sábado, 10 de dezembro de 2022

Boris Yeltsin

Boris Yeltsin, político russo, foi o primeiro presidente da Rússia após o desmembramento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
Ministro de Mikhail Gorbachev, Yeltsin foi demitido em 1987 por pressionar o governo a acelerar as reformas políticas. Passou para a oposição, acabando por se tornar presidente do Soviete Supremo da Rússia, em 1989.
Em 1991, foi eleito para o recém-criado cargo de presidente da Rússia, defendendo reformas mais radicais que as de Gorbachev, o então secretário-geral do Partido. Yeltsin conduziu o desmembramento da URSS e a formação da Comunidade de Estados Independentes (CEI).
Eleito em 1991 para a presidência da recém-criada Federação Russa, Boris Yeltsin acelerou a transição do socialismo burocrático de Estado para o capitalismo, abolindo os controles de preços e privatizando as empresas estatais. A rapidez e a profundidade das mudanças, entretanto, agravaram os problemas da economia. Entre 1991 e 1998, o PIB registrou quedas sucessivas, o que aconteceu também nos países do Leste europeu.
Enquanto isso cresciam a inflação e o desemprego. A crise levou à rápida expansão do crime organizado. Grupos criminosos se apoderaram de grande parte da economia do país, além de controlar o contrabando, a prostituição e outras atividades ilegais.
Intensificaram-se também as tensões regionais. Em janeiro de 1995, por exemplo, tropas russas invadiram a Chechênia para esmagar uma revolta dos separatistas muçulmanos. O conflito foi suspenso em 1996 por um acordo de paz, mas as tensões étnicas continuaram latentes na região.
Em 1998, A economia russa entrou em colapso, provocando a queda das Bolsas de Valores em todo o mundo. A moeda do país o rublo, foi desvalorizado em 75% e, no ano seguinte, o desemprego chegou a 14,2 %. Em mais uma operação de salvamento, o FMI emprestou ao governo russo cerca de 22 bilhões de dólares, mas a crise não foi totalmente superada, Yeltsin que se reelegera presidente da Rússia em 1996, renunciou no fim de 1999, sendo sucedido por Vladimir Putin.



Revolução Chinesa

Com cerca de 400 milhões de habitantes a china no final do século XIX era um país submetidos aos interesses das principais potências imperialistas. Essa sujeição era tão intensa que, nas praças públicas das cidades chinesas, os ocidentais davam-se o direito de fincar cartazes onde se lia. “É proibida a entrada de cães e de chineses no jardim.” Cobiçada por suas riquezas naturais, pela grande população e pelo potencial de matérias-primas, a China acabou subjugada pelas potências capitalistas no século XIX com guerras e tratados desiguais. Após a Guerra do Ópio e a assinatura do Tratado de Nanquim, Hong Kong passou a ser controlada pelos britânicos em 1842. A cidade representava um ponto fundamental de ligação entre a Europa e a China.
Para exercer sua dominação, as nações imperialistas contavam com o apoio de uma propaganda massiva e a conivência dos imperadores chineses da dinastia Manchu, que dominavam o país desde o século XVII.
Esse contexto marcado por privilégios e humilhações levou inúmeros chineses a organizares atos de rebeldia. Em 1900, por exemplo, os Boxers, membros de uma sociedade secreta que praticava o boxe sagrado, iniciaram uma revolta nacional contra os estrangeiros, mas acabaram massacrados pelos exércitos das potências ocidentais que haviam se unido contra eles. Os Boxers foram vencidos. A semente, porém, estava lançada.
Aos poucos, as camadas populares foram se engajando na luta pela democracia. Finalmente, em 1911, o antigo império chinês desabou. A revolta que pôs fim à monarquia chinesa foi liderada por Sun Yat-sem, nomeado então presidente da República recém proclamada. Sun Yat-sem, junto com seus seguidores, fundou o Kuomintag, Partido Nacional do Povo.
A República chinesa, no entanto, não conseguiu fazer frente às potências estrangeiras e nem aos chefes militares locais, chamados “os senhores da guerra”. Eles possuíam enorme poder nas províncias e controlavam, juntamente com outros grandes proprietários de terra, cerca de 88% das terras produtivas.
Em 1921, com a disposição de organizar os operários, os artesãos e os 30 milhões de collies existentes no país, foi criado o Partido Comunista Chinês (PCC). Seus principais fundadores foram o intelectual Chen-Tu-xiu, o educador Peng-Pai e o ativista político Mao Tse-tung. A princípio, esse partido aliou-se ao Partido Nacional do Povo. Essa aliança, porém durou pouco.

