sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Criação da OLP

Em 1964, os palestinos fundaram a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), tendo Yasser Arafat (1929-2004) como um de seus principais líderes. O líder palestino Arafat e o primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin (1922- -1995), assinaram um primeiro acordo de paz em setembro de 1993. Nesse acordo, a OLP reconhecia o Estado de Israel, e o governo israelense aceitava a formação de um Estado palestino. Após esse acordo, formou-se o primeiro governo palestino autônomo (a Autoridade Nacional Palestina), com sede na cidade de Ramallah, que fica próximo a Jerusalém. Entretanto, o assassinato de Yitzhak Rabin, em 1995, por um judeu fundamentalista, fez a negociação retroceder.

Em 2004, Arafat morreu e a Autoridade Nacional Palestina passou a ser presidida por Mahmoud Abbas, que retomou o diálogo com os israelenses. Entretanto, as negociações entre israelenses e palestinos não avançaram rumo a soluções pacíficas e duradouras. Um dos pontos principais das desavenças é a situação de Jerusalém, cidade considerada sagrada por judeus, muçulmanos e cristãos. Enquanto os palestinos pretendem transformar a parte oriental de Jerusalém na capital de seu futuro Estado, os israelenses não querem abrir mão do controle sobre toda a cidade e, também, pretendem tornar Jerusalém a capital de Israel. Para isso, os israelenses contam com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Negacionismo: História e Ciência

No século XXI, as redes sociais permitiram que movimentos políticos de extrema direita manifestassem suas ideias retrógradas em grande escala. Grupos se formaram nas redes sociais com o objetivo de desqualificar o saber científico, manipular informações, recorrer a falsos especialistas para produzir desinformações e divulgar fake news. Eles negam eventos científicos e históricos que foram pesquisados, estudados e comprovados, preferindo opiniões pessoais, muitas delas estapafúrdias. Um exemplo é a crença de que o planeta Terra é plano. A opinião pessoal se sobrepõe ao conhecimento científico, apesar das provas em contrário.

Esse também é o caso daqueles que negam a eficácia das vacinas desenvolvidas contra a covid-19, preferindo não se vacinar e expondo-se ao risco de morte. Outro exemplo de negacionismo é desacreditar o fenômeno do aquecimento global. O negacionismo também atua de maneira perversa na história. Há os que negam o assassinato de 6 milhões de judeus pelos nazistas, embora as provas do genocídio sejam inúmeras, variadas e evidentes. A negação do Holocausto é um exemplo, mas há vários outros, como o de que o ser humano não pisou na Lua ou de que não houve ditadura militar no Brasil. Esses movimentos negam e recusam os fatos, as evidências, as pesquisas e as comprovações dos campos da Ciência e da História. O negacionista prefere a crença, a opinião pessoal e a produção da ignorância.

Ocupe Wall Street

Nos Estados Unidos e em vários países europeus, jovens, trabalhadores, sindicalistas e movimentos sociais se mobilizaram em atos de protesto contra a ganância dos investidores, a corrupção e a desigualdade social. O primeiro deles ocorreu em Nova York, em 17 de setembro de 2011, em um movimento chamado Ocupe Wall Street (Occupy Wall Street), em referência à rua onde fica sediada a Bolsa de Valores da cidade. A partir de então, milhares de jovens passaram a protestar em apoio ao movimento, em várias cidades dos Estados Unidos e da Europa. O lema dos manifestantes era “Nós somos 99%”, pois afirmavam que faziam parte da maioria do povo que sofria com a crise econômica provocada pelo 1% que ganhou muito dinheiro no mercado financeiro nos anos anteriores

A crise econômica de 2008

Na década de 1990, as políticas neoliberais de Thatcher e Reagan tornaram-se regra para vários governos do mundo: o Estado deixou de regulamentar as relações econômicas, permitindo que as empresas agissem livremente no mercado. Empresas estatais foram privatizadas. Os governos controlavam suas despesas, reduzindo investimentos nas áreas de saúde e educação. Essas foram algumas regras econômicas que se tornaram dominantes na Nova Ordem Mundial.

Ocorre que, em 2008, o projeto neoliberal entrou em crise. Naquele ano, muitas empresas estadunidenses anunciavam prejuízos, particularmente os bancos. Bancos especializados em financiamento de imóveis quebraram e um dos mais importantes bancos de investimentos dos Estados Unidos, o Lehman Brothers, declarou falência, além de outros bancos e empresas de seguros. 
A crise era gravíssima. Bancos, seguradoras e empresas que até então haviam mostrado solidez no mercado estavam falindo. A Bolsa de Valores de Nova York teve violenta queda – uma das maiores de sua história.
Os governos de George W. Bush e de seu sucessor Barack Obama (1961-) tomaram medidas que, até então, os economistas neoliberais consideravam negativas para a economia: emprestaram milhões de dólares para que bancos, seguradoras e empresas não fechassem as portas. A seguradora AIG e a fábrica de automóveis General Motors foram estatizadas para evitar falência.

