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Terrorismo e focos de tensão

Sempre que ouvimos falar em terrorismo, lembramos logo dos atentados a bomba, dos sequestros de avião e de outras ações violentas praticadas por extremistas. E pensamos nas vítimas, em geral pessoas inocentes, muitas vezes mulheres e crianças, que apenas estavam no lugar errado na hora errada. O método básico do terrorismo é a destruição da vida humana, em nome de certos princípios ideológicos, políticos ou religiosos.

O terrorismo não surgiu em nosso século, mas seu auge aconteceu durante os anos da Guerra Fria, depois da Segunda Guerra Mundial. Não foi por acaso. A Guerra Fria pode ser descrita como um sistema de equilíbrio entre dois blocos inimigos que se baseava no terror. Afinal, o poder de destruição nuclear dos Estados Unidos e da União Soviética era tão grande que ninguém poderia iniciar uma guerra total. Seria o fim da espécie humana.
Essa mentalidade consagrou o terror como forma de relacionamento entre Estados. Nesse sentido, a chamada "cultura da Guerra Fria" foi o grande estímulo à multiplicação de grupos terroristas.

O que é terrorismo?

Formalmente, terrorismo é o uso da violência sistemática, com objetivos políticos, contra civis ou militares que não estão em operação de guerra. Existem muitas formas de terrorismo. Os terroristas religiosos praticam atentados em nome de Deus; já os mercenários recebem dinheiro por suas ações; os nacionalistas agem movidos por um ideal patriótico. Há ainda os ideólogos, que armam bombas motivados por uma determinada visão de mundo. E, muitas vezes, o que se vê é uma mistura de tudo isso com desespero e ódio.
Por outro lado, houve no século XX o crescimento do terrorismo de Estado, em que é adotada a política de eliminação física de minorias étnicas ou de adversários de um regime. Um exemplo é o regime racista da África do Sul, responsável por ações terroristas contra a maioria negra do país até o fim do apartheid, no início dos anos 90. Na América Latina, as ditaduras militares dos anos 60 e 70 promoveram o terrorismo de Estado contra seus opositores, torturando e matando milhares de pessoas. No Oriente Médio, os palestinos de cidadania israelense e os habitantes dos territórios de Gaza e Cisjordânia foram segregados e sofreram ataques das forças armadas de Israel, entre 1967 e 1993. O terrorismo de extremistas muçulmanos contra judeus de Israel, por sua vez, também aterrorizou e matou pessoas inocentes, principalmente a partir da década de 80.
Muitos historiadores e intelectuais avaliam que as bombas atômicas jogadas pelos Estados Unidos sobre o Japão, em agosto de 45, foram o maior atentado terrorista já praticado até hoje. Mais de 170 mil civis perderam a vida num ataque que não tinha como objetivo vencer a guerra, mas fazer uma demonstração de força para a União Soviética.

