segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Sistema Endócrino

É formado por glândulas que não possuem ductos excretores e secretam hormônio, nome oriundo do grego que significa excitar. Os hormônios são mensageiros químicos que estabelecem comunicações entre as várias partes do corpo. Algumas das comunicações estão relacionadas com a regulação homeostática, o perpétuo ajuste do meio interno fisiológico.

O sistema endócrino é formado por órgãos e tecidos que secretam hormônios. Os hormônios são lançados na corrente sanguínea e influenciam a atividade de células, órgãos ou sistemas. A regulação endócrina é feita pelo nível de um hormônio no sangue; este irá determinar a estimulação ou a inibição da atividade da glândula específica. Observe o exemplo abaixo:

A hipófise secreta TSH (hormônio tireotrófico) que estimula a atividade da tireoide, que passa a liberar as tiroxinas (hormônios tireoidianos). Quando a concentração das tiroxinas está alta, ocorre a inibição da produção do TSH e, por conseqüência, a diminuição da atividade da tireoide; esse mecanismo é denominado feedback ou retroalimentação.

Principais glândulas endócrinas


Alguns dos órgãos produtores de hormônios. A hipófise regula as demais glândulas mas está sob a regulação de uma área encefálica chamada hipotálamo.

Principais glândulas endócrinas e seus hormônios

Glândula

Hormônio

Estrutura Química

Principais Efeitos

Regulação

Hipófise

Ocitocina

Peptídio

Estimula a contração das musculaturas do

Sistema nervoso

Lobo

 

 

útero e das glândulas mamárias.

 

posterior                       

 

 

 

 

Antidiurético

 Peptídio

Promove a reabsorção de água pelos rins.

Osmolaridade do sangue

Hipófise

Somatotrofina

Proteína

Estimula o crescimento geral do corpo;

Hormônios do hipotálamo

Lobo

 

 

afeta o metabolismo das células.

 

anterior                                               

                       

                       

                       

 

 

 

 

Prolactina

Proteína

Estimula a produção e a secreção de leite.

Hormônios do hipotálamo

Folículoestimulante

Proteína

Estimula os folículos ovarianos, nas fêmeas, e a espermatogênese, nos machos.

Estrógenos no sangue, hormônios do hipotálamo

Luteinizante

Proteína

Estimula o corpo amarelo e a ovulação, nas fêmeas, e as células intersticiais, nos machos.

Progesterona ou testosterona; hormônios do hipotálamo

Tireotrofina

Proteína

Estimula a tireóide a secretar seus hormônios.

Tiroxina; hormônios do hipotálamo

Adrenocorticotrófico

Proteína

Estimula a secreção de glicocorticóides  pelas glândulas adrenais.

Cortisol; hormônios do hipotálamo

Tireóide

                       

Triiodotironina e tiroxina

Aminoácidos

Estimula e mantém os processos metabólicos.

Tireotrofina

Calcitonina

Peptídio

Baixa o nível de cálcio no sangue e inibe a liberação de cálcio dos ossos.

Concentração de cálcio no sangue

Paratireóides

Paratormônio

Peptídio

Eleva o nível de cálcio no sangue e estimula a liberação de cálcio nos ossos.

Concentração de cálcio no sangue

Pâncreas

                       

Insulina

Proteína

Baixa sua taxa no sangue; estimula o armazenamento de glicose pelo fígado; estimula a síntese de proteínas.

Concentração de glicose no sangue

Glucagon

Proteína

Estimula a quebra de glicogênio no fígado.

Concentração de glicose no sangue

Córtex da Adrenal

                       

Epinefrina ou adrenalina

Catecolamina

Aumenta o açúcar no sangue; causa vasoconstrição na pele, mucosas e rins.

Controle nervoso

Norepinefrina

ou norodrenalina

Catecolamina

Acelera os batimentos cardíacos; causa vasoconstrição generalizada no corpo

Controle nervoso

Medula da Adrenal

                       

Glicocorticóides

Esteroides

Afeta o metabolismo de carboidratos; aumenta o açúcar no sangue.

Adrenocorticotrófico

Mineralocortícóides

Esteroides

Promove a reabsorção de sódio e a excreção de potássio pelos rins.

Nível de potássio no sangue

Testículos

Andrógeno

Esteroides

Estimula a espermatogênese; desenvolve e mantém os caracteres sexuais secundários masculinos.