Disputas pelo poder

Em 1927, o general Chiang Kai-shec assumiu o comando das tropas do Partido Nacional do Povo, disposto a submeter os chefes militares locais e impor-se ao país todo. Durante as lutas que então se travavam. Chiang Kai-shec voltou-se também contra os comunistas, ordenando que os massacrassem. A partir daí, a união entre os nacionalistas e os comunistas cedeu lugar a uma guerra entre eles.
Um dos episódios marcantes dessa guerra foi a Longa Marcha, uma caminhada de 10 mil quilômetros que o principal líder comunista, Mao Tse-tung, empreendeu com mais de 100 mil pessoas em direção ao noroeste do país com o objetivo de escapar ao cerco inimigo. Durante a caminhada, muitas pessoas morreram, outras ficaram pelo caminho organizando os camponeses, que haviam se transformado na principal base de apoio dos comunistas. Apenas 9 mil chegaram ao destino final, a província de Shensi, onde se ergueu o quartel-general das tropas maoístas.
A prolongada guerra entre nacionalistas e comunistas foi interrompida apenas duas vezes. A primeira, em 1937, quando se uniram para lutar contra o Japão que havia invadido a Manchúria, no norte do país. A segunda, durante a Segunda Guerra Mundial, para enfrentar as forças nazifascistas.
Com o final da Segunda Guerra, os japoneses foram expulsos do território chinês e as tropas de Chiang Kai-shec, com o apoio bélico dos Estados Unidos, lançaram uma ofensiva contra os “vermelhos” de Mao Tse-tung, reiniciando, então, o conflito armado.
A revolução popular liderada por Mao criou um modelo socialista independente, tendo os camponeses como base. Mesmo sem a ajuda da maior potência comunista, a União Soviética, dirigida na época por Stálin, as forças de Mao conseguiram a vitória.
Os comunistas venceram os nacionalistas e, em 1949, conquistando o poder e proclamaram a República Popular da China. Chiang Kai shec e o que restava de seu governo, refugiaram-se na ilha de Formosa (Taiwan), onde instalaram a China Nacionalista.


Bloco socialista - União Soviética

Após a Segunda Guerra, o mundo se bipolarizou: de um lado, estavam os países que passaram a seguir o modelo soviético; do outro, os que continuaram sob influência norte-americana. Eram dois sistemas distintos – o socialismo e o capitalismo –, que as superpotências representavam e defendiam. Sem travar um confronto bélico direto, Estados Unidos e União Soviética viveram momentos de tensão durante a Guerra Fria clássica, opuseram seus sistemas econômicos durante a Coexistência Pacífica e, já na década de 70, iniciaram uma política de "afrouxamento" – a Détente. Enquanto isso, vários presidentes e líderes estiveram à frente dessas superpotências.
O primeiro país a adotar o socialismo como forma de governo e de organização da sociedade foi a união soviética, com a Revolução de 1917. Nas décadas de 20 e 30 fortaleceram-se os Partidos Comunistas de vários países, mas suas tentativas revolucionárias, como na Hungria em 1926, fracassaram. Só após a Segunda Guerra Mundial é que a maioria dos países do leste europeu se tornou comunista.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os comunistas se destacaram nos movimentos de resistência contra a ocupação nazista. À medida que o exército soviético avançava, libertando a Europa da ocupação alemã, governos comunistas iam sendo instalados nos países dessa região. Em alguns países, o socialismo se implantou nos anos seguintes ao fim da guerra. Em 1948 já tinham governo socialista a Albânia, a Bulgária, a Tchecoslováquia, a Hungria, a Polônia, a Romênia e a Iugoslávia.

Expansão soviética

Apesar das perdas humanas e materiais, a URSS sai da guerra como grande potência econômica e militar. Aumenta a centralização política, a pretexto de uma rápida recuperação econômica e do perigo de uma nova guerra, desta vez contra as potências ocidentais, tendo os Estados Unidos à frente. A economia é restaurada através da planificação centralizada, com prioridade para a indústria pesada. Em 1950 a produção industrial e agrícola atinge os níveis anteriores à guerra. As regiões industriais no oeste do país são reconstruídas e tem início a exploração da Sibéria. Intensifica-se a mecanização agrícola e as áreas de cultivo são ampliadas. Entra em execução um plano de massificação do ensino básico e técnico e tem início o rearmamento. O V Plano Quinquenal, entre 1951 e 1955, é voltado para a realização de obras energéticas e de irrigação e transporte fluvial. São executados projetos de armas modernas, centradas em artefatos nucleares e foguetes, e começa a pesquisa espacial.

Governo Stálin: o fim do ideário socialista.