Os efeitos da crise 

Com a economia globalizada, a crise logo chegou aos países europeus. Falências de empresas geravam o desemprego de trabalhadores. Sem salários, não havia como comprar mercadorias. Os que estavam empregados, com receio, não gastavam seu dinheiro. Isso provocou queda no consumo e, por consequência, mais falências de empresas e mais trabalhadores desempregados. No Brasil, para combater os efeitos da crise, o governo reduziu impostos sobre produtos industrializados e, com o aumento da renda vivido pela população brasileira, o consumo interno cresceu. O Brasil foi pouco atingido pela crise de 2008. No entanto, alguns países que integram a União Europeia já estavam com grandes problemas antes da crise de 2008. Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda tinham dívidas elevadíssimas e viram as dificuldades crescerem.

As medidas de austeridade 

O resultado da grave crise econômica e social na Grécia, em Portugal, na Espanha e na Irlanda levou a um altíssimo número de desempregados. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE) exigiram a redução de direitos e benefícios sociais dos trabalhadores, o reajuste dos impostos e dos preços da energia elétrica e dos combustíveis e, por fim, o aumento do tempo de trabalho exigido para a aposentadoria. Na Grécia, na Espanha e em Portugal, ocorreram grandes protestos contra as medidas impopulares. Em 2012, em Portugal, uma das manifestações reuniu 1 milhão de portugueses

O talibã e a perseguição às mulheres

Dos vários grupos políticos que formavam os mujahidins, um tomou o poder no Afeganistão: o talibã. Tratava-se de um pequeno grupo político que fazia uma interpretação extremamente rigorosa e radical da religião islâmica. O governo talibã proibiu a população de ver televisão, ir ao cinema, usar computadores e máquinas fotográficas. Música e dança também foram proibidas. Os talibãs impuseram o poder pela força e pela violência. Todos deviam obedecer-lhes e seguir sua interpretação intolerante da religião islâmica. As mulheres foram as que mais sofreram com o governo talibã. Consideradas seres inferiores, foram proibidas de trabalhar e de estudar. Diversos serviços médicos lhes foram negados; muitas foram vítimas da falta de atendimento hospitalar. Elas foram obrigadas a vestir a burca, traje que cobre o corpo da cabeça aos pés, além de esconder o rosto. Milhares de mulheres morreram em razão da crueldade dos talibãs. Os talibãs consideravam a cultura ocidental uma má influência. Tinham ódio dos Estados Unidos por difundirem seus valores culturais e por apoiar Israel na disputa com os palestinos. Os talibãs apoiaram grupos terroristas como a Al-Qaeda (A Base, em língua árabe), fundado por Osama bin Laden. A Al-Qaeda planejou, financiou e executou os ataques aos Estados Unidos em 2001.

Lei Maria da Penha

Maria da Penha Maia Fernandes nasceu em 1945, em Fortaleza, capital do estado do Ceará. Durante os seis anos em que esteve casada, o marido a espancava. Maria da Penha não denunciou as agressões, e o marido mostrou-se cada vez mais violento, tentando matá-la duas vezes. Em consequência das agressões, Maria da Penha ficou paraplégica. Hoje, locomove-se em uma cadeira de rodas. Quando teve consciência de que corria risco de morte, Maria da Penha decidiu denunciar o marido. Ele foi julgado, mas recorreu e não foi preso.

A revolta de Maria da Penha e de grupos e movimentos que lutam pelos direitos das mulheres foi grande. O governo brasileiro foi acusado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) de negligência e omissão em casos de violência doméstica. O agressor somente foi preso em 2002 – 19 anos após cometer os crimes. Dois anos depois, ele já estava livre. Após aprovação no Congresso Nacional, o presidente da República, em agosto de 2006, sancionou a Lei n. 11 340, conhecida como “Lei Maria da Penha”. Com a mudança na legislação, o autor de violência doméstica não pode mais escapar do crime pagando multa ou doando cestas básicas, como ocorria até então.

Da URV ao real

Inicialmente, os economistas criaram a Unidade Real de Valor (URV). Uma URV era igual a 1 dólar. O preço das mercadorias e dos serviços, os salários, etc. passaram a ser avaliados pela URV, pois ela tinha um valor estável. Em determinado momento, o governo transformou a URV em uma moeda: o real, atual moeda brasileira. Como a referência do real era o dólar, tratava-se de uma moeda valorizada.

Os preços pararam de subir, mas foram necessários muitos sacrifícios. O governo aumentou os impostos e a taxa de juros e cortou gastos, sobretudo nas áreas da saúde e da educação. Com os juros altos, o Brasil viveu um período de queda da produção industrial e desemprego. A sociedade brasileira suportou esses sacrifícios para que houvesse o fim da hiperinflação. Fernando Henrique Cardoso obteve muito prestígio com o Plano Real. Nas eleições de 1994, candidatou-se à Presidência da República pelo PSDB e derrotou Lula, do PT, e os demais concorrentes já no primeiro turno

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