O RETORNO DO TERRORISMO

Na segunda metade do século XX, depois da Segunda Guerra Mundial, movimentos terroristas surgiram em territórios coloniais, com duplo propósito: o primeiro era pressionar a potência colonial a se retirar, e o segundo, mais sutil, era impressionar a população para apoiar determinados grupos no período pós-colonial, na formação dos estados independentes. Em alguns lugares tiveram sucesso, e não em outros, como na Índia e a Malásia.
O terrorismo não terminou com o final dos impérios europeus nos anos de 1950-1960, quando as colônias africanas e asiáticas se tornaram independentes. Continuou existindo na Europa, na Ásia, no Oriente Médio e na América Latina, em resposta a circunstâncias diversas. As causas defendidas podiam e podem ser revolucionárias, socialistas, nacionalistas e religiosas. Mesmo nos Estados Unidos, existem grupos contra o governo, que formam as chamadas “milícias”, que eventualmente praticam atos terroristas.
Existem nos Estados Unidos diversos grupos que são contrários às atitudes do governo (em todas as instâncias: local, regional, estadual e federal), como: a obrigação de educação mista (racial e sexual) nas escolas públicas; a proibição de comprar armas de grosso calibre, tanques e bazucas, como armas de uso pessoal; a proibição de rezar no início das aulas em respeito às diferenças religiosas; a igualdade das raças (branca, negra e amarela) perante a lei; o sistema de quotas e ações afirmativas para os grupos étnicos minoritários (negros, asiáticos, latino-americanos); o sistema público de saúde e a vacinação obrigatória (contra as doenças epidêmicas, especialmente as infantis) etc.
A partir de 1970, no Oriente Médio, as ações terroristas foram se ampliando, no conflito israelense-palestino, com crescente grau de violência. Segundo especialistas, um novo componente foi somado: o extremismo religioso. Depois de 1990, um novo tipo de terrorismo surgiu liderado por Osama Bin Laden, que inclui o extremismo religioso, o desprezo pelos regimes existentes nos países árabes, a hostilidade aos Estados Unidos e a insensibilidade diante dos efeitos dos atos terroristas. É um tipo diferente de terrorismo, pois possui uma causa, uma rede de apoio, mas não está localizado em nenhum estado. Seus membros não se importam em cometer suicídio.
Os progressos tecnológicos e a difusão dos conhecimentos técnicos possibilitam a realização de atos terroristas com o uso de armas químicas, bacteriológicas ou biológicas, que podem disseminar a morte ou a contaminação de doenças em massa nos grandes centros urbanos de qualquer país. As razões ideológicas aparentemente deram lugar ao fanatismo religioso, especialmente dos seguidores de líderes messiânicos que divulgam idéias apocalípticas ou salvacionistas radicais.
Existem dificuldades políticas e legais para o estabelecimento de uma legislação comum contra o terrorismo. Muitas vezes, o título foi empregado contra grupos de oposição política, que recorrem a atos de violência para manifestação de suas posições: o ETA na Espanha, o IRA na Irlanda do Norte, o VietCong no Vietnã etc. Ou mesmo quando não a praticam sistematicamente: foi o que ocorreu em 1987, quando o Partido do Congresso Africano da África do Sul foi classificado com terrorista pelo governo sul-africano, pelo Reino Unido e pelos Estados Unidos.

11 de setembro: Atentado terrorista aos Estados Unidos

No dia 11 de setembro de 2001, os dois maiores edifícios comerciais de Nova York (as torres gêmeas do World Trade Center) foram destruídos por aviões civis. De acordo com o governo dos Estados Unidos, esses aviões estavam lotados de passageiros e foram pilotados até o alvo por terroristas que os sequestraram em pleno voo. O impacto dos aviões contra os edifícios provocou a morte de quase 3 mil pessoas. No mesmo dia, o edifício do Pentágono, em Washington, também foi atacado por um avião causando estragos ao prédio e a morte de cerca de oitenta pessoas.
Segundo o governo dos Estados Unidos, os autores dos ataques foram os integrantes da Al Qaeda, organização liderada por Osama Bin Laden.
Como a Al Qaeda tinha seus campos de treinamento no Afeganistão cujo governo apoiava, o governo dos Estados Unidos atacou o Afeganistão e derrubou o governo daquele país.

O World Trade Center

O complexo do World Trade Center tinha 7 torres. Começou a ser construído em 1970, por iniciativa do governo estadual, visando valorizar a área sul da ilha de Manhattam, dominada então por bancos e corretoras.
Era o prédio mais alto de Nova York, tinha 417 metros de altura, 38 mil metros quadrados de lojas e duas torres, de 110 andares. Além das duas torres que desabaram, o complexo do World Trade Center abrigava outros cinco prédios, um de 47 andares, outro de 22, dois de nove e um último de oito, um shopping center, uma creche e uma estação de trens.
Era o quinto edifício mais alto do mundo e o segundo dos EUA (só perde para a Sears Tower, de Chicago, com 443 metros). O conjunto abrigava escritórios de quase 400 empresas de 25 países pelo menos. 50.000 pessoas trabalhavam na torre norte e sul, estima-se que na hora do atentado pelo menos 10.000 pessoas entre visitantes e funcionários se encontravam no local.
O World Trade acabou por se transformar em um ponto turístico e chegou a ser palco de vários suicídios no início de sua existência. De seus dois terraços, era possível enxergar a Estátua da Liberdade ao sul, o bairro do Brooklin a oeste e a cidade de Nova Jersey a leste.
O prejuízo estimado com o ataque as torres foi de mais de 20 bilhões de dólares. Cinco outras construções nas proximidades do WTC e quatro estações subterrâneas de metrô foram destruídas ou seriamente danificadas. No total, foram 25 prédios danificados em Manhattan. Em Arlington, uma parte do Pentágono foi seriamente danificada pelo fogo e outra parte acabou desmoronando.

O Ataque ao Pentágono

O Pentágono possui 5 prédios um dentro do outro. Cada um com 5 andares. Reúne comandos de 14 agências do governo e forças armadas. O Jato atingiu a ala sudoeste. Mais de 800 funcionários trabalhavam no local no momento do ataque e pelo menos 110 pessoas já foram encontradas mortas entre os escombros.

