domingo, 24 de setembro de 2023

A organização social dos mesopotâmios

 Política e Sociedade

Uma sociedade politeísta

A autoridade dos governantes era restrita à cidade; muitas vezes, líderes políticos exerciam também o papel de chefes religiosos. Os sumérios eram politeístas, pois acreditavam na existência de mais de 3 mil deuses, e a religião tinha papel fundamental na sociedade.

Para eles, fenômenos naturais, como chuva, seca, enchentes, eram resultado de desejos das divindades. Cada cidade tinha seu deus protetor, e a ele eram erguidos templos, como os zigurates. Os templos eram a instituição mais valiosa da sociedade, centros de riqueza e de poder,e detinham grandes extensões de terra, usadas para a agricultura.

Cabia aos sacerdotes a administração desses templos, o que acabava lhes conferindo, com os governantes, grande influência e privilégios.

A sociedade era estratificada, tendo como categorias menos privilegiadas os camponeses e escravos. Também na Mesopotâmia os escravos eram prisioneiros de guerra e serviam à comunidade como um todo, não sendo propriedade particular.

Acima dos trabalhadores havia a camada composta por artesãos, comerciantes, militares e funcionários públicos. A aristocracia, grupo mais privilegiado da sociedade mesopotâmica, compunha-se dos sacerdotes e familiares do monarca.

Havia sempre uma classe privilegiada que dizia o que o resto das pessoas tinha de fazer. Na sociedade dos sumérios, os juízes eram os privilegiados. Na sociedade dos assírios, os militares ditavam as leis. Os caldeus obedeciam àquilo que os sacerdotes lhes impunham. Além da classe privilegiada, a sociedade dos povos da Mesopotâmia contava com uma corte de nobres, formada pelos descendentes das famílias mais antigas. A grande maioria de homens livres era composta de soldados e lavradores que eram obrigados a construir os canais e os diques quando não havia escravos disponíveis. Os escravos eram, quase sempre, prisioneiros de guerra.

Não podemos esquecer que os povos da Mesopotâmia foram as primeiras sociedades que adotaram um código de justiça: o Código de Hamurabi. Isso pôs fim à arbitrariedade dos juízes, pois os próprios juízes tinham de respeitar o código. O código também fixou as categorias sociais, ou seja, dizia se um homem pertencia à nobreza ou se era um escravo; também organizava a família e a riqueza.

Politicamente, a Mesopotâmia foi governada por monarquias teocráticas em que o poder estava concentrado nas mãos do soberano, tal como no Egito. O rei, os funcionários públicos, os sacerdotes e a nobreza formavam a elite política que controlava as melhores terras, a produção, subjugando e explorando a grande massa da população.

Os territórios que formavam o império podiam ser de dois tipos: existiam as províncias submetidas, ocupadas pelos conquistadores, e as províncias vassalas, isto é, províncias que mantinham seu próprio governo, mas tinham de pagar impostos em troca dessa liberdade vigiada. Além de pagar tributos em ouro e em soldados, as províncias vassalas podiam manter seus costumes; não eram obrigadas a falar a língua do dominador nem rezar pelos seus deuses.

Economia 

As principais atividades econômicas eram a agricultura e o comércio. Os mesopotâmios desenvolveram também a tecelagem, fabricavam armas, joias e objetos de metal; mantinham escolas profissionais para o aprimoramento de fabricação de armas e cerâmicas.

O artesanato e o comércio tiveram um grande desenvolvimento, principalmente com a troca de produtos agrícolas e artesanais por matéria–prima com as regiões vizinhas, através das caravanas que iam da Arábia à Índia. E pelo mar através do Golfo Pérsico, com navios fenícios. Através disso, as cidades tornaram-se importantes polos comerciais.

A Mesopotâmia manteve sempre permanente contato com os povos vizinhos. Babilônia e Nínive eram ligadas entre si por canais e eram as duas cidades mais importantes. A navegação nos rios Tigre e Eufrates era feita em barcos.

Os comerciantes andavam em caravanas, levando seus produtos aos países vizinhos e às regiões mais distantes. Exportavam armas, tecidos de linho, lã e tapetes, além de pedras preciosas e perfumes. Dessas terras traziam as matérias-primas que faltavam na Mesopotâmia, como o Marfim da Índia, o Cobre de Chipre e a madeira do Líbano.

A religião

Os povos da Mesopotâmia eram politeístas, acreditavam em muitos deuses. Cada cidade tinha o seu deus protetor, que se comunicava com os homens por meio dos astros e das estrelas, do vento, da chuva, dos raios e das tempestades. 

Observe alguns exemplos desses deuses:

• Anu (deus do céu);
• Ishtar (deusa do amor e da guerra);
• Enlil (deus do ar e do destino);
• Shamash (deus do Sol e da justiça);
• Ninmah (deusa da terra e da fertilidade);
• Enki (deus das águas, da sabedoria e das técnicas);
• Abu (deus da vegetação e das plantas).

Além desses deuses, os povos da Mesopotâmia acreditavam em espíritos do bem e do mal que lutavam para dominar o homem. Os magos e os feiticeiros eram os encarregados de agradar os deuses por meio de ritos.

Diversos povos da Mesopotâmia acreditavam também que, depois da morte, o espírito da pessoa ia para um mundo inferior, um lugar deprimente e terrível. Assim, não havia a crença em uma vida melhor após a morte. Por esse motivo, homens e mulheres queriam aproveitar ao máximo sua existência e, talvez por causa disso, a juventude era considerada a melhor fase da vida.

Os assírios e os caldeus acreditavam nas mensagens dos astros. Eles foram responsáveis pelo desenvolvimento da astrologia, que ainda hoje é muito popular.

Os mesopotâmicos adoravam diversas divindades e acreditavam que elas eram capazes de fazer tanto o bem quanto o mal. Os deuses diferenciavam-se dos homens por serem mais fortes, todo-poderosos e imortais. Cada cidade tinha um deus próprio, e, quando uma alcançava predomínio político sobre as outras, seu deus também se tornava mais cultuado. No tempo de Hamurábi, por exemplo, o deus Marduc da Babilônia foi adorado por todo o império. 

Os Sumérios consideravam como principal função a desempenhar na vida, o culto a seus deuses e quando interrompiam as orações, deixavam estatuetas de pedra que os representavam diante dos altares, para rezarem em seu nome.

Sacerdotes e templos

Os templos religiosos eram importantes na vida social da Mesopotâmia. Nesses locais, havia culto aos deuses, realização de rituais e recebimento de oferendas. Cada templo era considerado o “lar dos deuses”.

Cada cidade podia ter vários templos. Só na Babilônia, capital da antiga Suméria (no atual Iraque), havia cerca de cinquenta templos dedicados a diferentes deuses.

No templo, os sacerdotes e as sacerdotisas conduziam as cerimônias religiosas e administravam seus bens e negócios. Com as oferendas que recebiam dos fiéis, os sacerdotes acumulavam riquezas em forma de terras, rebanhos ou sementes, por exemplo.

Para controlar as atividades econômicas, os sacerdotes desenvolveram um sistema de escrita e numeração (como veremos mais adiante). Em razão do poder religioso e econômico, muitos sacerdotes tiveram forte influência política, sobretudo nas cidades sumérias.

