quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Cnidários ou Celenterados

 

São os primeiros animais com cavidade digestiva. Podem ser pólipos ou medusas. Apresentam células células urticantes, os cnidoblastos. O filo Cnidaria inclui os animais aquáticos de que fazem parte as hidras de água doce, as medusas ou águas-vivas, que são normalmente oceânicas, e os corais e anêmonas-do-mar. O filo era também chamado Coelenterata (das palavas gregas “coela”, o mesmo que “cela” ou “espaço vazio” e “enteros”, “intestino”), que, originalmente, incluía os pentes-do-mar, atualmente considerado um filo separado, composto por animais também gelatinosos como as medusas, mas com algumas características próprias.

Nesse filo se enquadram os animais que já possuem tecidos bem definidos com alguma organização de sistemas. Eles possuem sistema nervoso difuso (uma rede de células nervosas pelo corpo) e gônadas, isto é, órgãos produtores de gametas. Os celenterados realizam digestão intracelular e extracelular. Eles ainda não apresentam sistemas respiratório, circulatório e digestivo. Sua respiração e a excreção se fazem por difusão direta entre a água circulante e as sua células.

 Os celenterados ou cnidários podem ser vistos como pólipos ou como medusas. Estas últimas têm aspecto de cúpula transparente, são flutuantes e se deslocam mais facilmente. Muitas espécies de cnidários reproduzem-se por metagênese ou alternância de gerações, passando por uma fase sexuada de medusa e por uma fase assexuada de pólipo. Outros só se reproduzem sexuadamente. E outros, ainda, nunca passam pela fase de medusa, só existindo na forma de pólipos como os corais e a anêmona-do-mar.

O corpo dos cnidários é basicamente um saco formado por duas camadas de células - a epiderme, no exterior, e a gastroderme no interior - com uma massa gelatinosa entre elas, chamada mesogleia e aberto para o exterior. Por esta razão, diz-se que os cnidários são diploblásticos.

Ao redor da abertura, chamada arquêntero, os celenterados ostentam uma coroa de tentáculos com células urticantes, os cnidócitos, capazes de ejetar um minúsculo espinho, o nematocisto que pode conter uma toxina ou material mucoso. Estes “aparelhos” servem não só para se defenderem dos predadores, mas também para imobilizarem uma presa, como um pequeno peixe, para se alimentarem - os cnidários são tipicamente carnívoros. Algumas células da gastroderme da cavidade central (o celêntero) segregam enzimas digestivas, enquanto que outras absorvem a matéria digerida. Na mesogléia, encontram-se dispersas células nervosas e outras com função muscular que promovem o fluxo de água para dentro e fora do animal.

Os cnidários reproduzem-se sexual e assexualmente. A reprodução sexual dá-se na fase medusa (com exceção dos antozoários, os corais e as anêmonas-do-mar, e hidra e algumas outras espécies que não desenvolvem nunca a fase de medusa): os machos e fêmeas libertam os produtos sexuais na água e ali se conjugam, dando origem aos zigotos.

Dos ovos, saem larvas pelágicas chamadas plânulas, em forma de pêra e completamente ciliadas que, quando encontram um substrato apropriado, se fixam e se transformam em pólipos. Em alguns celenterados, como os corais, a fase de pólipo é a fase definitiva.

Os pólipos reproduzem-se assexualmente formando pequenas réplicas de si mesmos por evaginação da sua parede, chamados gomos. No caso dos corais, estes novos pólipos constroem o seu “esqueleto” e continuam fixos, contribuindo para o crescimento da colônia.

No entanto, em certos casos, os gomos começam a dividir-se em discos sobrepostos, num processo conhecido por estrobilação. Estes discos libertam-se, dando origem a pequenas medusas chamadas éfiras que eventualmente crescem e podem reproduzir-se sexualmente.

Classificação científica

O filo Cnidária está dividido em quatro classes de organismos atuais e mais uma de fósseis:

· Anthozoa - as anêmonas-do-mar e corais verdadeiros;

· Scyphozoa- as verdadeiras água-vivas;

· Cubozoa - as medusas em forma de cubo;

· Hydrozoa - as hidras, algumas medusas, a garrafa-azul e os corais-de-fogo;

· Staurozoa - as medusas que habitam as profundezas do oceano e estão fixas pelos tentáculos; · Conulata - extinta.

Uma riqueza submarina com representante deste filo tem os corais, as águas vivas, as hidras, as anemônas-do-mar e as caravelas. Possuem tamanhos variáveis e são mais evoluídos que as esponjas, pois apresentam tecidos organizados, além de um colorido característico. Alguns são fixos como os corais e outros natantes como as medusas, porém a maioria vive no mar e alguns vivem em colônias.

Tipos básicos de Cnidários

Os celenterados são também conhecidos como cnidários e alimentam-se de crustáceos, peixes, larvas de insetos. A estrutura está muito relacionada com a forma e o modo de vida desse grupo de animal. Uma característica marcante desse grupo é a presença de células modificadas que promovem a defesa do animal e constituem a captura de alimentos. Sendo necessário orientar o estudo e classificação deste grupo na zoologia, é evidente começarmos pela organização mais simples que é a hydra, que vive e fica principalmente em plantas aquáticas e em substratos.

Hydrozoa é uma classe do filo Cnidária. Alguns hidrozoários mais conhecidos são a caravela portuguesa (Physalia pelagica) , hidra e obelia.

