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A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Desde o começo da Era espacial, no início da década de 1960, novas tecnologias são criadas e aprimoradas a cada dia. Nas décadas mais recentes, devido à rapidez com que ocorrem as inovações, essas tecnologias se popularizaram e tornaram-se mais comuns no cotidiano das pessoas, mudando seu modo de vida.
A necessidade de acompanhar o s avanços da tecnologia está provocando, em muitas sociedades, uma transformação profunda nos mecanismos de produção, armazenamento, administração, comercialização e consumo.
Esse conjunto de transformações pelas quais estamos passando pode ser considerada uma Terceira revolução Industrial. Essa revolução seria caracterizada pela grande rapidez com que os avanços científicos e tecnológicos surgem e são implementados nas linhas de produção das fábricas.
Além disso, vem ocorrendo um grande aumento no fluxo de informações e de capital monetário (com o uso dos meios de comunicação) e também na velocidade e na quantidade dos deslocamentos mundiais de mercadorias e de pessoas (pela utilização dos meios de transporte). A rapidez dos transportes e das comunicações colaboram para que as pessoas convivam diariamente com os avanços tecnológicos, contribuindo para a consolidação de uma sociedade tecnológica e globalizada.
Vários meios de comunicação se tornaram mais populares nas últimas décadas. Inúmeros telefones celulares, televisores, rádios, jornais, revistas são vendidos todos os dias, permitindo a troca de uma grande quantidade de informações. No entanto, com o advento da informática e dos computadores, a velocidade com que ocorre a troca dessas informações aumentou principalmente depois do desenvolvimento das chamadas “redes”, que interligam computadores, por exemplo, por meio de sistemas de telecomunicação, como a Internet. Com a expansão da internet, o acesso à informação se tornou muito mais ágil e fácil, interligando pessoas de diferentes lugares do mundo. A Internet criou um novo tipo de relação social, estabelecendo a chamada Era da Informação.
O desenvolvimento dos meios de transporte aumentou a integração entre as pessoas e os mercados de diversas partes do mundo. Atualmente, entre os exemplos da grande velocidade que os meios de transporte podem alcançar, estão: trens que transportam passageiros a 500 km/h, carros que chegam a atingir 400 km/h e aviões que voam a 3500 km/h. Além da velocidade, a capacidade de carga dos meios de transporte também aumentou. Veja alguns exemplos: há trens com capacidade para carregar mais de 20 000 toneladas e navios cargueiros com capacidade de carga de mais de 300 000 toneladas.

As tecnologias de interação

Outra inovação que tem provocado várias mudanças no comportamento das pessoas é a tecnologia da interação em tempo real, que permite a transmissão imediata de informações. Essa tecnologia é utilizada em atividades que exigem alta precisão, por exemplo, o lançamento de foguetes.
A transmissão de informações em tempo real é utilizada também em computadores e videogames para criar as chamadas realidades virtuais (ou espaços virtuais), que permitem a interação por meio de sons e imagens entre pessoas que estão em lugares diferentes ou, ainda, uma maior interação das pessoas com as próprias realidades virtuais criadas por esses aparelhos. As pessoas que têm acesso a esses avanços meios de comunicação acabam adquirindo novas noções de tempo e de espaço.

A robótica e a automação

A robótica, tecnologia voltada à automação das máquinas, surgiu no século XX. As máquinas automáticas, também chamadas de robôs, realizam trabalhos programados pelo ser humano. Os robôs têm sido utilizados em diversas indústrias, o que tem gerado muitas críticas pelo fato de substituírem o trabalho humano.

A BIOTECNOLOGIA

Os grandes avanços tecnológicos do final do século XX permitiram aos cientistas desenvolver novas pesquisas, principalmente nas áreas da biologia e da genética. Dessa forma, eles alcançaram um alto nível de conhecimento sobre o organismo humano e a natureza.
Nesse contexto, destacou-se a biotecnologia, ramo da ciência que estuda a utilização de material genético dos seres vivos para desenvolver organismos (plantas e animais) geneticamente modificados.
As principais pesquisas que estão sendo realizadas nessa área se dedicam a estudar o genoma humano, utilizar as células-tronco para tratamentos médicos e produzir alimentos transgênicos. As células-tronco são células que podem originar qualquer órgão ou tecido humano.

O mapeamento do genoma humano e as células-tronco

Durante 13 anos (de 1990 a 2003), cientistas de vários países trabalharam no Projeto Genoma Humano, que tinha o objetivo de mapear o genoma dos seres humanos. Esses cientistas conseguiram descobrir a sequência dos genes do nosso organismo e, atualmente, procuram descobrir qual é a função deles, para utilizar esse conhecimento na cura de doenças como o câncer, a hemofilia e a doença de Parkinson.
Além do mapeamento do genoma humano, os cientistas têm pesquisado o uso de células-tronco no tratamento de doenças, na fabricação de medicamentos e na produção de órgãos e tecidos para transplantes.