Al-Qaeda (a Base)

Al-Qaeda é um grupo de apoio multinacional que funda e orquestra as atividades de militantes islâmicos mundialmente. Cresceu fora da guerra afegã contra os soviéticos, e seus sócios de caroço consistem em veteranos de guerra afegãos de por toda parte o mundo muçulmano. Al-Qaeda era ao redor estabelecido 1988 pelo Osama Laden. Fundado dentro de Afeganistão, Laden usa uma rede internacional extensa para manter uma conexão solta entre extremistas muçulmanos em países diversos. Trabalhando durante meios de alta tecnologia, como fac-símiles, satélite telefona, e o internet, ele está por toda parte em contato com um número desconhecido de seguidores o mundo árabe, como também na Europa, Ásia, os Estados Unidos e Canadá.
A meta primária da organização é a subversão do que vê como os governos corruptos e heréticos de estados muçulmanos, e a substituição deles/delas com a regra de Sharia (lei islâmica). Al-Qaeda é intensamente anti-ocidental, e visões os Estados Unidos em particular como o inimigo principal de Islã. Laden emitiu para três "fatwahs" ou decisões religiosas que chamam os muçulmanos para levar braços contra os Estados Unidos.

À beira da guerra

Em outubro de 1999, o Conselho de Segurança da ONU exortou o Talibã a entregar Osama bin Laden, líder da organização terrorista al-Qaeda ("A base"), apontado pelo governo americano como mentor dos atentados contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia em 1998. Após ser expulso do Sudão, em 1996, bin Laden passou a viver no Afeganistão.
Os atentados de 11 de setembro, que destruíram o WTC (Centro Mundial de Comércio), em Nova York, e parte do Pentágono, em Washington, criaram uma nova situação internacional.

Invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos

Logo após os atentados, os Estados Unidos obtiveram informações de que os terroristas estavam ligados a Osama bin Laden. O Afeganistão, que o abriga bem como à sua organização, al-Qaeda, recusou-se a entregá-lo à justiça norte-americana. Em consequência disto, os Estados Unidos classificaram o Afeganistão como um estado que abriga terroristas. Em retaliação ao atentado terrorista, os Estados Unidos presentemente lançam uma ofensiva militar contra o Afeganistão. O alvo norte-americano são o regime Talibã e as bases de treinamento para terroristas, no país. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos lançam comida e medicamentos à população afegã que sofre com a miséria e o regime totalitário do país.
Em grande parte, o mundo ocidental apoia a iniciativa norte-americana. Os Estados Unidos e a Europa insistem em que esta é uma guerra contra o terrorismo, e não contra o Islã ou mesmo o Afeganistão. O objetivo norte-americano é derrubar o regime Talibã e punir Osama bin Laden e os membros de sua organização terrorista.
E então o Afeganistão, acusado de apoiar o saudita, tornou-se o alvo número um das tropas norte-americanas. Assim tem início a chamada Guerra ao Terror, instaurada pelo Presidente George Bush.
O Congresso implanta várias leis para proteger o país e aprova a decisão do Presidente de invadir o Afeganistão, como uma represália ao atentado cometido em território americano. Assim, no dia 07 de outubro de 2001, tropas norte-americanas, apoiadas pela Aliança do Norte, revoltosos afegãos que apoiaram os EUA contra os terroristas da Al Qaeda e os Taliban, invadiram este país, aliadas também a forças internacionais do Reino Unido, do Canadá e da Austrália.
A investida contra o governo foi vitoriosa, pois lograram expulsar os Taliban do poder. Mas lutas incessantes prosseguem entre a coalizão que substituiu o antigo governo e facções rivais. Durante os combates, os norte-americanos conseguiram atingir alvos estratégicos, obtendo êxito ao prender supostos terroristas no Afeganistão, que foram presos na base militar de Guantánamo, em Cuba. Bush não lhes concedeu os direitos de prisioneiros de guerra, pois ele os considerou soldados ilegítimos. Consequentemente, estes rebeldes não tiveram direitos básicos resguardados, e fala-se hoje de abusos e torturas inomináveis que teriam ocorrido neste local.

A Guerra No Iraque

O Que Levou a Guerra...

