quinta-feira, 8 de dezembro de 2022
Guerra do Golfo
Guerra da Criméia
Guerra no Afeganistão
Em outubro de 2001 os EUA e o Reino Unido lançaram várias bombas em cidades afegãs, o talibã foi derrotado ainda em 2001.
O governo americano colocou no poder um aliado com a incumbência de reconstruir a nação e instaurar a democracia, marcada pela rivalidade entre as diversidades étnicas e religiosas.
Em 2004, o Afeganistão ganhou uma constituição e foi realizada a primeira eleição, isso não impediu os conflitos, pois as ações são realizadas por grupos contrários ao governo.
Guerra do Afeganistão (1979)
Na iminência de um governo
marxista no Afeganistão, o primeiro-ministro Hafizullah Amin se
recusa a ceder o poder para Babrak Karmal, então apoiado pela União Soviética.
Este país envia o general Viktor Paputin para Cabul, com o objetivo de negociar
com o governo, mas os resultados são negativos e, logo depois, as tropas
soviéticas invadem o Afeganistão com mais de cem mil soldados motorizados e o
auxílio de veículos e tanques blindados, além de uma artilharia pesada. Sem
recursos, com seus equipamentos sabotados, a sede do governo sitiada, não resta
outra alternativa senão a rendição dos afegãos, principalmente depois da morte
de Amin.
Este confronto dura nove anos, com o líder comunista sustentado pelos
soviéticos, e os rebeldes afegãos, conhecidos como mujahidin, apoiados pelos
Estados Unidos, Paquistão e outros países muçulmanos, mais um dado estratégico
na Guerra Fria entre as duas potências mundiais. Neste mesmo momento histórico
ocorriam também a Revolução do Irã e o confronto entre Irã e Iraque. Alguns
estudiosos acreditam que a Guerra do Afeganistão foi um marco que deu início a
conflitos não mais de ordem ideológica, mas sim de cunho cultural, ou seja,
entre diferentes identidades culturais – de um lado a civilização islâmica, de
outro, a ocidental -, porém não se pode esquecer a preponderância dos
interesses econômicos que hoje regem o mundo globalizado. A União Soviética
principiou sua saída do país invadido no dia 15 de maio de 1988, completando a
retirada em 15 de fevereiro de 1989. Muitos acreditam que a potência soviética
teve prejuízos tão sérios com essa aventura, comparada a dos Estados Unidos no
Vietnã, que acabaram por repercutir, em 1991, na queda da União Soviética.
A história do Afeganistão, porém, é bem mais complexa, e esse é apenas o início
de uma longa e sangrenta guerra civil, que cobra tributos muito altos até os
nossos dias. A derrota dos comunistas, porém, é neste instante uma vitória
fundamental para os ortodoxos fundamentalistas e seus aliados islâmicos. Tanto
quanto o auxílio militar e financeiro norte-americano, os afegãos receberam uma
sustentação valiosa de países como a Arábia Saudita, que investiu até mais do
que os Estados Unidos nesta região. Muitos soldados islâmicos de outros países
entraram no Afeganistão, através do Paquistão, para lutar contra os soviéticos.
Aliás, esta nação foi intermediária no repasse dos recursos ianques para o país
invadido, pois acima de tudo os adeptos do Islamismo são contra os ocidentais,
mais até do que anti-comunistas. Para melhor compreender a instabilidade desta
área, é necessário perceber o caldeirão de etnias e línguas distintas que
compõe o Afeganistão – convivem lado a lado pachtuns, grupo predominante no
país, tadjiques, hazaras, os aimak, uzbeques, turcomenos e outros.
Em 1979, uma Revolução Islâmica triunfou no Irã, logo ao lado do Afeganistão.
Estava aberto o precedente para um feito semelhante neste país, ainda mais
quando ele se encontra acuado por tropas comunistas de um lado, e pressente do
outro o perigo do domínio norte-americano, que já contagiava dois redutos
importantes da região, Israel e Egito, e tudo fazia para seduzir a Arábia
Saudita. É fácil perceber que, com a saída da União Soviética, grupos
fundamentalistas, fortalecidos tecnológica e moralmente pelo apoio
financeiro-militar recebido dos Estados Unidos e de países vizinhos,
sustentados pelo resgate da sua auto-estima e por uma elevada tecnologia
militar ao alcance das mãos – herança do confronto com os comunistas –,
providos de um aparato ideológico pretensamente justificado pelo Islamismo, os
afegãos estavam prontos para a Jihad, a Guerra Santa. Ironicamente este
contexto se voltaria, futuramente, contra os maiores fomentadores destas
circunstâncias, os Estados Unidos.
