As redes de comunicação têm grande importância na atualidade. Elas possibilitam fluxos de mensagens, informações, etc., por meio de uma complexa infraestrutura de cabos, antenas e aparelhos receptores.
Os meios de comunicação de massa no Brasil
Os jornais e as revistas, o rádio, a televisão e a internet são comuns em nosso dia a
dia e são denominados meios de comunicação de massa, ou seja, canais de comunicação que se dirigem a um grande número de pessoas. Com exceção de jornais e revistas
impressas, esses meios de comunicação dependem das redes de comunicação para
que as informações sejam transmitidas para diversos lugares do Brasil e do mundo.
O primeiro meio de comunicação de massa a ser utilizado no Brasil foi o jornal,
no começo do século XIX. Inicialmente, só existiam jornais impressos e o alcance
desse meio de comunicação era limitado, restrito às cidades mais importantes.
Progressivamente, no entanto, os jornais ampliaram seu alcance e a imprensa
seria revolucionada pelo rádio e pela televisão.
A partir do início do século XX, o rádio causou grande impacto na sociedade brasileira, transmitindo notícias, narrações de eventos esportivos, músicas e novelas.
A televisão, que tem a vantagem de ser um meio de comunicação audiovisual,
chegou ao Brasil apenas na década de 1950 e, atualmente, é um aparelho acessível à maior parte dos brasileiros.
A comunicação de informações no Brasil e no mundo também tem sido grandemente expandida pela internet. Muitos canais de jornalismo e redes sociais têm
difundido notícias pelo mundo, muitas vezes, quase que instantaneamente.
Esses veículos permitem que as informações circulem em praticamente todo o mundo, independentemente de
fronteiras e distâncias, interligando pessoas das mais distantes cidades, estados e
países, facilitando o contato e a integração entre os lugares.
A comunicação entre as pessoas, no Brasil e no mundo, também tem sido cada vez
mais facilitada pelo acesso à banda larga e, principalmente, aos telefones celulares.
Expansão das comunicações no Brasil
Embora já existissem redes de telégrafo no território brasileiro desde
o século XIX, as redes de comunicação se tornaram mais abrangentes somente a partir das décadas de 1950 e 1960, quando o governo brasileiro
investiu na expansão da telefonia e da televisão. Posteriormente, nos anos
1970 e 1980, a comunicação de dados via satélite ampliou a possibilidade
de comunicação em tempo real. Já nos 1990, houve a expansão do uso de
computadores e da internet; e, nos anos 2000 e 2010, tornou-se possível
se conectar a essa rede com a utilização de telefones móveis.
Em fevereiro de 2022, no Brasil, eram realizados 40 milhões de acessos em banda larga fixa, 256 milhões em telefonia móvel, 15 milhões em TV
por assinatura e 28 milhões pela telefonia fixa.
Rede de telefonia
As redes de telefonia constituíram-se como essenciais na
comunicação à distância ao longo do século XX. A partir da década de 1960, a telefonia fixa se
expandiu pelo país, em grande
parte em razão dos investimentos
governamentais. Em 1972, havia
1,3 milhão de acessos a esta rede,
passando para 17 milhões em 1997,
até chegar a 28 milhões em 2022.
Já a telefonia móvel teve início
no Brasil em 1990 e desde então
se expandiu, passando de 700
aparelhos ativos naquele ano para
4,5 milhões em 1997 e 256 milhões
em 2020.
Rede de internet
A rede de internet começou a ser instalada no
Brasil nos anos 1990, com cabos de fibras ópticas conectando o país à rede global e, ao mesmo
tempo, estruturando as primeiras ligações entre
as capitais. Aos poucos, ela foi sendo ampliada e
se articulou com satélites, atendendo a áreas da
Amazônia. A banda larga se expandiu a partir dos
anos 2000, aumentando a velocidade e o volume de dados e informações compartilhados.
Em 2019, segundo o IBGE, 82% dos domicílios possuíam acesso à internet. Atualmente,
o acesso ocorre principalmente por meio de
smartphones, seguido pelo computador, pela
televisão e pelos tablets.
Na região Norte, prevalece o acesso por meio
da banda larga móvel entre os usuários que utilizam a internet, uma vez que a abrangência das
redes de cabeamento de internet fixa ainda é
limitada nessa região, o que restringe e encarece o acesso a esse tipo de sinal.
Redes de rádio e televisão
No Brasil, a utilização do rádio como meio de comunicação teve início na década de 1920. Em pouco tempo, ele se tornou o veículo mais
importante, levando ao surgimento de emissoras. Desse modo, os sinais
começaram a ser transmitidos em todo o país, possibilitando a difusão de
mensagens governamentais, programas de entretenimento, conteúdos
musicais, etc.
O rádio ainda hoje é um importante veículo de comunicação. Em 2021,
78% da população brasileira o utilizava e 60% o ouvia diariamente.
O uso da televisão, por sua vez, começou a ganhar força nos anos 1950.
É interessante notar que a transmissão do sinal, tanto do rádio quanto da
TV, era realizada a partir da sede das empresas de radiodifusão, o que,
em certa medida, limitou o alcance, mas também incentivou a criação de
empresas dedicadas ao setor.
Na década de 1980, graças ao uso de satélites para a transmissão de
sinal, foi possível acessar a televisão em todo o território nacional com a
instalação de antenas parabólicas. Na década de 1990, começaram a ser
comercializados planos de televisão por assinatura. Já nos anos 2000,
as transmissões passaram a ser por sinal digital, com qualidade muito
superior. A partir de 2018, todo o sinal tornou-se digital. Vale destacar
que o acesso a esse tipo de sinal não se dá da mesma forma em todo o
território nacional.
A rede mundial de computadores
A rede mundial de computadores conecta pessoas de diferentes lugares por meio de uma grande “teia”, permitindo aos usuários compartilhar informações de maneira quase instantânea, acessar imprensa escrita e falada, pagar contas e solicitar documentos, acessar músicas e filmes, comprar mercadorias em lojas virtuais, entre outros exemplos. No século XXI, o gradual desenvolvimento e popularização de telefones celulares, tablets e smartphones com acesso à internet permitiu que ainda mais pessoas se conectassem à internet, sobretudo aquelas que não têm recursos para terem um computador pessoal.
Embora apresente benefícios, a comunicação através da internet e principalmente das redes sociais exige certos cuidados, por exemplo, nunca informar seu endereço ou passar informações pessoais a desconhecidos, prestar atenção à fonte ao realizar pesquisas para saber se os dados são confiáveis, não publicar ou replicar inverdades ou mensagens que transmitam ofensas ou desrespeito a outras pessoas.
Desigualdades de acesso às redes de comunicação
no Brasil
Embora as redes de comunicação tenham se difundido no território brasileiro e contribuído para
sua integração, deve-se ressaltar que ainda persistem muitas desigualdades no acesso à internet
no país. Enquanto nas áreas urbanas o acesso é relativamente maior, nas áreas rurais ele é baixo,
principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país.
Quanto ao acesso a notícias, o Atlas da Notícia registra a existência de “desertos de notícia” no país,
isto é, áreas em que não há
acesso a nenhum veículo
jornalístico, o que restringe
a informação da população
local quanto ao que ocorre no lugar onde vivem e,
muitas vezes, a conteúdos
de forma mais ampla. Esses
“desertos” abrangiam cinco em cada dez municípios
brasileiros em 2021 e 13,8%
da população. A região Norte é onde eles estão mais
presentes, seguida pela região Nordeste.
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