As características distintivas dos hidrozoários são:

· Mesogléia acelular

· Cavidade gastrovascular sem divisões

· Gônadas de origem ectodérmica

· Cnidócitos só na epiderme

· Modo de vida colonial

· Polimorfismo, colônias constituídas por elementos com funções específicas e com alto grau de coordenação.

Classificação

 A classe Hydrozoa subdivide-se nas seguintes ordens:

· Anthomedusae

· Leptomedusae

· Limnomedusae

· Trachymedusae

· Hydridae

· Actinulida

· Chondrophora

· Siphonophora - garrafa azul

· Hidrocorallina


 

 

Platelmintos

Platelmintos são animais do filo Platyhelminthes, pertencente ao reino Animalia. São considerados vermes, tais como o são considerados os dos filos Nematelmintes e Anelidea. Os platelmintos apresentam o corpo achatado dorso-ventralmente. Não apresentam sistema respiratório nem circulatório. Nesse filo aparece um sistema digestivo incompleto que não apresenta ânus. A excreção é realizada por células-flama. Sobre a reprodução sexuada, podemos dizer que a maioria é hermafrodita, podendo ou não fazer a autofecundação. A planária apresenta reprodução assexuada e tem capacidade de regeneração.

Características Gerais

São vermes achatados dorsiventralmente, tipo folha, devido à ausência de sistema digestório/circulatório. Apresentam simetria bilateral. Têm como habitat ambientes muito úmidos, a água doce e o mar. Também parasitam alguns animais. O corpo é constituído por três camadas. Primeiramente, há a epiderme uniestratificada. Abaixo, há duas camadas musculares, sendo a primeira composta por músculos circulares e a segunda por músculos longitudinais. A esse conjunto dá-se o nome de tubo músculo-dermático. Tal tubo atua na proteção, locomoção e como esqueleto. Nos platelmintos de vida livre, a epiderme apresenta cílios, relacionados com a locomoção. Já nos parasitas, há a cutícula envolvendo o tubo músculo-dermatico, conferindo-lhe resistência à ação dos sucos digestivos.

Sistema respiratório e circulatório 

São destituídos de sistema respiratório e circulatório . Nas espécies de vida livre a respiração é aeróbia, sendo que as trocas são feitas por difusão através do epitélio permeável. Já nos parasitas a respiração é anaeróbia. Pela ausência do sistema circulatório, as ramificações do sistema digestivo auxiliam a distribuição do alimento. 

Sistema digestório 

Não apresenta abertura na egestão, portanto é incompleto. Se constitui de boca, faringe e intestino ramificado que termina em fundo cego. Os cestóides não possuem sistema digestivo. A digestão é extra e intracelular.

Sistema nervoso 

São os primeiros animais com um sistema nervoso central que é formado por um anel nervoso, ligados a cordões longitudinais ou por um par de gânglios cerebróides.

Sistema excretor 

A excreção é feita por células-flama (ou solenócitos, ou protonefrídios). Estruturas típicas dos platelmintos, as células-flama eliminam os excretas para a superfície corpórea.

Sistema reprodutor 

Geralmente são hermafroditas monóicos, sendo que alguns se reproduzem por partenogênese. Nos tuberlários e trematódeos monogenéticos, o desenvolvimento é direto. Já nos digenéticos e cestóides é indireto. 

Exemplos 

Os exemplos mais característicos de platelmintos são a tênia, a planária e o esquistossomo.

O filo dos platelmintos é dividido em três classes: Turbellaria, Trematoda e Cestoidea.

Turbellaria (Turbelários) - Platelmintos de vida livre, com epitélio ciliado. Exemplo: Planária (Digesia tigrina) 

Trematoda (Trematódios) - Vermes parasitas com epiderme não-ciliada e uma ou mais ventosas. Exemplo: Schistosoma mansoni 

Cestoda (Cestódios) - Formas parasitas com corpo dividido em anéis ou proglotes. Exemplo: Taenia solium

A classe dos turbelários corresponde ao modelo mais típico do filo. São todos platelmintos de vida livre e têm como representante a conhecida planária, habitante da água doce.

Os trematódeos são vermes parasitas de carneiros, de outros animais vertebrados e do próprio homem. Possuem ventosas com as quais se fixam a certas estruturas do hospedeiro, podendo ou não se alimentar por elas. Ex: Esquistossomo.

Os cestóides ou cestódios são vermes platelmintos de corpo alongado em forma de fita. Podem medir de alguns milímetros a muitos metros de comprimento. Ex: Taenia saginata e Taenia solium.

TAENIA 

As tênias possuem um corpo muito segmentado – anéis ou proglótides (as proglótides que estão maduras e possuem os ovos são as terminais). Habitualmente, para efeitos de esquematização, divide-se o corpo da tênias em 3 zonas: o escólex ou cabeça, o pescoço e o estróbilo. Das tênias existentes, existem três cujo hospedeiro definitivo, que alberga a forma parasita adulta é o homem: T. solium, T. saginata e Diphyllobothrium latum. Em relação à primeira, o hospedeiro intermediário (que alberga a forma larvar) é o porco e em relação à segunda, o hospedeiro intermediário é a vaca. Ambas aderem à parede intestinal pelo escólex, que possui para este efeito 4 ventosas, sendo ainda de destacar que no caso da T. solium também existe um dupla coroa de ganchos, característica essa que permite a distinção entre as duas espécies.