Reis e palácios

Existem diferentes hipóteses para explicar a origem e o fortalecimento do poder dos reis nas cidades antigas da Mesopotâmia. Segundo uma delas, no início da vida urbana não existiam reis nem palácios. No entanto, conforme as cidades foram crescendo e acumulando  riquezas, elas passaram a correr risco de invasões e saques.

Diante disso, a defesa das cidades tornou-se uma preocupação para seus habitantes, o que levou à organização de tropas e à escolha de um chefe permanente para comandá-las. Esse chefe seria transformado posteriormente no rei.

Nas sociedades da Mesopotâmia, o rei exercia funções políticas e militares. Tinha também liderança religiosa, pois era visto como um representante dos deuses e, por isso, tinha o poder de fazer valer as vontades divinas entre os humanos. A partir do II milênio a.C., o poder do rei passou a ser transmitido a seus parentes, dando origem às monarquias hereditárias.

Os reis e os funcionários do governo também dominaram boa parte das atividades econômicas. Controlavam, por exemplo, algumas oficinas de artesanato, onde eram produzidos objetos de metal, cerâmica, tecidos e mobiliário, entre outros bens. Com exceção da elite, ou seja, pessoas de posição social elevada, a maior parte da população vivia, de certo modo, em regime de servidão. Isso porque era obrigada a:

• trabalhar para o Estado na construção de edifícios (palácios, templos), muralhas, canais de irrigação, diques e celeiros;

• pagar impostos ao Estado, arrecadados em forma de alimentos, rebanhos e sementes.

A imposição dessas obrigações constitui o que alguns historiadores chamam de servidão coletiva. Essa servidão foi comum tanto na região mesopotâmica como no Egito antigo, onde o Estado exercia domínio sobre as terras. No entanto, os camponeses usufruíam da sua posse: eles produziam para seu sustento e o de suas famílias e eram obrigados a entregar parte da produção ao governo.

Aspectos Culturais

A Astronomia - Entre os babilônicos, foi a principal ciência. Notáveis eram os conhecimentos dos sacerdotes no campo da astronomia, muito ligada e mesmo subordinada a astrologia. As torres dos templos serviam de observatórios astronômicos. Conheciam as diferenças entre os planetas e as estrelas e sabiam prever eclipses lunares e solares. Dividiram o ano em meses, os meses em semanas, as semanas em sete dias, os dias em doze horas, as horas em sessenta minutos e os minutos em sessenta segundos.

A Matemática - Entre os caldeus, alcançou grande progresso. As necessidades do dia-a-dia levaram a um certo desenvolvimento da matemática. Os mesopotâmicos usavam um sistema matemático sexagesimal (baseado no número 60). Eles conheciam os resultados das multiplicações e divisões, raízes quadradas e raiz cúbica e equações do segundo grau. Os matemáticos indicavam os passos a serem seguidos nessas operações, através da multiplicação dos exemplos. Jamais divulgaram as formulas dessas operações, o que tornaria as repetições dos exemplos desnecessárias. Também dividiram o círculo em 360 graus, elaboraram tábuas correspondentes às tábuas dos logaritmos atuais e inventaram medidas de comprimento, superfície e capacidade de peso.   

Literatura - No campo literário, o destaque fica para duas obras sumerianas: o Mito da Criação, que resgata a origem do mundo através do mito de Marduk, e a Epopéia de Gilgamesh, que conta a lenda do Dilúvio.

 Direito

Foi na região da Mesopotâmia que se criaram os primeiros códigos jurídicos escritos. Entre os códigos mais antigos, destaca-se aquele que foi instituído no governo de Hamurábi, rei da Babilônia. 

Chamado de Código de Hamurábi, ali estavam reunidas normas sobre diversos assuntos da vida social: crimes (homicídios, lesões corporais, roubos), questões comerciais, divisão social, casamento e herança, entre outros.

Boa parte dessas normas foi estabelecida com base em costumes que já eram praticados entre os povos da Mesopotâmia. Mas, ao organizá-las em um código, Hamurábi reafirmava a importância do rei como aquele que impõe ordem à sociedade.

Princípio de talião

Em muitas sociedades antigas, o criminoso era punido com diversos tipos de revide, isto é, várias formas de vingança. Muitas vezes, esses revides se transformavam em violência sem fim entre grupos rivais.

O Código de Hamurábi instituiu um meio para limitar esses excessos. Era o princípio ou lei de talião, pelo qual a pena seria proporcional à ofensa cometida: “olho por olho, dente por dente”. Os artigos do Código de Hamurábi descrevem casos que serviam de modelos a serem aplicados em questões semelhantes.

Atualmente, as penas do Código de Hamurábi podem parecer brutais, segundo os valores predominantes na atualidade. No entanto, para a época, o princípio de talião foi considerado uma forma de expressão da justiça. Ao mal provocado pelo crime, retribuía-se com o mal previsto pela pena. No Código de Hamurábi também existia a possibilidade de a pena ser paga na forma de recompensa econômica (gado, armas, moedas).

Obras arquitetônicas

O edifício característico da arquitetura suméria é o zigurate, depois muito copiado pelos povos que se sucederam na região. Era uma construção em forma de torre, composta de sucessivos terraços e encimada por um pequeno templo. 

Nas obras arquitetônicas os mesopotâmicos usavam tijolos cozidos (pois a pedra era muito cara) e ladrilhos esmaltados. Preferiam construir palácios. As habitações de escravos e homens de condições mais humildes eram às vezes, simples cubos de tijolos crus, revestidos de barro. O telhado era plano e feito com troncos de palmeira e argila comprimida. As casas simples não tinham janelas e à noite eram iluminadas por lampiões de óleo de gergelim.

Os assírios decoravam suas construções com baixos-relevos, já que não sabiam como fazer tintas para pintar. Também deixaram suas lendas e seus mitos escritos nos muros de seus templos.

Embora a roda do oleiro tivesse sido inventada nos tempos pré-históricos, foram os Sumérios que construíram os primeiros veículos de rodas. Desenvolvendo os conhecimentos adquiridos pelos Sumérios, os Babilônicos fizeram novas descobertas, como o Calendário e o relógio de Sol. Os Caldeus, sem dúvida, os mais capazes cientistas de toda a história mesopotâmica, tendo deixado importantes contribuições no campo da astronomia. Os mesopotâmios também conheciam pesos e medidas.

Podemos citar como legado dos povos Mesopotâmicos, vários elementos de nossa própria civilização, como: O ano de 12 meses e a semana de 07 dias; A divisão do dia em 24 horas; A crença nos horóscopos e os dozes signos do zodíaco; O habito de fazer o plantio de acordo com as fases da lua; O círculo de 360 graus; O processo aritmético da multiplicação.

Estudo dos astros

Preocupados em entender os desejos divinos, os sacerdotes passaram a estudar océu, acumulando, assim, um volume muito grande de informações sobre os astros e osfenômenos celestes. Isso lhes permitiu elaborar um calendário com base nas mudanças de fase da Lua.

