Durante a Segunda Guerra Mundial, as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, mostraram ao mundo o poder de destruição da energia nuclear. Apesar disso, essa tecnologia passou a ser utilizada para a produção de energia elétrica em diversos países, como Estados Unidos, França, Canadá, Espanha, URSS, Brasil, entre outros exemplos. Em meio às crises econômica e política, a URSS foi palco de um dos maiores desastres nucleares da história. Em 1986, houve a explosão de um reator da usina termonuclear de Chernobyl, na Ucrânia soviética. Com o acidente, milhares de pessoas e um número não estimado de animais e plantas foram expostos à radiação. Muitas pessoas morreram rapidamente ou desenvolveram sequelas graves, pois o contato com a radiação causa danos irreversíveis às células, como câncer e doenças cardiovasculares.
Além disso, a nuvem radioativa percorreu o céu da Europa, levando pânico e preocupação a vários países. Para você ter uma ideia, nos dias seguintes à explosão, partículas radiativas foram detectadas na Suécia, aproximadamente a 1 100 quilômetros de Chernobyl. A URSS menosprezou a gravidade da situação, mas teve de assumir a responsabilidade pelo acidente e iniciou um plano de evacuação da região, que até hoje se encontra desabitada por causa dos riscos radioativos. O acidente de Chernobyl chocou o mundo e provocou debates sobre o desarmamento nuclear.
No contexto das reformas, Gorbachev negociou com os Estados Unidos tratados de redução da produção de armas nucleares e de retirada de mísseis do território europeu. Assim, iniciaram-se os acordos pela paz. Além disso, o líder soviético também propôs o fim da KGB (o serviço secreto soviético), da Comecom (organização econômica de assistência mútua entre os países do Leste Europeu) e do Pacto de Varsóvia (aliança militar socialista). Na prática, Gorbachev dava sinais de que a URSS deixaria de intervir nos países que estavam sob sua influência.
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