Hormônio folículoestimulante; hormônio luteinizante

Ovários

Folículo

Estrógenos

Esteroides

Estimula o crescimento da mucosa uterina; desenvolve e mantém os caracteres sexuais secundários femininos

Hormônio folículoestimulante; hormônio luteinizante

Corpo amarelo

Progesterona e estrógenos

Esteroides

Promove a continuação de crescimento da mucosa uterina.

Hormônio folículoestimulante; hormônio luteinizante

As principais disfunções hormonais no homem

 

Glândula

Disfunção

Sintomas

Hipófise(hôrmonio   somatotrófico) 

Hipofunção-nanismo

Baixa estatura

Hiperfunção-gigantismo

Grande estatura

Hiperfunção no adulto: acromegalia

Espessamento ósseo anormal nos dedos, queixo, arcada superciliar.

Hipófise(hôrmonio

antidiurético)

Hipofunção- diabetes insipidus

Urina abundante e diluída (até 20 litros por dia).

Tireoide (tiroxina)

               

               

               

Hipofunção na criança: cretinismo biológico

Retardamento  no desenvolvimento físico, mental e sexual.

Hipofunção no adulto: mixedema

Edemas na pele, baixo metabolismo, gordura, cansaço.

Hiperfunção no adulto: bócio exoftálmico

Alto metabolismo, emagrecimento, nervosismo,  globo ocular saliente (exoftalmia).

Hipertrofia da glândula: bócio endêmico ou papo

Crescimento exagerado da glândula por deficiência de iodo na alimentação.

Paratireoide (paratormônio)

Hipofunção: tetania fisiológica

Exagerada excitabilidade neuromuscular, contrações musculares tetânicas.

Pâncreas (insulina)

Hipofunção: diabetes mellitus

Hiperglicemia  geral, (alta taxa de glicose no sangue) e glicosúria (glicose na urina).

Adrenais (córtex)

               

Hipofunção: doença de Addison

Enfraquecimento geral, emagrecimento, melanização da pele, embotamento mental.

Hiperfunção, nas mulheres:

virilização

Acentuação dos caracteres sexuais masculinos: pelos  no rosto, mudança no tom de voz, desenvolvimento muscular.

 

 

    

A produção de testosterona é controlada por uma feedback negativo. A hipófise produz o LH que estimula a produção da testosterona; quando o nível desta aumenta a hipófise deixa de secretar LH. A testosterona estimula o desenvolvimento dos caracteres sexuais masculinos secundários. O hormônio FSH estimula a produção de espermatozoides.



Diagrama do ciclo menstrual, mostrando os níveis sanguíneos dos hormônios implicados. O aumento da concentração de FSH da pituitária promove o crescimento dos folículos ovarianos e a secreção de estrógeno. Este estimula o espessamento do revestimento uterino (o endométrio). Perto da metade do ciclo, há nítido aumento da produção de LH pela pituitária, acompanhado de pequena diminuição de FSH. Sob a influência do LH, ocorre a ovulação. O folículo é convertido em corpo lúteo, que começa a secretar progesterona e estrógeno, os quais estimulam ainda mais o crescimento do endométrio. Ao fim do ciclo menstrual, se não ocorreu gravidez, a progesterona deixa de ser produzida, o endométrio começa a se desprender e o ciclo recomeça.


Sistema Excretor

A excreção tem por função principal a eliminação de excretas celulares ou catabólitos e promover a homeostase.

Em corte longitudinal, o rim humano apresenta-se constituído de uma região externa, o córtex, que contém os mecanismos de filtração de sangue, e uma região interna, a medula, pela qual ductos coletores, transportadores de urina, confluem e desaguam na pelve renal, em forma de funil, que dá para a ureter.

O néfron é a unidade funcional do rim. Cada rim humano contém cerca de um milhão de néfrons. O sangue entra no néfron pela arteríola aferente, que o conduz para dentro do glomérulo. Ao contrário de outros capilares, um capilar glomerular está compreendido entre duas arteríolas. A pressão nesses capilares é de 50 a 70 mmHg (cerca de duas vezes maior que a existente em outros capilares), e suas paredes são finas. Consequentemente, há filtração de fluido através das paredes dos capilares para dentro da cápsula de Bowman. A cápsula está ligada a um longo túbulo, que desce até o interior da medula e volta. O fluido que entra no néfron contém moléculas pequenas, provindas do sangue, mas não os elementos grandes, como células sanguíneas e proteínas de alto peso molecular. À medida que o fluido percorre o túbulo, quase toda a água e várias substâncias são secretadas desses capilares para dentro dos túbulos. Materiais de excreção e certa quantidade de água passam para o ureter e são eliminados do corpo.