Ao estudar as estrelas, eles verificaram que os astros levavam cerca de 360 diaspara ocupar novamente a mesma posição no céu. Com base nisso, associaram o movimentodesses corpos celestes à circunferência e passaram a dividi-la em 360 partes iguais.

Em seguida, empregaram essa divisão para medir os ângulos das figuras geométricas. É por isso que hoje se diz que uma circunferência tem 360 graus.

Os sumérios também tinham um sistema de numeração que tomava como base o número 60. Assim, estabeleceram uma marcação do tempo na qual uma hora durava 60 minutos, e um minuto, 60 segundos. Exatamente como acontece hoje.

O estudo dos astros permitiu aos sumérios o desenvolvimento de um calendário formado por meses lunares de 28 dias. Assim, conseguiam prever com exatidão o melhor momento de semear e colher.

A ESCRITA CUNEIFORME

A necessidade de registrar estoques de alimentos, impostos recebidos, transações comerciais efetuadas e leis expedidas impulsionou os sumérios a desenvolver um dos mais antigos sistemas de escrita do mundo, inventado por volta de 4000 a.C. Eles escreviam na argila mole com o auxílio de pontas de vime. O traço deixado por essas pontas tem a forma de cunha, daí o nome de “escrita cuneiforme”. Com cilindros de barro, os mesopotâmicos faziam seus contratos, enquanto no Egito se usava o papiro. 

De início, as anotações eram feitas com uma haste de bambu em placas de argila úmida, posteriormente postas para secar ao sol. Cerca de 500 anos depois, as hastes de bambu foram substituídas por estiletes com ponta em forma de cunha. Por isso, esse tipo de escrita ficou conhecido como cuneiforme.

Em um primeiro momento, a escrita suméria tinha como base símbolos que significavam palavras. Por exemplo: o desenho da cabeça de um boi queria dizer “boi”; uma tigela significava “comida” – essa escrita foi chamada de pictográfica. Os sumérios utilizavam cerca de 2 mil sinais, mas havia dificuldades para expressar ideias mais abstratas.

Pouco a pouco, foram introduzidas modificações, e os pictogramas passaram a representar sílabas ou sons. Isso permitiu que, por volta de 2500 a.C., o número de pictogramas se reduzisse a 600.

Escribas

Aprender a escrita cuneiforme era uma tarefa que exigia vários anos de rigorosos treinamentos. As aulas eram ministradas nas edubbas, escolas de escribas que funcionavam perto dos templos ou do palácio real.

Em geral, os escribas eram homens oriundos de famílias de posses e frequentavam as edubbas desde o início da juventude. A população em geral, contudo, era iletrada, prevalecendo entre eles a tradição oral.

A escrita cuneiforme se espalhou pela Mesopotâmia, chegando a outras localidades, como o Egito e a ilha hoje conhecida como Chipre.

Em 1986, foi descoberta por arqueólogos, perto de Bagdá, Capital do Iraque, uma das mais antigas bibliotecas do mundo, datada do século X a.C. A biblioteca continha cerca de 150.000 tijolos de argila com inscrições sumerianas. A escrita cuneiforme, criada pelos sumérios, foi decifrada pelos estudiosos ingleses Grotefend e Rawlinson.

Aquilo que é chamado patrimônio histórico material representa todos os objetos criados por povos ou grupos do passado e que resistiram à ação do tempo. Por meio deles é possível conhecer o modo de ser e de viver dos grupos humanos que os produziram.

Entre esses objetos estão ruínas de edifícios, sítios arqueológicos, obras de arte, monumentos,utensílios domésticos etc.

O Iraque tem um rico patrimônio histórico material herdado dos antigos povos mesopotâmicos:ruínas de cidades, zigurates, placas de argila com textos em escrita cuneiforme, esculturase muitos outros objetos.

Mesopotâmia

A região pertencia ao chamado Crescente Fértil, situando-se entre os rios Tigre e Eufrates. A própria palavra mesopotâmia significa “região entre rios” e sua área é definida pela nascente dos rios, nas montanhas da Armênia, até a desembocadura, no Golfo Pérsico.

Trecho do rio Tigre atualmente

A mesopotâmia não possuía proteções naturais (como o Egito, por exemplo, que é cercado por desertos), fato que facilitava o acesso de vários povos à região. Este dado explica o caráter extremamente agitado de sua história política, caracterizado por sucessivas invasões, guerras, ascensão e declínio de diversos reinos e impérios.

Muitos povos dominaram a terra que fica entre os rios Tigre e Eufrates. Para estudar a história da Mesopotâmia, podemos imaginar um painel no qual as luzes acendem e apagam. Essas luzes são intermináveis guerras e conflitos entre povos com línguas e costumes diferentes. Apesar disso, a Mesopotâmia produziu uma das culturas mais antigas do mundo. Lá também surgiram os primeiros impérios do mundo antigo.

Nessa região é que se têm o registro das primeiras civilizações, por volta de 4000 a.C. Neste período começa a estruturar-se o Estado, o surgimento da escrita, o desenvolvimento da economia comercial e a utilização da roda, nos veículos. Além do desenvolvimento de um complexo sistema hidráulico que favorecia a utilização dos pântanos, evitando as inundações e garantindo o armazenamento de água para os períodos de seca. O desenvolvimento propiciou o crescimento nas cidades, algumas superando o número de 10 mil habitantes. As cidades também serviam de defesa militar, centralização do poder e controle das populações.

Localização e clima

A Mesopotâmia fica no extremo oeste da Ásia. Essa região é conhecida como o Oriente Médio, que é diferente do Extremo Oriente, onde ficam a China e o Japão. Os rios Tigre e Eufrates nascem nas altas montanhas da Armênia, percorrem a Mesopotâmia e desembocam, juntos, no golfo da Pérsia. Hoje, essa região é coberta de pântanos e deserto.  Antigamente, as enchentes dos rios formavam uma grande rede de canais e fertilizavam a área, tornando-a ideal para o cultivo de cereais e frutas, e para a criação de gado.

Na Antiguidade, a Mesopotâmia estava cercada de países pobres e desérticos: a Arábia ao sul, o Irã a leste, a Armênia ao norte e, ao oeste, o deserto da Síria. É por isso que todos os povos da Antiguidade quiseram ser donos daquela terra rica. É por isso, também, que a Mesopotâmia foi, durante muitos séculos, o campo de batalha entre os povos semitas e os ários.

Atualmente na região onde se instalaram os povos mesopotâmicos localizam-se dois países: Iraque e Kuwait. Mesopotâmia é o nome da planície que abrange a bacia dos rios Tigre e Eufrates. O principal interesse econômico dessa região é o petróleo.

Povos da Mesopotâmia

Ao longo dos séculos, a Mesopotâmia foi habitada por povos que guerrearam entre si em diferentes momentos. Entre eles, podemos citar os sumérios, os acádios, os amoritas (ou antigos babilônios), os assírios e os caldeus (ou novos babilônios). Esses povos tinham línguas e culturas diversas.

Sumerianos e Acadianos (3500-2000 a.C.)

