No cultivo agrícola do Brasil, há dois tipos de cultura.
• Temporária: para uma nova produção, as espécies precisam ser replantadas, como a mandioca, o feijão, o arroz e o milho.
• Permanente: a mesma planta gera colheitas mais de uma vez ao longo de seu ciclo de vida, como o café e a maioria das frutas. Na produção brasileira, destacam-se os cultivos de soja, milho, cana-de-açúcar, café, algodão e laranja, que abastecem o mercado interno e são importantes produtos de exportação. O arroz, a mandioca, o feijão e a banana são produzidos principalmente para atender ao consumo nacional.
Importação de alimentos
O Brasil importa trigo, aveia, malte, arroz, cebola,
maçã, centeio, cevada e carnes, como o bacalhau.
O trigo é um dos principais produtos, pois
esse cereal não se desenvolve bem em locais
de alta temperatura e umidade, comuns no clima
Tropical. Os principais estados produtores de trigo estão na região Sul, onde predomina o clima
Subtropical. A região se destaca ainda no cultivo
de maçã, pêssego e uva.
Fruticultura irrigada
A implantação de técnicas de irrigação propiciou, em décadas recentes, o desenvolvimento
da fruticultura no vale do rio São Francisco, região de divisa entre Bahia e Pernambuco. Municípios como Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) têm
atingido elevada produtividade, principalmente
de uva, melão, coco, goiaba e manga, com parte
da produção destinada à exportação.
Acesso aos alimentos
Embora o Brasil se destaque na produção de alimentos e nas exportações agropecuárias, há brasileiros que vivem em situação de insegurança
alimentar, fazendo refeições sem regularidade, com baixo valor nutricional
e pouca disponibilidade de alimentos em seus domicílios. Essa condição
afeta tanto moradores das áreas urbanas quanto das áreas rurais.
Entre as causas da insegurança alimentar, estão:
• desigualdade no acesso à terra, que está concentrada nas mãos de
poucos produtores;
• dificuldades de acesso a políticas públicas que visem ampliar a produção das terras;
• baixo poder de consumo, uma vez que os preços dos alimentos são
bastante elevados.
Por essas razões, o fortalecimento da agricultura familiar é um dos mecanismos de combate à fome.
Práticas agrícolas sustentáveis
Nas práticas agrícolas, é comum o desgaste e a perda de fertilidade
do solo pelo uso intensivo combinado à prática da monocultura, ou seja,
o cultivo de uma única espécie em determinada área. Com o desgaste
do solo, cresce a necessidade do uso de fertilizantes. Entretanto, apesar
de propiciarem o aumento da produção em larga escala, essas substâncias podem ser prejudiciais à saúde e ao ambiente se utilizadas em níveis
elevados. A agricultura é, também, a atividade que mais consome água
no Brasil: 68,4% do consumo nacional total, em 2017, segundo a Agência
Nacional das Águas (ANA).
Como alternativa, há cada vez mais produtores priorizando práticas
agrícolas sustentáveis. Os sistemas agroecológicos, por exemplo, fazem
uso de diferentes técnicas para mitigar o empobrecimento do solo, utilizar água de modo racional e evitar a proliferação de insetos e doenças.
Algumas dessas técnicas são:
• priorizar a produção e o consumo local, com o intuito de
diminuir a interferência no ambiente;
• buscar a independência de insumos externos;
• resgatar conhecimentos tradicionais;
• diversificar a produção, fazendo uso do sistema de rotação de culturas, inclusive com criação de animais;
• fertilização biológica.
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