Na disputa pela sucessão no governo russo, após a morte de Lênin, Stálin obteve vitória e passou a controlar a União Soviética. Durante seu governo ele tomou medidas que centralizaram diversos papéis nas mãos do Estado. Com esse inchaço de atribuições do governo, os ideais socialistas foram se perdendo com o passar do tempo. Além disso, Stálin foi responsável por exercer forte repressão sobre seus inimigos políticos.
Primeiramente, Stálin aboliu a NEP e criou os planos quinquenais. Neles eram estabelecidas as metas da economia russa em um prazo de cinco anos. De forma geral, Stálin priorizou o desenvolvimento industrial dando maior ênfase na expansão das indústrias de base (mineração, máquinas e energia). Com o alcance de números positivos, os planos quinquenais posteriores buscaram desenvolver os demais aspectos da indústria nacional.
No campo, a socialização das terras foi parcialmente adotada. Dividindo atribuições, as terras cultiváveis foram subdivididas em sovkhozes (fazendas do Estado) e kolkhozes (fazendas cooperativas). Muitos camponeses tiveram suas terras apropriadas pelo governo de Stálin, o que gerou alguns conflitos no meio rural. Aqueles que se negaram a entregar suas terras eram mortos ou deportados para a Sibéria e a Ásia Central.
Sob o aspecto político, Stálin exerceu forte controle sobre as atividades do Partido Comunista. Os setores intelectuais e políticos da época só tinham espaço na medida em que concordavam com as ideologias stalinistas. Dessa forma, o stalinismo se firmou com trações claramente ditatoriais que contrariavam as ideias libertárias e igualitárias do socialismo.
A ditadura stalinista prendia e torturava seus opositores, mandando para trabalhos forçados na Sibéria, internando-os em hospitais psiquiátricos ou fuzilando-os. Além disso, manteve rígida censura sobre os meios de comunicação.
Em 1953, depois de governar o país por 29 anos, Stálin morreu e foi sucedido por Nikita Kruschev.

O governo de Kruschev

Durante os onze anos e seu governo (1953-1964), Kruschev deu inicio à desestalinização da União Soviética, ou seja, a anulação gradativa das medidas autoritárias baixadas por Stálin.
No XX Congresso do Partido Comunista, realizado em 1956, Kruschev ousou afirmar que “Stálin era homicida, megalomaníaco e inimigo do povo” e, a seguir, enumerou vários crimes praticados pelo ditador.
No plano externo, Kruschev notabilizou-se por defender a política de coexistência pacífica, segundo a qual os países capitalistas e socialistas deveriam conviver em paz.
Foi também durante o seu governo que o astronauta soviético Iúri Gagárin realizou o primeiro voo em torno da Terra.

O governo Brejnev

Em 1964, Kruschev foi deposto sob acusação de “abuso de poder” e sucedido por Leonid Brejnev, que governou o país até 1982.
Brejnev procurou dar continuidade à aproximação com os Estados Unidos, assinando com esse país importantes acordos do ponto de vista da preservação da paz mundial.
Durante seu mandato, entretanto, o gasto com a produção de armas aumentou enormemente, a KGB (polícia secreta) continuou tão poderosa quanto antes, os funcionários do governo passaram a ter mais privilégios e mordomias e a corrupção alastrou-se pela sociedade.
No plano econômico, a partir de meados da década de 70, o país mergulhou numa grave crise:
· A URSS, um dos maiores produtores de matérias-primas, combustíveis e grãos para alimentação, passou a ter de importá-los, pois houve uma queda acentuada da produção agrícola e industrial;
· A qualidade dos serviços de saúde, educação e transporte decaiu;
· Havia escassez de habitação, empregos qualificados e bens de consumo.
No início dos anos 80, os problemas socioeconômicos continuaram crescendo. Em conseqüência, o alcoolismo, o consumo de drogas e o crime aumentaram.
Com a morte de Brejnev, em 1982, o país foi governado por Andropov e depois por Tchernenko, mas a realidade soviética permaneceu inalterada, com a morte deste último, em 1985, o poder passou às mãos de Mikhail Gorbatchev.

O governo Gorbatchev e a crise soviética

Profundo conhecedor dos problemas soviéticos, Gorbatchev propôs-se a combatê-los por meio de um vasto programa de reformas.
Às reformas econômicas deu o nome de perestroika – palavra que quer dizer reestruturação – e as reformas sociopolíticas e culturais chamou de glasnost, que significa transparência.
A perestroika visava estimular o crescimento e aumentar a eficiência da economia soviética.
Para isso, propunha a descentralização das decisões econômicas (redução da interferência do Estado na economia), autorizava a existência de pequenas empresas privadas no país, permitia a atuação das multinacionais em alguns setores da economia e estimulava a renovação tecnológica e a competitividade entre as empresas.
A glasnost objetivava democratizar a sociedade, combatendo o autoritarismo dos antigos dirigentes políticos, a corrupção e a ineficiência na administração pública.
Os presos políticos foram soltos (vários deles saíram do país), funcionários desonestos foram afastados, a imprensa falada e escrita passou a veicular críticas ao governo, livros proibidos foram publicados... Concedeu-se, enfim, liberdade de pensamento e expressão.
À medida que as reformas de Gorbatchev foram se intensificando, cresciam as divergências entre os conservadores (elementos da “velha guarda” do Partido Comunista, que desejavam o fim das reformas) e os ultra-reformistas, como Boris Ieltsin, que pretendiam o aprofundamento das reformas.
Gorbatchev, que defendia uma posição intermediária, viu-se em meio a um fogo cruzado.
Em agosto de 1991, a “velha guarda” do Partido Comunista da União Soviética desfechou um golpe de Estado, afastando Gorbatchev do poder. Mas a população soviética, liderada por Boris Ieltsin, reagiu e conseguiu recolocá-lo à frente do governo.
Entretanto, Gorbatchev já não conseguia ter controle sobre o processo de reformas que ele próprio iniciara. Assim que reassumiu o governo, defrontou-se com uma nova tempestade: as repúblicas soviéticas reivindicavam independência.
Em 21 de dezembro de 1991, várias dessas ex-repúblicas fundaram a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) da qual fazem parte, por exemplo, Rússia, Ucrânia, Bielo-Rússia, Cazaquistão e Uzbequistão.
Com a criação da CEI, a União Soviética, que existiu por 69 anos, foi oficialmente extinta. Reconhecendo o desmoronamento da União Soviética, Gorbatchev afastou-se do governo em 25 de dezembro de 1991.