Os primeiros habitantes da Mesopotâmia foram tribos elamitas. Não sabemos muito sobre os elamitas. Mas sabemos que, por volta do ano 3500 a.C., eles foram dominados pelos sumérios, que se fixaram na caldéia, sul da Mesopotâmia, onde fundaram diversas cidades-estados, como Ur, Uruk, Nipur e Lagash.  Cada cidade era governada por um rei sacerdote chamado de Patesi, que viviam constantemente em guerra entre si pela supremacia na região.

Primeiras cidades

Na Mesopotâmia, foram encontrados vestígios de cidades sumérias como Ur, Uruk, Nippur, Lagash e Eridu, que se desenvolveram por volta de 4000 a.C.

Nas cidades, havia trabalhadores especializados em ofícios diferentes dos das pessoas que viviam nas aldeias. Entre os trabalhadores urbanos estavam os artesãos, que, dominando ferramentas e técnicas próprias, se dedicavam à produção de vários bens. Como exemplos de artesãos, podemos mencionar ceramistas, construtores de carroças, carpinteiros, moedores de cereais (moleiros) e tecelões.

Além disso, as cidades se diferenciavam das aldeias por apresentarem uma população mais numerosa vivendo de maneira mais adensada. Nelas havia diversos tipos de construção, como casas, templos, ruas, pontes e palácios. Dessas construções, destacavam-se os templos e o palácio real, que eram centros de poder.

Ao redor de algumas cidades foram erguidas muralhas protetoras e torres de vigilância. A cidade suméria de Uruk, por exemplo, foi rodeada por uma muralha com aproximadamente 10 quilômetros de extensão.

Os sumérios criaram o modo de vida que foi adotado pelos outros povos que conquistaram sucessivamente a Mesopotâmia. Eles eram nômades da região do Cáucaso e se fixaram no sul da Mesopotâmia. O patesi era o representante dos deuses entre os homens, assim como o papa é o representante do deus dos católicos na terra.

Quando os sumérios chegaram ao sul da Mesopotâmia, começaram a drenar os pântanos e construíram diques e canais para aproveitar a água dos rios Tigre e Eufrates. Além disso, levaram a agricultura para a Mesopotâmia. Por causa disso, a região logo se transformou no “celeiro do mundo”.

Como não havia pedras na região, os sumérios começaram a usar tijolos de barro cozido pelo sol para fazer suas casas. Foi assim que os tijolos foram inventados.

Em pouco tempo, o crescimento das cidades e o aumento da produção de cereais trouxeram a escrita. Para poder armazenar o que sobrava, os governantes precisavam saber aquilo que cada cidade plantava e colhia. E precisavam contar quantas cabras havia no pasto.

Os sumérios inventaram um tipo de escrita que é chamado de cuneiforme. Como eles não tinham matéria-prima para fazer papel, nem papiros, escreviam sobre tábuas feitas de barro. A “caneta” era um pedaço de madeira que tinha o formato de uma cunha. É por isso que a escrita deles é chamada de cuneiforme.

Por volta de 2300 a.C., invasores acadianos conquistaram a região, e seu rei, Sargão I, chamado de “soberano dos quatro cantos da terra”. Tornou-se o primeiro governante a reinar sobre todo o sul da Mesopotâmia. Contudo, nova onda de invasões estrangeiras ocorreu na região, desestruturando o Império Acadiano e possibilitando a retomada da hegemonia política dos sumérios.

O domínio sumério sobre a área não foi, contudo, duradouro: novos invasores apareceram até que os amoritas lograram dominar toda a região conseguindo fundar o Primeiro Império Babilônico.

Aldeias agrícolas

Inicialmente, os povos que viviam na Mesopotâmia eram caçadores-coletores e produziam instrumentos feitos de pedra, ossos e madeira. Aos poucos, alguns desses povos começaram a cultivar vegetais, a criar animais e a permanecer mais tempo nos lugares que ocupavam, formando aldeias sedentárias.

Entre os produtos agrícolas cultivados, podemos citar: cevada, trigo, linho, gergelim, tâmara, cebola e alho. Entre os animais domesticados, destacamos: ovelhas, cabras, porcos e bois.

Na Mesopotâmia, o desenvolvimento da agricultura e da criação de animais começou por volta de 8000 a.C. Para melhorar a produção agropastoril, por exemplo, os sumérios e os acádios aprenderam a controlar a ocorrência de inundações pela água dos rios, pois, na época das cheias, os rios transbordavam e suas águas podiam destruir as plantações. Para impedir que isso ocorresse, povos da região construíram muros e diques capazes de conter a água. Além disso, fizeram canais de irrigação que levavam a água até os terrenos mais secos.

A construção de muros, diques e canais de irrigação foi realizada primeiro pelos moradores das aldeias. Depois, parte dessas atividades passou a ser controlada por administradores de templos e palácios.

Organização das famílias

Nas aldeias da Mesopotâmia, os trabalhos relacionados à agricultura e à criação de animais eram realizados basicamente pelas famílias. De início, eram famílias alargadas, ou seja, formadas por avós, pais, filhos, tios, primos, netos, genros ou noras que viviam em um mesmo local. Mas essa forma de organização familiar modificou-se com o tempo.

No começo do II milênio a.C., há indícios de que essas famílias começaram a ser substituídas por famílias nucleares, formadas apenas por pais, filhos e poucas pessoas próximas.

As famílias alargadas e nucleares foram importantes na organização da vida social. Os líderes das famílias procuravam resolver conflitos internos nas aldeias e defendiam os interesses dos moradores diante das autoridades dos templos e palácios.

O Primeiro Império Babilônico (2000-1750 a.C)

Depois de séculos de lutas quase ininterruptas, a Mesopotâmia, no século XVIII a.C., conheceu enfim a unidade. O rei Hamurábi da Babilônia – capital do império e um dos principais centros urbanos e políticos da Antiguidade –, além de estender as fronteiras do império desde o Golfo Pérsico até a Assíria, conseguiu unificar as cidades da Mesopotâmia e iniciou a construção de uma imensa muralha em volta da cidade de Babilônia. Além disso, ele também elaborou o primeiro código completo de leis de se tem notícia.

O Código de Hamurábi foi o primeiro código social e político da Antiguidade e era composto por centenas de leis compiladas a partir do Direito sumeriano. Dentre elas, destacava-se a Lei de Talião, que preconizava que as punições fossem idênticas ao delito cometido. O código se baseava no princípio do “olho por olho, dente por dente”. Isto é: se uma pessoa matava a mãe de outra pessoa, esta pessoa tinha o direito de matar a mãe daquela pessoa. Isso pode parecer um pouco complicado à primeira vista - mas era assim que eles faziam justiça.

Grandes migrações indo-europeias (hititas e cassitas, especialmente) desorganizaram o Império Babilônico, do qual se originaram reinos menores, rivais e decadentes.

O Império Assírio (1300-612 a.C.)

Os assírios eram um povo que, ante de 2500 a.C. estabelecera-se no norte da Mesopotâmia, na região de Assur.

A guerra era a sua principal atividade: pilhavam as áreas conquistadas e massacravam sua população. Durante o reinado de Sargão II, os assírios conquistaram o reino de Israel e, no de Tiglatfalasar, tomaram a cidade da Babilônia. Também Senaqueribe e Assurbanipal são personagens importantes da história assíria: o primeiro por ter transferido a capital do império de Assur para Nínive e o segundo por ter conquistado o Egito e criado a Biblioteca de Nínive.