As origens do conflito entre o Estados Unidos e o Iraque iniciaram seu conflito em agosto de 1990, quando Saddam Hussein ordenou às tropas de seu país a invasão do Kuwait. Os americanos desaprovaram a ação iraquiana, montaram uma coalizão militar com países aliados e expulsaram os soldados de Saddam do Kuwait. A guerra, porém, jamais terminou de fato - desde então, dezenas de ataques foram lançados no Golfo Pérsico.
Em abril de 1991, com as tropas iraquianas já derrotadas pelos americanos, uma resolução da ONU determinou uma trégua no conflito e ordenou o desarmamento de Saddam Hussein. Desde então, o líder iraquiano resistiu às ordens externas, impôs obstáculos aos inspetores estrangeiros, evitou desmontar seu arsenal e desafiou os americanos. Foram onze resoluções da ONU, todas ignoradas.
Ataques - Entre 1991 e 1998, três grandes operações militares atingiram o Iraque como retaliação à postura de Saddam. Em 1993, aviões americanos, ingleses e franceses atacaram o país; em 1996, os EUA lideraram a operação Ataque no Deserto; em 1998, os americanos lançaram outra operação, Raposa do Deserto. Além disso, vários ataques aéreos esporádicos atingiram alvos dos iraquianos.
Entre 1998 e 2001, a ONU tentou retomar as inspeções de armas no Iraque, mas fracassou. O tema só retornou à pauta prioritária dos americanos em 11 de setembro de 2001, depois do maior atentado terrorista da história. A posição do governo George W. Bush diante das ameaças externas mudou. Em 2002, Bush anunciou oficialmente que a doutrina de seu país será de atacar antes de ser atacado.
Justificativa - O Iraque é o primeiro alvo da política americana de ataques preventivos em função do histórico de conflito com o país e dos fortes indícios de que tem armas de destruição em massa. De acordo com os americanos, as armas químicas, biológicas e nucleares supostamente mantidas por Saddam poderão ser usadas contra vizinhos árabes ou até contra alvos americanos dentro e fora do país.
Os atentados em Nova York, em 11 de setembro de 2001, desviaram a atenção dos Estados Unidos para uma nova ameaça: o terrorismo, "personificado" na figura de Osama Bin Laden. A guerra contra o Afeganistão conseguiu derrubar o regime do Talibã, mas passou longe de desmantelar a rede mundial de terrorismo. Mesmo com essa "missão" ainda pendente, o governo do presidente norte-americano George W. Bush volta suas atenções novamente para o Iraque. Os bombardeios recomeçaram e, mesmo sem apoio internacional, os Estados Unidos prometem uma nova e intensa ofensiva. Por que isso?

E a guerra começa

Por causa dos apoios recebidos na época da Guerra Irã - Iraque, o exército iraquiano é um dos mais bem aparelhados do mundo árabe. Diferentemente do que aconteceu em 1990 – quando o Iraque havia invadido o Kuwait –, não existe "motivo" concreto para uma nova ação militar. As alegações dos norte-americanos, de que o governo iraquiano está produzindo armas de destruição em massa (especialmente químicas e biológicas), não chegaram a ser provadas pelos inspetores da ONU. Apesar disso - e contra a opinião da maior parte da comunidade internacional e da própria ONU - os Estados Unidos atacaram Bagdá na manhã do dia 20 de março de 2003. Começa uma nova guerra.

Um pouco de análise

Segundo alguns analistas, o interesse norte-americano é garantir suas tropas no Oriente Médio. Enquanto o Iraque significar uma ameaça, os Estados Unidos têm como justificar a presença de um grande efetivo militar na região - a mais rica do planeta em petróleo. Outro motivo citado é a tendência do presidente George W. Bush – filho do Bush que comandou a Guerra do Golfo – de investir contra "inimigos". E finalmente, uma terceira – e talvez mais "poderosa" – razão: depois de quase uma década de crescimento econômico constante, os Estados Unidos dão mostras de entrar em uma crise. O "aquecimento" da indústria bélica – a maior do mundo – poderia também significar um aquecimento da economia em geral.
Em pouco tempo as tropas anglo-saxônicas chegaram a Bagdá. Saddam Husseim desapareceu e, por um breve momento, a coalisão comandada pelos Estados Unidos achou que a guerra fora ganha.
O Presidente George W. Bush, que em junho de 2003, segundo a BBC, alegou seguir os desígnios divinos ao invadir o Afeganistão e, logo depois, o Iraque, caracterizando assim um certo fundamentalismo cristão, não teve poderes extraordinários para devolver ao Afeganistão a paz tão desejada, perdida desde a invasão da União Soviética.

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