A Revolução Cubana (1959)

Cuba antes da revolução

Cuba conseguiu libertar-se da Espanha em 1898, com um exército comandado por José Martí e composto em sua maioria por ex-escravos que, apesar de portarem facões, vencerem soldados armados de fuzis e baionetas. Do domínio espanhol à tutela norte-americana, Cuba foi disputada desde o século XV. Como colônia espanhola, passou de importante porto à área produtora de açúcar e tabaco.
Apesar de politicamente independente, o país passou a ser quase totalmente dominado pelos norte-americanos. Estes compravam a maior parte do açúcar cubano, o principal produto de exportação da ilha, e se aproveitavam disso para impor sua tutela. Essa dominação foi oficializada em 1901, através da imposição da Emenda Platt, por meio da qual os norte-americanos se reservavam o direito de instalar bases militares no país e de intervir militarmente toda vez que considerassem seus interesses ameaçados. Governos autoritários, corruptos e comprometidos com os Estados Unidos forneceram o meio ideal para a insatisfação nacional e ações radicais no século XX.

A Revolução

Quase toda a riqueza de Cuba estava nas mãos de poucas famílias nativas e de empresas norte-americanas instaladas no país. Enquanto isso, milhões de cubanos alimentavam-se mal, moravam em barracos e viviam de empregos temporários. Os camponeses, por exemplo, tinham trabalho garantido apenas entre dezembro e maio; e a imensa maioria não sabia ler.
Foi nesse cenário marcado por intensa desigualdade social que um grupo de revolucionários, liderado pelo jovem advogado cubano Fidel Castro, iniciou uma luta sem tréguas contra o ditador Fulgêncio Batista (1934-1958). Fidel Castro liderou a luta dos cubanos contra a ditadura de Fulgêncio Batista. Depois do fracassado ataque contra o quartel de Moncada, em 1953, Fidel exilou-se no México, onde criou o Movimento 26 de Julho, cujo objetivo era a revolução nacionalista. Depois de uma tentativa fracassada de chegar ao poder, os revolucionários embrenharam-se na Sierra Maestra e, apoiados pelos camponeses para a guerra de guerrilhas.O apoio camponês foi decisivo para a revolução, conquistada por meio da propaganda, além da proposta de reforma agrária. Entre os guerrilheiros estavam Raúl Castro, irmão de Fidel, e Ernesto "Che" Guevara, médico, revolucionário e líder político.
Em janeiro de 1959, quase dois anos depois de iniciada a guerrilha, Fidel e seus companheiros, entre os quais estava o médico argentino Ernesto “Che” Guevara, conseguiram conquistar o poder, obrigando Batista a fugir do país.

Ernesto "Che" Guevara

O argentino Ernesto "Che" Guevara chegou a ser ministro da Indústria de Cuba, mas defendia a ideia de estender a Revolução Cubana – revolução anti-imperialista – para todo o continente latino-americano. Em 1965, deixou Cuba para organizar guerrilhas na América Latina, defendendo que o guerrilheiro era a vanguarda armada do povo na luta contra a opressão. Encontrava-se na Bolívia, quando foi morto em 8 de outubro de 1967. Deixou suas ideias nas obras A Guerra de Guerrilhas (1960) e O Socialismo e o Homem em Cuba (1965).

A implantação do socialismo

No início, a Revolução Cubana não apresentava uma ideologia clara. No entanto, depois de chegar ao poder, Fidel Castro passou a modificar a estrutura social do país. O novo governo demonstrou seus compromissos com a igualdade e justiça social, propondo a nacionalização dos setores básicos e de empresas estrangeiras, diversificação econômica, o fim do analfabetismo, investimentos na saúde e educação, reforma urbana, proscrição das grandes propriedades improdutivas e sua redistribuição como pequenas áreas e cooperativas controladas pelo Estado. No plano externo, houve o restabelecimento das relações com a União Soviética e demais países do bloco socialista. Aos poucos, Cuba construía o primeiro modelo socialista da América.
As primeiras medidas do novo governo foram:
· a reforma agrária com distribuição de terras a 200mil famílias;
· redução em 50% nos aluguéis, de 25% nos livros escolares e 30% nas tarifas de eletricidade;
· nacionalização de usinas, indústrias e refinarias.