A morte de Assurbanipal (631 a.C) e a ocorrência de revoltas internas enfraqueceram o Império assírio. A destruição veio em 612 a.C., com Nabopolassar, o qual, comandando caldeus e medos, povos vizinhos, pôs fim ao Império Assírio e inaugurou o Segundo Império Babilônico.

O Segundo Império Babilônico (612-539 a.C.)    

Derrotados os assírios, a Babilônia volta a ser a capital da Mesopotâmia, agora sob domínio dos caldeus. Durante o reinado de Nabucodonosor (604-561 a.C.) o Império Babilônico conheceu o apogeu. Nesse Período, a palestina foi conquistada, o povo hebreu escravizado e transferido para a Babilônia. Nabucodonosor foi ainda responsável pela construção dos “jardins suspensos da Babilônia” considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo.

O rei Nabucodonosor expandiu o império até o Egito. Os prisioneiros das guerras de conquista eram levados para Babilônia como escravos. Dentro da cidade, foram forçados a construir as muralhas e os magníficos Jardins Suspensos.

Jardins suspensos da babilônia atual Iraque

O sucessores de Nabucodonosor acharam que ninguém conseguiria entrar na cidade de Babilônia e começaram a relaxar a segurança. Conclusão: os persas, sob o comando do rei Ciro, dominaram a cidade de Babilônia. A Mesopotâmia tornou-se, então, mais uma província do vasto império persa.

Egito Antigo

A civilização egípcia que teve início por volta de 4000 a.C., desenvolveu-se em uma faixa de terra no nordeste da África. Embora cercada por desertos, essa região apresentava fatores naturais que propiciaram a fixação do homem:

• água – o rio Nilo fornecia a água necessária à sobrevivência e ao plantio;

• solos férteis – as cheias periódicas do rio Nilo depositavam uma rica camada de húmus em suas margens, fertilizando o solo.

A história dos antigos egípcios está profundamente ligada ao Rio Nilo. Por volta de 8500 a.C., havia diversas pequenas comunidades instaladas às suas margens.
Todos os anos, o Nilo transbordava por causa das chuvas em sua nascente. Com a cheia, o húmus trazido pelo rio era depositado em suas margens. As pequenas comunidades aproveitavam a fertilidade do solo e plantavam principalmente cereais, linho e leguminosas. Por volta de 4000 a.C., os moradores desses pequenos vilarejos – chamados nomos – desenvolveram conhecimentos em engenharia e começaram a construir diques para estocar água. Dessa maneira, as comunidades podiam transportar a água para irrigar regiões mais distantes e armazená-la para períodos de seca.
O Egito era, assim, um verdadeiro oásis em meio ao deserto. Por isso, o historiador grego Heródoto afirmou: o Egito é uma dádiva do Nilo. Entretanto, somente os fatores naturais não são suficientes para explicar o desenvolvimento da civilização egípcia. Deve-se considerar a atuação humana através do trabalho, da criatividade e do planejamento. Para proteger vilas e casas das inundações, os egípcios construíram diques e barragens. Construíram diques e barragens. Construíram também canais de irrigação para levar a água do rio às regiões mais distantes. Assim, aliando esforço e criatividade, os egípcios aproveitaram os recursos naturais, fazendo surgir uma das mais antigas civilizações.
O rio fornecia aos egípcios água para beber e boas condições para as lavouras, além de peixes e aves aquáticas, usadas na alimentação. Em suas margens cresciam ainda diversas plantas, entre as quais, o papiro. 

A colheita do papiro

Com essa planta, os egípcios fabricavam uma espécie de papel, que por isso ficou conhecido também como papiro.   O Nilo era tão fundamental para a sobrevivência dos egípcios que, em sua homenagem, foram feitos muitos hinos e orações.

Evolução Política

A história egípcia costuma ser dividida em:

• Período pré-dinástico – desde a formação das primeiras comunidades até a fundação da primeira dinastia dos faraós.

• Período dinástico – abrange três fases principais: Antigo Império, Médio Império e Novo Império. Vejamos cada um desses períodos.

Período pré-dinástico (5000-3200 a. C.) 

Desde 5000 a. C., o Egito era habitado por povos que viviam em clãs, chamados nomos. Embora independentes uns dos outros, os nomos cooperavam entre si para solucionar problemas comuns, como a abertura de canais de irrigação, construção de diques etc. 

OS NOMARCAS

Com o crescimento dos nomos, o trabalho começou a ser dividido entre as pessoas. Assim, algumas passaram a cuidar da agricultura; outras, da construção de celeiros para estocar alimentos. Havia ainda os artesãos, os administradores de obras, entre outros trabalhadores.
As pessoas que conquistavam posições de destaque em suas comunidades acabavam assumindo cargos no poder local. O mais importante desses cargos era o de nomarca, uma espécie de governador.

Alguns nomarcas ampliaram seu poder para outros nomos ou regiões vizinhas. Eles eram respeitados principalmente por sua capacidade de garantir segurança e comida para a população dos nomos.

O ALTO EGITO E O BAIXO EGITO

Por volta de 3500 a.C., os diversos centros de poder do Nilo foram unificados em apenas dois reinos: o do Alto Egito (localizado nas regiões da nascente do Rio Nilo e de seu curso médio) e o do Baixo Egito (no delta do rio).
Essas relações evoluíram e levaram à formação de dois reinos: Reino do Baixo Egito, formado pelos nomos do norte; e Reino do Alto Egito, formado pelos nomos do sul. 
Por volta de 3200 a. C., Menés unificou os dois reinos, fundando, assim, a primeira dinastia dos faraós. O período pré-dinástico é, portanto, a época anterior a essa primeira dinastia. Seu líder foi coroado como faraó, uma mistura de rei e deus.
A unificação dos dois reinos pode ser considerada o marco inicial da civilização egípcia,que perdurou por mais de 3 mil anos e deixou um importante legado para a ciência moderna, em áreas como a Engenharia, a Astronomia, a Medicina, as Artes e em outros campos do conhecimento humano.

A coroa era um dos principais símbolos do faraó. Antes da unificação, o soberano do Alto Egito utilizava a coroa branca; a coroa vermelha era usada no Baixo Egito. Quando o Egito passou a ser governado por um único soberano, o faraó. A coroa tornou-se dupla: vermelha e branca. Simbolizando a união dos dois reinos. Ao comandar suas tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul.

Período dinástico (3200-1085 a. C.)

Foi durante o período dinástico que se deu a construção das grandes pirâmides, o crescimento territorial e econômico do Egito e sua expansão militar. Vejamos as fases desse período.

ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C. a 2300 a.C.)

Com a unificação promovida por Menés, a capital do Egito passou a ser a cidade de Tinis. Mais tarde, a capital foi transferida para a cidade de Mênfis, atual Cairo.

Entre 2700 a.C e 2600 a.C. foram construídas grandes pirâmides (templos funerários destinados ao faraó e sua família), na região de Gizé. Os faraós da quarta dinastia, Quéops, Quéfren e Miquerinos, foram os que mais se empenharam para a construção desses monumentos.              

