Até o momento, você estudou principalmente os aspectos econômicos e políticos da globalização, relacionados a conflitos no mundo contemporâneo. O processo de globalização, porém, envolve outros aspectos, como o cultural, ao difundir valores e modos de vida diversos, mas predominantemente ocidentais e estadunidenses. Você já reparou na quantidade de músicas produzidas nos Estados Unidos que são divulgadas no Brasil? Essa é apenas uma das características desse processo. Outra característica é a rápida disseminação de causas e movimentos sociais, muitos dos quais deixam de ser regionais para se tornar globais.
O movimento Me Too (“Eu também”), desencadeado em 2017, por exemplo, começou como uma série de denúncias de assédio sexual praticadas em Hollywood, nos Estados Unidos. Com o passar dos dias, ganhou o mundo por meio da popularização da hashtag #MeToo nas redes sociais, encorajando mulheres de diferentes países a denunciar o assédio sexual que sofriam por parte de empregadores, colegas de trabalho e familiares. A facilidade de disseminação de causas pela internet também pode ser usada para denunciar o agravamento das desigualdades sociais geradas pela economia global e para defender a cultura e a autonomia de diferentes povos.
Desde a década de 1990, são organizados movimentos sociais anticapitalistas e contra a globalização, como a Ação Global dos Povos, que foi responsável pelo protesto realizado em 1999, na cidade estadunidense de Seattle, em frente ao local onde ocorria uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC).
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