverá ser separado de acordo com a sua natureza e colocado em depósitos apropriados. O lixo orgânico, papéis e pedaços de madeira deverão ser incinerados em condições atmosféricas favoráveis, de modo a não interferir nas pesquisas que estão sendo realizadas em locais próximos. As cinzas restantes e os demais tipos de lixo são retirados da Antártica pelo NApOc Ary Rongel. As latas e metais dóceis são compactados e embalados em caixas plásticas resistentes; vidros e garrafas são moídos e também colocados em caixas plásticas apropriadas.
Existem normas específicas que regulam os procedimentos a serem cumpridos, relacionadas ao sistema de esgoto sanitário e águas servidas, em termos de uso e limpeza, com vistas à sua manutenção e ao bom estado de funcionamento.
A partir da Operação Antártida XIII, foi implementado um Grupo de Avaliação Ambiental, que possibilitará o cumprimento dos parâmetros previstos no "Protocolo do Tratado Antártico sobre a Proteção do Meio Ambiente", conhecido como "Protocolo de Madri", um documento elaborado pelas Partes Consultivas do Tratado Antártico, para regulamentar e controlar as atividades humanas na Antártida. O Grupo de Avaliação Ambiental acompanhará e avaliará as atividades antárticas que deverão ser planejadas e realizadas de modo a evitar ou minimizar os efeitos prejudiciais sobre as características climáticas e meteorológicas; os efeitos prejudiciais significativos na qualidade da água e do ar; as mudanças significativas no meio ambiente atmosférico, terrestre (incluindo o aquático), glacial e marinho; as mudanças prejudiciais na distribuição, quantidade ou produtividade das espécies ou populações de espécies da fauna e da flora; os perigos adicionais para as espécies ameaçadas ou em perigo de extinção e a degradação ou o risco substancial de degradação de áreas de importância biológica, científica, histórica, estética ou de vida silvestre.
Prioridade será dada à preservação do ecossistema e à pesquisa científica, incluindo as pesquisas essenciais para a compreensão do meio ambiente global.
Apesar do acordo para não-ocupação de seu território, a Antártida é atingida sobretudo pela poluição atmosférica: o exemplo mais significativo é o buraco na camada de ozônio, que é maior sobre o “continente gelado”. A destruição da camada de ozônio pode causar uma série de impactos na reprodução da vida, tanto dos seres humanos como de animais e de plantas. O aumento da poluição atmosférica, como também já foi visto, pode causar a elevação da temperatura média do planeta. Pesquisas indicam que o efeito estufa tem contribuído para o degelo de parte da calota polar, aumentando o nível dos oceanos e alterando a reprodução biológica, inclusive no continente antártico. Se todo o gelo da Antártida derretesse, o nível dos oceanos poderiam aumentar mais de 50 metros.

Fonte: Fonte: Trilhas da Geografia – João Carlos Moreira & Eustáquio de Sene, Editora scipione


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