Sistema Nervoso

O sistema nervoso coordena o funcionamento dos diversos sistemas dos animais; permite reações dos animais quando são estimulados pelo meio ambiente. Ele integra todas as partes do corpo, através da recepção e condução dos estímulos. O sistema nervoso é constituído por dois tipos de células: neurônios e células da glia ou neuroglias.
O neurônio típico apresenta três partes principais: corpo celular, dendritos e axônio. O corpo celular apresenta núcleo, todas as organelas comuns a todos as células, substância de Nissl e as neurofibilas. A substância de Nissl corresponde ao retículo endoplasmático granular.
Os dendritos são prolongamentos receptores de estímulos, e o axônio é o prolongamento em que ocorre a propagação dos impulsos nervosos. Os axônios são envolvidos por duas bainhas: bainha de mielina (interna) e bainha de Schwann (externa). Essas bainhas são interrompidas por estrangulamentos chamados nódulos de Ranvier.

Neurônio é a unidade morfológica e fisiológica do sistema nervoso.   Observe abaixo a estrutura típica do neurônio:

Neurônio motor, célula nervosa que transmite sinais para músculos. O estímulo é recebido em qualquer ponto da superfície desnuda da fibra, geralmente por dendritos, que conduzem o impulso nervoso ao corpo celular e ao axônio. O sinal percorre o axônio, que é isolado por uma bainha de mielina constituída pelas células de Schwann adjacentes. As terminações nervosas aqui mostradas são minúsculos filamentos sem túnica que terminam em botões sinápticos. Esses botões formam sinapse com outras células.

A liberação do neurotransmissor na sinapse
O impulso nervoso propaga-se de uma célula para outra através de uma junção chamada sinapse. A transmissão pela sinapse ocorre por meios químicos. Localizadas em botões sinápticos, no fim do axônio, há numerosas vesículas pequenas, visíveis ao microscópio eletrônico que contêm uma substância transmissora. A chegada do impulso nervoso provoca o esvaziamento dessas vesículas no espaço sináptico. A substância cruza o espaço e combina-se com moléculas receptoras situadas na membrana da célula pós-sináptica, modificando a permeabilidade da sua membrana. As sinapses conferem unidirecionalidade aos impulsos nervosos. As substâncias neuro transmissoras mais comuns são: adrenalina e acetilcolina.

O impulso nervoso percorre o axônio como uma onda de inversão de polaridade (despolarização e repolarização) da membrana plasmática. Pode-se comparar o impulso nervoso à queda sequencial de uma fileira de peças de dominó colocadas em pé. Ao cair, cada peça provoca a queda de sua vizinha. Na membrana do neurônio, a despolarização de uma área provoca a despolarização da área adjacente. A comparação seria ainda melhor se cada peça do dominó se levantasse imediatamente após a queda; isso porque cada área da membrana repolariza-se logo em seguida à sua despolarização.

Sistema nervoso dos vertebrados

Os vertebrados apresentam o encéfalo bem desenvolvido, protegido pela caixa craniana e a medula espinhal no interior da coluna vertebral.
O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e a medula espinhal ou nevosa; e o sistema nervoso periférico compreende nervos cranianos, (do encéfalo) nervos raquidianos (da medula), gânglios sensoriais e simpáticos.
Os nervos são constituídos por feixes dos neurônios.
Os impulsos nervosos chegam ao sistema nervoso central (encéfalo ou medula) através dos neurônios aferentes; e os impulsos são transmitidos do sistema nervoso central para os músculos, glândulas, etc. através dos neurônios eferentes. Existem neurônios associativos que estabelecem uma ligação entre os neurônios aferente e eferente.
Protegendo o sistema nervoso central, encontramos as meninges (membranas): pia-máter, aracnoide e dura-mater. Entre as meninges pia-máter e aracnoide, encontramos o líquor, ou líquido cefalorraquidiano, cuja função é amortecer o choque, protegendo o SNC contra os traumatismos e permite o transporte de nutrientes.