                        

Por longo período do Antigo Império, o Egito conheceu a estabilidade política e social. Contudo, a partir do ano de 2300 a.C., o poder dos nomarcas cresceu a ponto de se sobrepor à supremacia do faraó, determinando uma descentralização política. Nesse momento aconteceram acirradas lutas entre os nomarcas e inúmeras revoltas sociais, o que gerou crise decorrentes da desorganização da produção.

MÉDIO IMPÉRIO (2100 a.C. a 1750 a.C.)

Os faraós reconquistaram o poder. Príncipes do Alto Egito restauraram a unidade política do Império e estabeleceram em Tebas a nova Capital. A massa camponesa, através de revoltas sociais, conseguiu o atendimento de algumas reivindicações, como por exemplo, a concessão de terras, a diminuição dos impostos e o direito de ocupar cargos administrativos até então reservados às camadas privilegiadas.

Em cerca de 1800 a.C., entretanto, teve início uma onda de invasões estrangeiras: hebreus e, principalmente, hiosos estabeleceram seu domínio na região. Isso era resultado de uma série de revolta do povo e da nobreza egípcios, que tornou o império ingovernável e suscetível a invasões. Os hiosos, povos de origem asiática, possuíam superioridade Bélica sobre os egípcios, pois usavam carros de guerra, cavalos e armas de ferro, equipamentos desconhecidos no vale do Nilo.

A dominação dos hiosos despertou forte sentimento nacional e militarista entre os egípcios, os quais se uniram e, em 1580 a.C., sob o comando do faraó Amósis I, conseguiram expulsar os invasores. Assim, a unidade territorial foi restabelecida e Tebas retornou a posição de capital do Egito. Após a expulsão dos hiosos, os hebreus também invasores de origem asiática, foram dominados e escravizados. Por volta de 1250 a.C., porém, conseguiram deixar a região, sob o comando de Moisés, no chamado Êxodo.

NOVO IMPÉRIO (1580 a.C. a 525 a.C.)

Este período assiste ao apogeu da civilização egípcia, quando as conquistas militares ampliaram muito as fronteiras do império. Entre os faraós que se destacaram no período, temos os conquistadores Tutmés III e Ramsés II, e o reformador religioso Amenófis IV.

Sob o governo de Tutmés III (1480-1448 a.C.), o império estendeu-se até o rio Eufrates, na Ásia, subjugando os sírios, os fenícios e outros povos.

Já o faraó Amenófis IV (1480-1448 a.C.) tentou anular o grande poder dos sacerdotes. Seu projeto era fazer uma ampla reforma religiosa, estabelecendo o culto monoteísta a Aton, o círculo solar, excluindo os demais deuses. Entretanto, os projetos de Amenófis não se concretizaram, pois esbarraram na resistência dos sacerdotes politeístas. Estes depuseram Amenófis IV e outorgaram a Tutankhamon o título de faraó, demonstrando a sua força no Estado egípcio. 

O prosseguimento das conquistas militares deu-se no governo do faraó Ramsés II, o qual reconquistou a Síria em 1299 a.C., entretanto vários povos asiáticos que estavam unidos contra o Egito. O poderio e o esplendor alcançados eram evidenciados não apenas pelas conquistas militares, como também pelas manifestações culturais, a exemplo da construção dos templos de Karnac e Luxor.

No final do Novo Império, o Egito voltou a ser invadido, desta vez pelos assírios, que, em 662 a.C., sob o comando de Assurbanipal, conquistaram a região. Os egípcios, porém, resistiram à dominação assíria e o faraó Psamético I (655-610 a.C.) obteve a libertação da nação, iniciando um intenso florescimento econômico e cultural. Em seguida sob o comando de Necao, o Egito viveu o seu último momento de esplendor imperial, intensificando o seu comércio com a Ásia, visando unir o rio Nilo ao Mar Vermelho. Nesse sentido, Necao financiou a expedição do navegador fenício, Hamon, o qual realizou uma viagem singular para aquela época: partiu do Mar Vermelho e, em três anos, contornou a costa africana, retornando ao Egito pelo Mar Mediterrâneo.

Depois de Necao, as lutas internas entre a nobreza, os burocratas, os militares e os sacerdotes, somadas as rebeliões camponesas, determinaram o enfraquecimento do império.

O Egito e outros povos africanos

Os egípcios estabeleceram diversas relações com outros povos africanos, especialmente com as sociedades que se organizaram na região da Núbia. Esse território estava ao sul do Egito e podia ser alcançado por meio de rotas fluviais que seguiam o curso do Rio Nilo.

No comércio com a Núbia, os egípcios vendiam alimentos e ferramentas e obtinham riquezas como ouro, joias, penas, marfim, peles de animais e outras mercadorias valiosas. Parte desses produtos tinha origem na África Central e chegava ao Egito por meio de rotas terrestres que interligavam a Núbia a outras regiões do continente africano.

Além do comércio, egípcios e núbios travaram guerras e conflitos, disputando territórios ao longo do tempo.

Decadência do Egito

Depois do século XII a. C., o Egito foi sucessivamente invadido por diferentes povos. Em 670., os assírios conquistaram o Egito, dominando-os por oito anos.

Após se libertar dos assírios, o Egito iniciou uma fase de recuperação econômica e brilho cultural, conhecida como renascença saíta por ter sido impulsionada pelos soberanos da cidade de Sais.

Contudo, a prosperidade durou pouco. Em 525 a. C., os persas conquistaram o Egito. Quase dois séculos depois, os macedônios, comandados por Alexandre Magno, derrotaram os persas. Finalmente, em 30 a. C., o Egito foi dominado pelos romanos. 

Economia 

Na economia egípcia predominou o modo de produção asiático. O Estado, representado pelo faraó, controlava as atividades econômicas. Era dono da terra e comandava o trabalho agrícola. Administrava as pedreiras, as minas e a construção de canais, diques, templos, pirâmides, estradas, além de controlar o comércio exterior.

Assim, não havia no Egito pessoas atuando fora do controle do Estado. A maior parte delas vivia num regime de servidão coletiva, obrigada a sustentar o faraó e a elite dominante, pagando tributos em forma de bens ou de trabalho.

Entre as principais atividades econômicas desenvolvidas no Egito, citam-se: 

• agricultura – cultivo de trigo, cevada, linho e papiro;

• criação de animais – a criação de bois, asnos, carneiros, cabras, porcos e aves. A partir das invasões dos hiosos, começaram a criar cavalos;

• comércio exterior – importação e exportação de diversos produtos sob o controle do Estado, que enviava expedições para Creta, Fenícia, Palestina. Exportavam-se trigo, linho, cerâmicas; importavam-se marfim, perfumes, peles de animais.

Sociedade

A sociedade egípcia era estratificada, portanto, a hierarquia definia o papel que cada indivíduo desempenhava. Essa hierarquia pode ser representada em forma de pirâmide, e quanto mais perto do topo o sujeito estiver, maior sua importância social. Cada camada com suas funções bem definidas. Nessa sociedade, a mulher tinha grande prestígio e autoridade.