Taenia sollium

A tênia solium adulta vive no intestino delgado do homem e possui o corpo alongado, delgado e chato; podendo ser dividido em: cabeça ou escólex, colo e estróbilos ou proglotes. A cabeça é a porção anterior destinada à fixação no organismo do hospedeiro. O pescoço ou colo é a região em que são produzidos novos anéis por estrobilização. O corpo é constituído por uma série de anéis -proglótides- que são divididos em imaturos, maduros e, no final, grávidos. O homem que possui teníase ou solitária, como também é chamada a doença causada pela presença desse animal no intestino, libera cerca de 40.000 ovos fecundados por anel eliminado nas fezes. Esses ovos contêm embriões denominados oncosfera.

O porco, hospedeiro intermediário, ingere os ovos que, ao chegarem ao intestino, libertam a oncosfera, que entra na corrente sanguínea e se aloja em alguns tecidos do animal. Nesses locais, evolui um estágio larval, chamado cisticerco. O homem se torna hospedeiro definitivo do animal quando ingere carne de porco crua ou malcozida. Pode ocorrer de o homem ingerir ovos de tênia ao invés de cisticercos. Nesse caso, o homem passa a ser hospedeiro intermediário. Quando os ovos sofrem maturação e se tornam cisticercos num organismo humano, podem causar deficiência visual, fraqueza muscular e/ou epilepsia, dependendo do local onde se alojam. Essa doença é chamada cisticercose e é mais grave que a teníase. O tratamento normalmente com pode ser feito com Mebendazol administrado durante 3 dias.

Taenia saginata 

Recentemente reclassificada como Taeniorhyncus saginata. Há também a tênia saginata, cujo hospedeiro intermediário não é o porco, mas o boi. O homem pode ser apenas hospedeiro definitivo, não intermediário como pode ocorrer com a tênia solium. As proglótides são eliminadas individualmente e fora das evacuações, forçando o esfíncter anal do portador. Esta espécie está disseminada mundialmente e o número de portadores humanos está estimado entre 40 e 60 milhões. T. saginata pode atingir os 10m em comprimento.

A saginata tem quatro ventosas mas não tem ganchos no escoléx. A T.saginata asiatica é uma subespécie que infecta também o porco, causando cistos infecciosos no seu fígado.

Doenças causadas por platelmintos

- Teníase

A teníase é uma doença provocada por um parasita que vive no intestino humano, a Tênia ou solitária. O ciclo da Tênia tem um hospedeiro definitivo, o homem, e um hospedeiro intermediário, o porco (Taenia solium) ou boi (Taenia saginata). Em lugares onde não existem instalações sanitárias os ovos contaminam os vegetais, que podem ser ingeridas pelo porco ou boi. Os ovos transformam-se em larvas que se alojam na musculatura dos animais. Ao ingerir carne contaminada, mal cozida ou crua, a larva atinge o intestino do homem e se desenvolve.

Se uma pessoa ingerir ovos da Tênia desenvolvem uma doença chamada cisticercose. Essa doença é provocada pela formação de cisticercos em seus músculos, cérebro, coração olhos e outros órgãos.

- Esquistossomose

A esquistossomose é causada pelo Schistossoma mansoni. O hospedeiro definitivo é o homem sendo a partir das fezes e urina que os ovos são disseminados na natureza. Possui ainda uns hospedeiros intermediários que são os caramujos. Os ovos no ambiente passam à forma larvária miracídio, que se aloja no caramujo dando origem à larva cercária. Esta última dispersa principalmente em águas não tratadas, como lagos, infecta o homem pela pele. No homem o parasita se desenvolve e se aloja nas veias do intestino e fígado causando obstrução das mesmas, sendo esta a causa da maioria dos sintomas da doença que pode ser crônica e levar a morte. Como todos os platelmintes, o tubo digestivo do Schistosoma é incompleto e tem sistemas de órgãos muito rudimentares. É um parasita intravascular e permanece sempre no lúmen dos vasos quando infecta o Homem.



Nematoides

 


O filo nematoide é um dos maiores filos da Zoologia em número de indivíduos viventes. Existem espécies parasitas, mas a maioria é de vida livre. Nesse filo aprece pela primeira vez um sistema digestivo completo. Os nematódeos não possuem sangue, sistema circulatório, nem sistema respiratório.

 Doenças causadas por nematoides

- Ascaridíase

A infecção ocorre quando há ingestão dos ovos do parasita (Ascaris lumbricoides), que se encontram no solo, água ou alimentos contaminados pelas fezes. O único reservatório é o homem, pois o verme habita o intestino. Se os ovos encontram um meio favorável, podem contaminar durante vários anos. As medidas preventivas são medidas de saneamento básico: lavagem das mãos após uso do sanitário, lavagem de frutas e verduras com água corrente e higiene pessoal, principalmente. É necessário, também, fazer o tratamento de todos os portadores da doença.