A transgenia

Além da manipulação dos genes dos seres humanos e de outros animais, muitos cientistas têm se especializado no desenvolvimento de plantas geneticamente modificadas, chamadas de transgênicas.
Para produzir o milho transgênico, por exemplo, os cientistas introduzem genes de outras espécies de plantas no milho para que ele apresente a característica desejada, como maior resistência às pragas que prejudicam a produção da lavoura ou o aumento da quantidade de nutrientes do alimento.
No entanto, a manipulação dos genes das plantas para a produção de alimentos transgênicos podem prejudicar o meio ambiente, afetando a biodiversidade natural do planeta.

A BIOÉTICA

Com os avanços científicos no campo da biotecnologia torna-se indispensável que os profissionais que pesquisam o funcionamento dos serem vivos levem em consideração a bioética, que busca garantir a integridade e a dignidade dos seres vivos acima de qualquer pesquisa científica.
A bioética foi estruturada como disciplina na década de 1970 de 1970 nos EUA e congrega vários saberes, entre eles a biologia, a medicina, a filosofia e o direito.

Os campos de atuação da bioética

Sendo um campo de estudos que integra várias disciplinas, a bioética atua na tentativa de resolver diversas questões – por meio de leis, diretrizes e regulamentações –, que relacionam avanços científicos com problemas de ordem social e moral da contemporaneidade, tais como aborto, fertilização in vitro, clonagem, eutanásia, células-tronco embrionárias, transgênicos e muitos outros. Leia o texto a seguir.
À primeira vista parece que as questões relativas à bioética só interessam a profissionais da área de saúde (medicina, enfermagem, odontologia, farmácia etc.) e a cientistas. Tal impressão é falsa.
Os assuntos da bioética são importantes para todas as pessoas, porque cientistas e profissionais de saúde existem para “atender” às necessidades das pessoas; todas, portanto, têm direito de reconhecer bem os procedimentos e o grau de risco, e então fazer sua escolha. Enfim, todas as pessoas têm o direito de decidir.
A bioética apresenta-se como um instrumento importante para a socialização do debate sobre as tecnociências. Não é simples nem fácil para quem não é especialista compreender o que se passa na arena das ciências biológicas, em particular porque a celeridade com que os saberes são gerados é alucinante, assim como são muito rápidas as repercussões das pesquisas básicas na frente industrial e financeira. Tal realidade forçosamente impede que não especialistas percebam as dimensões de tudo isso no cotidiano e as possíveis perspectivas de futuro para a humanidade. [...].
É preciso haver regulamentação pública sobre a atividade científica e os produtos das ciências, que de nenhum modo significa adotar uma postura contra a ciência e a tecnologia. Vivemos uma época na qual a ciência não é tão somente uma inocente e poética tentativa de explicar a natureza. Suas aplicabilidades tecnológicas (industrialização da ciência) impactam quase todos os domínios de nossas vidas, daí a necessidade de proteger “consumidores(as)” e produtores”as” de ciências. Caíram por terra, pois, a universalidade, a inocência e autoridade, supostamente intrínsecas à atividade cientifica. Essa regulamentação é uma tentativa de circunscrever os direitos e deveres de cientistas e demais profissionais da saúde e, de exigir que o compromisso e a responsabilidade social sejam o esteio de suas atividades.

A QUESTÃO ENERGÉTICA

O desenvolvimento tecnológico ocorrido nas últimas décadas provocou um grande aumento no consumo mundial de energia, pois tanto as máquinas industriais quanto os meios de transporte e de comunicação precisam dela para funcionar. Além disso, o atual modo de vida da maioria da população mundial, principalmente nos grandes centros urbanos, depende da utilização de diferentes fontes de energia.

Energias não renováveis

Além do petróleo, existem outras importantes fontes de energia, como o carvão mineral, muito utilizado pelas indústrias. A queima do carvão e do petróleo, no entanto, é uma das formas de produção de energia mais prejudiciais ao meio ambiente, pois ela provoca a poluição do ar e é uma das principais causas das alterações climáticas que vêm ocorrendo no planeta.
A força das águas dos rios também é utilizada para gerar energia elétrica e, para tanto, são construídas usinas hidrelétricas. Apesar de essa fonte de energia ser renovável e não poluente, a construção de uma usina também prejudica o meio ambiente, pois, para formar uma represa, é necessária a inundação de uma grande área, afetando a flora e a fauna da região, além das populações ribeirinhas.