- O Faraó – No topo da pirâmide vem o faraó, com poderes ilimitados. Isso porque ele era visto como pessoa sagrada, divina, e aceito como filho de deus ou como o próprio deus. É o que se chama de governo teocrático, isto é, governo em nome de deus. O faraó era um rei todo-poderoso, proprietário do país inteiro. Os campos, os desertos, as minas, os rios, os canais, os homens, as mulheres, o gado e todos os animais - tudo lhe pertencia. Ele era ao mesmo tempo rei, juiz, sacerdote, tesoureiro, general. Era ele que decidia e dirigia tudo, mas, não podendo estar em todos os lugares, distribuía encargos para centenas de funcionários que o auxiliavam na administração do Egito. A sagrada figura do faraó era elemento básico para a unidade de todo o Egito. O povo via no faraó a sua própria sobrevivência e a esperança de sua felicidade.

- Os Sacerdotes – Os sacerdotes tinham enorme prestígio e poder, tanto espiritual como material, pois administravam as riquezas e os bens dos grandes e ricos templos. Eram também sábios do Egito, guardadores dos segredos das ciências e dos mistérios religiosos relacionados com seus inúmeros deuses.

- A Nobreza – A nobreza era formada por parentes do faraó, altos funcionários e ricos senhores de terras

- Os Escribas - Os escribas, provenientes das famílias ricas e poderosas, aprendiam a ler e a escrever e se dedicavam a registrar, documentar e contabilizar documentos e atividades da vida do Egito.

- Os Artesãos e Comerciantes – Os artesãos trabalhavam especialmente para os reis, para a nobreza e para os templos. Faziam belas peças de adorno, utensílios, estatuetas, máscaras funerárias. Trabalhavam muito bem com madeira, cobre, bronze, ferro, ouro e marfim. Já os comerciantes se dedicavam ao comércio em nome dos reis e nobres ou em nome próprio, comprando, vendendo ou trocando produtos com outros povos, como cretenses, fenícios, povos da Somália, da Síria, da Núbia, etc. O comércio forçou a construção de grandes barcos cargueiros.

- Os Camponeses – Os camponeses formavam a maior parte da população. Os trabalhos dos campos eram organizados e controlados pelos funcionários do faraó, pois todas as terras eram do governo. As cheias do Nilo, os trabalhos de irrigação, semeadura, colheita, armazenamento dos grãos obrigavam os camponeses a trabalhos pesados e mal remunerados. O pagamento geralmente era feito com uma pequena parte dos produtos colhidos e apenas o suficiente para sobreviverem. Viviam em cabanas humildes e vestiam-se de maneira muito simples. Os camponeses prestavam serviços também nas terras dos nobres e nos templos. O Egito era essencialmente agrícola, pois não sobrava terra e vegetação suficiente para criar muitos rebanhos. À custa da pobreza dos camponeses eram cultivados: cevada, trigo, lentilhas, árvores frutíferas e videiras. Faziam pão, cerveja e vinho. O Nilo oferecia peixes em abundância.

- Os Escravos – Os escravos eram, na maioria, capturados entre os vencidos nas guerras. Foram duramente forçados ao trabalho nas grandes construções, como as pirâmides, por exemplo.

Cultura

A cultura egípcia era profundamente influenciada pela religião; sobretudo a arte e a arquitetura. Contudo, os egípcios, buscando soluções para problemas práticos, também nos deixaram um vasto legado científico.

Religião

Os egípcios eram politeístas e adoravam seus em cerimônias patrocinadas pelo Estado (culto oficial) ou realizadas espontaneamente pelo povo (culto popular).

No culto oficial, destacava-se o deus Amon-Rá, fusão de Rá (deus do Sol e criador do mundo) e Amon (deus protetor de Tebas). No culto popular, devotavam-se sobretudo a Osíris (deus da vegetação, das forças da natureza e dos mortos), Ísis (deusa esposa e irmã de Osíris) e Hórus (deus do céu, filho de Ísis e Osíris).

Desde tempos remotos, eles prestavam culto ao Sol, considerado uma poderosa força de vida, assim como o Nilo. Além do Sol, os egípcios adoravam outros deuses e deusas, muitas vezes representados como animais ou seres com corpo humano e cabeça de animal.

Anúbis, deus dos mortos, por exemplo, era representado como um homem com cabeça de chacal (ou até mesmo somente como um chacal); o deus Hórus, que personificava a monarquia, era representado como um homem com cabeça de falcão, ou como um falcão, simplesmente. Muitas vezes, Hórus era representado apenas por seus olhos.

Cada cidade egípcia adorava seu próprio deus. Os templos erguidos em homenagem a esses deuses contavam com grande número de sacerdotes e sacerdotisas. Cabia a eles organizar tarefas como cuidar das divindades, oferecer-lhes comida, organizar festividades em sua honra e escrever ou copiar os textos sagrados.

Trechos do Livro dos Mortos

Acreditando na ressurreição da alma, os egípcios preservavam o corpo dos mortos por meio da mumificação. Os egípcios acreditavam que, para a vida continuar existindo, após o falecimento era preciso preservar o corpo dos mortos, pois somente assim a alma poderia renascer. Nos sarcófagos, junto das múmias, guardavam alimentos, roupas, joias e um exemplar do Livro dos mortos, coleção de textos religiosos para serem recitados no tribunal de Osíris.

O Livro dos mortos dos antigos egípcios não era exatamente um livro, mas um conjunto de orações e magias. Seu conteúdo variava com o passar do tempo, mas sempre manteve certos ensinamentos para garantir a ressurreição do morto e ajudá-lo em sua viagem no além-túmulo. Trechos desses ensinamentos eram pintados com uma série de ilustrações nas paredes das tumbas e nos sarcófagos dos faraós.

Mumificação

Os egípcios antigos acreditavam na vida após a morte no reino de Osíris. Lá, os mortos seriam julgados e, se fossem absolvidos, poderiam retornar a seus próprios corpos. Por isso, havia uma preocupação em conservar o corpo após a morte, o que contribuiu para o desenvolvimento de técnicas de mumificação.

A mumificação era um processo que visava preservar o corpo da pessoa que havia morrido. Para isso, retiravam-se partes internas do organismo, desidratava-se o corpo e nele eram introduzidas substâncias químicas que evitavam a decomposição.

Havia vários tipos de mumificação. Alguns eram mais simples e baratos, outros mais caros e duradouros. A escolha do tipo de mumificação dependia das possibilidades de cada família para pagar o artesão que fazia esse trabalho.

Ao realizar mumificações, os egípcios desenvolveram também estudos sobre o corpo humano que resultaram em conhecimentos médicos, como a criação de fórmulas químicas para diminuir a dor (analgésicos), tratamento dos dentes e técnicas cirúrgicas.

Deuses e templos

Geralmente, cada cidade tinha um deus principal que era cultuado em um templo. Entre os templos mais conhecidos, estão os de Luxor e de Karnak, próximos a Tebas, antiga capital egípcia.

O templo de Karnak era dedicado à principal divindade egípcia: Amon-Rá, o deus Sol, cultuado em todo o Egito, a quem eram oferecidas as conquistas militares. Para a maioria da população, também era importante o culto a Osíris (deus dos mortos e da ressurreição), a Ísis (deusa da vida, esposa e irmã de Osíris) e a Hórus (deus do céu e dos faraós, filho de Ísis e Osíris).