- Ancilostomíase

È uma doença causada pelo ancilóstomo (Ancilóstomo duodenale) ou o necátor (Necator americanus). Essa doença é conhecida como amarelão. O ciclo do parasita se inicia quando os ovos são liberados no ambiente e tornam-se larvados. A infecção mais comum é por penetração da larva pela pele humana, mas pode ocorrer penetração por mucosas (boca). A infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. A larva atinge a circulação linfática ou vasos sanguíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). As larvas se instalam no intestino e atinge desenvolvem até o estágio adulto. Uso de calçados, hábitos de higiene corporal, fervura da água a ser ingerida e cuidados na preparação de alimentos são medidas preventivas.



ASCHELMINTHES OU NEMATELMINTOS

Os Asquelmintes constituem um conjunto heterogêneo de animais marinhos e de água doce conhecidos, como gastrótricos, rotíferos e nematódeos, dentre outros. Eles são por vezes colocados em um filo denominado Aschelminthes, embora possam ser considerados filos distintos. Vermes cilíndricos, tubo digestivo completo, presença de boca e ânus.

Os nematódeos ou nemátodos (Nemathelminthes) (também chamados de vermes cilíndricos) são considerados o grupo de metazoários mais abundantes na biosfera, com estimativa de constituírem até 80% de todos os metazoários (Bongers, 1988 apud Boucher & Lambshead, 1995), com mais de 20.000 espécies já descritas, de um número estimado em mais de 1 milhão de espécies atuais (Briggs, 1991), que incluem muitas formas parasitas de plantas e animais. Apenas os Arthropoda apresentam maior diversidade. O nome vem da palavra grega nema, que significa fio.

Os asquelmintos (que já foram classificados como Aschelminthes, Nemathelminthes ou Pseudocoelomata) são animais triblásticos, protostômios, pseudocelomados (cavidade só parcialmente revestida pela mesoderme). Seu corpo cilíndrico exibe simetria bilateral. Possuem sistema digestivo completo, sistemas circulatório e respiratório ausentes; sistema nervoso parcialmente centralizado, com anel nervoso ao redor da faringe. Entre os asquelmintos, o grupo mais numeroso e de maior importância para o homem é a classe Nematoda, à qual muitos autores atribuem a categoria de filo (filo Nematelminthes).

NEMATELMINTOS

 Apresentam-se moles e lisos.

Podem conter ventosas para fixação.

Possuem em seu organismo órgãos sexuais masculinos e femininos (hermafrodita).

O sistema digestório distribui alimento para todas as partes do corpo, daí possuir tubo digestivo completo.

São representados basicamente pelas planárias, tênias e esquistossomo.

Geralmente têm sexos separados.

São representados por ancilóstomos, Lombrigas, oxiúros e filarias.

O contágio ocorre pela penetração de larvas através da pele.

Composição dos asquelmintos Os grupos sistemáticos incluídos nos asquelmintos, muitas vezes considerados filos, são:

· Acanthocephala - vermes parasíticos de cabeça espinhosa; cerca de 1150 espécies conhecidas; · Chaetognatha - quetognatas, pequenos organismos marinhos; cerca de 70 espécies conhecidas;

· Cycliophora - ciclióforos; apenas uma espécie descrita;

· Gastrotricha - gastrotricas; cerca de 430 espécies conhecidas, todas microscópicas;

· Kinorhyncha - quinorrincas; cerca de 150 espécies known, todas microscópicas;

· Loricifera - loricíferos; cerca de 10 espécies descritas, todas microscópicas;

· Nematoda - nemátodes ou lombrigas; cerca de 12,000 espécies conhecidas, embora se estime que existam mais de 200,000;

· Nematomorpha - vermes sem-fim; cerca de 320 espécies conhecidas;

· Priapulida - vermes priapulídeos ; 16 espécies conhecidas;

· Rotifera - rotíferos; cerca de 1500 espécies conhecidas, todas microscópicas, características da água doce.

filogenética

Atualmente, pensa-se que este grupo parafilético é um agrupamento artificial, baseado apenas em características comuns que podem ter resultado de estratégias evolutivas semelhantes, tal como a existência dum pseudoceloma em vez dum verdadeiro celoma, ou seja, uma cavidade cheia de líquido que rodeia o intestino e que contém o mesentério, formado pela mesoderme do embrião. Por esta razão, os protostómios foram agrupados em clades monofiléticos que incluem vários destes filos:

· Ecdysozoa – que inclui todos os animais com exoesqueleto e que, para crescer, têm de o substituir, num processo denominado muda ou ecdise; neste grupo incluem-se, entre outros, os artrópodes e os nemátodos.

· Lophotrochozoa – que inclui dois grupos de animais, os Lophophorata e os Trochozoa, com características diferentes, mas que têm em comum a ausência de celoma ou pseudoceloma.

· Esta classificação deixa de fora um certo número de filos, como os Rotifera e os Platyhelminthes, cuja filogenia ainda não está determinada.

Ecologia dos asquelmintos

Um grupo tão diverso teria de apresentar também uma grande diversidade de formas de vida: alguns asquelmintos são parasitas, como muitos nemátodos, Acanthocephala e Nematomorpha. Muitos vivem em solos úmidos ou no sedimento de massas de água doce (gastrótricas, rotíferos e nemátodos) ou marinho (gastrótricas, quinorincas, loricíferos e outros). Os quetognatas são ativos predadores cosmopolitas no plâncton oceânico. Muitos pequenos asquelmintos são capazes de entrar em estado de vida latente quando as condições ambientais se tornam desfavoráveis, um processo conhecido como criptobiose.