Energias renováveis

Atualmente, devido aos problemas ambientais que os meios tradicionais de produção de energia provocam, muitos cientistas têm trabalhado no desenvolvimento de novas formas de obtenção de energia a partir da biomassa, que é todo tipo de resíduo de matéria orgânica, como a cana-de-açúcar, a soja, o dendê e a mamona, além de restos de madeira, que pode ser usado para esse fim.
Além disso, vários países têm investido na geração de energia eólica, produzida pela forçados ventos, e de energia solar, obtida por meio de painéis que captam os raios solares. A produção de energia nuclear é muito promissora, no entanto, tem provocado grandes polêmicas. A quantidade de gases liberados na atmosfera é muito pequena, porém essa energia produz lixo atômico, que é extremamente nocivo. Além disso, acidentes ou mau uso dessa energia podem causar grandes catástrofes.

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Desde sua formação, há cerca de 4,6 bilhões de anos, o planeta Terra passou por vários ciclos naturais de aquecimento e de resfriamento do clima. O clima pode variar quanto à temperatura, à precipitação pluviométrica e à frequência de fenômenos como tempestades, inundações e secas.

O aquecimento global

Nas últimas décadas, organismos internacionais de pesquisas e investigação sobre o clima intensificaram os alertas sobre uma tendência de aquecimento atmosférico acentuado. Os cientistas argumentam que a segunda metade do século XX foi particularmente quente, e que, até o final do século XXI, a temperatura atmosférica média pode sofrer uma elevação entre 1 °C e 5 °C.
Um dos maiores responsáveis por esse aquecimento é o aumento do efeito estufa devido às atividades humanas. O efeito estufa é um fenômeno natural que evita o resfriamento excessivo do planeta. Ele é responsável pela retenção na atmosfera de parte da energia solar refletida pela superfície terrestre, o que mantém a temperatura aquecida.
Ao liberar na atmosfera grande quantidade de gases poluentes como o CO2, produzido com a queima do petróleo e do carvão mineral, as sociedades industriais colaboram para que a atmosfera retenha mais calor do que o normal. Esse processo pode ocasionar o aquecimento excessivo do planeta, que, entre outros problemas, tendem a provocar uma elevação do nível dos mares e oceanos em decorrência do derretimento das geleiras e calotas polares; o aumento das doenças tropicais; a desarticulação das atividades agrícolas em escala mundial; além de afetar a biodiversidade do planeta como um todo.

O que pode ser feito

Entre as medidas que podem ser adotadas visando reduzir o aquecimento global, a mais importante é a redução da queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão mineral, e sua substituição por fontes de energia menos poluentes.
As fontes de energia alternativas mais promissoras na atualidade são a energia solar, a eólica, e também a das marés. Essas fontes de energia são renováveis e, além disso, não são poluentes.
Outras medidas importantes para reduzir os riscos de alterações climáticas são: a redução do desmatamento, o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas ambientalmente. Nesse sentido, é necessário a existência de leis ambientais rígidas, com o objetivo de abrigar os industriais, e também os consumidores em geral, a reduzirem ao máximo a degradação do meio ambiente e a produção e emissão de substâncias poluentes.

PROBLEMAS DO MUNDO CONTEPORÂNEO

A expansão da globalização tem causado profundos impactos na vida econômica, social e política, em âmbito mundial. Os problemas que se apresentam no mundo contemporâneo são muitos, com destaque para a disseminação das práticas racistas e xenófobas, a propagação da AIDS nas regiões mais pobres planeta e, também, a aumento das atividades ligadas ao crime organizado.
A característica seletiva dos benefícios da globalização, que exclui do sistema grandes áreas geográficas e contingentes populacionais, com o consequente crescimento das desigualdades sociais, está na base desses problemas que atualmente afligem o mundo.

Racismo e xenofobia

O recente crescimento de forças políticas de estrema direita em diversas regiões do planeta demonstra como as atuais condições culturais e socioeconômicas contribuem para a emergência do neofascismo e do neonazismo. O problema do desemprego, somado à intensificação dos fluxos de novos imigrantes, está criando um campo fértil para a disseminação da xenofobia (medo e aversão a estrangeiro), sobretudo em países europeus.
Um exemplo do crescimento do racismo e da xenofobia pode ser visto em movimentos de jovens simpatizantes do nazismo, como os skinheads. Esses jovens, atuantes em quase toda a Europa, na América Latina, nos EUA, na Austrália e na Nova Zelândia, costumam agredir judeus, ciganos, negros, homossexuais e imigrantes. Com um discurso irracionalmente nacionalista e racista, costumam defendera identidade cultural nacional e a “pureza” étnica do país, atribuindo aos estrangeiros a culpa pelo suposto declínio econômico e moral da sociedade.

