quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

O terrorismo na contemporaneidade

No mundo contemporâneo, o terrorismo tem se constituído como uma estratégia de grupos radicais que, por meio da força e da violência, chamam a atenção da opinião pública para suas reivindicações, tentando impor seus projetos políticos. Por outro lado, o discurso da necessidade de se combater o terrorismo, adotado principalmente pelas potências militares ocidentais, tem motivado muitas guerras, sendo usado para justificá-las, ao invés de contê-las.

No século XX, cresceu o número de organizações terroristas. Em 1972, o grupo palestino Setembro Negro sequestrou e matou atletas israelenses que participavam das Olimpíadas de Munique, na Alemanha. Desde o final da década de 1960, Espanha e França enfrentaram atentados da organização nacionalista ETA que, motivada por questões étnicas, reivindicava a independência das províncias de origem basca e a formação de um novo país; os atentados foram interrompidos em 2011, e o ETA anunciou sua dissolução em 2018. A Inglaterra foi alvo do IRA – organização irlandesa antibritânica cujo objetivo era pôr fim à subordinação política da Irlanda do Norte à Inglaterra e unificar Irlanda e Irlanda do Norte. Em 2005, o grupo anunciou o fim da luta armada e a atuação por meios políticos.

No século XXI, o terrorismo se caracteriza pelo nacionalismo exacerbado, por choques culturais em sociedades multiétnicas, por contrastes de valores políticos nas sociedades locais e nas internacionais, tornando o fenômeno bastante complexo. Alguns dos principais grupos terroristas da atualidade são Al Qaeda, Estado Islâmico, o já mencionado Talibã e o Boko Haram.

O terrorismo tornou-se, assim, um problema de escala global. No Ocidente, os principais alvos das ações de grupos terroristas são os Estados Unidos e os países europeus, impactando diretamente o crescimento da xenofobia e do racismo contra os imigrantes árabes e africanos que vivem nesses países, bem como contra as comunidades muçulmanas. O uso de táticas violentas para combater a violência terrorista tem comprovado sua ineficácia; ao contrário, agravou as tensões e multiplicou os discursos de ódio e de desinformação nas redes sociais.

O sensacionalismo das coberturas da mídia, por sua vez, não ajuda a solucionar o problema. É preciso insistir em ações educativas para que a sociedade tenha acesso a informações sobre as razões que levaram à organização de grupos terroristas e, assim, possa compreender melhor os contextos em que ocorrem as migrações em massa e os choques entre diferentes culturas.

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