As relações tensas com os EUA e a radicalização política

Os norte-americanos consideraram-se prejudicados por esta última medida. Como represália, deixaram de comprar o açúcar cubano. O governo de Fidel firmou, então, acordos comerciais com os países do bloco comunista, passou a vender o açúcar para eles.
Os EUA reagiram rompendo relações diplomáticas com Cuba em janeiro de 1961. Três meses depois, 1500 homens treinados pela Agência Central de Inteligência (CIA) invadiram a baía dos porcos, no litoral sul de Cuba, com o apoio aéreo dos Estados Unidos. A invasão da baía dos Porcos, em 1961, foi uma tentativa frustrada de invasão, realizada por exilados cubanos, treinados e equipados pela CIA (Agência Central de Inteligência) em Miami, para derrubar o novo regime. A invasão da baía dos Porcos fracassou e centenas de norte americanos foram presos.
Em 1962, ocorreu a “Crise dos Mísseis”, quando o então presidente norte-americanos John Kennedy bloqueou a ilha por mar, ameaçando invadi-la sob a alegação de que os soviéticos tinham ali instalado mísseis nucleares. Tal fato gerou uma grave tensão entre Moscou e Washington, mas o risco de confronto armado e a consciência de suas consequências desastrosas levaram os líderes das duas potências ao entendimento. O conflito foi resolvido por meio de um acordo entre EUA e URSS que determinava a retirada dos mísseis soviéticos, em troca do compromisso de os norte-americanos não invadirem a ilha.
Neste mesmo ano, Cuba foi expulsa da OEA (Organização dos Estados Americanos) sob a alegação de que estava exportando os ideais socialistas para todo o continente. Com isso, os EUA visavam isolar o governo de Fidel Castro. Entretanto, nas décadas seguintes os países latino-americanos foram reatando pouco a pouco suas relações com Cuba.

Aprofundamento revolucionário

Superada a crise dos mísseis, o regime cubano foi lentamente se fechando com o aprofundamento revolucionário, realizando expurgos no Partido Comunista, nova reforma agrária e estímulo à mecanização agrícola e à industrialização. Na política externa, com o objetivo inicial de criar "novos Vietnãs", Cuba colaborou com a luta pela libertação de Angola e da Etiópia. A Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS) foi criada em 1967 para auxiliar os movimentos revolucionários, como a Revolução Sandinista e as lutas populares em El Salvador e na Guatemala.

Cuba: um balanço

As maiores conquistas da Revolução Cubana estão no campo da saúde pública, da medicina e da educação.
Na saúde houve enormes ganhos, com uma sensível melhoria nas condições sanitárias da população. A prática da medicina preventiva em todo o território conduziu a uma redução drástica das mortes por tuberculose, malária e tifo – fato comum antes de 1959. A poliomielite foi erradicada graças a vacinação em massa. Foram construídos hospitais-escolas, hospitais especializados e institutos médicos providos de equipes de saúde com sólida formação científica. Foram criadas também muitas clínicas rurais, de tal forma que toda a população passou a ter acesso a atendimento médico hospitalar gratuito. A mortalidade infantil caiu, e a expectativa de vida aumentou bastante – a dos homens é e 74 anos e as mulheres, de 78 (2000).
Quanto à educação, aumentou consideravelmente o número de escolas primárias e secundárias destinadas ao ensino de adultos, bem como o de faculdades. Segundo dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), a taxa de analfabetismo em cuba no ano 2000 era de apenas 3,6%, uma das menores da América Latina.
Já no campo econômico, Cuba continuou dependente das exportações de tabaco, níquel e, sobretudo, de açúcar. Com a extinção da União Soviética, em 1991, a economia cubana foi fortemente abalada, a começar pelo fato de que 80% do petróleo usado em Cuba vinha de lá. Cuba ficou também sem os créditos, as taxas preferenciais para o açúcar cubano, os combustíveis, as máquinas, as peças, a “proteção” e tudo o mais que recebia da União Soviética.
Nas décadas de 70 e 80, o quadro internacional de distensão possibilitou o fim do isolamento cubano. Relações diplomáticas foram restabelecidas com a Venezuela, Panamá, Colômbia e Espanha. Paralelamente, um acordo contra a pirataria aérea foi firmado com o governo norte-americano. A tensão nas relações com os Estados Unidos retornou durante o governo de Ronald Reagan que, em 1985, acolheu milhares de novos exilados cubanos, além de reforçar o embargo à ilha. Fidel adotou uma postura contrária à onda reformista que atingiu o Leste europeu a partir do final da década de 80.
A relação de dependência de Cuba à União Soviética durou até 1991, com o fim do socialismo soviético. Fidel tentou adiar a abertura econômica ao máximo, mas a crise interna e a manutenção do embargo americano o forçaram a adotá-la a partir de 1993, buscando atrair investimentos estrangeiros, porém sem abertura política – como ocorreu na China.
Um dos fatores mais importantes para as dificuldades econômicas de Cuba é o boicote imposto pelos Estados Unidos em 1961, que se manteve mesmo após o fim da União Soviética em 1991. Em 1996, o presidente norte-americano Bill Clinton sancionou a Lei Helms-Burton, que impôs sanções aos países que comercializassem ou investissem em Cuba. Foi uma tentativa de forçar outros países – sobretudo os da Europa – a participarem do boicote comercial contra Cuba.
A partir de 1995, Cuba abriu-se para o turismo, buscando atrair dólares. Também permitiu investimentos externos em alguns setores da economia.