Os nematelmintos de interesse médico podem ser representados por:

· ANCILÓSTOMO - Ancylostoma duodenale – AMARELÃO

· LOMBRIGA - Ascaris lumbricoides – ASCARIDÍASE

· OXIÚRUS - Enterobius vermicularis – OXIUROSE

· FILÁRIAS - Wuchereria bancrofti – ELEFANTÍASE

Novidades evolutivas

: Pseudocelomados protostômios (Tubo Digestivo completo)

. Simetria bilateral. Sistema Excretor (célula em H). Sistema nervoso ganglionar

. Digestão extra e intracelular

. A maioria e dióica

. Retira as excretas do Pseudoceloma

. Doenças causadas por asquelmintos:

Ascaridíase: Ascaris lumbricoides

Sintomas: Bronquite, complicações pulmonares, convulsão, cólicas, enjoo, obstrução intestinal.

Transmissão: Via oral, pela ingestão de ovos.

Profilaxia: Higiene pessoal, uso de sanitários.

Dermatite serpiginosa: Ancylostoma brasilienses

Sintomas: Parasita anormal do cão. Parasita acidental da pele humana, onde causa prurido e infecção.

Transmissão: As larvas penetram na pele.

Profilaxia: Evitar o contato da pele com a areia das praias frequentadas por cães.

Oxiuriose (Enterobiose): Enterobius vermiculares

Sintomas: Forte irritação e plurido anal, distúrbios intestinais.

Transmissão: ingestão de ovos.

Profilaxia: higiene pessoal.

Elefantíase (filariose): Wuchereria bancrofti

Sintomas: Linfagite, linforragia, edema nas pernas, seios e saco escrotal.

Transmissão: Pela picada do pernilongo (díptero) Culex fatigans.

Profilaxia: Destruição dos insetos.

Ancylostomose (opilação, amarelão): Ancylostoma duodenale

Sintomas: ulcerações intestinais, diarreia, anemia profunda, enfraquecimento, geofagia (habito de comer terra).

Transmissão: As larvas rabolitóides penetram na pele.

Profilaxia: Uso de calçados e sanitários.



Anelídeos

 

Vulgarmente chamam-se anelídeos aos vermes segmentados - com o corpo formado por “anéis” - do filo Annelida como a minhoca e a sanguessuga. A cavidade geral do corpo é chamada celoma. É o primeiro filo que apresenta sistema circulatório. Existem mais de 15.000 espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos e de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos desde menos de um milímetro até mais de 3 metros.

Os anelídeos possuem uma divisão do corpo em anéis. Eles respiram pela pele e por isso possuem a pele úmida. Dentre os filos já estudados é o primeiro a apresentar sistema circulatório. Eles apresentam também sistemas digestivo, nervoso, reprodutor e excretor. 

 • Celomados 

 • Simetria bilateral 

 • triblástico 

 • protostômio 

 • Sistema digestivo completo ( boca e anus ) 

 • Sistema nervoso ganglionar - ventral 

 • Sistema excretor com nefrídeos 

 • Sistema circulatório fechado 

 • Sistema respiratório cutâneo ou branquial 

 • Sistema reprodutor desenvolvido

 Os anelídeos são classificados em Poliquetos (Poliquetas), Oligoquetos (Ex.: minhocas) e Hidrudíneos (Ex.: as sanguessugas). Essa classificação é baseada na quantidade de cerdas: o primeiro tem muitas cerdas, segundo poucas e os hidrudíneos não têm cerdas. 

Classes : 

Oligoquetos : existência de pequenas cerdas de quitina ao longo do corpo que auxiliam na locomoção . Ex: minhocas , minhocuçu . 

Poliquetos : Representam os anelídeos de água salgada dotados de projeções laterais denominadas parapódios onde são encontradas numerosas cerdas . A cabeça e diferenciada possuindo olhos e tentáculos especializados para tato e olfato . A respiração pode ser cutânea ou branquial e os sexos são separados . No desenvolvimento embrionário , observamos uma fase larvaria ciliada denominada trocofora . Ex : nereis , eunice ( verme palolo ) , tubícolas , etc. 

Hirudíneos : São vermes aquáticos ou terrestres de corpo achatado dorso - ventralmente . Possuem sempre uma grande ventosa posterior , e algumas vezes , uma anterior . Podem ser parasitas ou predadores e apresentam nenhum tipo de cerdas . Respiração cutânea , hermafroditas ( monóicos ) e desenvolvimento direto.  O nome vem de hirudina (substância anti-coagulante presente na saliva de alguns representantes . Ex. : sanguessugas .

A minhoca : corpo coberto por cutícula de quitina sob a epiderme , apresenta 2 camadas de musculatura, uma circular , outra longitudinal. tiflossole : prega longitudinal do intestino que aumenta a superfície de absorção de alimentos. Respiração cutânea : troca de gases através da pele. Fecundação cruzada . 

 A forma de reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, podendo ser tanto assexuada como sexuada. Embora as minhocas sejam animais hermafroditas, fazem fecundação cruzada. O desenvolvimento é direto. As minhocas têm papel muito importante para a aeração e adubação do solo.

Anatomia

Os anelídeos são animais de corpo alongado, segmentado, triploblásticos, protostômios e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo cheia de um fluido onde o intestino e os outros órgãos se encontram suspensos.

