domingo, 18 de agosto de 2024

Produção agrícola no Brasil

No cultivo agrícola do Brasil, há dois tipos de cultura.
Temporária: para uma nova produção, as espécies precisam ser replantadas, como a mandioca, o feijão, o arroz e o milho.
Permanente: a mesma planta gera colheitas mais de uma vez ao longo de seu ciclo de vida, como o café e a maioria das frutas. Na produção brasileira, destacam-se os cultivos de soja, milho, cana-de-açúcar, café, algodão e laranja, que abastecem o mercado interno e são importantes produtos de exportação. O arroz, a mandioca, o feijão e a banana são produzidos principalmente para atender ao consumo nacional.

Importação de alimentos 

O Brasil importa trigo, aveia, malte, arroz, cebola, maçã, centeio, cevada e carnes, como o bacalhau. O trigo é um dos principais produtos, pois esse cereal não se desenvolve bem em locais de alta temperatura e umidade, comuns no clima Tropical. Os principais estados produtores de trigo estão na região Sul, onde predomina o clima Subtropical. A região se destaca ainda no cultivo de maçã, pêssego e uva. 

Fruticultura irrigada 

A implantação de técnicas de irrigação propiciou, em décadas recentes, o desenvolvimento da fruticultura no vale do rio São Francisco, região de divisa entre Bahia e Pernambuco. Municípios como Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) têm atingido elevada produtividade, principalmente de uva, melão, coco, goiaba e manga, com parte da produção destinada à exportação.

Acesso aos alimentos 

Embora o Brasil se destaque na produção de alimentos e nas exportações agropecuárias, há brasileiros que vivem em situação de insegurança alimentar, fazendo refeições sem regularidade, com baixo valor nutricional e pouca disponibilidade de alimentos em seus domicílios. Essa condição afeta tanto moradores das áreas urbanas quanto das áreas rurais. Entre as causas da insegurança alimentar, estão:
• desigualdade no acesso à terra, que está concentrada nas mãos de poucos produtores; 
• dificuldades de acesso a políticas públicas que visem ampliar a produção das terras; 
• baixo poder de consumo, uma vez que os preços dos alimentos são bastante elevados. Por essas razões, o fortalecimento da agricultura familiar é um dos mecanismos de combate à fome.

Práticas agrícolas sustentáveis 

Nas práticas agrícolas, é comum o desgaste e a perda de fertilidade do solo pelo uso intensivo combinado à prática da monocultura, ou seja, o cultivo de uma única espécie em determinada área. Com o desgaste do solo, cresce a necessidade do uso de fertilizantes. Entretanto, apesar de propiciarem o aumento da produção em larga escala, essas substâncias podem ser prejudiciais à saúde e ao ambiente se utilizadas em níveis elevados. A agricultura é, também, a atividade que mais consome água no Brasil: 68,4% do consumo nacional total, em 2017, segundo a Agência Nacional das Águas (ANA). Como alternativa, há cada vez mais produtores priorizando práticas agrícolas sustentáveis. Os sistemas agroecológicos, por exemplo, fazem uso de diferentes técnicas para mitigar o empobrecimento do solo, utilizar água de modo racional e evitar a proliferação de insetos e doenças. Algumas dessas técnicas são: 
• priorizar a produção e o consumo local, com o intuito de diminuir a interferência no ambiente; 
• buscar a independência de insumos externos; 
• resgatar conhecimentos tradicionais; 
• diversificar a produção, fazendo uso do sistema de rotação de culturas, inclusive com criação de animais; 
• fertilização biológica.

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