A desintegração do bloco socialista

A abertura que Mikhail Gorbatchov introduziu na União Soviética e a pressão dos povos – em geral, desejosos de acabar com a ditadura do Partido Comunista em seus países – fizeram com que, de junho a dezembro de 1989, subissem ao poder no bloco socialista vários governos reformadores. A desintegração do bloco socialista, a partir desse ano, se deu por várias vias: negociações entre as autoridades e oposição na Polônia, Hungria e Bulgária; revolução popular violenta na Romênia e manifestações de massa pela democracia na Tchecoslováquia e Alemanha Oriental.

O novo Leste europeu

Após 1980, cresceram os descontentamentos na Europa oriental, devido às limitações e dificuldades da economia planificada, além de divergências com relação às determinações impostas por Moscou. No finai de 1989, a região iniciou uma série de profundas transformações graças à Perestroika, que fez com que a União Soviética afrouxasse os laços regionais. Além disso, a população exigia mudanças substanciais, tanto políticas, quanto econômicas. Veja, a seguir, como se deu a transição em alguns dos países do Leste Europeu.
Em junho de 1989, aconteceram eleições na Polônia. No ano seguinte, novas eleições levaram o líder do Sindicato Solidariedade, Lech Walesa, opositor do regime comunista, à presidência. O Partido Comunista húngaro converteu-se em Partido Socialista e a República Popular Húngara transformou-se em república parlamentar. Também na Bulgária os reformadores iniciaram políticas econômicas de choque para se adaptar à nova situação. Na Romênia, um enfrentamento civil terminou com a execução do ditador Ceaucescu e sua esposa. Na Tchecoslováquia, um candidato não comunista, o escritor Vaclav Havel, chegou à presidência (Revolução de Veludo). Posteriormente, o país foi dividido em dois: República Tcheca e Eslováquia. Na RDA, Honecker foi substituído; Krenz decretou a abertura do Muro de Berlim e, pouco depois, Modrow formava um governo reformador. Na Albânia, 'farol do socialismo puro', pressões sociais levaram a reformas. Na Iugoslávia, explodiram antigos problemas étnico religiosos e nacionalistas, gerando violentas guerras civis e a fragmentação do país.

Polônia

Como fruto dos descontentamentos, o sindicato Solidariedade é fundado em 1980 na cidade de Gdansk, reunindo os trabalhadores de um estaleiro chamado Lenin. Sob a direção de Lech Walesa, em poucos meses filiaram-se a ele cerca de 9 milhões de trabalhadores. Seu surgimento colocou em discussão a questão do socialismo democrático, pois ele se opôs ao governo, exigindo maiores liberdades políticas e a eliminação dos privilégios dos burocratas. No ano seguinte, foi declarado ilegal pelo governo.
Somente em abril de 1989, sob influência da Perestroika, é que o sindicato Solidariedade obteve sua legalização. Em junho do mesmo ano, o partido a ele ligado ganhou as eleições gerais. Foi a primeira vez, desde 1945, que se formou um governo não comunista no Leste Europeu. Essas últimas transformações políticas na Polônia, no entanto, foram acompanhadas por reformas econômicas que criaram uma crise de difícil administração. A produção industrial caiu 23% e a inflação chegou a 225% em 1990.

Alemanha Oriental

No final da Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em áreas de influência entre a União Soviética, Estados Unidos, Reino Unido e França. Mais tarde, o setor soviético acabou se transformando na República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) e o restante constituiu a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental).
Em meio à crise e sob influência das mudanças ocorridas na União Soviética, graças à Perestroika e à Glasnost, a Alemanha Oriental passou por rápidas transformações a partir do início de 1989. A crise política, no entanto, continuava a crescer e muitos alemães orientais fugiam para o ocidente, enquanto cresciam as críticas e as manifestações populares. Num ato que simbolizou a quebra de uma ordem antiga, em novembro, manifestações derrubaram o muro de Berlim, o mais importante símbolo da Guerra Fria.
Em março de 1990, pela primeira vez desde 1945, foram realizadas eleições com a participação de vários partidos, vencidas pelos democratas cristãos. Acelerou-se a reunificação das Alemanhas, completada em outubro. Finalmente , em junho de 1991, Berlim voltou a ser a capital da Alemanha reunificada.