As subdivisões do sistema nervoso

Divisão anatômica do sistema nervoso dos vertebrados

Divisão

Partes

Funções gerais

Sistema

Encéfalo

Processamento e

Nervoso

Central(SNC)

Medula Espinhal

integração de informações.

Sistema

Nervos

Condução de informações

Nervoso

Gânglios

entre órgãos receptores de

Periférico

 

estímulos, o SNC e órgãos

(SNP)

 

efetuadores (músculos, glândulas etc.)

Arco reflexo

Impulsos de uma célula receptora percorrem a fibra sensorial até a corda espinhal. O corpo celular do neurônio sensorial está localizado em um gânglio que fica fora da corda espinhal. O axônio sensorial entra na corda espinhal e faz sinapse com o interneurônio na massa cinzenta da mesma. O interneurônio retransmite o impulso a um neurônio motor, que estimula o músculo efetor.
A resposta é automática e não implica o encéfalo, embora este seja informado do que está ocorrendo.
Os reflexos são atos involuntários, rápidos, conscientes ou não, que ocorrem devido a uma estimulação física ou química do organismo, por exemplo a retirada da mão de uma chama, espirrar, uma pancada sob a rótula no joelho que provoca o levantar brusco da perna.
O tendão do joelho (órgão receptor), ao ser golpeado, transmite através do neurônio sensorial (aferente), a informação ao SNC. Os axônios desses neurônios penetram na raiz dorsal da medula e fazem sinapse com os neurônios associativos, e estes transmitem os impulsos ao neurônio motor (eferente). Os axônios dos neurônios motores saem pela raiz ventral da medula e caminham até os músculos da coxa, ocorrendo o movimento da perna.

Sistema nervoso autônomo

O sistema nervoso autônomo é formado por nervos e gânglios que participam do controle funcional de diversos órgãos, como o peristaltismo do intestino, a contração do músculo cardíaco, as secreções do músculo cardíaco, as secreções dos órgãos do sistema digestivo e outras atividades involuntários

As fibras nervosas do SNA não estão ligadas diretamente aos órgãos que devem controlar. Elas originam-se de neurônios localizados no encéfalo e na medula e terminam em sinapses no interior dos gânglios. Desses gânglios, saem as fibras que terminam no interior dos órgãos viscerais.

O sistema nervoso autônomo é dividido em sistema simpático e sistema parassimpático, que apresentam ação antagônica sobre os órgãos que enervam, ou seja, através da noradrenalina e da acetilcolina, os órgãos podem ser estimulados ou inibidos, dependendo da substância liberada.

O exemplo abaixo mostra as fibras simpática e parassimpática (nervo vago), agindo no coração. A fibra parassimpática, quando estimulada, inibe o batimento cardíaco, devido à liberação da acetilcolina, enquanto a estimulação da fibra simpática provoca o aumento do batimento cardíaco, devido à liberação da noradrenalina.



Sistema nervoso autônomo

Simpático

 

Parassimpático

 

Tamanho

Fibra

Fibra

Fibra

Fibra

                        

Pré-ganglionar

Pós-ganglionar

Pré-ganglionar

Pós-ganglionar

curta

longa

longa

curta

Origem

medula toráxica

gânglios laterais

mesencéfalo,

gânglios junto

 

e lombar

e colaterais

bulbo

aos órgãos

 

 

 

e medula sacral

que inervam

Mediador

acetilcolina

adrenalina

acetilcolina

acetilcolina

químico

 

(adrenérgicas)

(colinérgicas)

(colinérgicas)

As fibras que inervam os vasos sanguíneos dos músculos e as glândulas sudoríparas são colinérgicas

Na tabela abaixo, observe os principais efeitos antagônicos do sistema nervoso autônomo.

Órgão

SN simpático (libera adrenalina)

SN parassimpático

(libera a acetilcolina)

Músculo esfíncter da pupila

dilatação

constrição

Peritaltismo intestinal

inibição

estimulação

Pulmões

(bronquiolos)

dilatação

contrição

Coração

aumenta o ritmo

diminui o ritmo

Vasos sanguíneos periféricos

constrição

dilatação

Pressão arterial

aumenta

diminui

Homem

orgasmo, ejaculação

ereção do pênis

Mulher

orgasmo

intumescimento do clitóris

Bexiga urinária

relaxa a musculatura

da parede e contrai o esfíncter da uretra

contrai a musculatura da parede e contrai o esfíncter da uretra

 



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