A AIDS

Em uma conferência mundial sobra a AIDS, realizada em julho de 2000 na cidade de Durban, na África do Sul, o número estimado de infestados no planeta era de 34 milhões, sendo 25 milhões apenas no continente africano. Esses números refletem uma realidade assustadora, indicando que, se não forem tomadas medidas enérgicas, em um futuro próximo as sociedades africanas mais afetadas se constituirão majoritariamente por adolescentes órfãos.
Estudos recentes demonstram que a disseminação da AIDS ocorre sobretudo em sociedades pobres, sem apoio do Estado. Esse dado desmente antigos preconceitos que associavam a doença aos homossexuais e viciados em drogas. A importância da ação do Estado na redução dos casos de AIDS pode ser observada no Senegal e em Uganda, países africanos onde medidas políticas importantes foram tomadas, como a distribuição de preservativos e o trabalho educativo, principalmente entre jovens do sexo feminino, divulgando a importância de exigir que o parceiro use preservativo. Essas medidas reduziram significativamente o número de pessoas contagiadas pela AIDS.

O crime organizado

O crime organizado pode ser definido como uma atividade ilegal exercida por um grupo hierarquicamente estruturado nos moldes de uma empresa, que divide as funções de acordo com uma logística bem planejada visando atingir altos lucros. Alimentado pela ineficiência, conivência e corrupção dos poderes públicos, o crime organizado opera em estreita relação com as atividades consideradas legais, exercendo o que se convencionou chamar de “poder paralelo”, desafiando a autoridade do Estado.
As atuais facilidades de comunicação, deslocamento e acesso a informações, proporcionadas pela Revolução Científico-Tecnológica, propiciaram a rápida internacionalização ou globalização do crime organizado. Praticamente todos os países estão de alguma forma articulados a essas redes ilegais. As atividades que elas exercem são variadas, mas, entre as que mais se destacam, estão o contrabando e o tráfico de drogas, de armas e de pessoas. No caso de tráfico de pessoas, a finalidade pode ser a prostituição, o trabalho forçado ou, até mesmo, a venda de órgãos.

A dinâmica das atividades ilícitas

As redes internacionais que controlam as atividades ilícitas atuam de forma integrada, estabelecendo alianças entre si para se fortalecerem. O caso do tráfico de drogas, por exemplo, envolve as áreas de produção, beneficiamento e distribuição.
A produção geralmente é feita nos países periféricos, onde o poder do Estado é fraco ou muito corrupto para reprimi-la de forma eficiente. Além disso, essas regiões contam com abundante mão de obra barata. Assim, países da Ásia Central, como o Afeganistão, ou do Sudeste Asiático, como Myanmar, produzem a papoula, matéria-prima do ópio e da heroína. Bolívia e Peru fornecem folhas de coca para a produção de cocaína, enquanto a produção da cannabis (maconha ou cânhamo) é forte no interior do Paraguai, no Marrocos e no Nordeste brasileiro.
As regiões mais ricas, como a Europa e os EUA, formam os maiores mercados consumidores das drogas produzidas no planeta, e são as principais distribuidoras de produtos químicos usados no beneficiamento dessas substâncias. No entanto, países de economia emergente, como o Brasil, além de fornecerem produtos para o beneficiamento, estão inseridos nas rotas do tráfico internacional e constituem um importante mercado consumidor.
O tráfico internacional de drogas está intimamente ligados a outros tipos de comércio ilícito, como o tráfico de armas. Com o final da Guerra Fria, grandes estoques de armamentos entraram no mercado de forma irregular. Assim, grupos guerrilheiros, organizações separatistas e grupos criminosos em geral tiveram o acesso facilitado a metralhadoras, granadas, lançadores de mísseis e demais artefatos bélicos que antes eram monopolizados pelos exércitos nacionais.
O dinheiro e os bens patrimoniais arrecadados pelo crime organizado geralmente servem para a manutenção e expansão das atividades ilícitas, mas uma boa parte, considerada como o “lucro”, acaba sendo investida em atividades legalmente reconhecidas. Para isso, esse capital passa pelo processo chamado de “lavagem de dinheiro”, que consiste em apagar os vestígios de sua origem criminosa. Um dos meios mais usados para isso é a remessa de dinheiro para os “paraísos fiscais”, que são Estados onde há pouca ou nenhuma restrição à entrada de capitais estrangeiros de origem desconhecida, além de garantirem o sigilo quanto à identidade dos proprietários desses capitais.

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