Os antigos egípcios prestavam homenagens aos deuses e dedicavam-lhes tributos ou oferendas. Acreditando que os deuses tinham desejos parecidos com os dos humanos, os egípcios ofereciam-lhes presentes como bebidas, comidas e festas.

Escrita egípcia

No Egito desenvolveram-se três tipos de escrita: a hieroglífica (sagrada), hierática (para documentos) e a demótica (popular). 

A escrita egípcia é, junto com a dos sumérios, uma das mais antigas do mundo, e ambas utilizavam sinais pictográficos. Os sinais egípcios ficaram conhecidos como hieróglifos (escrita sagrada), por isso é chamada escrita hieroglífica. A escrita hieroglífica é a mais antiga e tinha um uso restrito, sendo encontrada principalmente em templos e túmulos.

Os hieróglifos foram inventados na época da unificação do Alto e do Baixo Egito, por volta de 3200 a.C. Eram inicialmente escavados ou pintados em pedra, nas paredes de monumentos e em templos religiosos. Posteriormente, por volta de 3000 a.C., os egípcios desenvolveram o papiro, uma espécie de papel feito de uma planta de mesmo nome encontrada nos pântanos da região. Para escrever nos papiros, os egípcios utilizavam pincéis de junco e tintas de cores preta e vermelha.

Para registros do cotidiano, negócios e questões administrativas, foi desenvolvida uma escrita mais simples, conhecida como hierática, que vigorou por mais de 2 mil anos. A hierática, uma variação da hieroglífica, aparece em textos sagrados, administrativos e literários. E a demótica, a mais recente e popular, era empregada sobretudo para tratar das questões comerciais e cotidianas. Nesse tipo de escrita, os sinais passaram a representar os sons das palavras.

O domínio da escrita era um conhecimento hereditário, ou seja, passado de uma geração para a outra, e estava restrito a um grupo pequeno de pessoas, formado pelos membros da família do faraó, sacerdotes e escribas. Cabia aos escribas controlar tudo o que era produzido no Egito, cuidar dos projetos de construção de obras públicas – como diques, canais de irrigação, palácios e templos –, administrar a mão de obra e fazer os cálculos dos impostos que os pastores e agricultores deveriam pagar. A população em geral, por sua vez, fazia uso da oralidade para transmitir de uma geração a outra suas histórias, seus mitos e suas crenças, mantendo viva, dessa maneira, a tradição oral do povo egípcio.

A decifração destas escritas coube ao francês Champollion, que utilizou uma pedra encontrada na região de Roseta, por um soldado de Napoleão Bonaparte, em 1799. a partir daí, iniciaram-se estudos cada vez mais aprofundados sobre o Egito Antigo, inaugurando-se a Egiptologia. O registro escrito egípcio era feito em pedra, madeira ou papiro.

Artes         

A principal arte desenvolvida no Egito Antigo foi a arquitetura. Marcada pela religiosidade, arquitetura voltou-se para a construção de belos e grandes templos, como os templos de Karnac, Luxor e Abu-Simbel, e de gigantescas pirâmides como as de Quéops, Quéfren e Miquerinos. Para confundir possíveis salteadores, o interior das pirâmides era um verdadeiro labirinto, e o sarcófago do faraó ficava em uma câmara secreta.

As construções religiosas eram decoradas com estátuas e pinturas, que representam cenas do cotidiano. Os sarcófagos (túmulo em que os antigos colocavam os cadáveres que não eram cremados) eram feitos de madeira ou pedra e possuíam a feição dos mortos, para facilitar o trabalho de reconhecimento da alma em seu possível retorno após a morte.

A escultura atingiu o auge com a construção de monumentos de grandes estátuas de faraós.  

As pinturas e as esculturas eram geralmente acompanhadas de inscrições hieroglíficas que explicavam as cenas ou figuras ali representadas.

A escultura e a pintura egípcia eram diretamente influenciadas pela religião. A maior parte das estatuetas e das pinturas servia para decorar túmulos e templos. Tanto na pintura quanto na escultura, as figuras humanas eram representadas numa posição rígida e respeitosa, geralmente com a cabeça e as pernas de perfil e o tronco de frente (postura hierática). Esse tipo de representação constitui uma característica geral da arte egípcia, embora haja exceções.

Pirâmides

A crença na vida após a morte também esteve relacionada com a construção de sofisticadas tumbas, o que exigiu conhecimentos avançados de matemática e engenharia. As tumbas egípcias mais conhecidas são as pirâmides.

Na região de Gizé (próxima ao Cairo, a atual capital egípcia), estão localizadas as pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos. A maior delas é a de Quéops, com cerca de 150 metros de altura, o que corresponde a um prédio de mais ou menos 50 andares. A menor é a de Miquerinos.

Para a construção dessas pirâmides, foram utilizados blocos de pedra resistentes, como o granito ou o basalto. Calcula-se que na pirâmide de Quéops tenham sido utilizados mais de dois milhões de blocos de pedra.

À frente dessas três pirâmides, foi construída a Esfinge de Gizé. Trata-se de uma enorme escultura que tem por volta de 20 metros de altura e representa uma cabeça humana em corpo de leão. 

Acreditava-se que ela era a guardiã das pirâmides. A parte interna das pirâmides, onde ficavam os túmulos, podia ser decorada com expressões artísticas que retratavam cenas da história do morto ou as características pelas quais ele queria ser lembrado.

Ciências

Os egípcios desenvolveram o saber científico visando resolver problemas práticos e concretos. 

• Química – a manipulação de substâncias químicas surgiu no Egito e deu origem à fabricação de diversos remédios e composições. A própria palavra química vem do egípcio kemi, que significa “terra negra”.

• Matemática – as transações comerciais e administração dos bens públicos exigiam a padronização de pesos e medidas, isto é, um sistema de notação numérica e de contagem. Desenvolveu-se, assim, a Matemática, incluindo a Álgebra e a Geometria.

• Astronomia – para a navegação e as atividades agrícolas, os egípcios orientavam-se pelas estrelas. Fizeram, então, mapas do céu, enumerando e agrupando as estrelas em constelações.

• Medicina – a prática da mumificação contribuiu para o corpo humano. Alguns médicos acabaram se especializando em diferentes partes do corpo, com os olhos, cabeça, dentes, ventre.

  Mulheres no Egito antigo

As mulheres desempenhavam importantes papéis sociais e políticos no Egito antigo. O sistema jurídico garantia igualdade entre homem e mulher.

Assim, houve mulheres faraós, sacerdotisas, funcionárias do governo, artesãs e camponesas. É certo que a maioria dos faraós egípcios foram homens, mas algumas mulheres também governaram com esse título.

Uma delas foi Hatshepsut, que reinou durante cerca de duas décadas no século XV a.C. Sob o governo dela, foram construídas e restauradas edificações em várias partes do Egito. Seu reinado foi considerado pacífico e próspero. Além de Hatshepsut, outra faraó muito conhecida foi Cleópatra, que governou entre 51 a.C. e 30 a.C., época em que o Egito foi dominado pelos romanos.

 

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