Após a retirada dos
soviéticos, que abandonam o aliado marxista à própria sorte, os mujahidin
entram em confronto com o governo comunista do então Presidente Mohammed
Nadjibullah. Vitoriosos, eles substituem o comunismo do deposto Brabak Karmal
por um regime muçulmano ultraconservador, o Talibã, contra o qual os
norte-americanos, posteriormente, entrarão em conflito, gerando em 2001 uma
nova Guerra nesta região do Oriente Médio, em conseqüência de um suposto apoio
deste governo ao terrorista Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda.
Guerra Civil Espanhola
Nos primeiros anos do século XX, a Espanha era uma monarquia que possuía um grande déficit em sua economia e pouco desenvolvimento industrial. Nesse mesmo período vários grupos políticos surgiam para fazer oposição ao regime monárquico. Socialistas, anarquistas e comunistas defendiam desde a melhoria das condições de trabalho até a extinção de qualquer forma de governo instituído.
O descontentamento com o governo, entretanto, levou à sua deposição e a proclamação da república em abril de 1931. imediatamente, os republicanos iniciaram uma série de reformas sociais: separação entre Estado e Igreja, reforma agrária, estabelecimento de direitos trabalhistas etc.
A guerra civil começou em 1936, com uma revolta de militares contra o governo do presidente Manoel Azaña Dias, considerado por eles socialista e anticlerical. Os opositores de Azaña, liderados pelo general Francisco Franco, eram chamados de nacionalistas. Entre eles estavam principalmente monarquistas, latifundiários, membros da Igreja católica e de um grupo chamado Falange Fascista.
As reformas republicanas polarizaram as forças políticas do país. Por um lado, o movimento operário as considerava insuficientes. De outro, a direita monarquista e católica, assustada com o ritmo das mudanças, decidiu dar um golpe de Estado. Assim, em julho de 1936, um grupo de generais, entre eles Francisco Franco, tentou depor o governo republicano. A ameaça ao governo republicano levou a população das grandes cidades, como Madri e Barcelona, a se organizar para impedir o sucesso do golpe. A tentativa de golpe não foi bem sucedida, e o território espanhol rachou-se em dois: uma parte controlada pelo governo republicano legítimo e a outra invadida pelo exército de Franco. Os governos fascistas da Alemanha e da Itália consideraram o golpe legitimo e reconheceram o governo de Franco.
A Frente Popular, formada por democratas e socialistas que defendiam a permanência do governo republicano, resistiu ao golpe de Franco. Para isso, recebeu o apoio do governo socialista da União Soviética e de milhares de voluntários vindos de dezenas de países. Os governo da Inglaterra e da França eram favoráveis aos republicanos, mas não ofereceram a eles nenhuma ajuda material.
O governo republicano manteve o controle da marinha, da guarda civil e da guarda de assalto, mas não tinha como se defender sem o exército. Os integrantes do governo decidiram, assim, fornecer armas ao povo, que começou a se organizar em milícias coordenadas pelo movimento operário. Além disso, para cooperar com os republicanos, formaram-se unidades de voluntários que viviam na própria Espanha ou que vinham de outras partes do mundo para compor as Brigada Internacionais. Eram 60 mil combatentes oriundos de 53 países e dispostos a lutar para impedir a vitória do fascismo na Espanha.
Hitler e Mussolini também forneceram equipamentos aos exércitos de Franco. Diante dessa situação, os republicanos recorreram à União Soviética de Stalin, que lhes fornecia armas, equipamentos e um corpo especialistas militares. Por esse motivo, a Guerra Civil Espanhola pode ser considerada o primeiro conflito internacional opondo fascismo e comunismo.
Em 1938, a ajuda soviética começou a diminuir até cessar completamente. Isso desequilibrou os lados em conflitos em favor das forças franquistas, já que Franco contava com o apoio maciço da Itália e da Alemanha.
Internamente divididos e sem apoio do exterior, os revolucionários foram derrotados pelas forças franquistas no início de 1939. Franco celebrou sua vitória. Os longos conflitos deixaram o país vivendo uma situação de caos e horror. Cerca de um milhão de espanhóis foram mortos durante as batalhas que se estenderam até 1938.