Os oligoquetas e os poliquetas possuem celomas grandes, mas, nas sanguessugas, o celoma está preenchido por tecidos e reduzido a um sistema de estreitos canais; em alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento corresponde a um segmento e inclui uma porção dos sistemas nervoso e circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência.

Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, é coberto por uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos longitudinais. Estas características são parcialmente comuns aos nemátodos e aos artrópodes e, por isso, eles foram durante algum tempo colocados no mesmo grupo sistemático, o filo Articulata, mas estudos mais recentes revelaram que essas características devem ser consideradas como convergências evolutivas.

Nas minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas de colagênio; as sanguessugas (Hirudinea) têm uma camada dupla de músculos, sendo os exteriores circulares e os interiores longitudinais.

A maioria dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de sedas, mas os Polychaeta (as minhocas marinhas) possuem ainda um par de apêndices denominados parápodes (ou “falsos pés”).

Na extremidade anterior do corpo, antes dos verdadeiros segmentos - a cabeça -, encontra-se o protostômio onde se encontram os olhos e outros órgãos dos sentidos. Por baixo, encontra-se o peristômio, onde está a boca. A extremidade posterior do corpo é o pigídio, onde está localizado o ânus e os tecidos que dão origem a novos segmentos durante o crescimento.

Muitos poliquetas possuem órgãos de sentidos bastante elaborados, mas as formas sésseis muitas vezes apresentam tentáculos em forma de pluma, que eles utilizam para se alimentarem. Para além disso, muitas espécies têm fortes maxilas, por vezes mineralizadas com óxido de ferro. O tubo digestório é bastante especializado, devido à variedade das dietas, uma vez que muitas espécies são predadoras, outras detritívoras, outras alimentam-se por filtração, outras ainda ingerem sedimentos, dos quais o intestino tem de separar a parte nutritiva; finalmente, as sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção.

O sistema vascular é composto por um vaso sangüíneo dorsal que leva o “sangue” no sentido da “cauda” e outro ventral, que o traz na direção oposta.

O sistema nervoso é formado por um cordão ventral, a partir do qual saem nervos laterais em cada segmento.

Reprodução

A forma de reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, pondendo ser tanto assexuada como sexuada.

Classe Archiannelida

Archiannelida é considerado um grupo de anelídeos primitivos, mas iso não é certo, uma vez que não se sabe se o grupo é primitivo ou se são uma degeneração de poliquetas.

Características

· são seres intersticiais (vivem entre os grãos de areia).

· são transparentes / alaranjados. · possuem estruturas adesivas (ventosas ou muco) para se fixarem nos grãos de areia e assim não serem levados pelas marés.

· corpo vermiforme e longo.

· presença de cílios e flagelos.

· podem posuir 2 cavidades (os poliquetas também têm) que são quimioreceptoras. Saem cerdas destas cavidades.

· marinhos / dulcícolas.

· corpo filiforme.

· segmentos pouco diferenciados externamente.

· fibras musculares bem desenvolvidas.

· faringe eversível (probóscide).

· parapódios reduzidos ou ausentes.

· prostômio com ou sem tentáculos. Se sim, são 2 ou 3.

· presença ou não de de 4 palpos no peristômio e de cirros tentaculares.

· ausência ou 1 par de olhos.

· órgãos nucais. · pigídio com papilas adesivas (muco).

· sexos separados.

· Fecundação interna / externa.

· larva trocófora (desenvolvimento não é direto).

· Até hoje só foi descrita a reprodução sexuada. A assexuada ainda não foi descrita, mas não se pode falar que não ocorre porque este é um animal pouquíssimo estudado até hoje.

Branchiobdellidae

Os branquiobdelídeos são anelídeos parasitas ou comensais de lagostins de água doce. Apresentam semelhanças tanto com os oligoquetas como com as sanguessugas e já foram incluídos em ambos os grupos, mas atualmente as autoridades acreditam que tenham divergido inicialmente da base do grupo comum oligoqueta/hirudíneo e justificam que se deva colocá-los em uma classe ou sub classe separada (Branchiobdellida).

Todos os branquiobdelídeos são muito pequenos (1 a 10 mm) e são compostos de somente 17 segmentos. A cabeça encontra-se modificada em uma ventosa com um círculo de projeções digitiformes. A boca é terminal e a cavidade bucal contém dois dentes. Os segmentos posteriores (15 a 17) também se modificaram para formar uma ventosa e nenhum tem cerdas. O ânus é dorsal no segmento 14. Os branquiobdelídeos tem um celoma segmentado, um sistema sangüíneo-vascular mais ou menos típico dos anelídeos e dois pares de metanefrídios. Algumas espécies são ectoparasitas nas brânquias dos lagostins; outras vivem na superfície externa de exoesqueleto e alimentam-se dos resíduos orgânicos e dos microrganismos acumulados. Os branquiobdelídeos são hermafroditas com fertilização interna. Os zigotos são depositados em casulos, que se desenvolvem em criptolarvas, como nas sanguessugas arrincobdelídeas.

Oligochaeta

Oligochaeta é uma sub-classe de anelídeos segmentados que inclui a minhoca. As oligoquetas têm o corpo coberto por muco e cerdas. O muco facilita o movimento ao diminuir o atrito, ao mesmo tempo que ajuda à formação de galerias por fixação do solo.