Iugoslávia

A Iugoslávia representa, neste início dos anos 90, uma das regiões mais tensas e violentas do Leste Europeu. O país mergulhou em uma guerra civil cujos desdobramentos poderão adquirir dimensões incontroláveis.
Após 1945, sob o governo de Josep Broz Tito, a Iugoslávia viveu a socialização da economia e a busca de uma harmonia entre as diversas etnias do país. Eram mais de 20 povos convivendo em um espaço territorial menor que o do estado de São Paulo. Limitadamente, entretanto, continuavam a existir manifestações nacionalistas e, com a morte de Tito, em 1980, avolumaram-se os confrontos populares, às greves e os atentados.
Em 1990, nas eleições gerais, os comunistas foram derrotados em quatro das seis repúblicas iugoslavas, mas vencedores em duas outras, Sérvia e Montenegro. Isso lhes permitiu controlar o governo do país, já que nelas vive a maior parte da população iugoslava. Cresceram as lutas nas outras repúblicas e duas delas declararam unilateralmente a independência - a Croácia e a Eslovênia. A Sérvia opôs-se e enviou tropas às repúblicas separatistas, dando inicio à guerra civil. Somente nos primeiros meses de 1991, calcula-se que mais de 5 mil pessoas morreram nos combates entre sérvios e croatas.

Romênia

Governada pelo chefe comunista Nicolae Ceausescu por 25 anos, a Romênia enfrentou grandes agitações políticas em 1989. Diante da evolução e do crescimento de manifestações que exigiam democratização, Ceausescu ordenou que a política secreta atirasse contra manifestantes na cidade de Timisoara (18/12/1989). Deixando milhares de mortos, a repressão motivou protestos por todo o país, ganhando a adesão de parte do exército e levando a Romênia à guerra civil. Em 25 de dezembro, Ceausescu e sua esposa Elena foram presos e fuzilados.
Em maio de 1990, foi formado um novo governo, que organizou eleições livres para a presidência, vencendo o comunista lon Iliescu. Nos meses seguintes, emergiram sucessivos conflitos e descontentamentos devidos à inflação crescente (200% ao ano) e aos baixos salários.

Hungria

Na Hungria, o Partido Comunista mudou de orientação política em outubro de 1989, transformando-se em Partido Socialista. Esse foi o ponto de partida para uma reforma constitucional que culminou com eleições livres pluripartidárias.
Na economia, foi o primeiro país do Leste Europeu a permitir a entrada de capital estrangeiro. Entre fevereiro de 1990 e setembro de 1991, o país recebeu metade dos 4,5 bilhões de dólares de investimentos multinacionais feitos na região. Hoje o setor privado já detém 45% da economia nacional e mais de 180 mil novos negócios privados foram abertos em 1991. Há, entretanto, dados preocupantes, como a inflação que subiu para 28% em 1990 e está estimada em 36% para 1991, além da taxa de desemprego de 5% e da dívida externa, que é de 21 bilhões de dólares.

Tchecoslováquia

Depois de crescentes pressões populares contra o governo comunista, o primeiro-ministro Ladislav Adamac renunciou. Foi então que, em dezembro de 1990, o movimento pró-democracia do Fórum Cívico formou um novo governo pluripartidário de minoria comunista. Foram eleitos para presidir o parlamento e a nação, respectivamente, Alexander Dubcek e Vaclav Havei.
Em janeiro de 1991 tiveram início as primeiras privatizações nacionais e em 1o de outubro houve entrada de capitais estrangeiros. Nessa época foi fechada a maior transação econômica de toda a Europa Oriental: um acordo com a Volkswagen alemã para investimentos de 6,4 bilhões de dólares. Embora as reformas tenham criado quase 1 milhão de desempregados, no final de 1991 o crescimento econômico havia sido retomado. Hoje debate-se o desmembramento do país, com a formação de uma nova federação e a possibilidade de inclusão da Boêmia como uma terceira república.
Nos demais países do Leste Europeu, Bulgária e Albânia, também ocorreram mudanças significativas, que incluem transformações econômicas e democratização. Dentro desse quadro de crise geral da Europa Oriental, foi extinta, em julho de 1991, a maior organização militar do mundo socialista, o Pacto de Varsóvia, o que pôs fim à influência militar soviética na região.
No final do mesmo ano, também foi extinto o Comecon, que realizava a Planificação das relações comerciais entre os países socialistas. Durante 40 anos, esse organismo interligou a economia de seus membros, funcionando sob princípios muito diferentes dos da economia de mercado capitalista e colocando os países do Leste Europeu sob influência da União Soviética. Com seu fim surgiram inúmeros problemas, como a dificuldade de vender seus produtos para os países desenvolvidos por serem de qualidade inferior, sem condições de concorrer com os produtos das modernas indústrias ocidentais.
Uma iniciativa importante para ajudar a resolver as dificuldades dos países do Leste Europeu foi a criação do Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), em abril de 1991. Com um capital inicial de 13 bilhões de dólares, sua finalidade é fornecer empréstimos e integrar a economia desses países à área de influência da Comunidade Econômica Europeia.