Terminada a guerra, Franco assumiu o governo como ditador, com o apoio dos nazifascistas europeus, e permaneceu até sua morte, em 1975, eliminando sistematicamente a oposição. Além de reprimir os movimentos de esquerda na Europa, o envolvimento da Alemanha e da Itália no conflito servia de preparativo para os vindouros conflitos da Segunda Guerra Mundial.
Assim, a inércia da França e da Inglaterra permitiu que os radicais de direita alcançassem vitórias significativas dentro do continente, fortalecendo o movimento fascista.
GUERRA DO ÓPIO
Conflitos ocorridos na China
envolvendo a questão do comércio ilegal de ópio pelos ingleses. A I Guerra do Ópio, de
A Primeira Guerra do Ópio se deu a partir de 1839 até 1842 entre Inglaterra e
China. A Companhia Britânica das Índias Orientais mantém intenso comércio com
os chineses, comprando chá e vendendo o ópio trazido da Índia. A droga
representa metade das exportações inglesas para a China. Com os crescentes
problemas causados pelo ópio, o governo chinês proibiu o comércio. Principal atingido pela
proibição, o Reino Unido decretou guerra contra a China no dia 3 de novembro de
1839. Nesta primeira Guerra do Ópio, em
Em 1856, o Reino Unido,
ajudado pela França, aproveita o incidente com um barco em Cantão para nova
investida, iniciando a II Guerra do Ópio. A Segunda Guerra do Ópio ocorreu de
1856 até 1860 entre a China e os aliados Inglaterra e França. O pretexto foi um
incidente com um barco em Cantão. Os
franceses aliaram-se aos britânicos no ataque militar lançado em 1857. Os
aliados operaram em redor de Cantão, onde prosseguia com uma política de
intransigência. Mais uma vez, a China saiu derrotada e, em 1858, as potências
exigiram que a China aceitasse o Tratado de Tianjin. De acordo com este tratado,
onze novos portos chineses seriam abertos ao comércio com o Ocidente e seria
garantida a liberdade de movimento aos mercadores europeus e missionários
cristãos. Quando o imperador se recusou a ratificar o acordo. Em 1860 as
tropas franco-britânicas ocupam Pequim fazendo com que a China fizesse novas
concessões.
A Guerra da Coréia
A península da Coréia é cortada pelo paralelo 38, uma linha demarcatória que divide dois exércitos, dois Estados: a República da Coréia, no Sul, e a República Popular Democrática da Coréia, no Norte. Essa demarcação, existente desde 1945 por um acordo entre Moscou e Washington, quando as forças de ocupação soviéticas e americanas dividiu o povo coreano em dois sistemas políticos opostos: um comunista, na Coreia do Norte, e outro anticomunista, na Coreia do Sul.
Em
Em fevereiro de l95l, a Assembleia Geral da ONU aprovou
resolução pela qual condenava a China como potência agressora. Os chineses
responderam com uma segunda ofensiva contra a Coréia do Sul. Em meados de
março, as tropas da ONU retomaram Seul e, depois de sucessivos contra-ataques,
conseguiram cruzar novamente o paralelo 38. MacArthur pretendia levar o
conflito ao território chinês, mas o perigo de uma nova guerra mundial levou o
presidente Truman a substituí-lo pelo general Matthew Ridgway e, em maio de
1952, pelo general Mark W. Clark.
A intervenção da China, ao lado da Coreia do Norte,
aumentou a tensão internacional, chegando mesmo a temer-se uma terceira guerra
mundial, perante as afirmações do general MacArthur (comandante das tropas
americanas), que ameaçava utilizar a bomba atómica.
Enquanto isso, desde julho de 1951 tentava-se na ONU a
suspensão das hostilidades, por meio de conversações de paz. Em 27 de julho de
l953 foi assinado o armistício, que fixou as fronteiras entre as duas Coreias
segundo as últimas linhas de batalha, na altura do paralelo 38. Seguiu-se um
processo de repatriação de prisioneiros oriundos dos diferentes países
envolvidos na guerra. Mas, o único resultado é o cessar fogo. Na guerra coreana
morreram cerca de três milhões e meio de pessoas. O tratado de paz ainda não
foi assinado, e a Coréia continua dividida em Norte e Sul.
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