O clitelo, anel esbranquiçado que indica a maturação sexual, é formado pela produção exagerada de muco. As cerdas dos oligoquetas aquáticos são maiores e auxiliam a natação.

O corpo dos oligoquetas é segmentado e encontra-se dividido em: prostômio, peristômio e pigídio. A boca é ventral e está presente no peristômio, enquanto que o ânus está localizado no pigídio. O sistema digestivo é composto pela boca, faringe eversível (probóscide), esôfago, papo (onde se acumulam os alimentos), moela (onde se dá a trituração), intestino e ânus. O sistema circulatório é fechado e constituído por vasos laterais rodeados por células musculares que funcionam como corações laterais (ou arcos aórticos). Dependendo da espécie, os oligoquestas têm 2 a 3 pares de corações aórticos. As trocas gasosas com o meio são feitas a partir da epiderme que necessita estar úmida pela ação do muco para permitir a respiração. O sistema nervoso é ganglionar e não comporta sistema sensorial. Por isso, os oligoquestas não têm antenas, olhos ou tentáculos. No entanto, há células receptoras que conseguem detectar a luz ou ausência dela.

Todos os oligoquetas são hermafroditas e reproduzem-se de forma assexuada ou sexuada. Neste último caso, a cópula é cruzada e ocorre com a adesão de um clitelo de um animal ao clitelo do outro. Ambos os animais fecundam e fertilizam-se mutuamente. No final da cópula, os oligoquetas deslizam entre si, retirando os clitelos que já estão fecundados com espermatozóides e óvulos. Ao sair do corpo do animal, o clitelo perde a sua forma e transforma-se num casulo.

Os oligoquetas têm enorme importância econômica para o homem. Graças ao seu modo de vida subterrâneo, são agentes essenciais na regeneração e manutenção de solos, bem como indicadores importantes da qualidade e poluição dos solos. Do ponto de vista econômico são produtores ativos de húmus, que pode servir como fertilizante e podem servir como base de rações animais (aves e peixes) ou isca para pesca.

Polychaeta

Polychaeta é uma classe de anelídeo que inclui cerca de 8,000 espécies de vermes aquáticos. A grande maioria das espécies é típica de ambiente marinho, mas algumas formas ocupam ambientes de água doce ou salobra. O nome deriva do Grego poly + chaeta que significa muitas cerdas, numa referência às cerdas que lhes cobre o corpo. Muitas espécies de poliquetas são coloridas e algumas são mesmo iridiscente. Os poliquetas distribuem-se na coluna de água desde a zona intertidal até profundidades de 5,000 metros. No conjunto, os poliquetas medem 5 a 10 cm de comprimento em média, mas há espécies com apenas 2 milímetros e outras que atingem 3 metros.

O sistema digestivo dos poliquetas é bastante variável, de acordo com os diferentes tipos de alimentação observados pelo grupo. A respiração faz-se, sobretudo, por trocas gasosas diretamente através da pele, que tem extensões que servem a função de brânquias. O sistema excretor é igualmente variável de acordo com a espécie, podendo ser constituído por um único par de tubos excretores ou um par por segmento.

Os poliquetas são animais dióicos e a reprodução é geralmente sexuada. Na maioria das espécies a fertilização é externa e ocorre na água, dando origem a larvas de vida livre.

Em alguns casos observa-se fertilização interna ou a deposição dos ovos fixos a objetos através de muco. A libertação de óvulos e esperma dos poliquetas faz-se de noite e está correlacionada com as fases da lua.

O grupo é geralmente dividido em dois grupos: Errantia e Sedentaria. Como o próprio nome indica, os poliquetas errantes têm vida livre seja nadando na coluna de água ou como organismos bentónicos móveis. A maioria das espécies deste grupo é predadora de pequenos invertebrados ou detritívora. Têm cabeça, olhos funcionais e tentáculos sensoriais. Os poliquetas sedentários estão adaptados para viver permanentemente em tubos escavados no substrato ou fixos a rochas. São na maioria dos casos organismos detritívoros ou filtradores.

Resumindo:

POLIQUETAS

Vida livre, com cabeça diferenciada e segmentos do corpo de parápodes.

Sendo que a maioria medem alguns centímetros e poucos são parasitas.

O aparelho digestório se inicia pela boca, seguindo-se ela faringe, esôfago e o intestino que vai terminar no ânus.

O aparelho circulatório é formado por um conjunto de vasos que variam de organização simples ou mais complexa.

Respiram por brânquias e outros através da parede do corpo. Já os órgãos excretores são formados por nefrídios.

OLIGOQUETAS

Possui como representante as minhocas.

Apresentam as seguintes características básicas:

A maioria é terrestre.

Apresentam-se em abundância em solo úmido.

Possuem espécies de água doce ou marinha.

Corpo revestido de cutícula.

Aparelho digestório organizado.

Sistema nervoso e circulatório semelhante aos poliquetas.


 

MOLUSCOS

 

Os moluscos recebem esse nome por apresentarem corpo mole, eles podem apresentar concha e possuem corpo pode ser dividido em cabeça, massa visceral e pé. A alimentação pode ser por filtração em algumas espécies. Nos moluscos encontramos sistemas digestivo, nervoso, reprodutor e excretor, além do sistema circulatório já presente nos Anelídeo. Os moluscos são divididos em Gastrópodes (Ex.: Caramujo), Bivalves (Ex.: Mexilhão) e Cefalópodes (Ex: Lulas e polvos) Existem moluscos dióicos ou monóicos (“hermafroditas”), mas esses não fazem autofecundação (realizam fecundação cruzada). O desenvolvimento pode ser direto ou indireto.