Administração Mikhail Gorbatchev (1985-1991)

A saída de antigos líderes do Partido e a renovação dos quadros dirigentes possibilitaram o fortalecimento político de Gorbatchev e de seu programa de mudanças. Em seu governo, ocorreram reformas nas Forças Armadas, na legislação eleitoral, na administração popular, na economia e na política externa, mas foi em 1985 que os planos mais amplos de transformações foram lançados – a Perestroika e a Glasnost. Gorbatchev acreditava que esses planos estabeleceriam um "socialismo humanitário".

As mudanças pretendidas por Gorbatchev

No plano político, Gorbatchev propôs a separação entre o Partido Comunista e o Estado, a desburocratização do Estado, com fusões ou extinção de ministérios e organismos, a reforma da legislação eleitoral e o retorno do poder para os sovietes. No plano econômico, defendeu o fim do planejamento rígido central e do sistema de preços ditado pelo governo; autogestão das empresas estatais e liberdade para competirem entre si no mercado; o fim da política de subsídios e a permissão para a existência de pequenos negócios privados.

Repercussões das reformas

Bem vistas no exterior, as reformas provocaram a reação da oposição conservadora (comunistas ortodoxos, burocratas do antigo modelo político e militares). Apesar das dificuldades, as mudanças caminhavam e, em 1988, Gorbatchev conseguiu ser eleito presidente. O fim do monopólio do Partido abriu as portas ao multipartidarismo e às eleições diretas, que só aconteceram no início dos anos 90. Os "ventos de liberdade" dessa política estimularam, nas repúblicas soviéticas, movimentos nacionalistas e separatistas, como os dos povos bálticos (Letônia, Estônia e Lituânia).

Política externa

A Glasnost e a Perestroika colaboraram no avanço das relações entre Estados Unidos e União Soviética, levando à assinatura de novos acordos referentes à desativação de armas nucleares. Começava a mais abrangente fase de distensão de todo período da Guerra Fria, que poria fim ao bloco soviético, à bipolarização e à própria União Soviética.

A Glasnost foi a política de transparência, de abertura e de maior liberdade na política, economia e cultura. A Perestroika, o programa de reestruturação econômica para superar os entraves burocráticos.


Período Leonid Brejnev (1964-1982)

 

Retorno da burocratização, do centralismo político-administrativo e da repressão às dissidências – enfim, do velho modelo stalinista – foram características do período Brejnev. Essa política causou uma perda de competitividade tecnológica com o Ocidente, principalmente na produção de bens de consumo. O ritmo produtivo caiu, apresentando reduções nas taxas de crescimento industrial e agrícola, assim como na produtividade do trabalho.

Política externa 

O rigor também se fez presente nas relações da União Soviética com os países do seu bloco, sendo a Primavera de Praga o melhor exemplo dessa nova orientação na política externa. Os contatos com os Estados Unidos foram restabelecidos a partir de 1973 (período da Détente). A melhoria nas relações possibilitou o primeiro vôo espacial conjunto – Soiuz-Apolo, em 1975. 

Primavera de Praga 

Na então Tchecoslováquia, desde o início de 1968, reformas pretendiam modernizar a economia e transformar o papel do Estado. Com apoio de intelectuais, operários e estudantes, o presidente Dubcek buscou uma via própria e mais humanizada de socialismo. Esse reformismo encontrou seu maior opositor na União Soviética de Brejnev. A fim de manter sua hegemonia no Leste europeu, tropas do Pacto de Varsóvia invadiram a Tchecoslováquia. Dubcek e seus companheiros foram presos, extraditados para Moscou e expulsos do Partido. 

Invasão no Afeganistão 

Temendo que a Revolução Islâmica atingisse territórios estratégicos de seu interesse e procurando ajudar o governo afegão a sufocar uma rebelião muçulmana, a União Soviética ocupou militarmente o Afeganistão, em 27 de dezembro de 1979. Essa invasão atrapalhou as conversações sobre a limitação de armas nucleares. A retirada das tropas soviéticas só aconteceu em 1988. 

O fim do governo Brejnev 

A morte de Brejnev, em 1982, levou ao poder líderes idosos e com problemas de saúde, da "ala tradicional" do Estado soviético: Iúri Andropov (1982-1984) e Konstantin Tchernenko (1984-1985).



Produção de energia no Brasil

Movimentar máquinas, cargas e pessoas por longas distâncias demanda muita energia. No Brasil, usam-se combustíveis derivados de fontes não r...