Apresentam o corpo mole, protegido por uma concha simples ou de duas peças: polvo (sem concha), lula (concha interna) e ostra (concha externa). Compreende grande diversidade. Neste grupo, destacamos os polvos e lulas, os caracóis, os caramujos, lesmas, ostras e mexilhões. São animais de corpo mole, podendo apresentar concha ou não e são estudados em cinco classes fundamentais.

· ANFINEUROS

· GASTRÓPODES

· ESCAFÓPODES

· LAMELIBRÂNQUIOS

· CEFALÓPODES

IMPORTÂNCIA DOS MOLUSCOS

Em relação às cadeias alimentares, essas espécies de animais são de grande importância. Como, por exemplo, temos os mexilhões que são “devorados” pela estrela – do – mar. Certos moluscos como as ostras, búzios, lulas e polvos são utilizados pelo homem como fonte de alimento, pois a carne deste animal é rica em proteínas. Na área de saúde pública, os caramujos de água doce assumem um certo destaque, pois o verme causador de esquistossomose (Shistosma mansoni) que utiliza o caramujo de água – doce (Biomphalaria) para completar seu ciclo evolutivo.



Equinodermos

Equinodermos: são animais que apresentam o corpo coberto de espinhos. São exclusivamente marinhos. Ex.: ouriço-do-mar, estrela-do-mar, pepino-do-mar. Os equinodermos não apresentam o sistema circulatório e o nervoso é pouco desenvolvido. O sistema digestivo é completo. São dióicos com desenvolvimento indireto. Possuem um sistema ambulacrário que permite desempenhar movimentação e transporte de substância.

Os equinodermos são os seres do filo Echinodermata (gr. echinos, espinho; derma, pele), pertencente à clade Deuterostomia do reino Animalia. São animais de simetria radial, e como exemplo podem ser citados as equinodermas: estrela-do-mar, holotúria e ouriço-do-mar. Estes animais se aproximam muito dos cordados por possuírem celoma verdadeiro (de origem enterocélica) e por serem deuterostômios, ou seja, o orifício embrionário conhecido como blastóporo origina o ânus dos indivíduos. Na fase larval os equinodermos possuem simetria bilateral, vindo desenvolver a simetrial radial somente no adulto. Esta é basicamente pentâmera, ou seja, os elementos se dispõem em 5 ou múltiplos de 5. Possuem esqueleto formado por placas calcárias, coberto por fina camada epidérmica. Esse esqueleto é de origem mesodérmica. Os equinodermos tipicamente possuem um sistema ambulacral ou aquífero que além de substituir o sistema circulatório no transporte de substâncias também é utilizado na locomoção destes animais. O sistema ambulacral funciona através de um sistema de canais hidráulicos, nos quais a diferença de pressão produz movimentos físicos. Também existem ventosas nas extremidades dos canais que permitem ao animal fixar-se ao substrato. Os espinhos estão presentes em diversos formatos nos grupos de equinodermos e atuam com a função de proteger o animal e para a locomoção. Podem ser recobertos por substâncias de caráter tóxico. São animais marinhos, de vida livre, exceto pelos crinóides que vivem fixos ao substrato rochoso (sésseis). As classes em que se divide o reino são:

· Echinoidea (ouriço-do-mar e bolachas-da-praia)

· Asteroidea (estrelas-do-mar)

· Ophiuroidea (ofiúro)

· Holothurioidea (holotúria ou pepino-do-mar)

· Crinoidea (lírio-do-mar)

Sistema ambulacral é um sistema hidráulico que funciona para transporte de substâncias, ajuda na locomoção, etc. Exclusivo de equinodermos.

Resumindo:

Característica

· São exclusivamente marinhos;

· Possuem esqueleto interno de placas calcáreas (apresentando o elemento químico cálcio);

· Apresentam órgãos internos e externos;

· Contém órgãos de locomoção;

· A maioria da vida livre, porém alguns são fixos;

· Apresentam sexos separados

Classificação 

ASTERÓIDES 
Estrela-do-mar Não apresentam olhos. Possuem estruturas de locomoção chamada de braços. Corpo estrelado. Contém espinho. Possuem pés ambulacrais (estrutura de locomoção) e bocas.

EQUINÓIDES 
Ouriços-do-mar, bolacha-do-mar Corpo esférico; Apresentam espinhos móveis e finos; Animais de corpo globuloso; Alimentam-se de algas presas as rochas; Apresentam placas radiais.

OFIURÓIDES 
Serpentes-do-mar Apresentam corpo estrelado; Contém disco central definido; Espinhos situados nos braços; Deslocam-se com grande facilidade.

CRINÓIDES 
Lirios-do-mar Corpo estrelado; Braços ramificados; Vivem presos a rochas ou a outros corpos sólidos.

HOLOTURÓIDES 
Pepinos-do-mar Corpo alongado; Vivem enterrados na areia; Apresentam boca e ânus em extremidades oposta; Apresentam substâncias pegajosas presentes nos pés; Defendem-se lançando substâncias quando atacados por predadores.



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